domingo, 31 de março de 2013

Portugal vence em Montreux



Portugal acaba de vencer o torneio internacional de hóquei patins em Montreux.
Após o prolongamento para decidir o empate por 4-4, a equipa nacional sagrou-se campeã, por penáltis, ao vencer ao a  Espanha por 1-0.
Parabéns aos jogadores portugueses que fizeram jus à tradição do hóquei português no pavilhão de Montreux. É a 17ª vez que Portugal vence o prestigiado torneio Suíço.

sexta-feira, 29 de março de 2013

Do Novo Testamento que é Velho



RESSUSCITOU
E os rios de leite e mel voltarão a correr

A entrevista de anteontem de José Sócrates fez a ponte entre o passado e o presente, unindo o Antigo ao Novo Testamento (Memorando original da sarça ardente vs. Sétima avaliação dos profetas). O messias ergueu-se da tumba do Quartier Latin e operou o milagre da ressurreição, levando os lellos da bancada parlamentar socialista ao êxtase, esmagados pela luz resplandecente dos milagres operados pelo seu senhor, da multiplicação do pão, dos peixes, do Barca Velha e das PPP aos TGV que voam baixinho sobre a água. O olhar feroz de que falava Judite de Sousa, capaz de dobrar colheres e tózés à distância, fulminou os vendilhões do templo Passos e Cavaco e fez chorar milhares de silvas pereiras ao prometer "destruam este memorando e reconstrui-lo-ei em apenas três dias". MB

(O Inimigo Público-In Jornal Público de hoje)

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Pós-texto:

A sátira é uma forma irónica e jocosa de criticar pessoas ou instituições, costume públicos ou privados. Por vezes convém ser menos grave ou directo ao escrever, porque o ridículo pode melhorar as coisas ou desarmar as pessoas obrigando-as a mudar de atitude. Sabe-se que Sócrates mentiu na sua intervenção na RTP1 (ver este link). Estive para escrever sobre tão famigerada aparição, mas porque li o texto acima e gostei fiz copy paste do mesmo.
 

Para todos uma Páscoa Feliz




 

Numa altura em que o futuro é uma incógnita e a luta pela vida se torna cada vez mais difícil é bom lembrar que a Páscoa é sinónimo de ressurreição. Ressurreição que pode não ser no sentido literal do termo, mas no sentido do homem novo que sacode as sandálias do pó do caminho que o obrigaram a trilhar com preconceitos e políticas cujo objectivo não é a dignificação do ser humano, mas a sua sujeição ao bezerro de ouro. 

Cristo expulsou os vendilhões do Templo com um azorrague quando eles desrespeitaram  a casa de Deus com os seus negócios. E disse um dia: eu não vim trazer a paz à terra mas sim a espada. 

Que esta nova Páscoa seja o prenúncio de um dia novo em que haveremos de expulsar também os vendilhões do  Templo do País de modo a que todos os portugueses possam concretizar as suas legítimas aspirações com um Portugal melhor e mais solidário.

quarta-feira, 27 de março de 2013

O regresso à ribalta





O jongleur da artimanha política que contribuiu para o descalabro do rectângulo e quis controlar os media, vai estrear-se hoje como comentador na RTP 1. Não se discute o direito de ser ou não comentador como qualquer outro político. Discute-se sim a oportunidade de tal aparição e o que está por detrás nos bastidores. Irá Sócrates pedir desculpa aos portugueses pelo estado em que deixou o País ou branquear a sua imagem e preparar um futuro regresso à governação para dar cabo do que resta? O social-democrata Morais Sarmento disse em declarações à Renascença que “Sócrates é um homem sem medo e sem vergonha”. Esta é uma declaração que define bem o maquiavelismo dos políticos, por que, em boa verdade, com menos medo ainda e sem vergonha, é quem congeminou no PSD, para o bem de uns poucos e o mal dos portugueses, o regresso à ribalta do ex-primeiro ministro Sócrates.

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terça-feira, 26 de março de 2013

A frase do dia ou o mito da Europa

(...) "esta Europa é uma fraude. Deixou de ser um projecto de paz e liberdade, começa a ser uma ameaça de tipo totalitário, com o objectivo de empobrecer e escravisar os países do Sul. Por isso é conveniente que nos sintamos todos cipriotas..." Manuel Alegre -  In jornal I.

