domingo, 30 de dezembro de 2012

Parapente - O sonho de Ícaro





Figueira da Foz, hoje às 16H00

O parapente e o paramotor (parapente + motor) estão muito divulgados na Figueira da Foz. A serra da Boa Viagem e a praia da Claridade têm excelentes condições para a prática da modalidade.
Nunca fiz parapente (gosto mais dos pés assentes na terra...), mas admiro e quase "invejo" os carolas figueirenses e não só, que todos os fins de semana, no recorte do horizonte, lá bem do alto, admiram a nossa bela cidade disfrutando paisagens que só os aventureiros, amantes dos céus e seguidores de Ícaro, conseguem ter.
Talvez um dia, tente uma aventura destas. Mas, entretanto, fico-me pelos sonhos e pela admiração...e já não é mau!... 

"Voar, voar
Subir, subir
Ir por onde for
Descer até o céu cair
Ou mudar de cor
Anjos de gás
Asas de ilusão
E um sonho audaz
Feito um balão..."


Bom Ano para os amantes da modalidade.

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sábado, 29 de dezembro de 2012

Suspensão do acordo ortográfico




"Presidente do Centro Cultural de Belém defende uma renegociação com os restantes países e diz ser “delirante” manter acordo quando o Brasil o empurrou mais três anos."-Ver mais aqui.

Vasco Graça Moura tem sido um dos mais sensatos e coerentes críticos do acordo ortográfico. Honra lhe seja feita. O actual (des) acordo é bem o símbolo de um Portugal à deriva e à procura da sua identidade, cada vez mais perdida, por culpa de políticos menores que  têm vendido o País por um prato de lentilhas.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

O impostor e a verdade

"A nossa vontade é de mentira."

A frase acima é de Pedro Lomba que, no Público de hoje, se refere ao falso consultor do Banco Mundial e funcionário da ONU de seu nome, Artur Baptista da Silva que foi estrela candente na comunicação social nos últimos dias. Brilhou (enganou) em conferências de imprensa, na SIC, TSF e no Expresso, jornalistas tidos por experts dos media nacional. Apontou  o dedo a alguns políticos e criticou erros do actual Governo.  Afirmou que a dívida pública deve ser negociada para o país não ficar de joelhos dentro de pouco tempo.

O impostor, falou verdade, mas utilizou métodos errados para se fazer ouvir e, como todas as estrelas candentes, caíu. Já o querem prender.

Afinal, "A nossa vontade é de mentira", porque há cerca de trinta anos que os mesmos políticos nos mentem, votamos neles e ninguém os prende...

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Tempo de Natal






Estamos em tempo de Natal.

Vivemos uma época de angústia, provocada por uma crise que afecta implacavelmente os cidadãos de menores recursos. O conceito de Pátria e os valores da família estão a ser postos em causa. Campeia o "arrivismo" político e a falta de pudor e sensibilidade social de que alguns governantes são bem o exemplo.
 
Os percalços e as bofetadas da vida, fustigam cada vez mais os portugueses, pese embora serem dignos de melhor sorte e de maior respeito por parte dos poderes constituídos. Mas, com o advento do Natal, na sociedade portuguesa, tradicionalmente cristã, surge quase sempre uma renovada esperança em dias melhores. Dentro desse espírito e na prossecução de tal objectivo, desejo aos leitores do LIMONETE um FELIZ NATAL e um BOM ANO NOVO e  não desistam de renovar essa esperança, nem deixem de travar um bom combate por uma vida melhor e por um Portugal mais justo e solidário.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Lição à Alemanha


A adesão de Portugal à UE resultou nalguns benefícios para o País, mas levou ao abandono ou regressão do nosso processo produtivo em áreas fundamentais, tais como a agricultura, as pescas, a construção  e reparação navais, etc. Não sei se teria de ser assim, mas esta política da UE tem sido perversa para os pequenos países. Aliás, como o atestam a falta de crescimento da nossa economia e o nosso brutal endividamento  que obriga o actual governo às privatizações, eufemismo de "venda a retalho do País", do que resta de áreas estratégicas nacionais aos interesses estrangeiros, como se diz por aí.
É óbvio que a maior culpa da situação em que o País se encontra se deve a políticas erradas, aos procedimentos movidos por interesses e conluios partidários de alguns dos nossos "bem-pensantes" políticos, que levaram aos compromissos com a troika e à nossa dependência do BCE e FMI.  Mas a austeridade e a falta de solidariedade é um erro que pode fazer sair Portugal da UE. A liderança da Alemanha e a sua potencial e antiga pretensão hegemónica, fazem desconfiar, também, alguns dos seus  parceiros europeus que poderão seguir o mesmo caminho, pondo fim, deste modo, ao tão decantado projecto da união europeia.
Disso mesmo falou Helmut Schmidt no seu discurso no congresso do SPD em 4 de Dezembro de 2011 em Berlim, que é uma extraordinária "Lição à Alemanha" e que pode ser lido aqui.


quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Que outro rumo para Portugal?




