segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

A Escola, os professores e os alunos

O que disse Marcelo Rebelo de Sousa na sua última intervenção no Jornal Nacional da TVI, no pretérito dia 30, acerca dos professores:

A revolta de 31 de Janeiro



A 31 de Janeiro de 1891, o Porto foi o centro da revolta contra a monarquia. A revolução fracassou, mas ajudou a fermentar a vontade de mudança. Foi apenas o ponto de partida para um movimento imparável que culminou com a implantação da República, a 5 de Outubro de 1910.

"O Mar no Século XXI"

Oficial da Marinha figueirense indica o caminho marítimo para o futuro.
O futuro está no mar. Dentro de poucos anos, Portugal deverá passar a ser um dos maiores países da Europa. Não se prevê qualquer ação telúrica que faça crescer este retângulo à beira-mar plantado de forma exponencial: o crescimento do país vai ser decidido pela ONU e tem o fundo do mar como base. -In Diário das Beiras


domingo, 30 de janeiro de 2011

Europa: um comboio com apeadeiros.

Acabo de ver na TVI um documentário sobre a Irlanda, essa mesma Irlanda que ainda há bem pouco tempo era apontado como um país de sucesso (o tigre Celta agora no rol dos PIGS) após a sua adesão à UE.
Fiquei perplexo pois a reportagem deu imagens de um País à beira da pobreza, com milhares de irlandeses a braços com hipotecas de casas por pagar e milhares de desempregados. Um cenário que em quase tudo nos faz lembrar Portugal o que leva alguns analistas a dizer que, pelo menos, um país nos próximos cinco anos vai sair da zona Euro.

Os que sairem não o vão fazer por vontade própria, mas a sua ilusão de que a Europa era um novo eldorado sem regras, onde tudo lhes seria permitido, acabará por lhes ditar uma desistência humilhante e um futuro incerto.

Em qualquer apeadeiro poderá ficar a última carruagem deste comboio europeu que não se sabe bem se chegará ao seu destino. Se a outras acontecer o mesmo, poderemos assistir ao princípio do fim de mais um sonho da hegemonia europeia, tantas vezes tentado, sem êxito.
Um desfecho desta natureza será muito mau para Portugal. Mas, infelizmente, é um cenário que temos de ter em conta, por razões históricas e porque alguém, há cerca de trinta anos, já profetizara essa possibilidade:

“Uma Europa unida pela economia ou pela força nunca foi possível e, por isso, tem de se concluir que não é viável. Apenas tem sido possível e viável uma Europa diversa, múltipla, pluralista em termos nacionais. Nessa Europa, encontramos quatro forças constantes e principais: os ingleses, os germânicos, os latinos e os eslavos. Entre essas coordenadas tem oscilado a crónica europeia. Essas quatro forças, encabeçadas por um país ou grupos de países, consoante o momento histórico, têm-se aliado, coligado, guerreado e dividido e tem escrito a história da Europa. Tudo isto significa que a hegemonia de uma força não será tolerada pelas outras, sendo inútil usar processos políticos, militares ou económicos, mais ou menos disfarçados. As realidades acabarão por se impor.” – (Franco Nogueira sobre a integração europeia).

E para que não se diga que sou tendencioso ao citar este texto do embaixador Franco Nogueira (uma mente brilhante dirão alguns, um homem do passado dirão outros), cito também, Eduardo Lourenço (um europeísta convicto): “Portugal deve menos, “ao orgulho e à arrogância inerentes à sociedade europeia, tão contente consigo, do que ao ressentimento de todos os que dela se crêem excluídos – ou o são realmente – enquanto banquete dos deuses.”

E ainda, Maria Manuel Baptista: “na verdade, o discurso utópico mais recente de Eduardo Lourenço, e que se tem espraiado sobretudo pelas temáticas ligadas à construção/invenção da Europa (reflexão sempre determinada pela questão da Liberdade e da Democracia), designa-o, frequentemente, o próprio filósofo, como discurso mítico.

(Pesquisa feita em: o mito e o espelho de José Eduardo Franco).

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Os rácios

(...)"Vamos então concluir.
Depois de 15 anos de governação nacional, 11 dos quais sob responsabilidade de governos do PS, estamos chegados a um rácio de 1,98; o que significa que, se tivesse de pagar, de súbito, tudo aquilo que deve, o Estado português teria de entregar, integralmente, 1,98 vezes o valor da sua receita anual cobrada.

