quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Comunicado do PR/escutas


Ontem pelas 22H00 o Presidente da República fez o seguinte comunicado:
Ver vídeo abaixo.
"O Presidente da República afirmou que desconhece o e-mail e tem dúvidas sobre a veracidade do mesmo. Cavaco Silva acha que o tentaram envolver na campanha eleitoral e, perante as dúvidas de segurança, ficou a saber que há «vulnerabilidades» na caixa de correio electrónico da Presidência da República."-Lusa Sapo.

Depois da resposta do Ministro Silva Pereira, porta voz do Governo, pelas 22H52, na TVI 24, as relações entre este (Governo) e a Presidência da República não auguram nada de bom.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Sócrates venceu as eleições



O 1º Ministro, José Sócrates, ganhou as eleições legislativas com maioria relativa. Os eleitores deram 36,56% de votos ao PS que perdeu 24 deputados em relação ano de 2005. Quase uma vitória de Pirro. As intervenções de Mário Soares: "quem vos avisa vosso amigo é", não chegaram para estancar a hemorragia.

O PSD saíu derrotado averbando só 29,09% dos votos dos eleitores o que é humilhante para M. Ferreira Leite e para os estrategas do partido, mas só um cego é que não vislumbrava tal desfecho. Ou então há aqui muita coisa escondida!...

Paulo Portas, o grande vencedor da noite, vê coroado o seu esforço e persistência e o CDS elege 21 deputados para o Parlamento.
José Sócrates, nos termos institucionais, fica a aguardar a indigitação do PR para formar novo governo.Ver resultados eleitorais aqui:








sexta-feira, 25 de setembro de 2009

À Beleza


Não tens corpo, nem pátria, nem família.
Não te curvas ao jugo dos tiranos. Não tens preço na terra dos humanos.
Nem o tempo te rói.

És a essência dos anos, o que vem e o que foi.
És a carne dos deuses, o sorriso das pedras, e a candura do instinto.

És aquele alimento de quem, farto de pão, anda faminto.
És a graça da vida em toda a parte, ou em arte, ou em simples verdade.
És o cravo vermelho, ou a moça no espelho que depois de te ver se persuade.
És um verso perfeito que traz consigo a força do que diz.
És o jeito que tem, antes de mestre, o aprendiz.
És a beleza, enfim. És o teu nome.Um milagre, uma luz, uma harmonia, uma linha sem traço...Mas sem corpo, sem pátria e sem família.
Tudo repousa em paz no teu regaço.
(Miguel Torga 1907 - 1995)
Um bom fim de semana

Legislativas 2009 - Opinião



"Depois de duas décadas de neoliberalismo, puro e duro - tão do agrado de tantos que se dizem socialistas, como desgraçadamente Blair - uma boa parte da Esquerda dita moderada e europeia parece não ter ainda compreendido que o neoliberalismo está esgotado e prestes a ser enterrado, na própria América, após as próximas eleições presidenciais. A globalização tem de ser, aliás, seriamente regulada, bem como o mercado, que deve passar a respeitar regras éticas, sociais e ambientais.
Em Portugal, permito-me sugerir ao PS - e aos seus responsáveis - que têm de fazer uma reflexão profunda sobre as questões que hoje nos afligem mais: a pobreza; as desigualdades sociais; o descontentamento das classes médias; e as questões prioritárias, com elas relacionadas, como: a saúde, a educação, o desemprego, a previdência social, o trabalho. Essas são questões verdadeiramente prioritárias, sobre as quais importa actuar com políticas eficazes, urgentes e bem compreensíveis para as populações. Ainda durante este ano crítico de 2008 e no seguinte, se não quiserem pôr em causa tudo o que fizeram, e bem, indiscutivelmente, para reduzir o deficit das contas públicas e tentar modernizar a sociedade. Urge, igualmente, fortalecer o Estado, para os tempos que aí vêm, e não entregar a riqueza aos privados. Não serão, seguramente, eles que irão lutar, seriamente, contra a pobreza e reduzir drasticamente as desigualdades.
Já uma vez, nestes últimos anos, escrevi e agora repito: "Quem vos avisa vosso amigo é." Há que avançar rapidamente - e com acerto - na resolução destas questões essenciais, que tanto afectam a maioria dos portugueses. Se o não fizerem, o PCP e o Bloco de Esquerda - e os seus lideres - continuarão a subir nas sondagens. Inevitavelmente. É o voto de protesto, que tanta falta fará ao PS em tempo de eleições. "
(Mário Soares em artigo de opinião no DN de 27 de Maio de 2008)

Com todo o respeito que nos merece o Dr. Mário Soares, permitimo-nos um comentário final:

Depois deste aviso do ex-líder do PS alguma coisa mudou? Não, antes pelo contrário: as coisas agravaram-se e toda a gente o sabe. As palavras sensatas do Dr. Mário Soares cairam em saco roto. Sendo assim, há que votar em conformidade no próximo dia 27.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

A resposta...



