quinta-feira, 31 de março de 2011

Lula da Silva-Honoris Causa


"O ex-presidente brasileiro Lula da Silva recebeu o doutoramento “honoris causa” pela Faculdade de Direito de Coimbra, cumprindo uma tradição da universidade em homenagear chefes de Estado do “país irmão”.

"Lula da Silva já recebeu o doutoramento «honoris causa» pela faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. o antigo presidente do Brasil prometeu dedicar a distinção ao ex-vice José Alencar, que faleceu esta terça-feira e o obrigou a regressar mais cedo com Dilma Rousseff. Lula acabou por dedicar a distinção ao povo brasileiro".

Lula da Silva merece esta distinção, porque dinamizou a economia do Brasil e alterou as políticas sociais e com isso tirou milhões de brasileiros da pobreza extrema quer aumentando-lhes salários, quer repartindo subsídios por quem mais necessitava.


No vídeo abaixo pode ver-se, quanto a nós, a sua melhor "tese de doutoramento":



http://www.youtube.com/watch?v=or-LDiB5Ww4

terça-feira, 29 de março de 2011

Islândia sai da recessão

"A crise levou os islandeses a mudar de governo e a chumbar o resgate dos bancos. Mas o exemplo de democracia não tem tido cobertura".-Jornal I.

O que se passa neste pequeno País, talvez seja um exemplo para Portugal. O povo da islândia abriu a "pestana". Mas se o povo aqui não é quem mais ordena, pelo menos que sejam alguns responsáveis a tirar ilacções em conformidade...

segunda-feira, 28 de março de 2011

Da guerra colonial e dos convívios militares


Os ex-militares da C.Artª.87 vão fazer o seu 10º convívio na cidade da Figueira da Foz no dia 28 de Maio (sábado) para comemorar a sua ida à guerra do Ultramar. É uma comemoração com um significado diferente do habitual, porque faz cinquenta anos no próximo dia 21 de Abri que embarcaram para Angola.
Tendo como unidade mobilizadora o extinto RAP 3, a unidade, que tinha inicialmente o nome de 2ª. Companhia de Artilharia, desfilou nesta cidade no dia 20 de Abril de 1961, com uma despedida sentida da maioria da população e das forças vivas da cidade, vendo-se algumas lágrimas nos olhos de muitos amigos e familiares dos expedicionários.
O contingente embarcou no dia seguinte (21) em Lisboa no cais das colunas no N/M Niassa, rumo à então Província Ultramarina de Angola. Foi das primeiras companhias de artilharia a seguir para o teatro da guerra que ali fora desencadeada pela UPA em 15 de Março na região dos Dembos.
Era constituída por 6 oficiais (incluindo um Alf.milº médico) 15 sargentos e 166 praças.
A C.Artª.87, regressou no dia 23 de Maio de 1963 em comboio especial à sua unidade de origem, tendo sido notícia em toda a imprensa local. A Voz da Figueira na sua edição de 30 de Maio de 1963, referindo-se ao evento, em grandes parangonas, dizia o seguinte: “A Figueira recebeu carinhosamente a Companhia do RAP 3 que depois de cumprir briosamente dois anos de soberania em Angola, regressou a esta cidade.” Com efeito o desfile dos expedicionários que começou na Estação da CP, foi vitoriado com  os aplausos carinhosos da população que enchia por completo a Rua da República e o largo Dr. Nunes junto à Câmara Municipal.
Não regressaram todos, porque houve duas mortes em campanha, dois oficiais continuaram em Angola em missão de serviço e cerca de 4 praças decidiram iniciar nova vida em África.
A campanha em Angola, porque feita num dos períodos mais conturbados da sua história, pôs à prova a coragem e a entreajuda dos jovens militares que, pela primeira viam a selva africana e ainda os cenários mais horríveis de destruição e morte que jamais poderiam ter imaginado na sua vida. Na realidade no norte de Angola na zona das fazendas e do café, via-se bem que a demência e a destruição pura e simples, nada tinham poupado em Março de 1961, poucos dias antes da nossa chegada. Crianças, mulheres, brancos e pretos, foram por igual, vítimas de uma sanha ainda hoje incompreensível.
Passou-se sede e fome. Dormia-se debaixo das viaturas militares, porque não havia acampamentos. Progredia-se no terreno de dia e de noite, debaixo de chuva e das flagelações do inimigo. Os jovens artilheiros que nada sabiam de caçadores, foram obrigados a fazer serviço de infantaria e a adaptar-se a uma guerra para a qual não estavam preparados, é preciso dizê-lo, mas fizeram o impossível para não desmerecer a honra de servir a Pátria e defender a vida e os bens dos seus compatriotas. Por isso, alguns antigos combatentes, ainda não fizeram a catarse da guerra. Daí, também, a razão e a necessidade destes convívios, enquanto vivos.