Depois de 15 anos de governação municipal da Figueira da Foz, 12 dos quais com executivos municipais do PSD, estamos chegados a um rácio de 2,44; o que significa que, se o MFF tivesse de pagar, de súbito, tudo aquilo que deve, teria de entregar, integralmente, 2,44 vezes o valor da sua receita anual cobrada. "- Quintopoder.

Do mesmo modo podemos a partir desta tese (perdoem-me se sou demasiado linear) tirar as seguintes ilacções:
-O imbróglio da dívida que o actual executivo Camarário herdou do PSD, não vai ser fácil de resolver e o Concelho vai ter que esperar por dias melhores;
-Se o PSD for Governo, ninguém pense que a situação do País vai melhorar; por extrapolação, podemos perceber ainda, porque é que o PR nunca se aventurou a dissolver a AR…
Resumindo e concluindo:
Isto dos “rácios” é uma grande porra!... Digo eu…

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Eleições provocam demissões

No rescaldo das eleições presidenciais, "O Director-geral da Administração Interna, Paulo Machado, e o Director da Administração Eleitoral, Jorge Miguéis, apresentaram o pedido de demissão na sequência dos problemas ocorridos no acto eleitoral de 23 de Janeiro de 2011."

Abutres

«Abutres» é uma reportagem de investigação de Rui Araújo, Rui Pereira e Carlos Lopes, que retrata o caos vigente no seio de algumas empresas do Estado. No final, quem paga a factura é sempre o contribuinte."
(http://www.inverbis.net/sistemapolitico/abutres-corrupcao-seio-estado.html)

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

O operário disse NÃO

O melhor discurso de Lula da Silva

NOTA: Ver o Vídeo em:

http://www.youtube.com/watch?v=or-LDiB5Ww4
Recebido por e-mail

Epitáfio para uma ambição

OPINIÃO
A campanha presidencial acabou com a vitória incontestada de Cavaco Silva.
Nos bastidores da política congeminou-se, em devido tempo, um apoio de forças políticas diferentes, quiçá contraditórias, à ambição de um homem que queria ser Presidente.


Bloco de esquerda e PCTP-MRPP (a esquerda bem pensante e a revolucionária) uniram-se nesse apoio que se revelou ineficaz, se não mesmo contraproducente, pois o candidato que emergia pela segunda vez no horizonte das presidenciais acabou por ter um resultado bem pior agora, 19,75% dos votos, do que em 2006, que foi de 20,72%.

Para o resultado vexatório desta esquerda, contribui não só a convergência mais ou menos espúria daqueles partidos com o PS, mas também todo um procedimento antigo do candidato Manuel Alegre que muitas vezes criticava o seu próprio partido. Não interessa saber se algumas vezes com razão. Mas a estratégia subjacente era a de piscar o olho aos grupúsculos à esquerda do PS na prossecução dos seus objectivos. Melhor fora que nunca o tivesse feito.

A maioria do eleitorado socialista não se esqueceu. Mais do que isso, percebeu que as contradições do poeta tinham um objectivo há muito "acarinhado" e resolveu minar e castigar tão desmedido ego e ambição.
No fim da campanha, em vez do voto, deu, ao seu próprio candidato, uma lápide com o epitáfio: “Crime e castigo”…




domingo, 23 de janeiro de 2011

Cavaco Silva de novo em Belém



Cavaco Silva é de novo Presidente da República como, aliás, se previra. Pelo facto está de parabéns e temos que aceitar o resultado como expressão livre e democrática do Povo. Pessoalmente preferia Fernando Nobre, pelas razões aduzidas aqui. Mas o sistema não permitiu que o milagre acontecesse por falta de uma máquina partidária por um lado e porque, também, boa parte da comunicação social contribui para isso.

Na sua sede de campanha, Fernando Nobre, com um gesto bonito, começou por cumprimentar o reeleito PR e viveu-se depois um ambiente de vitória, alegria e calor calor humano contagiantes, assim que se soube o resultado das primeiras sondagens, o que contrastava com o ambiente sorumbático das outras candidaturas perdedoras. Fernando Nobre um nome a ter em conta no futuro.
A abstenção aumentou para 53,9% o que não deixa de ser um indício claro do descontentamento dos cidadãos pela situação que se vive. Um aviso a ter em conta sob pena de o regime implodir.
O grande perdedor foi Manuel Alegre e não vale a pena dizer porquê porque as razões são conhecidas de todos. Um partido que fez as escolhas que fez só podia ter os resultados que teve.