"Também nos chamaram de oportunistas e tinham, de facto, razão. Mas no sentido em que conseguimos escolher o momento oportuno para nos juntarmos para lutar contra este estado de coisas e criarmos uma alternativa válida para a Figueira da Foz", acrescentou. "Mas não posso ser descrito como oportunista quando não tenho, nem nenhum membro da minha equipa tem, terrenos que possam ser servidos por alterações ao PDM e ao PU, ao contrário do senhor que nos acusa", apontou Daniel Santos.

Maria Almira Medina - homenagem

(Maria Almira Medina e Fernando Seara em Sintra)

"Aos 89 anos de idade a professora, escritora e também jornalista, Maria Almira Medina, vê reconhecido o seu trabalho na sua terra natal."

Assim começa o Diário de Coimbra de hoje, pela pena de Bela Coutinho, ao referir-se a uma ilustre Tavaredense que reside em Sintra e que vai ser homenageada no audiório do Museu Municipal da Figueira no próximo Sábado dia 26 pelas 15H30.

Do Jornal de Sintra transcrevemos:
Maria Almira Medina é escritora, caricaturista, professora e jornalista sintrense. Uma figura cultural de referência no Concelho de Sintra. Filha do fundador do Jornal de Sintra, Maria Almira Medina conta histórias do seu percurso pessoal, profissional e social:

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

A Paz e a indiferença


Hoje comemora-se o Dia Internacional da Paz. Porém, no mundo em que vivemos, cultiva-se a indiferença (eufemismo de desprezo) não poucas vezes.

Indiferença para com os mais pobres; indiferença das elites por aqueles que julgam ser inferiores; indiferença de alguns políticos pelos seus opositores, julgando-se detentores exclusivos da verdade e incapazes de perceber o ponto de vista dos outros.

A indiferença é, antes de mais, um sentimento anti-cristão e anti-social.

Bernard Shaw, dizia:

"o maior pecado para com os nossos semelhantes, não é odiá-los, mas sim tratá-los com indiferença; é a essência da desumanidade".

Talvez por isso os constantes apelos à paz e à sua comemoração caiam cada vez mais em saco roto.


Figueira elevada a cidade há 127 anos


A Figueira da Foz comemorou ontem, dia 20, 127 anos da sua elevação a cidade.

Foi Vila em 1771 e elevada à categoria de cidade pelo Rei D. Luís em 20 de Setembro de 1882.

Nunca teve foral; só o tiveram as antigas sedes de Município, Buarcos em 1.342 e Tavarede em 1516.

A efeméride foi comemorada pela C. Municipal com a presença de Duarte Silva, presidente, Victor Pais, presidente da Assembleia Municipal e Teresa Machado vereadora do pelouro da cultura que depuseram um ramo de flores na Rotunda do Centenário.


( Foto Zéfoz)


O "currículo" - Autárquicas"