Sabemos que o sacrifício feito no passado, por uma ou mais gerações, que cumpriram o serviço militar obrigatório em África, é reconhecido pela maioria dos portugueses, mas há quem  o tenha em menos conta , chegando mesmo ao despautério de dizer que heróis foram os que fugiram à guerra. Afirmações como estas referidas no jornal Público do dia 17 de Março: (...) Há todo um apelo à mais pura infâmia, à cobardia dos que não desertaram e partiram para matar"...e feitas aqui e aqui, não deixam de ser um sinal dos tempos que vivemos.
Procurou-se com tais afirmações, atingir o PR que fez um discurso a elogiar os antigos combatentes dando-os como exemplo às novas gerações. Mas, apologia da inversão de princípios e valores que hoje se pretende incutir na sociedade, não deixa de ser sintomática e radica ou na ignorância e na falta de respeito pelos nossa história, ou na prossecução de outros interesses mais sombrios e inconfessáveis. 
Despretensiosamente o autor deste blogue, com a assinatura, J.Silva, rebateu a tese da deserção como se segue:


Em 1500 ocupar, desbravar, negociar, evangelizar e colonizar terras, na sua maior parte desertas, não era crime nenhum. Crime era o esclavagismo que aliás, foi abolido, e a exploração do trabalho. Mas esta também existe aqui hoje na Europa, em Paris e em Lisboa. A cultura portuguesa e a africana iam-se interligando e a miscigenação também. Fomos das Nações menos colonialista em África. Erros? Todos os cometeram… O nosso problema foi não se ter dado cumprimento ao sonho de Norton de Matos e fazer de Angola um novo Brasil (o grande erro de Salazar) pois, afinal, nem de lições de descolonização precisávamos, como nos quiseram dar mais tarde os USA desde Kennedy (e não só) incitando os naturais de Angola à revolta, esquecendo-se que eles próprios reprimiram e devastaram tribos inteiras de índios (deixando só alguns para amostra) numa terra que não era deles e que ocuparam pela força. Quase todos os países da Europa colonizaram à época. Não faz sentido portanto que se faça a auto-flagelação daquilo que fomos e fizemos no passado o que não deixa de ser um pouco idiota, o que leva, aliás, a incensar por arrastamento, os desertores e os apátridas, precisamente aquilo que os negros não queriam ser. Quem tem valor afinal? Exemplifiquemos: são ou não os combatentes que foram para Angola em Março de 61, defender a vida e bens dos seus compatriotas, dos brancos e até dos negros vítimas da horda selvagem que se abateu no norte de Angola que provocou em poucos dias mais de 6.000 mortes? A hecatombe foi de tal ordem que até Holden Roberto que se encontrava nessa altura com Kennedi, teve vergonha de se assumir como um dos mandatários do genocídio.
Concedemos que a descolonização, mesmo depois dos acontecimentos, pecou por tardia. Todos os países colonizadores, combateram revoltas, justas ou não, e defenderam os seus compatriotas quando isso se impunha. Porque razão o havíamos de fazer por menos?
O slogan África para os Africanos (negros) é a coisa mais estúpida e mais racista que se forjou ao de cima da terra. Mas ele emergiu por razões de cobiça das grandes potências que quiseram controlar e roubar, aliás com êxito, as riquezas alheias, os direitos dos naturais e históricos de quem já estava.
Em síntese: escrevam o que quiserem sobre o tema, mas haja um pouco de decoro e vergonha ao fazerem, sub-repticiamente, a apologia do esquerdismo irresponsável, porque os que combateram em África, com vontade ou não, com razão ou sem ela, que entendiam até que a independência, controlada, era o melhor caminho para todos, são mais importantes do aqueles que os criticam. Só por uma razão muito simples. As FA não têm, ou não deviam ter, ideologias; os militares cumprem com o seu dever para com a Pátria, quando esta o exige, seja em que circunstâncias forem. E porque muitos não pensam assim; porque perderam o sentido do dever em todas as latitudes da vida e só se reconhecem com direitos, é que chegámos aonde chegámos!…