Alegre, também embadeirou em arco ao convencer-se que "pertencíamos à União Europeia, um projecto de prosperidade partilhada entre estados iguais e soberanos", como ele próprio escreve no I de hoje. 
Uma ilusão que estamos a pagar caro com uma Europa germanizada, onde continua latente a velha ambição do poder germanófilo por outros meios.
Bem fez o Reino Unido que recusou a disciplina orçamental da União Europeia, não abdicou dos seus interesses e não aderiu ao euro, como o fizeram os pequenos países periféricos e do Sul, também chamados PIGS, alguns dos quais, senão todos, estão na contingência de voltar à sua moeda original para garantirem a sua sobrevivência numa Europa que continua a estar dominada pelos grandes interesses. 




sexta-feira, 22 de março de 2013

A história e a metáfora


Por terras de Lagos onde dois símbolos do País coexistem e que são testemunhas do que foi Portugal: A estátua do Infante D. Henrique e a de D. Sebastião.
A primeira aponta para os feitos dos grandes navegadores e descobridores portugueses que fizeram do nosso País uma potência respeitada em toda a Europa e no mundo e que foi pioneiro da globalização tendo o seu apogeu no reinado de D. João II,  o Principe Perfeito.
A segunda, a de D. Sebastião, que faz recordar o declínio de Portugal, devido a um jovem e fraco rei que defendeu um projecto de expansão, contrariando os conselhos avisados e sábios de grande parte da corte. O país pagou pela aventura na fatídica batalha de Alcácer Quibir (4 de Agosto de 1578) e perdeu a sua independência para Espanha durante sessenta anos. Foi o período da União Ibérica de má memória.
Hoje a aventura é outra, mas a situação é semelhante. Embarcámos no canto da sereia, abandonámos o escudo e estamos sob o protectorado dos areópagos do poder da União Europeia cujos credores nos impõe as regras do capitalismo selvagem e da agiotagem.
De pouco serve o slogan: "Força Portugal"  que se vê na foto do largo de D. Sebastião, quando os fracos políticos "fazem fraca a forte gente."

(Clicar na foto)

terça-feira, 19 de março de 2013

Uma data, uma comemoração



Hoje fazem 46 anos de casados e comemoram o evento que os ligou no longínquo dia 19 de Março de 1967 na igreja Matriz da Figueira da Foz. Três meses depois ele partiria para a guerra. Uma assinatura, uma data, uma comemoração que tem perdurado no tempo.
"O que Deus uniu, o homem não separe" ( S.Marcos 10, 1-12)

sábado, 16 de março de 2013

sexta-feira, 15 de março de 2013

O Presidente da República evita população

"O Presidente da República, Cavaco Silva,  iniciou esta manhã uma visita ao Nordeste Transmontano e era esperado em Torre de Moncorvo por dezenas de pessoas na praça central.
Soube-se entretanto que o presidente optou por evitar o contacto com a população e fazer um caminho alternativo à multidão para se deslocar dentro vila transmontana."
In SIC Notícias.

Nestes tempos ominosos de crise, o PR foge ao contacto com a população, em vez de exercer o seu "magistério da influência" e explicar aos portugueses, olhos nos olhos, porque é que o País chegou ao estado de descalabro em que se encontra.  A ideia que fica é que não tem nada para explicar. Por isso exerce o magistério da fuga!...
Na realidade que outra coisa se poderia esperar de quem contribuiu também, e muito, para a situação em que estamos?

quinta-feira, 14 de março de 2013

O pensamento do dia

"Ninguém é suficientemente perfeito, que não possa aprender com o outro e, ninguém é totalmente destituído de valores que não possa ensinar algo ao seu irmão."
São Francisco de Assis

quarta-feira, 13 de março de 2013

Manifestos sim, mas com quem?