As eleições aí estão: legislativas e autárquicas. Embora as autárquicas sejam só em Outubro preocupam mais, de algum modo, os nossos interesses mediatos do que as primeiras. Há quem diga que quanto melhor for o "currículo" dos candidatos, melhor será a sua prestação para o desenvolvimento da urbe. Será assim tão linear?
Existem várias noções de "currículo":-Cartão de apresentação para quem procura emprego e que deve ser bem elaborado;
-Descrição pormenorizada dos graus académicos, profissionais e outros tais como, actividade social, política, etc. que defina a capacidade interactiva e o dinamismo do curriculado no universo que o cerca. Verificamos, todavia, haver na prática, gestores de empresas a receberem prémios de gestão, com elevados prejuízos, com grandes "currículos"; a despedirem trabalhadores porque a sua incompetência não consegue inverter a situação da mesmas; gerentes de bancos e administradores a meterem o pé na argola; presidentes de Câmara e a afins a fazerem coisas de bradar aos céus; em suma, podemos dizer que em todos os sectores de actividade existem "excelentes" currículos e péssimos resultados.
É claro que perante a incapacidade, falta de zelo e dedicação, não há "currículo" que lhes valha. Mas seremos nós contra o "currículo"? De modo nenhum, mas preferimos homens sem currículo que cumpram; que cultivem a ética e a cidadania. Só somos contra, na medida em que o mesmo é utilizado para esconder a falta de carácter, incompetência e outras malfeitorias que prejudicam os cidadãos. Nas próximas eleições autárquicas convém olhar menos para os currículos e mais para o trabalho feito, apesar dos poucos meios postos ao dispor das respectivas freguesias, sendo, neste particular, a Freguesia de Tavarede uma das mais afectadas.
No que respeita a "currículos" estamos conversados. No que respeita a meios, já se sabe de onde vem o mal. Esperamos que o futuro inquilino da Câmara esteja à altura de inverter a actual situação.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Durão Barroso reconduzido Presidente da CE



"O Presidente da República felicitou hoje José Manuel Durão Barroso pela sua reeleição como Presidente da Comissão Europeia, considerando que a determinação que tem demonstrado é "garantia do empenho necessário para dar resposta" às expectativas dos europeus...

"O Parlamento Europeu reconduziu quarta-feira, em Estrasburgo, José Manuel Durão Barroso na presidência da Comissão Europeia, numa votação em que o ex primeiro-ministro português obteve 382 votos a favor, 219 contra e 117 abstenções. - Do jornal "Público de 16/09/09"- Ver aqui.

Ao ser reeleito para um segundo mandato os portugueses não podem deixar de congratular-se com tal feito, pelo prestígio que isso representa para Portugal.

Podemos desde já dizer que Durão Barroso entra definitivamente na galeria dos Portugueses ilustres por ter conseguido "levar a carta a Garcia", tendo, por isso, sido confirmado na Presidência da Comissão Europeia, pelos seus pares.


terça-feira, 15 de setembro de 2009

O TITANIC 100 anos depois


No "notícias magazine" do dia 13, suplemento do Diário de Notícias, vem uma notícia que diz: "Quase cem anos depois do célebre naufrágio sabe-se que os únicos portugueses que embarcaram no TITANIC, eram madeirenses".
"Alertado para a hipótese de figueirenses terem viajado no mesmo navio," o Limonete, procedeu a várias pesquisas, tendo encontrado apenas um "Videomix" sobre este funesto evento. Partimos do princípio que não passariam de boatos mas, havia algo de verdade, sobre o alerta feito. Vejam as imagens que são mais esclarecedoras do que qualquer descrição:










segunda-feira, 14 de setembro de 2009

O caso TVI - Rescaldo do jornal das 6ª feiras



Subordinado ao tema "Um país inculto", Paulo Gaião, no jornal Semanário de hoje, versão on-line, fala sobre o tão badalado jornal das 6ªs feiras da não menos badalada, Manuela Moura Guedes. Para que possam analisar a questão e concluir o que cada um houver por bem, aqui vai o texto do referido articulista:

"A forma primária como os partidos trataram o caso da TVI, fazendo propaganda pura em vez de reflectirem com os portugueses sobre o que se foi passando na estação de Queluz ao longo deste ano, demonstra o desprezo que os políticos têm pelo eleitorado e pela sua incultura política
O país está mais moderno em tecnologias, com 15 milhões de telemóveis, muitos Plasmas e LCD, segundas casas em barda, quilómetros de asfalto que muito país rico europeu não tem mas continua uma lástima em termos de massa cinzenta.
O caso da TVI serviu para lembrar as nossas misérias, que estão sempre lá. O jornal de sexta-feira era um produto que, quase todas as semanais, cedia à vulgaridade, o reverso da medalha do purismo jornalístico que também grassa em Portugal, dando mais importância às regras e à forma em detrimento do conteúdo e que se escuda muitas vezes na ética para fazer um jornalismo passivo, sem incomodar, que serve, objectivamente, muitos interesses.
A questão não é Sócrates ser zurzido com o Freeport, tal como era na TVI. A questão é que em Portugal deixou de haver investigação jornalística séria, competente e exaustiva. Os puristas não investigam porque não querem, não podem ou não lhes sobra tempo, dedicados ao policiamento de Moura Guedes, de Felícia Cabrita ou Inês Serra Lopes, quantas vezes misturando o papel de Torquemadas do jornalismo com atitudes misóginas que vêm do tempo da tarimbice dos jornais e que ainda se transmitem geneticamente. Por sua vez, os jornalistas da vulgaridade querem sangue rapidamente, misturando investigação com mistificação, confusão, deturpação e injúria, numa escalada que também se alimenta do próprio desdém que os puristas nutrem por eles. Em muitas peças do jornal de sexta-feira da TVI foi notória esta fragilidade, misturando as tais "cachas" de Manuela Moura Guedes com artilharia gratuita e informações incorrectas ou deturpadas contra Sócrates. Foi isto que deu armas ao primeiro-ministro para "crescer" contra a estação de Queluz.
Os campos estão extremados, o que acaba por diminuir o espaço para um jornalismo sério e competente e ao mesmo tempo critico, descomprometido, corajoso, sem medo de afrontar os interesses sem larachas pelo meio, dos olhos castanhos, dos olhos verdes ou do nariz de Pinóquio, como muitas vezes fez Manuel Moura Guedes. Dizer que a pivot da TVI andou a misturar factos com opiniões no seu jornal de sexta-feira é quase uma ofensa para os poucos que ainda pensam e analisam o país, homens livres como Vasco Pulido Valente e Miguel Sousa Tavares, que ou não chegam para as encomendas ou perdem capacidades com o cansaço de longos anos, politólogos que valem pelo seu pensamento, que não devem nada aos interesses.
Opinião era Moura Guedes ter inovado e aberto um espaço editorial próprio, distinto do espaço de informação e de investigação, onde Moura Guedes confrontasse Sócrates com as muitas peças que faltam no puzzle Freeport. Manuela Moura Guedes, tal como provou nas entrevistas que deu esta semana, pode ser agitada mas não é parva. Tem razão quando fala do temor reverencial de muitos jornalistas aos políticos e dos interesses que pululam, desde os particulares, para abraçar carreiras públicas ou para-públicas, de assessores e altos quadros, a interesses mais vastos e complexos.".. (ler o resto do texto aqui)

Foto da Guia TV




sábado, 12 de setembro de 2009

Tavarede - A dança para a Junta de Freguesia


Do nosso conceituado colega, "Palhetas", tivemos a distinção de receber um e-mail a informar-nos que ia de férias por alguns dias. Deu-nos uma dica sobre as autárquicas da Figueira que nos provocou alguma ironia e boa disposição. Assim para desanuviar a "asfixia democrática" (como agora se diz) do actual panorama político, o Limonete publica um "Videomix" da renhida dança para a Junta de Freguesia de Tavarede. Que ganhe o (a)melhor:

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

As sondagens aí estão

( Clicar na imagem)

Na primeira página do Diário Notícias de hoje, vem uma sondagem feita pela Universidade Católica que apresenta apenas uma diferença de dois pontos percentuais entre o PS e o PSD nas próximas eleições legislativas.

Deste modo, a chave deste presumível resultado eleitoral, pode estar no Bloco de Esquerda que tem 11% das intenções de voto e que poderá aumentar ou não a sua fasquia. Daí que vai ser entre estes e "os eleitores do CDS-PP que, respectivamente, PS e PSD, mais tentarão alimentar as sementes do "voto útil".

Nesta circunstâncias, o pretexto "velho e relho", do tal voto útil, irá ser invocado até à exaustão, tal como tem sido feito nos últimos anos, para condicionar a vontade dos portugueses (se é que a têm) de alterar o actual status.

Ao que parece, com coligação ou menos coligação, tudo vai ficar como dantes "quartel em Abrantes". Se vier por aí de novo, o bloco-central de má memória, depois não se queixem!

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Exemplos a seguir

(sweetATLANTIC HOTEL & SPA)
Clicar na foto
Assisti à construção, a partir dos alicerces, do Grande Hotel da Figueira, agora Hotel Mercure, tinha eu cerca de 14 anos. A sua construção deve-se, à iniciativa e dinamismo do Comendador, Augusto Silva, já falecido, que foi um importante industrial de hotelaria a quem o turismo da Figueira muito deve.


