O tão falado processo face oculta é mais um a juntar a tantos outros, descoberto e investigado pela PJ de Aveiro (DIAP) possivelmente com o apoio de outras outras entidades de combate ao crime de colarinho branco e da corrupção. Segundo o jornal Público de hoje: "As nove certidões que o Departamento de Investigação e Acção Penal de Aveiro extraiu do processo de investigação conhecido como Face Oculta, estiveram quatro meses na PGR sem que ninguém lhes desse seguimento".
O fenómeno não é novo no nosso País, mas tem-se agravado nos últimos anos numa curva sinuosa e ascendente o que tem posto à prova a eficiência dos agentes de investigação que, na nossa modesta perspectiva, não pode ser posta em causa. A eficácia da sua acção é filtrada e retardada por factores e elementos exógenos às corporações que servem. Aqueles, por sua vez, com o beneplácito de alguns políticos coniventes nos esquemas de corrupção e tráfico de influências, actuam junto dos areópagos do poder para branquear toda uma actividade ilícita, cujos proventos são entregues a "destinatários sem rosto". Estes, querem os utilizem em proveito próprio, quer os entreguem para campanhas políticas escapam quase sempre à alçada da Justiça, por razões óbvias. Assim se desenvolve o "tumor maligno", com metásteses, que talvez só com uma cirurgia radical tenha possibilidades de cura. Infelizmente há quem diga que, quando estas surgem, quase sempre o tumor é incurável.
Para alguns vultos da sociedade política o "tumor da corrupção" é o "doping" na corrida da vida, tal como acontece com alguns atletas de qualquer maratona. Por isso não admira que cheguem tão depressa á meta que se propuseram atingir de qualquer maneira, enganando dirigentes, árbitros (os que querem ser enganados) e os espectadores (contribuintes) ostentando riquezas e meios cuja origem procuram a todo o transe esconder.
Para alguns vultos da sociedade política o "tumor da corrupção" é o "doping" na corrida da vida, tal como acontece com alguns atletas de qualquer maratona. Por isso não admira que cheguem tão depressa á meta que se propuseram atingir de qualquer maneira, enganando dirigentes, árbitros (os que querem ser enganados) e os espectadores (contribuintes) ostentando riquezas e meios cuja origem procuram a todo o transe esconder.
Neste rectângulo pseudo desportivo em que se tornou o nosso País o futebol é, incontestavelmente, a modalidade mais popular mas, a do salto à Vara, é de longe, a mais falada nestes últimos dias!
Este é o país da cunha, da inveja que inquinam todos os estratos sociais. A riqueza ilícita que subjaz ad eternum da corrupção, é uma verdade incontroversa. Assim, porquê tanta admiração?! Não vale a pena lutar contra "moinhos de vento" que, no caso vertente, não são de vento, mas sim de interesses bem instalados!...
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