sexta-feira, 29 de abril de 2011

Parvo é quem paga a factura

“Na primeira cai qualquer um; na segunda cai quem quer e na terceira cai quem é parvo…”

É a terceira vez que o FMI entra em Portugal.
Por coincidência ou não, tem sido pela mão dos mesmos que tal acontece!...
Nós sabemos disso e não o devemos esquecer. Mas, para o caso nem é relevante, porque só curamos de saber quem tem feito o papel de parvo  nestes processos de desgoverno e de mentira que mais uma vez nos põem à mercê da usura do grande capital e dos tecnocratas do FMI.

Se todos dizem ser bons políticos e afirmam que tudo têm feito pelo País; se temos bons e muito bem pagos gestores é porque nem uns nem outros são parvos...
Ora, mandam a verdade e a experiência dizer que quem nos empresta o dinheiro de parvo também não tem nada.
Mas, é a terceira vez que isto acontece e, à terceira, lá diz o ditado: “só cai quem é parvo.”

Pois, parvo, parvo é o povo que está cada vez mais pobre, vota sempre da mesma forma e paga sempre a factura!...

terça-feira, 26 de abril de 2011

As atitudes definem os homens...

Se é certo que as atitudes definem os homens, ainda melhor, definem certos políticos que temos!...

"Este presidente é mesmo foleiro. Nem sequer convidou os deputados para a cerimónia do 25 de Abril", escreveu José Lello na sua página da rede social da Internet."






segunda-feira, 25 de abril de 2011

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Tempo de Páscoa

Para todos uma Páscoa Feliz

Feliz Páscoa Pictures, Images and Photos

Geração à rasca

"Geração à rasca foi a minha"

Foi uma Geração que viveu num país vazio de gente por causa da emigração e da guerra colonial(*), onde era proibido ser diferente, pensar que todos deveriam ter acesso à saúde, ao ensino e à segurança social.


Uma geração que, devido à guerra colonial, foi obrigada a abandonar a família, bem como, uma parte significativa de jovens, os estudos académicos, durante pelo menos dois anos.


A maior parte já não conseguiu retomar os estudos, tal o efeito psicológico da guerra.
Uma Geração de opiniões censuradas a lápis azul. De mulheres com poucos direitos, mas de homens cheios deles. De grávidas sem assistência e de crianças analfabetas. A mortalidade infantil era de 44,9%. Hoje é de 3,6%.


Uma geração que viveu numa terra em que o casamento era para toda a vida, o divórcio proibido, as uniões de facto eram pecado e filhos sem casar uma desonra.
Hoje, o conceito de família mudou. Há casados, recasados, em união de facto, casais homossexuais, monoparentais, sem filhos por opção, mães solteiras porque sim, pais biológicos, etc.


A mulher era, perante a lei, inferior. A sociedade subjugava-a ao marido, o chefe de família, que tinha o direito de não autorizar a sua saída do país ou de ler-lhe a correspondência.


Os televisores LED, ou a 3 dimensões eram uns caixotes a preto e branco onde se colocava à frente do ecrã um filtro colorido, mas apenas se conseguia transformar os locutores em ET's desfocados.


Na rádio ouviam-se apenas 3 estações - a oficial Emissora Nacional, a católica Rádio Renascença e o inovador Rádio Clube Português. Não tínhamos então os Gato Fedorento, mas dava-nos imenso gozo ouvir Os Parodiantes de Lisboa, ou a Voz dos Ridículos.


As Raves da época eram as festas de garagem, onde de ouvia música de vinil e se fumava liamba das colónias. Nada de bares ou danceterias.
As Docas eram para estivadores, e O Jamaica do Cais do Sodré para marujos. A "Night" era para os boémios. Éramos a geração das tascas, das casas de fado e das "boites" de fama duvidosa. Discotecas eram lojas que vendiam discos, como a Valentim de Carvalho ou a Vadeca.


As Redes Sociais chamavam-se Aerogramas, cartas que a nossa juventude enviava lá da guerra aos pais, noivas, namoradas ou madrinhas de guerra. Agora vivem na Internet, ora alimentando números de socialização no Facebook, ora cultivando batatas no Farmville. O SMS e E-Mails cheios de k e vazios de assentos eram as nossas cartas e postais ou papelinhos contrabandeados nas aulas.