Uma última nota:
Não se pretende fazer aqui a apologia dos falcões ou do deus Marte nem do anterior regime; muito pelo contrário. Quase todos os portugueses foram prejudicados por uma guerra que ninguém desejou, mas que não pudemos deixar de enfrentar dadas as circunstâncias da época. Todavia, há valores que não podemos ignorar ou deixar de defender porque eles são a essêncida da vida em sociedade e o sustentáculo de qualquer País digno desse nome.

PS:por lapso, na pergunta feita na segunda parte do texto, faltou a frase "ou não" que foi acrescentada posteriormente.

sábado, 26 de março de 2011

A Crise e a Sociedade


"Temos para nós que a actual crise económica e financeira, tanto em Portugal como no restante “Ocidente”, tem origem numa crise moral e de valores, servidas por vagas sucessivas de medíocres lideranças políticas, que dão corpo a um sistema político, tido por democrático, cheio de vulnerabilidades que não param de se agravar.

A superação das dificuldades do presente, que fazem prever ainda maiores dificuldades futuras, será primordialmente do âmbito político e depois estratégico.
As medidas que vierem a ser adoptadas terão que ter em conta as pessoas que as vão ter que implementar e sofrer. Ou seja toda a população. E o grau de sucesso vai depender muito de como a nação no seu todo, acreditar nas medidas, decidir arregaçar as mangas e passar a trabalhar, isto é a produzir (pode-se trabalhar muito e não produzir nada…), de preferência com algum entusiasmo e alegria. Vão ser precisas doses maciças de boa liderança para conseguir isto. Porquê? Porque as políticas dos últimos 30 anos acabaram por criar um clima social e uma psicologia individual, muito pouco propícias a que as pessoas queiram trabalhar. Muito menos com alegria.
Vamos tentar elucidar, sucintamente, como chegámos a este ponto.
O 25 de Abril foi como que se tivessem rebentado com o paredão de uma barragem, a água jorrou e espalhou-se anarquicamente por onde calhou. Até hoje ainda não se conseguiu reconstruir os diques da “barragem”.

Cada um reivindicou o que quis e pode, as regras de convivência, quer sociais quer laborais, estilhaçaram-se, experimentou-se de tudo um pouco, atomizou-se o poder e fez-se tábua rasa da hierarquia.
E criou-se na mente das pessoas, muito imprudentemente, que toda a gente tem direito a tudo e não tem deveres a nada.
Instituiu-se, até, tal estado de coisas, na própria Constituição, pai e mãe de todas as leis. Nela, existe um capítulo enorme, que tem por título “Direitos, Liberdades, e Garantias”, que é um autêntico maná, como se a anunciação do céu, fosse garantia de o atingir. Mesmo quando falam em deveres (por ex. “direitos e deveres económicos, sociais e culturais”), só lá aparecem direitos… Existem duas excepções: Deveres (dos deputados), artº 159 “comparecer `as reuniões do Plenário e às comissões a que pertençam; desempenhar os cargos na Assembleia…; participar nas votações” – e o país tem assistido a como isto tem sido cumprido; e o artº 276,1 “a defesa da Pátria é direito e dever fundamental de todos os portugueses” – o que deixou de ser verdade por terem acabado com o serviço militar obrigatório.