"Um manifesto assinado por 60 notáveis de esquerda, lançado esta terça-feira, pede a ruptura no sistema político, que diz ser “a raiz de todos os males”. O documento, assinado, entre outros, por militantes do Partido Socialista como Henrique Neto, Manuel Maria Carrilho e o antigo deputado Joaquim Ventura Leite, arrasa as políticas de Passos Coelho e dos que estando no poder afirmam “por incompetência partidária e governativa” que as famílias e os trabalhadores são os culpados pela crise."
-In Notícias ao minuto.

Os manifestos em Portugal têm uma longa tradição histórica e sempre ocorreram em momentos de crise interna ou em casos mais graves em que a Pátria corria perigo ou a sua soberania era posta em causa, como do Ultimato Inglês em 1890 que nos obrigou abandonar os territórios do projecto do Mapa cor-de-rosa que pretendia unir Angola a Moçambique. A afronta inglesa e o orgulho nacional ferido deram origem a uma genuína revolução popular de dimensões nunca vistas que se generalizou de Norte a Sul do País.

Entre outros e antes do Ultimato, sobressai “o período da Restauração em 1640 como emblemático para esses Manifestos de Portugal. Manifestos que posicionavam o reino luso em relação ao estrangeiro, fosse ele o inimigo espanhol, um aliado, ou o papa. Essas relações construíam identidade de Portugal.”


Existe uma certa similitude com o que aconteceu muitas vezes no passado e com o que se passa hoje. A ingerência estrangeira nos destinos do país e dos portugueses imposta pelos nossos credores (via troika) de que os sucessivos governos são culpados, é mais um exemplo  (talvez o último) de um Portugal que já foi independente e soberano. Por isso, e porque o povo ainda não percebeu bem o que está a acontecer, os manifestos de hoje nunca irão atingir a dimensão e a genuinidade provocadas pelo Ultimato ou de qualquer outro "crime de lesa pátria." 
Os nossos governantes, por razões óbvias,  desvalorizam os manifestos enquanto circunscritos a uma determinada elite de que eles próprios fazem parte e que se conhece mútuamente. Isto faz parte do jogo e da alternância do poder. Têm muito mais medo do descontentamento e da revolta populares.

É verdade "que a Pátria corre perigo, que o sistema político é mau e que é urgente mudar Portugal." Já ontem era tarde. Mas, será possível fazê-lo com alguns dos signatários deste manifesto, usofrutuários da partidocracia e do poder e que são mais do mesmo?
 



sexta-feira, 8 de março de 2013

Barões e milhões

"O antigo ministro da Saúde de Cavaco Silva, Arlindo de Carvalho, está acusado de ter ficado ilegitimamente com mais de 80 milhões de euros do Banco Português de Negócios (BPN), noticia esta sexta-feira o jornal i."

A "seita" está bem apoiada, mas não se livra que os seus "feitos" sejam notícia o que nos permite perceber como é que se enterrou o País e a qualidade das pessoas que nos governam.
Ter "ganho" mais de 80 milhões é um eufemismo de uma acção muito grave que tem um  outro nome que já um simples e pobre português definiu do seguinte modo:

"Sei que pareço um ladrão
mas há muitos que eu conheço
que sem parecer o que são
são aquilo que pareço..."

António Aleixo

quinta-feira, 7 de março de 2013

O pensamento do dia

"A satisfação plena nunca se encontra no medo ou na fraqueza. Produz-se na liberdade mental, em que o homem não necessita de fugir aos seus problemas. Tornados conscientes, estes deixam de ter poder de destruição." - Pierre Daco

quarta-feira, 6 de março de 2013

Os Varas e os "Varões" assinalados...

"O governo de Passos Coelho decidiu entregar no final do ano passado ao Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa a documentação do Conselho de Ministros relacionada com um decreto-lei sobre as farmácias. Este processo legislativo esteve sob suspeita de tráfico de influências no âmbito do processo Face Oculta, mas acabou por ser arquivada a 30 de Setembro de 2010 pelo departamento liderado pela procuradora-geral adjunta Maria José Morgado. A chegada dessa nova documentação obrigou a 9.ª Secção do DIAP de Lisboa a avaliar a reabertura da investigação." I on-line.

 Ao lermos esta notícia e tudo o que com ela está relacionado, não podemos deixar de notar, mais uma vez,  o aparecimento do nome de um ex-1º ministro (já chateia) investido recentemente em "delegado de propaganda médica." 