As viagens Low-Cost na nossa Geração eram feitas por via marítima. Quem não se lembra do Niassa, do Timor, do Quanza, do Índia, do Uíge, entre outros, tenebrosos navios que, quando embarcávamos, só tínhamos uma certeza - aviagem de ida, quer fosse para Angola, Moçambique ou Guiné.


Ginásios? Só nas colectividades. Os SPAS chamavam-se Termas e só serviam doentes. Coca-Cola e Pepsi? Eram proibidas. Bebia-se laranjada, gasosa ou pirolito.
Agora IMAGINEM, o que teriam para contar e escrever sobre a sua geração, se o soubessem fazer os analfabetos, nascidos na década de 30 e 40 do século passado, que viveu os despojos da 2ª. guerra mundial e todos os seus efeitos posteriores, desde o RACIONAMENTO, com o uso de SENHAS, que condicionavam
os bens mais comezinhos, como o acesso ao carvão, às bolas de carvão, ao petróleo para uso nos fogareiros, limitava o número de pães/carcaças às famílias, não havia azeite, açúcar bem como a maioria dos bens alimentares, as famílias completas com 4 e 5 filhos, viviam em buracos telúricos, barracas,quartos ou partes de casa alugadas, as pessoas andavam descalças, rotas mas
sem ser por moda, passavam verdadeira fome, empenhavam tudo o que havia em casa à 4ª.Feira, para depois levantar da casa de penhores, se pudessem, ao sábado, dia de receber o reles salário, num ciclo vicioso.


Os atrás citados, são a geração dos actuais avós ou bisavós, que ainda vivos continuam a não contar aos descendentes por vergonha do seu passado e depois na ânsia de darem uma vida melhor aos seus filhos e netos os estragaram com mimos e benesses e contribuíram inconscientemente, para que eles enveredassem desmesuradamente pelo consumismo de toda a ordem, criando
uma dívida descomunal sem procedentes na história do país.


Na minha geração, dos jovens só se esperava que fossem para a tropa ou emigrassem.


Esta é que é uma verdade insofismável que poucos têm a coragem de contar.

(Desconheço o autor)

Pós-texto:
Ao publicar este texto que me foi enviado por mail, não pretendo fazer um exercício de cinismo, até porque reconheço que a actual geração está defrontada com graves problemas que têm de ser resolvidos. Estamos a assistir quase a um conflito de gerações que não interessa a ninguém e que pode ter consequências muito desagradáveis. As diferentes gerações não se podem desviar do objectivo comum que é conseguir condições de vida para enfrentar o futuro com um mínimo de êxito e dignidade. Os mais velhos têm de ajudar os mais novos, mas estes não podem, nem devem depender, toda a vida, dos pais e avós. É este o desafio que eles têm de enfrentar hoje, tal como nós enfrentámos os nossos desafios e dificuldades no passado. Até por que dispõem de melhores condições para o fazer. Para isso torna-se necessário obrigarem os políticos a mudar o de rumo deste país, com novas políticas, onde não seja permitida a corrupção, o compadrio e a falta de sentido de Estado que nos levaram  à actual situação. E a actual situação é, em síntese, como disse hoje António Barreto,no programa Portugal e o Futuro na RTP, a seguinte:

"Portugal rendeu-se. O Estado faliu.Estamos a ser governados por maus políticos.
O essencial que se exige à classe política, é que respeitem a dignidade das pessoas. Informem as pessoas sobre os problemas que existem. Todos têm direito a ser devidamente informados e os políticos têm o dever de informar e esclarecer. As pessoas não têm que se submeter àquela manada robotizada que está no parlamento."

Aqui reside o nó górdio do problema: a não submissão nem à tal "manada", de que fala António Barreto, nem aos que levaram Portugal à ruína. Para que isso aconteça é imperativo ter energia, imaginação e força de vontade sem o que nenhuma geração se salvará.
Portugal só se rende se os Portugueses baixarem os braços!...






quarta-feira, 20 de abril de 2011

Novo Acordo Ortográfico


A Associação Viver em Alegria da Figueira da Foz, realizou hoje um Workshop sobre o novo Acordo Ortográfico.