A piorar as coisas, não se equilibrou o dito capítulo com outro, cujo título poderia ser “Responsabilidades, Deveres e Obrigações”…
A seguir restringiu-se a autoridade das forças de segurança, inundou-se o Direito de um excesso de cláusulas de salvaguarda de direitos que têm beneficiado objectivamente os que se portam mal e emperrado o sistema judicial; em vez de se procurar a harmonia entre “patrões” e “trabalhadores”, fomentou-se a conflitualidade, proibiu-se o “lockout”, mas facilitou-se a greve, dando ainda por cima, aos sindicatos um extenso conjunto de poderes e regalias.
Acabou-se com o serviço militar obrigatório e com qualquer espírito de serviço à Nação; a boa educação passou a ser excepção e a Honra um resquício pré-histórico, que só os tolos tinha em linha de conta. O único dever que restou foi o de pagar impostos!...
O trabalho deixou de ter um carácter nobre e passou a ser uma “chatice”, ao passo que a folgança passou a ter direitos de cidade.
Acabaram-se com as escolas técnicas e procurou-se que todo o mundo obtivesse uma licenciatura. Pior, incutiu-se a noção idiota, de que todo o cidadão tinha direito a uma. Resultou que ficámos com uma quantidade de encartados medíocres (até porque o facilitismo é mais que muito), encheu-se a sociedade de licenciados no desemprego e ficámos sem ninguém para uma quantidade enorme de ofícios. Importámos doses maciças de emigrantes para fazer o trabalho que ninguém quis passar a fazer…
Com a entrada para a CEE, aniquilou-se a agricultura, a pecuária, a pesca e as pequenas empresas. Pagou-se para as pessoas deixarem de trabalhar e espalharam-se subsídios a esmo que se esvaíram nos bolsos dos contribuintes, sem mais valia que se visse ou perspectivasse. Isto teve consequências desastrosas.
A seguir implantou-se na sociedade uma “ditadura” ideológica, misto de jacobinismo e de ideias serôdias derivadas do Maio de 68, em França, propagandeadas aos quatro ventos – qual lavagem ao cérebro! - pela generalidade da comunicação social, e que ganhou um momento de crescimento exponencial com a liberalização das televisões privadas. Nela abunda o relativismo moral, que virou as referências e o Norte de pernas para o ar; a teoria do bom selvagem, do Rousseau, que criou uma desresponsabilização colectiva e a ideia de não colocar todos os “ovos no mesmo cesto”, o que estilhaçou a autoridade e a capacidade de se obter resultantes na vida individual e colectiva. Em complemento fomentou-se um individualismo e egoísmo feroz, centrando-se a vida da sociedade e a própria existência, no “eu”, acompanhado de conceitos animalescos sobre a cultura do prazer. E, claro, de propaganda avassaladora relativa a consumismo.

Tudo isto teve um contraponto no desaparecimento dos conceitos de honradez, lealdade, necessidades colectivas, solidariedade, esforço, poupança, probidade, prudência, etc. Claramente também, no bom senso e na falta de vergonha.
Todos os aspectos aqui referenciados afectaram sobretudo a família e a educação, a instrução e a justiça. Também a vida nas empresas. Teve uma origem e desenvolvimento essencialmente político, mas para a sua resolução ou ultrapassagem, já não vão chegar as forças políticas – elas próprias agora condicionadas pelo “monstro” que geraram.
Vamos ter que apelar a todas as forças “telúricas” da Nação. Não vai ser fácil e nem vai durar dois dias."