Camões que cantou os feitos Lusitanos diria agora da nova diáspora:

"Os Varas e os Varões assinalados
do ocidental País agora infecto
em negócios de sangue ivestigados
fazendo da saúde um negócio abjecto...

Trafulhas até ao desatino
deixando ao país um triste destino!..."

domingo, 3 de março de 2013

A manifestação





Na manifestação de ontem foi bem claro o descontentamento do povo. Os portugueses contestaram as políticas de austeridade deste Governo que tem dizimado pensões e salários e posto em causa o Estado Social. Viram-se os mais diversos cartazes a invectivarem os governantes e a troika. Viu-se desespero nos mais novos e lágrimas no rosto dos mais velhos. Lágrimas que também são de raiva contra um Governo que não encontra soluções razoáveis para vencer a crise e o desemprego e que pouco mais tem sido do que o fiel mandatário dos interesses alheios e do capitalismo desumano que, cinicamente, faz a apologia do “aguenta-aguenta”.


Os portugueses pediram a demissão do Governo, mas têm de saber primeiro se existem forças políticas credíveis para inverter a actual situação de crise. A democracia não se esgota nos partidos que andam há mais de 30 anos a fazer o mesmo. O povo tem de recorrer à sua força anímica e capacidade para traçar um novo rumo para um país melhor e mais justo. É importante perceber isto de uma vez por todas. Mudar de moleiro, mas não mudar de ladrão, não vale a pena. É o mesmo que continuar no caminho que certos poderes nos urdiram nos seus conciliábulos. E é disso, precisamente, que "salteadores diferentes", mas iguais, estão à espera.

sábado, 2 de março de 2013

Dia de indignação

Portugal  já tem cerca de um milhão e duzentos mil desempregados. É a terceira taxa de desemprego mais elevada da Europa. Muitos dos desempregados não têm subsídio de desemprego. A economia regride, os impostos aumentam e as condições sociais agravam-se de dia para dia. Estas são algumas das razões para haver hoje manifestações em quase todo o país no exercício legítimo do direito à indignação, aliás reconhecido por alguns próceres da República.

Grândola Vila Morena vai ser cantada por milhares de descontentes exprimindo a sua revolta contra as precárias condições de vida, a austeridade e contra aqueles que fazem de Portugal um protectorado estrangeiro. Hoje como no passado recente a história repete-se. Até quando?

sexta-feira, 1 de março de 2013

A Solidariedade que falta cumprir


"A solidariedade é aquela voz inaudível de defesa no meio da gritaria estridente de acusações. É a manifestação eloquente, ainda que silenciosa, da presença solidificante na sustentação em meio aos fortes ventos de tempestade criados por articulações maléficas dos que só se solidarizam para fazer o mal, o que não é solidariedade, mas cumplicidade. Solidário é companheiro de voz. A solidariedade é espontânea. Vem por convicção e não por remorso." - Sérgio Freire.

E muito menos por imposição.

Vem isto a propósito da Taxa (tributária) Extraordinária de Solidariedade que foi imposta aos portugueses, por razões não devidamente esclarecidas até agora. Assim não pode ser chamada de Solidariedade. O País não está em guerra nem sofreu qualquer catástrofe natural que justifique mais este encargo que agrava a subida generalizada de impostos. Estamos em crise? Certamente. Há causas que se compreendem e que radicam na actual conjuntura Europeia, devida também a líderes de idoneidade duvidosa. Mas existem outras mais graves de origem doméstica e sabe-se bem quem são os seus autores. Que solidariedade é esta? Obrigarem-nos  a ser solidários com políticas erradas, com os burlões do BPN e com o esbulho e incompetência de outros salafrários que puseram o País a pão e água?
Os portugueses querem, para não serem mais sacrificados  e por um elementar direito de justiça, que se vá buscar o dinheiro onde  está e que os culpados respondam e paguem  pelos seus actos. Enquanto isso não for feito nenhum governo se consegue impor à consideração dos cidadãos. E se o exemplo vem de cima, nomeadamente por quem tem esse dever, esta é a solidariedade que falta cumprir.