Com as devidas adaptações ao caso português, a tese de Garcia Pereira não anda muito longe do caso da Islândia. E as soluções têm de ser equacionadas na previsão de que o país, num futuro muito próximo, poderá ter de abandonar a UE  que, com a sua política ultraliberal e capitalista, só agrava a crise portuguesa e a vergonhosa dependência em que nos encontramos.

Ver mais aqui.

"Mesmo que não se partilhe dos ideais do advogado Garcia Pereira, vale a pena dar atenção à sua postura, séria convicta e honesta e, depois, tirarmos as nossas conclusões. A solução exposta apresenta racionalidade".
Sacado daqui.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Ficar sem anéis e sem dedos




"Em Setembro de 2011, Miguel Relvas encontrou-se com Gérman Efromovich para falar da privatização da TAP. Em Novembro do mesmo ano, as empresas ligadas a José Dirceu, condenado pelos crimes de formação de quadrilha e corrupção activa, vieram a Lisboa preparar a entrada do empresário na mais emblemática empresa portuguesa.

(...) A 19/02/2012, o ministro explicou ao PÚBLICO: "Mantenho uma relação de amizade" com José Dirceu "que data de 2004, apesar de já não o ver há cerca de um ano."

No Público de hoje, edição impressa (o título do post é nosso) podem-se ler três páginas sobre a privatização da TAP. Vem lá tudo ou quase tudo... "é uma grande confusão" como disse " um alto responsável que acompanha a privatização".

A TAP não pertence ao Governo, pertence ao Estado e para nós, cidadãos, a grande confusão, são os contornos do negócio e as notícias do envolvimento de certos "figurões" na privatização de mais uma empresa estratégica em tempo de crise.

Ficar  sem a TAP, sem anéis e, pior do que isso, sem dedos é os que nos espera.

 

 












quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Crise e globalização


A crise portuguesa é resultado da "incapacidade de Portugal de se adaptar às tendências económicas globais", disse hoje o chefe de missão do Fundo Monetário Internacional (FMI), Abebe Aemro Selassie.

Talvez ele tenha razão, mas só em parte. Em primeiro lugar porque os problemas do nosso País devem-se aos interesses domésticos e de grupo dos nossos actuais governantes. Segundo porque a globalização não é, de todo, nenhuma novidade para os portugueses. E digo isto por que, há tempo, li o livro A Primeira Aldeia Global (Como Portugal mudou o Mundo) do escritor inglês Martin Page, que diz, detalhadamente, serem os portugueses a darem os primeiros passos no sentido da globalização. Pode ler-se no início do referido livro o seguinte:

“Após a conquista de Lisboa, pelos Normandos, o novo Portugal levou Veneza à bancarrota e tornou-se a nação mais rica da Europa. Antes der ser eleito Papa, com o nome de João XXI, Pedro Hispano, nascido em Lisboa, escreveu um dos primeiros compêndios modernos sobre Medicina que, um século mais tarde, era livro de consulta obrigatória em quase toda a Europa. Os portugueses levaram as túlipas, os chocolates e os diamantes para a Holanda, introduziram na Inglaterra, o hábito do chá das cinco e deram a Bombaim a chave do Império. Ensinaram África a proteger-se contra a malária e levaram carregamentos de escravos para a América. Introduziram na Índia o ensino superior, o caril e as chamuças e, no japão, a tempera e as armas de fogo.”

Ao ler este texto não podemos deixar de sentir uma certa auto-estima e orgulho de ser português, por um lado e, por outro, sentir desgosto pela situação de crise e dependência em que nos encontramos hoje. E como foi isto possível? A esta pergunta há que dar uma resposta despretensiosa e sucinta:

O assalto ao poder de alguma classe política,  pesporrente, pós 25 de Abril (este feito com boas intenções) com interesses que não eram os de Portugal; a falta de uma estratégia credível para enfrentar os novos desafios decorrentes da descolonização  (fim do "Mundo GlobalPortuguês"); a incompetência de muitos, aliados à corrupção nacional subsequente, com graves culpas para as elites que nos têm governado neste últimos vinte anos, deram origem a uma dívida pública de mais de 190 mil milhões de euros (a terceira mais elevada da Europa).
Como resolver isto?

1-Primado da Justiça:
É imperativo chamar à responsabilidade quem desbaratou os dinheiros públicos, ir buscar o dinheiro a quem o esbulhou e meter na prisão os culpados.