"Este workshop tem como objectivo geral desenvolver competências de escrita no novo sistema adotado no Novo Acordo Ortográfico, permitindo uma escrita fluente com a aplicação das novas regras ortográficas.”
Curiosamente, escrevi agora, adotado (novas regras) e o  “corrector”, avisou-me logo que é adoptado que se escreve…

Participei no referido mini curso e, confesso, que as dúvidas são mais que muitas. A eliminação das consoantes mudas, justifica-se plenamente. Concordo que a língua tem de evoluir. Mas, na minha modesta opinião, fizeram-se demasiadas cedências e existem algumas alterações no Novo Acordo que não obedecem a regras específicas, ficando um pouco ao livre arbítrio de cada um.


Fernando Pessoa dizia: “A minha Pátria é a língua Portuguesa”.
Que diria ele desta nova foma de escrever?

A culpa do estado a que o País chegou...

Não somos nós que o dizemos. É  quem aqui o diz:

"São 86 por cento os portugueses que acreditam que a culpa do estado a que o país chegou é do primeiro-ministro e do Presidente da República."

Esta realidade não nos admira:

-Sabe-se, que o PS alcançou em 2009,  36,56% de votos. Os portugueses que votaram noutras opções, contra o PS, tiveram 63,44 de votos.
-Nas eleições presidenciais, os eleitores inscritos eram 9.656.797 milhões; votaram só 4.492.292, tendo Cavaco Silva, obtido, 2.231.603 votos, ou seja, 7.425.194 de portugueses, por diversos motivos, não votaram no actual PR.

Com estes números conclui-se o seguinte:  
-A maioria dos portugueses não votou nem no PS, nem no PR.
-O  actual sistema favorece os partidos que  não representam nem expressam a verdadeira vontade do povo.
-Os portugueses também têm culpa na actual situação, ou porque pensam uma coisa e fazem outra, ou porque se alheiam de participar nos destinos do País, por não acreditarem nos políticos que lhes apresentam, não poucas vezes, arregimentados por processos pouco transparentes.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Do Teatro de Tavarede


(Cenas de "Lembranças")

Imagem de uma cena de teatro retirada do blogue: Tavarede Terra de meus Avós.

(Clicar na foto para zoom)

segunda-feira, 18 de abril de 2011

sábado, 16 de abril de 2011

Ainda o caso da Islândia

"Se quisermos fazer uma equivalência directa ao que se passa actualmente em Portugal, o que os islandeses fizeram foi recusar salvar o seu BPN pelos erros que cometeu."- Marisa Matias.


Já referi o exemplo da Islândia aqui, mas a ideia que subjaz é que o caso BPN, salvaguardadas as devidas proporções e o modus faciendi do processo, é uma espécie de fraude "D.Branca", de que se conhecem apenas alguns contornos pouco edificantes, para não dizer coisa pior. - Ver aqui: As acções da SLN.


Daí, talvez a pressa de nacionalizar em tempo recorde, esta instituição bancária: "O principal intuito era: reconstruir o grupo, pela defesa dos interesses de mais de 350 accionistas e 4.260 colaboradores...(...) recuperar os prejuízos de 2008, que ascenderam a 170 milhões de euros. O maior activo da SLN era o Banco Português de Negócios (BPN)", diz-se aqui.


As ligações importantes, de certas pessoas, ao mundo dos negócios e da política, ajudam a perceber parte da crise, com quem estamos metidos e quem manda efectivamente em Portugal... Daí a pergunta: por alma de quem é que temos de pagar a dívida e o dinheiro que alguém ganhou em negócios obscuros e na dita economia de casino e que pôs a bom recato onde lhe convinha?,

quarta-feira, 13 de abril de 2011

O estado a que o País chegou...


Na minha postagem de ontem cometi uma inconfidência ao dizer que tinha votado Fernando Nobre para as presidenciais, o homem que "tem tendência para renegar as suas causas e companhias, quando elas já não interessam".

Casos como este não são novidade, mas galvanizam os media que não falam de outra coisa!...

O que é verdadeiramente importante nesta hora grave para os destinos de Portugal é evitar o pior. Por isso cabe perguntar: que interesse têm estas figuras de pantomina, e as acusações mútuas entre os dois pricipais partidos que não se entendem, para salvar o País da situação apocalíptica em que se encontra? 

terça-feira, 12 de abril de 2011

Os Nobres, já não são o que eram!...