Chegou a altura de tirarem ilacções em conformidade.

Resultados Nacionais

Cavaco Silva…………. 52,19%
Manuel Alegre…………19,75
Fernando Nobre……….14,12
Francisco Lopes………. 7,15
José Coelho…………… 4,50
Defensor Moura……… 1,57
Abstenção 53,9


Resultados na Figueira:
Cavaco Silva ………… 48,29 %
Manuel Alegre ………. 22,04 %
Fernando Nobre………. 17,74 %
Francisco Lopes………. 6,3 %
José Coelho……………. 4,2 %
Defensor Moura ………1,43 %
Abstenção 56,16 %
Pós-texto:
Ver aqui resultados por freguesias.
Tavarede foi a única freguesia do concelho que elegeu Fernando Nobre como segundo candidato, com 22,44% de votos.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Aprovados 31 milhões de euros




A Assembleia Municipal da Figueira da Foz, aprovou o pedido de empréstimo de 31 milhões de euros conforme previsto no PSF da autarquia.

"Com uma votação favorável expressiva – 26 votos a favor e oito abstenções, as do PSD – o documento já tem luz verde para seguir para o Tribunal de Contas, a quem cabe viabilizar ou inviabilizar a proposta do executivo socialista de João Ataíde."
...................................................................................

"A autarquia deve mais de 90 milhões de euros, com as dívidas das empresas municipais incluídas. O empréstimo de 31 milhões que acompanha o PSF destina-se a pagar dívidas de curto prazo já vencidas. O passivo é um legado dos três executivos “laranja”, que traduz uma “má gestão financeira e um excesso de despesa corrente, segundo disse João Ataíde."

Disse e disse muito bem. A verdade pode incomodar muito boa gente, mas deve ser dita...







quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Os políticos tóxicos e as presidenciais

Na banca existem produtos tóxicos. Na política também os há. São os chamados políticos “tóxicos” que levaram o país à actual situação de descalabro. Algumas vezes por não se identificarem com o genuíno sentir do povo; outras vezes por omissão ou interesse pessoal e, na maioria dos casos, por interesses partidários que sublevaram os verdadeiros interesses do País. Nos últimos vinte anos de democracia os detentores do poder têm governado como querem ou como o poder económico os tem deixado.

O ideal seria o poder político sobrepor-se ao económico e financeiro ou haver mais transparência na sua inter-relação, mas isso são águas do passado que desaguaram definitivamente no mar da promiscuidade quando não no da corrupção e do compadrio.

O pior é que quem sofre as consequências são sempre os mesmos. Isto é, as facturas aparecem para pagamento, mas a mercadoria leva descaminho para lugar incerto e é a massa anónima, que invariavelmente vota nos cabouqueiros deste sistema, que as tem de pagar.
Já o Almirante sem medo, Pinheiro de Azevedo, dizia, na altura do seu sequestro no Terreiro do Paço, que “o povo é sereno”. Mas, além de sereno, é “fatalista e sonâmbulo” (citando Guerra Junqueiro) e masoquista, porque com seu gesto de votar nos habituais e actuais arautos da política neoliberal, que se comportam como seus algozes, parece gostar de sofrer.

Estamos em vésperas de eleições presidenciais. Continua-se a esgrimir com a estabilidade e com o voto útil, como se não fosse isso que andássemos, precisamente, a fazer há cerca de 30 anos, ou mais, com o resultado que está à vista. São seis os candidatos à presidência que irão ser sufragados nas urnas por voto universal e directo dos portugueses. Não vamos votar, nem temos nada que votar em nenhum partido como os seus líderes pretendem. Vamos eleger aquele que será o futuro Presidente de todos os portugueses.

Um dos candidatos faz alarde da sua experiência, mas ninguém deu por nada… Fala agora num ministério do Mar esquecendo-se que foi durante o seu consulado de 1º ministro que foram abatidos centenas de barcos de pesca que foi o mesmo que dar uma machadada brutal no sector das pescas e, por arrastamento, no sector da construção e reparação naval. Beneficiou dos produtos tóxicos da banca e diz que os seus opositores "têm de nascer duas vezes para serem mais sérios do que ele."

