domingo, 5 de abril de 2009

Opinião


Na sua rubrica "Coisas do Circo" e subordinado ao tema "Malditos sejam" no Correio de Manhã de ontem, (sábado) o jornalista Emídio Rangel diz o seguinte:
"O chamado caso Freeport já mete nojo. Mesmo um leigo na matéria percebe que se digladiam ali muitos e variados interesses, sendo o mais evidente a tentativa de esfrangalhar José Sócrates. São polícias contra polícias, magistrados contra magistrados, empresários contra empresários, oportunistas contra oportunistas e sei lá que mais, alinhado no interesse mais geral de pôr o 1º Ministro na ordem"...

O texto deve ser lido na íntegra, para quem estiver interessado, pois não é possível fazer a sua transcrição completa e termina assim:

"É uma verdadeira lástima. Posso enganar-me, mas aposto com quem quiser, como José Sócrates é inocente e nunca teve nada a ver com o caso Freeport. Se assim for, como é minha convicção profunda, eu espero que a justiça tenha a ão pesada para aqueles que não se importam de "condenar" um inocente e deixem correr o tempo porque este é um ano de eleições. Malditos sejam."

Quer-me parecer que há aqui demasiada convicção e demasiada maldição que não fazem eco na opinião de milhares de portugueses que pensam exactamente o contrário.

É uma opinião (mais uma) como outra qualquer que poderá ser tida à conta de pressão sobre a justiça, de que os magistrados se têm vindo a queixar há bastante tempo tempo. Seria melhor aguardar o resultado das investigações e falar depois. Melhor fora que o articulista tivesse dito:

Malditos sejam todos aqueles que levaram o País à situação de descalabro em que se encontra hoje, por causa das políticas desatrosas dos ultimos anos, cujas culpas podem ser assacadas, entre outros, a alguns políticos, empresários e outros tantos senhores da banca, com grave prejuízo para o Portugal e para a maioria dos Portugueses. E aí sim, é justo dizer que o 1º Ministro José Sócrates, pese embora a polémica em que está envolvido, é porventura, dos políticos menos culpados da situação a que se chegou.

De onde se infere que, se nenhum "acidente de percurso" puser em causa a sua carreira, poderá ainda cumprir com boa parte das promessas feita no passado recente, se os Portugueses entenderem dar-lhe o seu voto no próximo plebiscito.

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