(In-blogue: "Sempre Jovens")

As "varas" milagrosas

"Armando Vara, ex-administrador executivo e vice-presidente do BCP, encaixou 260 mil euros de remuneração fixa pagos pelo banco, e um acerto de contas de 562.192 euros por ter saído antes do fim do mandato."-Público on-line.


Moisés usou a sua vara milagrosa na antiguidade para salvar o povo eleito da fúria do faraó. Hoje, com as "varas milagrosas", abre-se o mar dos euros aos eleitos do regime o que lhes permite fugir à fúria da crise que eles próprios provocaram, nunca é demais dizê-lo.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Fogo posto na política?

"Manuel Alegre quebrou o silêncio e, em plena crise política, lança um duro ataque a Cavaco Silva"

Depois dos apelos ao PR, para salvar o governo da crise que teve origem no PEC 4, feitos por algumas figuras de relevo do PS, vem agora o Sr. Manuel Alegre, chamar de "incendiário", com alardes de indignação, a quem foi posto à margem do incêndio que eles próprios provocaram.

O Presidente da República talvez esteja menos interessado em salvar o governo, que tantas vezes lhe foi hostil e que já nada diz aos portugueses, e mais preocupado sim, em salvar Portugal que é, aliás, o seu dever indeclinável.

Se a coerência, nunca foi o forte de certos "aristocratas" do PS no passado, menos o é agora, quando tentam fazer uma jangada dos destroços em que deixaram o País no que foram, também, co-autores.

terça-feira, 22 de março de 2011

Mandantes e mandatários

São estes os "cozinheiros" da política portuguesa com a ajuda dos "serventuários" caseiros do costume:

"O presidente do Eurogrupo disse hoje não ver "nenhuma razão" para alterações ao pacote de medidas suplementares de consolidação orçamental apresentadas a 11 de Março pelo Governo português, recordando que o mesmo já foi aprovado pelos líderes da Zona Euro."

O jogo dos governos está viciado há muito tempo o que tem permitido a política do facto consumado. A situação económica e financeira e a subalternidade do país pioraram desde o despedimento de Santana Lopes. Por isso o apelo do chamado pai da democracia, aqui, não faz muito sentido a não ser para garantir privilégios que só podem ser mantidos com os intervenientes da mesma família política no poder.

Pós-texto: não deixa de ser sintomático também, o apelo aqui feito por Francisco Assis, líder parlamentar do PS, no sentido de garantirem a manutenção do actual governo no poder, e isto quando ignoraram o Presidente da República noutros e neste caso do PEC 4:
Artº 201º da Constituição
(Competência dos membros do  Governo)
1)-Compete ao 1º Ministro:
   -------------------------
 c)-Informar o Presidente da República acerca dos assuntos respeitantes à condução da política externa do País.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Crise ou terramoto político?

Na próxima quarta-feira o PEC 4 pode não passar. A AR pode ser o epicentro anunciado de um provável terramoto político seguido de um tsunami que poderá fazer imergir os responsáveis políticos na onda da mentira e da desgovernação dos últimos dez anos.

Se estes se afundarem de vez, resta-nos esperar que da crista da onda possam emergir novos valores. É necessária uma postura diferente, com sentido patriótico, que cultive o primado da verdade, com novas políticas que nos permitam sair da crise, sim, mas com o contributo  de todos, nomeadamente daqueles que mais podem e mais contribuiram para ela. 
Se não forem equacionadas e cumpridas tais medidas, do terramoto político que se adivinha, nada restará que valha a pena ou de que nos possamos orgulhar.

domingo, 20 de março de 2011

Chegou a Primavera

Hoje, dia 20, chegou a Primavera que irá até ao dia 21 de Junho que é o primeiro dia de Verão. A vida, com todas as suas esperanças, alegrias e também desilusões, continua.
"Eis que passou o inverno. Aparecem as flores na terra e o tempo de cantar chega e a voz da rola ouve-se na nossa terra.
Salomão Cap. 2 v.11 e 12."



