terça-feira, 4 de abril de 2023

Das excitações de Abril



Todas as áreas políticas padecem de excitações diferentes ao aproximar-se a data do 25 de Abril:

-a esquerda comunista excita-se porque vê a vida mais que estragada e com razão;
-a esquerda democrática (PS?) excita-se porque se desviou dos ideais que jurou cumprir;
-a social-democracia (?) excita-se porque quer mudar a Constituição;
-a direita excita-se porque quer dar um rumo diferente ao País e Abril não deixa, apesar de tudo.

Necessitando este tema de um estudo mais aprofundado e para evitar mais excitações, vamos abordá-lo na perspectiva de alguns cidadãos, sobretudo daqueles que actuam como snipers na blogosfera local e não só. Nesta categoria temos os seguintes:

-os que continuam a olhar para Abril com esperança porque sabem que Abril não tem culpa da trampa que alguns políticos decidiram fazer;
-os que olham para Abril e julgam ver o diabo, mas sabem que é mentira e reconhecem que ainda não se adaptaram; sofrem de neurose, mas têm cura;
-os que olham para Abril e veem o diabo e estão mesmo convencidos disso; estão muito doentes (psicose); provavelmente não têm cura e podem tornar-se muito perigosos.

Não sendo eu psicólogo (alguém já pensou que sim) entendo que as excitações devem continuar, não sem deixar de dizer que quem não se excita ou não sente, ou está morto ou não é gente (passe a expressão)!...

PS: Este texto foi dado à estampa pela primeira vez em 18/04/2010. Creio que esta edição faz sentido não só porque porque Abril continua adiado, mas também, como disse Fernando Pessoa: "Senhor, falta cumprir-se Portugal".


8 comentários:

  1. Então, vivam as excitações (e outras emoções).
    E viva Abril, apesar de todas as perversões, contradições, confusões e, sobretudo, traições.
    Um abraço

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  2. O que seria de um homem sem excitações e sem um bom combate?!...
    Abraço

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  3. Sinto uma grande revolta, não pelo 25 de Abril, mas pela falta de “OUTRO” 25 de Abril. É frustrante ver o país ao fim de 35 anos, dominado por uma elite (a dos milhões), do mesmo modo que no tempo da ditadura tínhamos uma minoria social (a dos privilegiados). Valha-nos a liberdade de expressão!

    Vale de tudo para (F)lixar a plebe!

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  4. Quatro foram as correntes citadas, teoricamente, não há maioria expressiva - de uma sobre a outra. Negociar é a solução, só lhes resta a velha e boa, negociação.
    E, com pleno gozo da excitação, pois, como bem diz o ZÉFOZ: "Quem não se excita, nem sente, ou está morto ou não é gente"
    Uma boa tirada, não resta dúvida,
    parabéns,
    severino coutinho

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  5. Muito gosto em tê-lo em on-line, caro sr. Severino. A sua visita é sempre muito apreciada. Tenho pena que o perfume destes cravos de Abril não chegue aí ao Recife. Mas não admira porque, por aqui, também já vamos sentindo a falta dele, infelizmente!...

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  6. É verdade o seu marcador está a indicar: 1 em Portugal e 1 no Brasil, somos nós então. Tenho - com menos regularidade do que gostaria - estado a visitá-lo. E, com menos frequência ainda, deixado comentários. Só comentando quando oportuno se faz. Cravos vermelhos, realmente faz tempo não os vejo. E o perfume dele então...
    Estamos no outono, apenas o calendário nos diz, pois as folhas aqui não respeitam estações. O tempo está um pouco chuvoso e o calor aos poucos começa a diminuir, coisas do Brasil.
    Agadeço a visita que fez ao meu blog, será sempre um prazer encontrá-lo.

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  7. Caro amigo Severino Coutinho,
    Ainda a propósito da tal tirada, devo dizer que foi um momento de inspiração baseado no velho provérbio português, que vocês aí, nesse maravilhoso Brasil, também devem conhecer: "quem não se sente, não é filho de boa gente."
    Abraço

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