Outro , em desespero de causa, já diz que se não votarem nele é a democracia que fica em perigo, como se os eleitores fossem cidadãos de menor idade… Faz apelos a um patriotismo serôdio; diz que é o candidato da confiança; certamente a confiança de que fala Edmundo Pedro; ou a mesma confiança que inspirava aos ex-combatentes que o ouviam na Rádio de Argel…

Neste perfilar de candidatos com tão “profícuas” e até descabidas razões, aparece alguém com uma postura diferente que constitui uma novidade e que pode sensibilizar e aglutinar as diferentes forças partidárias (sem as quais, apesar de tudo, a democracia não é possível) num rumo diferente, para fazer sair o País da crise em que se encontra. Alguém de rosto limpo, com postura sóbria e visão humanitária; supra partidário; que não é conivente com o actual regime, nem com a situação a que se chegou. Ou, no dizer de Salgueiro Maia, ao estado a que chegámos…

Todos nós somos responsáveis pelo nosso futuro e, para pormos travão à política tóxica dos políticos comprometidos com a situação vigente, o próximo dia de eleições presidenciais no dia 23, pode ser o início da viragem do País… se votarmos contra o medo e a resignação.
É da sabedoria popular dizer-se que “cesteiro que faz um cesto, faz um cento”.

Um VOTO DIFERENTE num HOMEM DIFERENTE pode ser a chave de um futuro melhor para Portugal e para todos os portugueses. Assim, seguramente, é que NÃO.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Hipermercados da Figueira abertos ao domingo

Foi aprovada ontem, na reunião de câmara, a abertura dos hipermercados ao domingo durante todo dia.

Auscultadas as entidades que a lei contempla, João Ataíde decidiu avançar com a proposta que pode “proporcionar mais alternativas e, eventualmente, mais qualidade” aos consumidores figueirenses, que de outro modo poderiam procurar aquela oferta nas cidades vizinhas.


(In Diário das Beiras)

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

E Vivam os Anfitriões!...


No repertório do coral “Cantigas de Tavarede” temos uma canção com o título de “O Brinde” que tem dois versos que dizem: “E vivam! E vivam! E vivam os anfitriões.”

Todos nós temos uma ideia do que são os anfitriões; até porque às vezes desempenhamos esse papel em reuniões ou convívios com pessoas amigas.

Um dia destes o nosso maestro chamou-nos à puridade e explicou-nos a origem da palavra anfitrião o que deu azo a algumas sonoras gargalhadas. Hoje, descobri um blogue que falava deste “enigma”, cujo texto transcrevo:

Na mitologia grega, Anfitrião era marido de Alcmena, a mãe de Hércules.
Enquanto Anfitrião estava na guerra de Tebas, Zeus tomou a sua forma para deitar-se com Alcmena, e Hermes tomou a forma de seu escravo, Sósia, para montar guarda no portão.

Com a gravidez de Alcmena, uma grande confusão foi criada, pois
evidentemente, Anfitrião duvidou da fidelidade da esposa.
No fim, tudo foi esclarecido por Zeus e Anfitrião ficou contente por ser marido de uma mulher escolhida do deus.
Daquela noite de amor nasceu o semideus Hércules. A partir daí, o termo anfitrião passou a ter o sentido de "aquele que recebe em casa".
Portanto, ANFITRIÃO é sinónimo de CORNO MANSO e FELIZ!

RESUMINDO:
Quando te disserem que és um bom anfitrião, fica de orelha em pé.

Não é que este seja um problema que me preocupe mas...
Cultura demais é uma porra!!!


(Clicar na foto)


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segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Não há nada de novo debaixo do Sol

Vem este título a propósito da actual crise financeira e dos produtos "tóxicos" (eufemismo de gamanço) do BPN e similares que deram origem à dívida de que todos desconfiamos. É que, afinal, os grandes filósofos clássicos já falavam dos mesmos problemas. Vejamos:

“Hoje em dia, a maior parte das pessoas, prefere a vida do consumismo e procura o prazer ou a riqueza ou a fama”. Quem escreveu isto? Foi Aristóteles há 2.500 anos.
Ou o que me diz a isto?
Os governantes que estão no poder porque juntaram uma fortuna tão considerável, não querem proibir por lei a extravagância dos jovens (pessoas) e impedi-los de malbaratarem o seu dinheiro e de se arruinarem. A sua intenção é fazerem empréstimos a essas pessoas imprudentes ou, comprando-lhes os seus bens, esperarem aumentar a sua própria riqueza ou influência… Aqueles que ganham muito dinheiro continuam a injectar o ferrão tóxico dos seus empréstimos, sempre que podem.