Pós-texto:a Primavera, em termos de rigor, começa hoje às 23 horas e 21 minutos no hemisfério Norte, com  o início do equinócio.

sexta-feira, 18 de março de 2011

A Música e a Alma



Bert Kaempfert, nasceu em Hamburgo, Alemanha, onde recebeu o apelido ao longo da vida: "Fips". Estudou na Escola de Música daquela cidade alemã. Multi-instrumentista, foi contratado por Hans Busch para ensaiar com sua orquestra antes de servir como  músico de banda da marinha alemã durante a Segunda Guerra Mundial. Mais tarde, formou a sua própria big band e começou a trabalhar como arranjador e produtor, fazendo sucessos com Freddy Quinn e Ivo Robic. Em 1961, contratou os Beatles para fazer Tony Sheridan para um álbum chamado My Bonnie. O álbum e os seus singles, lançado pela Polydor, foram a primeira gravação lançada comercialmente pelos Beatles.

Pós-texto: ver aqui currículo mais detalhado.

Orquestra Ligeira no CAE


O Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz apresenta, dia 19 de Fevereiro, pelas 23h15, um espectáculo com a Orquestra Ligeira do C.R.A.S., no âmbito da programação do evento “Jardins de Inverno”.

Entrada gratuita.

(In-blogue: jardins de inverno)

Clicar na foto para zoom

Safari

Neste safari virtual, podemos apreciar estas belas imagens de animais selvagens no seu habitat natural de África, como eu os cheguei a ver tantas vezes de perto!

quinta-feira, 17 de março de 2011

Chumbar o PEC 4 ou não, eis a questão...

"O líder dos sociais-democratas disse ainda que espera que o governo "possa arrepiar caminho e corrigir algumas injustiças", nomeadamente os cortes aos pensionistas mas garantiu que transmitiu a Cavaco Silva a posição "firme e irredutível nesta matéria". - Jornal I on-line.

É neste pormenor, "correcção aos cortes dos pensionistas", que pode estar a tábua de salvação do acordo e da subsistência do Governo. Não é difícil a cedência  do executivo até porque se trata de uma área de grande impacto social. Se o Governo não ceder e mesmo assim o PSD viabilizar o acordo, Passos Coelho perde a face de vez. 

quarta-feira, 16 de março de 2011

O terror deste filme

Pior do que não encontrar o governo certo é estar entregue a um Governo errado e esta certeza foi-nos dada, recentemente, por alguém que, junto de Bruxelas, assumiu o compromisso de continuar o arresto fiscal do país e até de congelar pensões de miséria, de um dia para o outro, à revelia do Parlamento, do povo e de outros órgãos de soberania.

O “segredo” do PEC 4, irá ser apresentado no Parlamento para a semana. Mas nada nos garante que os juros da dívida desçam, assim como não desceram com a implementação dos PEC 1, 2, e 3, como foi referido hoje na comissão de orçamento e finanças.
Nada nos garante que não se continue a pedir mais dinheiro para pagar a dívida da dívida, até porque (e aqui reside o problema nuclear) a economia do país não acelera, antes pelo contrário, parece regredir com o consequente avolumar do desemprego.

Na AR vai ter a palavra a oposição que tem de agir em conformidade, não sendo de excluir uma intervenção directa do próprio Presidente da República em sede própria. Partimos do princípio de que em todos os partidos há pessoas competentes, boas e patriotas. E são estas que, de algum modo, têm de despir o colete partidário, tendo em vista a grave crise em curso, e têm de se entender para encontrar o governo certo para se conseguir esconjurar o espectro da insolvência em primeiro lugar e, em segundo, relançar o país no caminho da recuperação económica.