2-Nenhum agricultor lança sementes novas, em terras alheias:
É necessário criar condições e empregos aos novos valores e inteligências que há no país e não incentivá-los a emigrar como se tem feito, o que é um sinal de desnorte e de incapacidade de quem o faz:

3-Ninguém põe vinho novo em odres velhos:

É preciso criar novas políticas e dar oportunidade a novos políticos não comprometidos com a actual situação. Para tanto, urge apear dos lugares de responsabilidades todos os que têm culpas do actual descalabro do país, por muita consideração que alguns deles nos possam merecer por razões institucionais. Não podemos continuar a ser ingénuos ao ponto de  acreditar que os mesmos que puseram Portugal de joelhos é que vão resolver a situação, sem o agravamento brutal das condições de vida do povo já de si precárias.
Se esta ou qualquer outra accção não for feita, vai ser muito difícil sair da crise com alguma dignidade e alento para enfrentarmos os problemas da  nova globalização da qual, hoje, somos vítimas e não autores.


Nota: Porque poderia ficar a ideia de que sou adepto da globalização (não sou) fiz uma pequena correcção na parte final do último parágrafo. 
 

 

 

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Portugal deve ter as mesmas condições que a Grécia para pagar a dívida?

"Não sei se deve ou não ter as mesmas condições que a Grécia. O que eu sei é que as condições colocadas a Portugal são insustentáveis. Basta dizer que pagamos em juros, por ano, mais do que gastamos com a saúde. Naturalmente, as condições devem ser negociadas, uma vez que assim não vamos salvar o País. É preciso reduzir as comissões que ganham quem nos empresta o dinheiro. Não me parece correcto que a Alemanha se financie a juros negativos e depois nos cobre a três ou a mais por cento. Com a nossa economia a afundar-se, é impossível pagarmos a dívida. São precisas novas condições, podem ser as gregas ou outras."
-Eugénio Rosa, economista, in O Diabo.


A Alemanha sabe muito bem o que quer. Baseou a sua reconstrução pós guerra, num modelo económico virado para a exportação o que tem feito com grande êxito. Exporta para tudo o que é sítio e em especial para os países do mercado europeu que aceitaram destruir o seu processo produtivo, deslumbrados com os euros que vieram da EU.  É hoje o motor da Europa e não quer perder esse estatuto e, muito menos, abrir os cordões à bolsa, ou ser menos usurária. Pode estar de acordo com a negociação da dívida da Grécia ou mesmo perdoá-la, talvez porque existem razões  históricas (antiga dívida de guerra) ou  outras para o fazer. Connosco não vai acontecer isso, como já o afirmou a srª. Merkel. E é pouco provável que ela mude de opinião ou influencie os directórios europeus nesse sentido. Ela sabe bem porquê…
Em tempo:
Em face das perspectivas sombrias que estão mais que desenhadas para o nosso país, muito por nossa culpa, o que é que nos espera?


segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Eles riem-se mas não nos alegram...


Justificam-se estes sorrisos rasgados ao comemorarem o prémio Nobel da Paz atribuído à União Europeia? Com uma  Europa em crise, onde existe fome, onde se privilegiam os interesses do grande capital que põe em causa a soberania dos pequenos países e empobrece cada vez mais os seus cidadãos, não se justificam.
O prémio Nobel da Paz para uma Europa desigual, onde germinam já sementes de revolta de cidadãos  europeus, vítimas de uma guerra surda, provocam sim, gargalhadas a outros políticos, com perspectivas diferentes e certamente  bem mais realistas: 

"Nigel Farage (União para a Europa das Nações, Reino Unido) confessa ter começado ás gargalhadas assim que soube que o Nobel tinha sido atribuído à UE: "É uma anedota gigante. A UE ajudou a criar pobreza e desemprego que afectam milhões de pessoas e que está a agravar os problemas de violência no Sul da Europa e a aumentar o sentimento de antipatia nos países do Norte em relação aos resgates financeiros." Para eurodeputado inglês, esta decisão é um sinal de descrédito do Prémio Nobel da Paz e do Comité que o atribuiu."

Foto sacada daqui

domingo, 9 de dezembro de 2012

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

De acordo ortográfico a "ortopédico"

"O Governo brasileiro prepara um decreto presidencial para adiar a vigência obrigatória do Novo Acordo Ortográfico, em três anos, para janeiro de 2016, afirma o senador Cyro Miranda..."

"O acordo [ortográfico] está muito confuso. Acredito que tanto Portugal como o Brasil vão pedir para que ele seja revisto", disse o senador à Lusa.

Angola também adiou a data da vigência do acordo por entenderem que o mesmo tem de ser revisto. De resto os angolanos já deram provas de que são ser maiores defensores da língua portuguesa de que os próprios portugueses.