Mais tarde, acompanhei também, por simples curiosidade, a construção deste edifício, (nas fotos), antigo Aparthotel Atlântico, cujos alicerces foram abertos, em rocha compacta, com cuidados especiais, o que provocava a admiração de muitos mirones. Era então, e não sei se será ainda, o edifício mais alto do concelho da Figueira. Recentemente já estava um pouco envelhecido e dizia-se mesmo que iria ser desmantelado. Porém, o Grupo Sabir Hotéis, decidiu requalificá-lo, fazendo obras de beneficiação e a torre ressurgiu, desta vez resplandecente, e, como outrora, altaneira, a perscrutar a Praia da Claridade e o Atlântico que a viram nascer.

Para mim e creio que para a maior parte dos figueirenses, estas duas unidades hoteleiras, foram sempre consideradas um símbolo e um orgulho para a cidade.
Empresários assim merecem o nosso apreço e admiração.






segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Fim de Verão

(Parque das Gaivotas em Setembro)
Clicar nas imagens




-O Verão deixou-nos

-A borrasca política está a chegar

-E a urbanística veio para ficar!







Autárquicas-Carta a Garcia


Lemos a entrevista dada pelo engº. Daniel Santos, ao jornal " Figueirense", em destaque na edição do passado dia 4.

Para reter, o pensamento linear sobre o que pensa dos problemas do concelho da Figueira, apontando soluções para o futuro imediato, sem deixar de fazer críticas pertinentes aos que, na sua óptica são culpados da situação a que se chegou, dando particular ênfase à desatrosa gestão de Duarte Silva e à sua falta de liderança.

O valor de Daniel Santos, não está só em procurar ser útil ao concelho e aos seus conterrâneos, mas está na forma como, comprovadamente, no terreno, se empenha em consegui-lo. Tem com ele homens plurais no sector profissional e nas ideias políticas, tais como, Nogueira Santos, candidato à Assembleia Municipal e Augusto Bernardes, mandatário do "Movimento Figueira 100%" e muitos outros de idêntico valor e atitude. Mas o movimento está despartidarizado e por isso tem tido tantas adesões de figueirenses apartidários e dos que estão descrentes na acção dos seus próprios partidos.

Não é por acaso que se juntam mais de 700 pessoas num mega jantar o que nenhum partido até agora conseguiu fazer. Os responsáveis pelo repasto, com muita pena, tiveram que recusar inscrições por falta de espaço.

Esta candidatura tem-se revelado surpreendente e polariza cada vez mais os vários sectores da sociedade figueirense.
Numa análise retrospectiva feita à dinâmica do "Movimento Figueira 100%, até agora, e sem pretender fazer futurologia, podemos dizer: se levar a carta a Garcia "é cumprir eficazmente, uma missão, por mais difícil ou impossível que possa parecer" o candidato, Daniel Santos, está muito perto desse objectivo e merece que os eleitores reconheçam o seu valor e empenho.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Morreu Maria Clara

( Foto de Luís Carvalho/Expresso)

Morreu ontem, com 85 anos de idade, Maria Clara, a inigualável intéprete da canção da Figueira, tendo decorrido o funeral, hoje, na cidade do Porto.

"Uma das primeiras estrelas da rádio portuguesa, Maria Clara foi uma das principais influências de colegas de geração como Júlia Barroso e Maria de Lourdes Resende. Isto porque se estreou na rádio muito antes delas, embora a sua carreira se tivesse iniciado no teatro. Mais precisamente, na opereta: com a Costureirínha da Sé, estreada no Porto em 1943, que fez o nome de Maria Clara.Curiosamente, Maria Clara era lisboeta. Nascera na capital em 1923 e foi aí que foi descoberta para a vida artística, através das suas participações nas montagens amadoras do Grupo Dramático e Escolar Os Combatentes. Uma vez no Porto, Maria Clara (nome artístico, pois o seu verdadeiro nome era Maria da Conceição Ferreira) acabaria por conquistar não apenas o coração da cidade, com a Costureirinha da Sé a manter-se três meses em cartaz com lotações constantemente esgotadas, como também do médico César Machado, que a pediria em casamento. Maria Clara faria do Porto a sua cidade, deslocando-se contudo a Lisboa sempre que o trabalho o exigia.