Foi Platão e, parece surpreendentemente familiar. Neste mundo há revoluções e a história pode colocar grandes distâncias a separar povos e lugares. Mas há bastantes coisas que permanecem constantes, sobretudo no reino das grandes verdades da vida e, podemos percebê-las bem.”

No que respeita aos portugas, percebemo-las muito bem e sentimo-las ainda melhor...

(Do livro: iPLATÃO de Mark Vernon)-O itálico é meu.

Reflexão do dia

Os dez Mandamentos que deve seguir:

1º- Não se aposente da vida para se tornar a praga da família

2º- Seja independente e preserve a sua liberdade mesmo que seja dentro de um quartinho

3º- Mantenha o governo da sua própria bolsa

4º - Cultive a arte da amizade como se fosse uma planta rara, cercando os familiares e amigos de cuidados, como se fossem flores

5º - Cuide da sua aparência e seja o mais atraente possível

6º - Seja cordial com os seus vizinhos

7º - Cuidado com o nariz e não se intrometa na vida dos filhos adultos

8º - Fuja do vício mais comum da velhice que é a presunção

9º - Os cabelos brancos não lhe dão o privilégio de ser ranzinza e inconveniente

10º - Não seja repetitivo, contando a mesma história três, quatro, cinco vezes

Texto: Dr. Conceil Corrêa da Silva
Fonte: Internet

domingo, 16 de janeiro de 2011

Gaivotas azuis

Gaivotas azuis nunca vi nenhuma. Mas existe uma na “Aldeia da Coelha” onde Cavaco Silva tem uma casa com esse nome: Casa da Gaivota azul. Tem por vizinhos Oliveira e Costa e Fernando Fantasia, homens fortes do SLN.

“Um loteamento que nasceu e cresceu à sombra de muitas empresas e off-shores. A escritura do lote do Presidente não se encontra no Registo Predial de Albufeira. O próprio não se recorda em que cartório a assinou. Um dos promotores da urbanização, velho amigo e colaborador de Cavaco, diz que a propriedade foi adquirida “através de uma permuta com um construtor civil”.
Este é o texto inicial da VISÃO desta semana, com o título “A permuta de Cavaco”, um artigo de seis páginas assinado por Paulo Pena, com fotos de Marcos Borga.
Com o vídeo abaixo pode conhecer-se melhor os contornos estranhos deste empreendimento.

Na vida de cada um nem tudo é o que parece. Mas o que nos parece mesmo, é que não “é preciso nascer duas vezes” para, no mínimo, ser tão sério como o cidadão Cavaco Silva.



Vidé:http://www.youtube.com/watch?v=PU7Aajs3sTQ

sábado, 15 de janeiro de 2011

Hoje há Teatro


Cumprindo o programa das comemorações do seu 107º aniversário, a SIT leva hoje à cena a peça "A farsa de Inês Pereira" de Gil Vicente, versão de 1562, com encenação de Fernando Romeiro, pelas 21H30.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Um sorriso de mulher


Diz-se que a mulher foi um dom de Deus para fazer o homem feliz. Mas este inventou o dinheiro, aferrolhou, pilhou e começou a fazer guerras para ter mais dinheiro ainda. Desde então nunca mais foi feliz e ainda não descobriu que a sua obsessão, exagerada, pelos bens materiais faz a sua desgraça e a do seu semelhante.

Talvez seja este o destino da humanidade, o egoísmo e o sofrimento; mas, enquanto existir um sorriso de mulher ou de uma criança, continuará a coexistir neste mundo a esperança!...
(Clicar na foto)

Corrupção

"A eurodeputada do PS Ana Gomes só encontra uma razão para alguns políticos não serem a favor da criminalização do enriquecimento ilícito: "Há demasiados corruptos e há muita gente interessada em não os apanhar e não os punir."

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Mais uma vitória de Pirro

Foram colocados 1.250 milhões de euros da dívida pública. 80% dos compradores são estrangeiros. Obrigações a 10 anos à taxa de juro de 6,716%. Segundo vários analistas um valor totalmente incomportável para uma economia que vai entrar em recessão em 2011 e que tem crescido 0,5% ao ano nos últimos dez anos. E se a economia não cresce como vamos pagar e sair deste atoleiro?
Cerca de 2/3 do IRS são para pagar juros da dívida ao exterior e Bagão Félix é peremptório: estamos a endividar-nos para empobrecer não para investir.
Moral da história: estamos falidos e ninguém o quer assumir publicamente. Talvez com medo que os portugueses se passem dos "carretos" e comecem a pedir contas a quem levou o País a esta situação. Quer isso aconteça ou não, de uma coisa temos a certeza: a venda da dívida, é mais uma vitoria de Pirro a que outras se seguirão que vão deixar muitos cadáveres pelo caminho para gáudio e engorda dos abutres do costume!...