Vou aqui hoje falar de uma desilusão:
Votei Fernando Nobre para as presidenciais, porque me pareceu ser um homem não comprometido com a actual situação do país, imune à lógica dos partidos e com uma experiência profissional e humana que permitiam prever, legitimamente, um isento e exemplar desempenho no exercício do mais alto cargo de magistrado da Nação.

As notícias vindas a lume nos media, que dão como certa a candidatura do ex-candidato às presidenciais, nas lista dos PSD, nas próximas eleições legislativas, com a sua exigência, sine qua non, do lugar de presidente da AR, confirmam, mais uma vez, que no mundo da política tudo pode acontecer e que os interesses mediatos, sobrelevam os ideais tanta vezes propalados.

Com esta desilusão, mais uma, ficou-me a certeza de que os Nobres, tal como a tradição, já não são o que eram!...

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Campeão Nacional em skiff infantil

(Tiago Silva campeão Nacional em skiff Infantil)

Para não dizerem que sou um avô "babado", limito-me a fazer copy paste da notícia aqui inserta:

"Sábado, os 16 atletas infantis e iniciados deram muito boa conta de si ao conquistarem dois títulos nacionais: Tiago Silva em 1x Infantil Masculino “vingou-se” do que lhe fizeram na última prova que tinha participado na pista, foi 1º nas eliminatórias e voltou a chegar à frente na final; Joana Gomes, Inês Costa, Ana Costa e Maria Limede em 4X que começaram a prova com uma caranguejola na 2ª remada, recuperaram “assustaram” as adversárias chegando à meta com 25 segundos de avanço. Está bem Tiago, também chegaste com 15 segundos de avanço!"

(Clicar na foto)

Só a verdade desmistifica



Via: blasfémias

domingo, 10 de abril de 2011

Naval vence Benfica por 2 - 1


Perante uma assistência de 10.000 espectadores, este domingo a Naval 1º de Maio, derrotou o Benfica por 2-1 no Estádio Municipal, José Bento Pessoa e continua a sonhar com a manutenção. Os encarnados ficam a 19 pontos do já campeão FC Porto.
Os golos da Naval foram apontados pelo brasileiro, Bruno Morais na 1ªparte e Marinho na 2ª.
Bruno Morais, no final do jogo, elogiou o trabalho do treinador Mozer e disse ainda:
«Estou muito feliz. Só posso agradecer a Deus, à família, aos amigos e à Naval, que me deu oportunidade de voltar a jogar em Portugal.»
(Foto e pesquisa: Bola,on-line) 

De que Portugal é que eles falam?

Apoios, ataques e trunfos, egos imensos e triunfalismos descabidos.
Entretanto a teimosia de Sócrates custou 387 milhões:
"No espaço de um ano, os juros da dívida soberana disparam nos mercados, agravando a factura que terá de ser paga por todos os portugueses (CM). "
É caso para dizer que quem assim defende Portugal, livra-nos de uma penhora. O que seria se não tivessem defendido...
A triste realidade é bem diferente.
No mínimo, o decoro e o bom senso morreram há muito tempo neste País!...



sexta-feira, 8 de abril de 2011

Não é bom que o homem esteja só...

Contra o que é hábito deixo aqui um belo recorte feminino. Não nos esqueçamos que se Deu criou a mulher, foi porque entendeu que "não é bom que o homem esteja só"...
Bom fim de semana.

O PEC 4, o mentiroso e o lobo

“Segundo o Semanário SOL de hoje, "Sócrates fez bluff". Quando negociou o PEC 4 em Bruxelas, o 1º ministro assumiu também o compromisso de pedir uma ajuda externa de 80 mil milhões de euros. Sócrates escondeu esse facto e andou a fazer bluff sobre o empréstimo."

Este imbróglio do PEC 4, continua a ser motivo de especulação e de acusações mútuas e insinuações quer dos partidos, quer da banca. Ninguém quer assumir o ónus do pedido de resgate da dívida e da entrada do FMI. Mas, sabe-se que alguém mente, tal como na história do rapaz e do lobo (Fábula de Esopo).  