Com as minhas limitações, e como me é possível fazê-lo, também não defendo o actual acordo, tal como faço aqui, que prevê algumas alterações  no mínimo bizarras. Há já quem diga que deveria  chamar-se "acordo ortopédico" e não ortográfico, tais são os entorses com que nasceu à partida. Mas, até neste particular, parece líquido que os interesses mandam mais que o bom senso que deveria haver na defesa da língua de Camões.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Não há plano contra a corrupção

"Não há uma visão conjunta do que é preciso fazer para prevenir e combater a corrupção, não há meios adequados e as nossas instâncias, tribunais funcionam muito mal", afirmou João Cravinho à agência Lusa, comentando assim o facto de Portugal estar em 33.º lugar entre 176 países, no relatório anual da agência Transparency International."

E mesmo que haja plano e meios adequados para combater a corrupção quem nos garante que vão funcionar? Os interesses combatem-se a si próprios? Mudem-se as mentalidades e a vontade e o resto vem por acréscimo.

Os privados e a Escola Pública

"Os privados a encherem-se e a Escola Pública a perder alunos"



Dói até à alma ver isto, o que de resto "muitos de nós já sabíamos ou desconfiávamos", como diz o blogue conterrâneo Outramargem.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Alexandre Herculano e a política


"A história política é uma série de desconchavos, de torpezas, de inépcias, de incoerências indesculpáveis; ligadas contudo por um pensamento constante, o de enriquecerem os chefes de partido! Ideias, não se encontram em toda essa história senão as que esses homens beberam nos livros franceses mais vulgares e banais. Hoje achá-los-eis progressistas, amanhã reaccionários; hoje conservadores, amanhã reformadores; olhai, porém, com atenção e encontrá-los-eis sempre nulos."
(Alexandre Herculano – 1851)

Alexandre Herculano nasceu em 1810 e faleceu em 1877. Foi militar, escritor, o nosso melhor historiador e considerado o maior português do séc. XIX
O que Alexandre Herculano diz sobre a história política e os chefes dos partidos do seu tempo não deixa de ser verdade ainda hoje, com a agravante do compadrio e da fúria das nomeações dos jobs for the boys  da cor que tudo secam à sua volta. Mas, talvez tivesse pecado por excesso na questão do enriquecimento dos "chefes de partido". Não haveria nenhum sério no tempo dele? Hoje sabemos que alguns políticos da nossa história recente, serviram o país sem que tivessem em mente enriquecerem. E, de facto, tal aconteceu. Um deles, apesar de ser ditador, faleceu pobre, há cerca de 42 anos. Um outro, militar, democrata e prestigiado Presidente da República pós 25 de Abril, cumpriu com o seu dever de governante, sem pensar no vil metal. Antes pelo contrário, recusou receber honorários e honrarias a que legitimamente tinha direito. Honra lhe seja feita.

 Ainda está vivo e entre nós, felizmente!...

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Figueira sem iluminação de Natal



(...) "ainda não vai ser este ano que o espírito natalício vai ser iluminado nas principais artérias comerciais da cidade como acontecia até a austeridade municipal e nacional se ter instalado. Sozinhos, “os comerciantes e a ACIFF não têm capacidade financeira” para suportar a iluminação de Natal."-In Diário das Beiras.

Por várias razões e mais esta, este vai ser mais um Natal do nosso descontentamento nesta nossa linda cidade da Figueira da Foz. 

sábado, 1 de dezembro de 2012

A frase do dia



"O maquiavelismo amador e torpe em que se educou (o PSD) persistiu e continua a persistir no meio do desastre português." - VPV-in Público de hoje.

Nota: itálico meu.
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Restauração de Portugal



A comemoração do feriado do 1ºde Dezembro (Dia da Restauração) será feita este ano pela última vez, a menos que haja um volte face nas intenções do Governo. Existe uma petição pública nesse sentido que tem tido uma grande adesão.

Não concordo com a eliminação deste feriado, como já dei conta aqui, nem com o da implantação da República.

"Não por acaso, o Governo das direitas extinguiu dois feriados republicanos: o 5 de Outubro, data da instauração da República, o 1º de Dezembro, data da Restauração da Independência que não serão comemorados a partir de 2013...

Tudo isto é irrelevante para quem exerce a sua violência simbólica. É uma direita que choca pela sua falta de cultura e pela absorção acrítica de maneirismos e preconceitos de algumas instituições e dirigentes políticos estrangeiros, aplicando receitas brutais que estão a desestruturar as nossas relações e económicas. Este Governo está a fazê-lo, para além de tudo o mais, com um discurso impassível que reduz a complexidade do país a meia dúzia de lugares-comuns e que está assente numa chocante duplicidade.

Perceber o exercício da violência simbólica é o primeiro passo para nos defendermos desta humilhação."