Para se conseguir este desiderato (a menos que o medo incapacite qualquer iniciativa) é necessário, é imperioso o contributo de todos para que a riqueza e o futuro possam também ser de todos e não só de alguns como até aqui se tem verificado, com o benefício exclusivo daqueles que têm sido os verdadeiros algozes do País e não os seus pretensos salvadores que profetizam o caos que eles próprios criaram.
É que, parafraseando o que disse aqui Teixeira dos Santos, pior do que “viver um filme de terror» é viver o terror deste filme que já estamos a viver.

Pós-texto.: O PEC 4 será apresentado na AR na próxima quarta-feira

terça-feira, 15 de março de 2011

Fátima Felgueiras, os euros e o golfe


“O famoso caso "saco azul", em que Fátima Felgueiras chegou a ser acusada de 26 crimes e até fugiu para o Brasil, a fim de escapar à detenção, corre o risco de ficar reduzido a apenas um crime - ou mesmo nenhum. A Relação mandou agora repetir parte do julgamento.”

Este escândalo de Fátima Felgueiras, este aqui do recebimento duvidoso de 72 mil euros e este aqui da taxa do golfe para 6%, só nos pode fazer chegar a uma conclusão, meus caros amigos é que não temos hipótese: isto continua a ser a ser um país de merda… e ela é tanta que até a contenção verbal se escapa, inevitavelmente.

(Foto JN)

sábado, 12 de março de 2011

Geração à rasca



"Organização fala em 300 mil manifestantes em Lisboa, polícia aponta para 200 mil. Ainda será cedo para fazer balanços, mas quem está na rua diz não se lembrar de tanta gente junta na Avenida da Liberdade em muitos anos. "Sócrates aceita a demissão" ou "Senhor Presidente dissolva o Parlamento" são das ideias que mais geram consenso."


Ver aqui: Jornal de Negócios on-line.

Passos Coelho: "Governo está errado"

"O presidente do PSD reagiu esta noite ao novo pacote de medidas de austeridade anunciado na sexta-feira pelo Governo, dizendo que o caminho do Governo está "errado" e que "não terá o apoio do PSD". - DN on-line.

Austeridade em análise

sexta-feira, 11 de março de 2011

Mais medidas de austeridade

"Sobre as novas medidas de austeridade anunciadas hoje pelo ministro, Teixeira dos Santos (ver aqui) que vêm agravar ainda mais a vida dos portugueses, sabe-se que
o Governo não informou o Presidente da República sobre o pacote de medidas de austeridade que o ministro das finanças anunciou  em conferência de imprensa.



"O Presidente não tem conhecimento oficial", disse ao Expresso fonte oficial de Belém.
É a primeira vez que o primeiro-ministro não informa Belém, previamente, sobre um assunto desta relevância."

Chama-se a isto colaboração e respeito institucionais entre os diferentes órgãos de soberania!?...

domingo, 6 de março de 2011

Carnaval da Figueira

Com cerca de 700 participantes o carnaval figueirense brilhou hoje na Avenida do Brasil. O lindo sol da Figueira que não se fez rogado e os reis, Rita Pereira e Joaquim Gaspar, abrilhantaram o multicolorido e alegre corso carnavalesco. Milhares de pessoas enchiam por completo a marginal para assistirem ao bonito desfile, onde pontificou um toque de sensualidade de inspiração brasileira, que seguramente foi melhor do que o do ano passado.
A organização e as escolas de samba, estão de parabéns.










Terça-feira há mais.

(Clicar nas imagens para zoom)

sexta-feira, 4 de março de 2011

A geração sem futuro

"Para quem nasceu depois de 1980 e cresceu durante Cavaco e o PS, Salazar, Caetano e o PREC têm hoje a mesma realidade de Sancho I".

Assim diz VPV  no Público de hoje, dirigindo-se ao Dr. Mário Soares que dissertou aqui (DN) sobre a prevista manifestação da "geração à rasca" no próximo dia 12. Com a sagacidade e o poder de síntese que lhe são habituais e que fazem de VPV um dos nossos melhores articulistas, rebate a opinião do ex-presidente da República.
Porque o texto de hoje de VPV só se encontra na edição impressa do Público, pode ler-se a cópia do mesmo que se encontra acima.