Pós texto: Só depois de ter publicado esta postagem é que me dei conta no jornal I que o Nobel da Economia, Krugman, rotulou de "Leilão de acções pírrico" a nossa venda da dívida pública. O meu título sobre o mesmo tema pode parecer plágio, mas não é. Pensei ainda em retirar o texto, mas acabo por mantê-lo porque se tratou de pura coincindência.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

O dinheiro não abunda, nesta barafunda...

-Teixeira dos Santos não antevê eventualidade do País pedir ajuda externa.
-Administradora do Banco de Portugal defende pedido a ajuda do FMI. O Governador da instituição tem opinião contrária.

-Der Spiegel -. "Alemanha e França querem empurrar Portugal para buscar um resgate do fundo da UE emergência para acabar com a crise da dívida de espalhar para países como Espanha e Bélgica, de acordo com relatórios da Der Spiegel e Reuters.
Portugal no domingo, negou qualquer pressão, mas o euro está a cair por temor de contágio. "
A situação é de tal ordem que já ninguém se entende. Ninguém fala a uma só voz. Afinal em que ficamos?

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Apoio de peso a Fernando Nobre

"Fernando Nobre recebeu esta noite um apoio de peso: Edmundo Pedro, o histórico do PS que, nas presidenciais de 2006 apoiou Manuel Alegre, juntou-se num jantar, na Figueira da Foz, a cerca de 300 apoiantes da candidatura do fundador da AMI a Belém. “Tenho 92 anos, sou membro dirigente do PS (...). Estou aqui para dizer que há muitos militantes do PS que estão com Fernando Nobre."

Pensamentos profundos...

"O Cinismo foi uma corrente filosófica fundada por um discípulo de Sócrates, chamado Antístenes, e cujo maior nome foi Diógenes de Sínope, por volta de 400 a.C., que pregava essencialmente o desapego aos bens materiais e externos."
Por isso é que a “felicidade” está nas pequenas coisas: uns negócios pequenos, uma pequena mansão, um pequeno yate, uma pequena fortuna…

Encontro marcado com a tragédia


A morte violenta do cronista da imprensa rosa, Carlos de Castro, num quarto de hotel de Nova Iorque é o epílogo trágico de uma vida que trilhou o caminho do desvio do comportamento sexual (lésbico, gay e bissexual) tão caro a certas elites da sociedade portuguesa.

A fatalidade de Sodoma e de Gomorra vai acontecendo um pouco todos os dias. Diz-se que ele não concordava com a adopção de crianças por duplas de gays que, aliás, é defendida por responsáveis do Governo que temos. Ele sabia do falava e do submundo em que vivia. Foi pena não ter arrepiado caminho enquanto era tempo.
Paz à sua alma.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Bom Domingo

Direitos civis

" É perfeitamente constitucional confiscar sem indemnização os rendimentos das pessoas. É igualmente constitucional o Estado decretar unilateralmente a extinção das suas obrigações apenas em relação a alguns dos seus credores, escolhendo naturalmente os mais frágeis. E finalmente é constitucional que as necessidades financeiras do Estado sejam cobertas aumentando os encargos apenas sobre uma categoria de cidadãos. Tudo isto é de uma constitucionalidade cristalina. "- Via Outramargem.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Ontem como hoje.

"Esta multidão anestesiada espelha claramente o país que somos e que, irremediavelmente, continuaremos a ser - um pais estúpido, pequeno e desgraçado. O "sítio" de que falava Eça, a "piolheira" a que se referia o rei D. Carlos. "Governado" pelas palavras "sábias" de Alípio Severo, o Conde de Abranhos, essa extraordinariamente actual criação queirosiana, que reflecte bem o segredo das democracias constitucionais. Dizia o Conde: "Eu, que sou governo, fraco mais hábil dou aparentemente a soberania ao povo Mas como a falta de educação o mantém na imbecilidade e o adormecimento da consciência o amolece na indiferença, faço-o exercer essa soberania em meu proveito.” Nem mais. Eis aqui o segredo da governação. A ilustração perfeita com que o rei D. Carlos nos definia há mais de um século: "Um país de bananas governado por sacanas". Ontem como hoje. O verdadeiro esplendor de Portugal."

