quinta-feira, 25 de abril de 2019

O Dia da Liberdade


 





Hoje comemora-se o Dia da Liberdade. São 45 anos de muitas melhorias e bem-estar, mas também de esperanças e expectativas frustradas e de alguma hipoteca da soberania Nacional imposta por circunstâncias externas a que não é alheia a nossa dívida soberana.
Não basta usufruir da liberdade outorgada pelo 25 de Abril de 1974. A guerra colonial que durou treze anos e fez milhares de mortos e estropiados acabou e, bem assim, acabou a ditadura do Estado Novo que durou 41 anos. A democracia começou a dar os primeiros passos. Os vampiros do Zeca Afonso, banqueiros e patronato,  recolheram as garras e afastaram-se, mas alguns estão aí de novo (alguém já os chamou de predadores e chacais) com roupagens de democratas a inviabilizar os caminhos que Abril abriu. Outros que fizeram da política o seu modus vivendi, com a intenção de enganar o povo são já da geração espontânea e trauliteira da direita que nunca gostou de Abril e têm o mesmo objectivo. Contra todos eles, não se pode baixar a guarda. A luta tem de continuar no sentido de se acabar com a corrupção, de melhorar a justiça, reformar o sistema eleitoral, aumentar o emprego, o saber, dar a oportunidade a todos os cidadãos de serem alguém na vida e não só  aos familiares dos políticos, compadres, correlegionários e afins. Portugal tem de ser de todos os portugueses e não só de alguns oportunistas e dos dinossauros que se instalaram no poder utilizando-o, muitas vezes, escandalosamente, em proveito próprio, abusando da paciência e da inércia do povo. A Liberdade conseguida é um bem inestimável, mas Abril só será cumprido quando a democracia deixar de estar nas mãos de alguns corruptos e medíocres, sendo imperativo nacional que estes sejam substituídos por Homens bons, patriotas, que gostem do povo e que cultivem o primado da competência.
 Que as novas gerações tenham a coragem de lutar na prossecução deste objectivo, por um Portugal melhor e solidário com os mais fracos e saibam aproveitar a oportunidade indeclinável de consolidar a democracia e o futuro do País que só foi possível com a gesta heróica dos militares de Abril.

segunda-feira, 8 de abril de 2019

Democracia não pode ser isto.

"A ideia da democracia virtuosa é ridícula, infantil e comovedora." - A. Barreto. 

Claro que não há nenhuma democracia perfeita. Mas é obrigação dos governos aperfeiçoá-la. E a nossa democracia bem precisa. Tanto mais que há já demasiado tempo que as contradições e a actuação suspeita de alguns políticos, a corrupção, o compadrio, o nepotismo, a entrega de empresas estratégicas aos interesses alheios, o estado da justiça, as comissões de (in) transparência, as "comissões reguladoras", o saque dos (e aos) bancos como não há memória, têm feito do país pouco mais que um circo de predadores, onde o povo tem tido o papel de palhaço triste, enganado e roubado. E a democracia não pode ser isto.
E é pena que, tanto quanto se sabe, o autor do texto, enquanto governante, tivesse tido uma fraca prestação para que a democracia fosse virtuosa ou perfeita ou viesse a sê-lo.