(Clicar para zoom)

A metáfora


Via outramargem tive conhecimento deste texto aqui e, muito embora existam pormenores que me escapam relativos ao assunto vertente, creio poder dizer o seguinte:

A questão foi dirimida em tribunal, está pacificado por natureza. Mas há sempre quem goste de folclore. Atente-se que nestas questões de terrenos tem havido uns imbróglios antigos em que o Município desbaratou património em favor de projectos particulares dos quais não resultou nenhuma mais valia para o desenvolvimento do concelho, como, supostamente, fora previsto.

Os talentos da Câmara foram enterrados na areia, como aqui já foi dito, ou entregues a particulares. Agora não há terrenos para nada. Os da Câmara já foram... Tenha-se em atenção o que aconteceu com aqueles onde se encontra o Jumbo que, supostamente, seriam para instalações desportivas e mais tarde, com parte da zona industrial, cedida também de "bandeja," tendo agora a Câmara de pagar rendas pela ocupação de determinado espaço que era seu. Há decisões de um antigo presidente que nunca foram devidamente explicadas...

Quando Santana Lopes aqui chegou deparou-se com factos consumados. Ele próprio, agravou a situação financeira da Câmara com obras e aquisições, umas boas outras polémicas. O actual edil, quer-nos parecer, não conhecia a verdadeira situação financeira do município. Tem um problema difícil de resolver e tem de saber concitar ajudas (capacidade que não lhe negamos) quer a nível empresarial quer a nível de governo nem que para tanto se sirva de meios extraordinários. Mas não é com os “quatro pastorinhos” que o vai conseguir, até porque a influência de um deles, político em funções na AR, parece-nos ser  mais fictícia do que real.

Enquanto não se mudar de atitude, enquanto não se encontrarem os meios, o progresso da Figueira, será como a metáfora da hora da torre do relógio: nem adianta nem atrasa!...

quinta-feira, 3 de março de 2011

O progresso tem um nome: Angola



"Os portugueses estão a emigrar para Angola, rapidamente e em força, e as remessas desses emigrantes voltam a ser um bálsamo
para a debilitada contabilidade do País."

                              
Acima: dois aspectos da marginal de Luanda

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Pós-texto: o título original não é o do presente post. Ler o artigo completo de João Paulo Guerra no D. Económico.

quarta-feira, 2 de março de 2011

O grande mito nacional


"Há uma espécie de propaganda com que se pode levantar o moral de uma nação – construção ou a renovação e a difusão consequente e multimoda de um grande mito nacional.
De instinto, a humanidade odeia a verdade, porque sabe, com o mesmo instinto, que não há verdade, ou que a verdade é inatingível. O mundo conduz-se por mentiras; quem quiser despertá-lo ou conduzi-lo terá que mentir deliberadamente, e fá-lo-á com tanto mais êxito quanto mais mentir a si mesmo e se compenetrar da verdade da mentira que criou.
Temos, felizmente, o mito sebastianista, com raízes profundas no passado e na alma portuguesa..."
(Fernando Pessoa)
Um texto que se aproxima muito da actual realidade portuguesa, só com um pequeno reparo: não "felizmente," mas infelizmente o mito sebastianista continua com os novos jongleurs da mentira.

terça-feira, 1 de março de 2011

Êxodo na Líbia

Milhares de líbios e trabalhadores estrangeiros fogem da guerra na Líbia rumo à Tunísia e países de origem. As contas do ditador já estão a ser congeladas nos bancos do Reino Unido e Suíça cujo valor se estima em mais de 23 mil milhões de euros.


Foto do líder líbio em pose excêntrica e arrogante como se fosse um semi-deus.
Quantos milhares de vidas não custaram já a paranóia e a ambição deste "faraó," predador, dos tempos modernos? 

(Clicar nas fotos) -Fotos Sapo