(Jornal de Barcelos 27/10/2010-Sinais dos Tempos)

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

O dinheiro é quem mais ordena

(No canto inferior direito a sigla do BPP)

Apesar das discussões da campanha para a Presidência da República, que na maioria dos casos, passam ao lado dos problemas fundamentais do País, há um ponto comum que une os dois candidatos à Presidência da República, Cavaco Silva e Manuel Alegre: o seu amor ao dinheiro.
-Um porque investiu acções no BPN que lhe renderam 147.500 euros de lucro a que não foram alheios, certamente, os contactos privilegiados que tinha com os seus amigos do PSD.
-O outro porque escreveu publicidade para o BPP (ver foto acima) e que ganhou com isso um “bónus” de 1.500 euros; uma bagatela, convenhamos, em relação ao seu opositor, acabando assim por revelar também, uma ideia muito substantiva que tem do capital: “o dinheiro é quem mais ordena.”

Com tudo isto os portugueses acabam por perceber que continuam a ser enganados e que quem se lixa é o mexilhão.


(Clicar na imagem para zoom)

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Quem não gosta, come menos...



Hoje, ao darmos uma vista de olhos nos blogues cá do burgo, lemos a notícia de que parece estar iminente a nomeação por parte da Câmara Municipal, de um assessor para a imprensa.
Se é para tratar da imagem, ou não, do novo executivo camarário, não sei.
Criticam o presumível assessor porque escrevera alguns artigos de opinião avessos à linha PS. Mas, perguntamos: há ou não liberdade de expressão? Temos de ser condenados por isso?
Sabemos que o(s) “conspícuo(s)” autores dos blogues em causa, têm o extinto “Linha do Oeste”, encravado nas meninges, porque, aproveitam, e insinuam que estamos em véspera do seu reaparecimento.
Ora, nada se perdia se assim acontecesse pois nele tinham assento, cidadãos conceituados e de muito valor, advogados (Melo Biscaia) e de outras profissões e plurais nas ideias, tais como: Alice Mano, António Agostinho, António Alves (se a memória não nos falha) e tantos outros, entre os quais o autor deste blogue, porventura o menos credenciado de todos eles.

O quinzenário em questão, criticou algumas vezes, certos actos administrativos no consulado de Santana Lopes. Este, sentiu-se incomodado preparou o garrote e acabou com o jornal por linhas travessas. Além do mais, não nos esquecemos que foi precisamente S.Lopes que disse, na tomada de posse dos novos titulares dos corpos sociais da Misericórdia, em Janeiro de 2000, que os Presidentes de Câmara, (PS) seus antecessores, nada tinham feito pela Figueira nos últimos 20 anos –( L.O. Nº 142-Janeiro 2000)…

Independentemente do “Linha do Oeste”, ressurgir ou não das cinzas, o que para o caso não é relevante, o que importa aqui frisar também, é que os filhos não têm nada de pagar por aquilo que os pais fizeram ou deixaram de fazer…
Sendo assim só nos resta desejar que o novo assessor de imprensa cumpra a sua missão a contento e que possa escrever, oportunamente, aquilo que Santana Lopes não pôde dizer naquele tempo:
O novo presidente ou, se preferirem, o actual executivo PS, fez muito pela FIGUEIRA.
Pós texto:
"O Futuro, às vezes, é condicionado pelo passado; mas, mal vai o presente quando o invoca para nos comover ou atemorizar."

(Clicar na imagem para zoom)

Política fétida...

(...)"Seria curial, pois, que nestas eleições fosse colocada na agenda do debate eleitoral a reconstrução político-administrativa do Estado; desde logo, um Estado, suportado por 230 deputados numa Assembleia da República abstracta, remota e burocrática, que ao fim e ao cabo explora o trabalho do maior número de eleitores para sustentar uma enorme clientela política partidária. Para quando uma “Câmara Baixa” (100/120 deputados eleitos em listas partidárias) e uma “Câmara Alta” (50/70 senadores eleitos em listas uninominais)? Para quando a redução de municípios e a abolição das Juntas de Freguesia Urbanas? Em suma: para quando a racionalização/reestruturação político-administrativa deste país exíguo, tanto demográfica como geograficamente?"