Apesar da sua popularidade no teatro - carreira que manteve durante seis anos - a Emissora Nacional começou por se recusar a contratá-la, alegando que a sua voz era "pouco radiofónica". Contudo, A Moleirinha acabaria, em 1945, por convencer o júri da estação e Maria Clara tornar-se-ia numa das mais populares artistas do elenco da Emissora, recebendo em 1946 o primeiro prémio do Concurso de Cantadeiras e o primeiro prémio do Concurso de Artistas Ligeiros da Rádio. Em 1953, foi eleita representante portuguesa no Festival Internacional da Rádio, em Marrocos.Entre as suas criações, gravadas em quase duas centenas de discos, contam-se Figueira da Foz, Marcha do Centenário ou Ó Zé Aperta o Laço. Pouco disposta a dar entrevistas, foi contudo artista de uma rara popularidade e longevidade. "

Vi-a actuar algumas vezes no Casino da Figueira, aonde, com a sua maravilhosa voz, ao cantar a canção "Figueira da Foz", nos fazia sentir o orgulho de ser figueirenses! Pelo facto do seu passamento esta cidade fica mais pobre.

Foi casada com o médico catedrático de medicina, Júlio Machado de Sousa Vaz de quem teve um filho, Júlio Guilherme Ferreira Machado Vaz, conhecido psiquiatra e sexólogo, residente no Porto.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

A dança das autárquicas e não só-Opinião


Cantarinhas de Buarcos


Regressei de férias no pretérito dia 30 de Agosto, tendo publicado dois postes na linda cidade de Lagos, onde viveu durante algum tempo, e morreu, o Infante D. Henrique que, incialmente, com o apoio de seu irmão o Infante D. Pedro, morto na batalha de Alfarrobeira em 1449, foi o grande dinamizador dos descobrimentos portugueses.


Dei uma vista de olhos na blogosfera nacional e o que mais me surpreendeu foi a notícia dada sobre uns documentos comprometedores de um ex-gestor e ex-conselheiro de Estado, de seu nome, Dias Loureiro, encontrados numa casa de banho que convenhamos, talvez fosse o lugar próprio para esconder as borradas que fez durante a sua actividade "altamente meritória em favor da grei".


Como não podia deixar de ser fiz uma visita a alguns blogues da Figueira, nomeadamente àqueles que mais esmiuçam a política local e verifico que continuam a merecer particular atenção as eleições autárquicas e não as legislativas o que me parece ser pouco razoável nesta altura do "campeonato". Desde a notícia da "CUNHA" (que não se sabe bem do que se trata e que parece envolver alguém de Tavarede), ao caso do "Vira Eleitoral", aonde pontificam algumas figuras gradas, laranja, há de tudo um pouco, ou seja: meias verdades, verdades inteiras difíceis de digerir por alguns cabeça de lista, nomeadamente do PSD que ainda "ontem" tinha como indefectíveis alguns dos seus amigos laranjinhas. Isto de ser filiado num partido e ir à festa dos outros seguindo o "dejà vu" corriqueiro, não é compatível com tais VIP´s, que, para além do mais, deixam o edil da Câmara, Toni, em estado de choque. Esta forma errada e anacrónica de entender a política, (ter um pé no Céu e outro na Terra) lembra-me um seu ex-correligionário que não seguiu estas pisadas. Sem mais aquelas, bateu com a porta. Disse algumas verdades, cáusticas como o sal da sua terra, seguindo, acto contínuo, vertical e corajosamente o seu caminho, como independente, à conquista da freguesia de Lavos, consciente do seu valor e apoios que faltam a muitos políticos ditos da alta roda. Pese, embora, alguns erros no seu trajecto político.

Em face dos acontecimentos que decorrem na ribalta da política figueirense e correndo mesmo o risco de escandalizar alguém, não será despiciendo dizer que os grandes vencedores das autárquicas locais, independentemente dos resultados que vierem a verificar-se, são, indubitavelmente, na minha opinião, quer pela sua postura, quer pela sua coragem, embora com estilos diferentes, os candidatos, Daniel Santos e José Elísio, ressalvados, obviamente, a dimensão e o lugar que pretendem conquistar.


Que os próximos capítulos tragam algo de novo e renovem a esperança de que a política quer a nível local, quer nacional, pode ser algo de mais elevado do que aquilo que nos foi dado ver até agora ou seja, uma espécie de pinhal da Azambuja onde alguns pretendem continuar a fazer a derrama que lhes convém, como o tal gestor e ex-conselheiro acima mencionado!