Mas, o mais incoerente de tudo isto é que, no "redil", parte do rebanho, continua a querer seguir o pastor mentiroso que o levou à boca do predador.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Portugal de joelhos

O cerco fechou-se. A crise internacional não explica tudo:
A porca da política, os gestores de "elite", a mentira e os governos que não governaram, dobram pela terceira vez os joelhos de Portugal aos interesses da banca europeia e não só.

Ver vídeo de José Mário Branco em: http://youtu.be/5tn4RLrLLxE

quarta-feira, 6 de abril de 2011

terça-feira, 5 de abril de 2011

Criadas e patrões


“Portugal está na EU como estavam as antigas criadas de servir na casa dos patrões”

(Carvalho da Silva, sec.-geral da CGTP)

Um bom retrato da nossa dependência da EU, feito pelo líder da CGTP.

Nada disse, talvez por uma questão de pudor, sobre os segredos de alcova ocorridos com algumas dessas serviçais vindas dos lugares mais atrasados do país à procura da sua oportunidade de serem alguém na vida: o relacionamento mais ou menos sórdido, mais ou menos conivente, de alguns patrões que as obrigavam a tirar as calcinhas quando as patroas não estavam disponíveis.
Algumas, graças à sua habilidosa insinuação ou dotes naturais, acabavam por ser senhoras. Mas, isso já foi chão que deu uvas. Hoje, a (s) patroa (s) da UE tem (êm) os olhos demasiado abertos e Portugal, por este andar, nunca deixará de ser “criada de servir.”

Ver ainda aqui.





segunda-feira, 4 de abril de 2011

O BOM SENSO

O BOM SENSO já morreu há muito tempo neste País e deixou três falsos herdeiros:

-"Eu conheço bem os meus direitos"
-"A culpa não é minha"
-"Sou uma vítima da sociedade"

Claro que não houve muita gente no seu funeral porque já não temos muitas pessoas que o conheçam bem e poucos se deram conta de que ele partiu.
Se os que ainda se lembram dele não fizerem nada, vai continuar tudo como está.
Nota:
Síntese e adaptação de um longo texto recebido por e-mail.

Pescadores da Gala roubados


"Sete motores foram furtados na madrugada de hoje de pequenos barcos de pescas ancorados na marina do portinho da Gala, na Figueira da Foz, confirmou à agência Lusa fonte da Polícia Marítima."-Fonte DN.

A pesca artesanal continua a ser o seu ganha pão. Fazem o que aprenderam: "não estejas à espera que te dêem peixe, aprende a pescar". Onde é que já ouvi isto?
Mas, outros aprenderam a roubar (nesta arte mestres não faltam) e é o que fazem...

domingo, 3 de abril de 2011

Contratos e promoções, antes das eleições...

"O Governo demissionário não parou de contratar e promover funcionários após o chumbo do PEC 4 a 23 de Março. De acordo com as publicações em Diário da República contabilizadas pelo jornal «Diário de Notícias», o Executivo de José Sócrates assinou 85 nomeações e 71 promoções."
Fonte-Agência Financeira


Apesar da tão apregoada contenção da despesa; dos cortes de salários na função pública e nas pensões; da não progressão nas carreiras o executivo, em fim de linha, faz o que sempre soube fazer melhor: assegurar "tachos" e promoções aos boys, assessores e gestores da mesma familia endividando cada vez mais o Estado.
Não é por acaso que dizem em surdina: "favores só para os do partido e amigos; para os outros, cumpra-se com a lei."
O problema é que nem com a lei cumprem, em meros actos de gestão corrente, quando os destinatários não lhes dizem nada ou não são da cor.
Pós-texto:
Para mais detalhes clicar aqui.http://www.inverbis.net/

sábado, 2 de abril de 2011

A Música e a Alma



"Frias Gonçalves interpreta a "Marcha do Vapor", de Dias Soares, numa homenagem à linda Figueira da Foz , dedilhada e trinada pelas guitarras e violas, ao estilo da cidade irmã, conseguindo uma invulgar adaptação desta bela marcha à Toada Coimbrã."