(Lucílio Carvalheiro-in Diário das Beiras)


Desde logo uma medida muito importante: 100 deputados da "Câmara Baixa" e 50 da "Câmara Alta", ou seja 150 deputados, em vez dos actuais 230.
Seria curial, seria...mas não era a mesma coisa!...








segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

A frase


"Mal vai o mundo se não há uma geração de líderes políticos com capacidade e coragem de fazer frente a este bando de abutres que suga o trabalho, o esforço e os sonhos de tanta gente que é vítima da sua ganância sem limites".


(Miguel Sousa Tavares- in Expresso 30/12/2010)



As gerações à rasca

“A geração de 60 será em Portugal uma das primeiras em décadas e décadas a ser sucedida por outras que viverão pior. O ano que agora acaba é aquele em que se tornou óbvio que falharam a vida, meninos. O que nos espera de agora em diante é constatar que para lá desse falhanço também lixaram a vida daqueles que vieram depois.” – Ver aqui.

Helena Matos-Público 30/12/2010

Helena Matos supera-se a ela própria neste ensaio sobre a geração de 60. Não gostei de a ler há dias, quando contestou a última greve geral dos trabalhadores. Mas, desta vez, põe o dedo na ferida, dizendo a verdade e apontando os responsáveis do estado a que se chegou, embora numa perspectiva de direita como é seu apanágio. A verdade, porém, é demasiado importante para ser exclusivo da direita ou da esquerda.

Só há que distinguir entre os “meninos” da geração de 60 a que ela se refere, que falharam a vida dos outros, mas não a deles, e os “meninos” sacrificados da mesma geração, obrigados a fazer uma guerra colonial que durou demasiado tempo. E não foram estes que falharam, mas sim aqueles, a geração de alguns políticos rascas (que se desenrascaram muito bem a eles próprios) a quem foi entregue o poder e que estão a pôr à rasca algumas gerações por tempo indeterminado. E talvez de modo irreversível.

sábado, 1 de janeiro de 2011

A primeira crónica do ano

Ontem, no dealbar do novo ano, degluti as doze passinhas de uva da ordem, entre uma tacinha de espumante e os vivas tradicionais na esperança de dias melhores.

Foi sol de pouca dura. Depois de ter sonhado, ainda, com a tal esperança, acordei para a realidade com a notícia da TV de que a energia ia subir 3,8% para os particulares e 4% para as empresas, para não falar nas outras subidas generalizadas dos preços para o consumidor.
Pensava eu que a EDP depois de ter tido lucros de 18% no 1º semestre do ano de 2010, o que equivale a um resultado líquido de 565 milhões de euros, nos poupasse a mais este "pequeno" esforço de contribuir para os aumentos dos escandalosos ordenados dos seus gestores.
Até porque isso iria ajudar a suportar a canga do povo que tem de pagar nova transferência de 500 milhões de euros para o BPN.

Mas, apesar disso, estava convencido que o presidente Mexia era um bom samaritano que se preocupa com os refugiados e com os pobres do nosso país. Enganei-me novamente. Quando abri a caixa do correio do meu computador encontrei lá um e-mail que me foi enviado, cujo texto transcrevo parcialmente:

"Há uns meses escrevi ao presidente da EDP e telefonei-lhe mesmo, a pedir ajuda da empresa para reparar a velha instalação eléctrica, gasta pelo uso e pelo tempo, de uma instituição, onde vivem 40 adultas cegas e com deficiências e que têm um dos mais ricos patrimónios culturais do país. A instituição recebeu meses depois a resposta: a Fundação EDP esclarecia que esse pedido não se enquadrava nas suas atribuições. Agora percebi. Pedia-se fios eléctricos, quadros eléctricos novos e lâmpadas novas. Devia-se ter escrito ao senhor presidente da maior empresa (pública) portuguesa, com os maiores prémios de desempenho, cujo vencimento é superior ao do presidente dos Estados Unidos, para que oferecesse uma lâmpada em segunda mão, que ainda acendesse e desse alguma luz. Talvez assim mandasse um dos seus motoristas, com um dos geniais assessores de imprensa e um dos fantásticos directores de marketing, avisar a RTP (a quem pagamos uma taxa na factura da luz) para virem filmar a entrega da lâmpada num saquinho de papel.

2011 anuncia-se um ano duro para os portugueses e sê-lo-á tanto mais quanto os responsáveis pelo estado a que se chegou não saírem da nossa frente."