domingo, 25 de junho de 2017

No rescaldo da tragédia

Tenho lido quase tudo sobre a catástrofe de Pedrogão Grande. Na comunicação social,  jornalistas há que escrevem de uma maneira e outros de outra e constata-se que a isenção não abunda nesta barafunda. As tendências partidárias são óbvias, mas a verdade exige outra postura. Há quem defenda a tese da descarga do relâmpago (raio) como causa do fogo; há quem afirme que houve fogo posto e há quem diga ainda que foram as duas coisas. É evidente que ninguém quer ser culpado. Mas as falhas no terreno foram inadmissíveis nomeadamente por parte daqueles, cuja responsabilidade da coordenação e combate aos fogos, se esperava outra coisa. Tanto mais que andam há muitos anos nisto. A morte de 64 pessoas e mais de 200 feridos, entre eles um bombeiro, é uma factura demasiado pesada para serem os mesmos a pagá-la. Os bombeiros (soldados da paz) são bons, mas são como os soldados de qualquer exército. Se os generais não prestam, as guerras perdem-se, os soldados são presos e punidos e por vezes mortos. A impunidade tem sido uma constante no problema dos fogos. As causas  dos mesmos têm sido ignoradas, sistematicamente, por interesses espúrios e os efeitos estão aí: devastadores. Talvez tenha chegado a hora de, sem embargo de qualquer natureza e sem hipocrisias, apurar responsabilidades nesta guerra constante que tem reduzido o País a cinzas. Mas, por favor, não poupem os "generais", para que Portugal possa renascer dessas mesmas cinzas de uma vez por todas.

segunda-feira, 19 de junho de 2017

Portugal continua a arder



O incêndio de Pedrogão Grande com 64 mortos e 134 feridos é uma tragédia demasiado grande para não ser visto com um misto de incredulidade e de revolta.
Portugal continua a arder como se fosse vítima de um projecto maquiavélico ou alvo de uma qualquer profecia do Apocalipse; e com ele arde a confiança dos cidadãos nos políticos que têm. O flagelo dos incêndios que todos os anos aumenta e provoca milhões de euros de prejuízo ao País, parece que ninguém sabe ou o quer resolver. Será só  incompetência? Não acreditamos. Fala-se da indústria do fogo e dos negócios sujos e encobertos. E a pergunta que anda na cabeça da maioria dos portugueses talvez ajude a compreender as causas desta terrível e monstruosa questão do fogo:
Porque é que a FAP foi retirada do combate aos fogos na floresta e entregaram esta missão de carácter nacional aos privados?

terça-feira, 13 de junho de 2017

Nepotismo

Dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus deixou de ser um princípio cristão e muito menos político, se alguma vez o foi. Hoje a política, dominada pelos interesses partidários e pelo compadrio (onde sobressai o habitual arco do poder) dá a César o que não é de César e aos que não são da cor, ou não têm cor nenhuma, dá as sobras, se sobrar alguma coisa.

quinta-feira, 1 de junho de 2017

Os amarelos atacam novamente


A oposição ao Ensino Público continua e continuam as manifestações contra o actual governo que está a moralizar o sistema.
Cá estão outra vez os meninos ricos e os betinhos ao ataque, provavelmente manipulados pelos mesmos que andaram a despromover a Escola Pública e a enriquecer à custa do orçamento.
A Escola Pública é para todos, não tem cores nem discrimina ninguém. Quem quer ensino privado que pague. É assim tão difícil de perceber?