Bom fim de semana.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

"Conversas do Casino"



O sociólogo, António Barreto, foi ontem o convidado do programa em título, efectuado no salão de festas do Casino, tendo respondido a várias questões colocadas pela jornalista Fátima Campos Ferreira.
Perante uma atenta e numerosa audiência o ex-governante do PS (ministro da agricultura) dissertou sobre vários temas da actualidade política nacional, dos quais destacamos as seguintes:
"-O país não tem grandes condições para a agricultura a começar pelos solos pobres e pelo próprio clima que não é favorável. O minifúndio e o emparcelamento não resultaram. O cultivo do trigo no Alentejo, por exemplo, era dos mais caros da Europa. Mas com a nossa entrada na CEE o problema agravou-se. Deve-se apostar mais no cultivo de frutas e outras culturas onde os solos sejam mais propícios para não ficarmos completamente dependentes do exterior como já somos.
-A floresta é um caso à parte e constitui uma riqueza. Deve ter sido em conta o seu maior desenvolvimento nomeadamente com plantação do sobreiro e do pinheiro e a reflorestação de outras espécies que estão a desaparecer provocados pelos incêndios e pragas que as desvastam.
-Na questão do mar avançou-se demais com o abate dos barcos de pesca o que, com as as cotas da captura de pescado impostas pela EU, quase desmantelou o sector e nos tornou também quase dependentes, numa área em que tradicionalmente sempre fomos bons.
-Reconheceu que grande parte dos fundos estruturais que recebemos da EU não foram bem aplicados ou tiveram destinos ainda não muito bem esclarecidos. Mas, neste particular ficou-nos a ideia de que A. Barreto não disse tudo o que sabia.
-Na área da política sustentou que o PR devia ser menos espectador e ter uma intervenção mais activa nos assuntos do país e criticou também os políticos e governantes, por se preocuparem mais com os seus partidos e menos com a crise que nos afecta. Frisou que não deixa de ser sintomático não falarem sequer uns com os outros, numa altura em que todos deveriam unir-se, trocar ideias e conjugar esforços para salvar o país da grave crise em que se encontra.
Mais disse que na AR os deputados actuam em função da disciplina partidária; que têm medo e que votam muitas vezes contra as suas próprias convicções.
À pergunta de Fátima Campos se não se importava de fazer parte de um governo constituído por um grupo de “homens bons” para salvar Portugal dessa mesma crise, António Barreto respondeu que a sua participação na política foi uma página que se virou de vez na sua vida e que vai limitar-se à sua participação cívica como qualquer outro cidadão."


Na nossa modesta perspectiva a nova política agrícola (PAC) com a nossa adesão à CEE, só nos prejudicou. Os terrenos são pobres e precisam de novas tecnologias para serem rentabilizados. Mas sem capacidade financeira as explorações que ainda existem deixam de ser competitivas e vão à falência.
A outros níveis do sector primário tais como a pecuária e a produção de leite os produtores queixam-se de terem prejuízos. Os interesses das pescas não foram devidamente salvaguardados. Estamos reduzidos à existência de um sector secundário também ele em crise. Assim não há PIDAC’s que nos salvem. Não se sabe qual vai ser o nosso futuro, tanto mais que das novas eleições não está garantido que saia um governo maioritário que permita a tão almejada estabilidade o que augura a continuação de um quadro partidário na AR idêntico ao de hoje e a garantia da doença irreversível e sistémica de que sofrem alguns políticos, desde o 25 de Abril, que a transmitem ao País com todas as consequências negativas.
Segundo dados de 2009 a nossa dívida externa era de 108,6 do PIB ou melhor o Banco de Portugal, no seu Boletim de Setembro de 2009, refere que a Dívida Externa Líquida é de 134.327 milhões de euros. Além dos mais, parece não haver a certeza de se poder pagar os juros da dívida que já se vencem neste mês de Abril.


Alguns espectadores puseram várias perguntas ao distinto orador. Mas a que faltou fazer foi se, não se relançar a economia; se não se conseguir criar riqueza para pagar aos credores; se não se mudar drasticamente de rumo,  qual vai ser o destino de Portugal. A resposta talvez fosse: o caos. Mas não estamos certos que o  dissesse, dada a contenção que nos pareceu fazer para não ser demasiado pessimista e por acreditar ainda no País que somos.
(Clicar na foto para zoom)