Foto O Palhetas
Foi um desfile bonito, mas para que o carnaval tivesse ainda mais um cunho abrasileirado, já que na Avenida do Brasil desfilava, exibiram-se três escolas de samba, divididas em quatro grupos. Bem vestidas, com fatos multicoloridos e flamejantes, as mais velhas. Despidas quanto baste, mas lindas e frenéticas ao som do samba, as mais novas, numa amálgama de juventude e alegria a mostrarem que a carne-vale… Pese embora o nosso clima, ali não havia frio. Olarila!...
Relativamente a anos anteriores, viram-se poucos carros alegóricos. O cortejo só tinha uns seis, se tanto, mas com boas piadas aos políticos, sendo a dupla, Cavaco e Coelho, o bombo da festa. A presença das freguesias que em anos anteriores participavam com carros alegóricos tradicionais, que chegaram a ser mais de doze, foi diminuta: umas três ou quatro, se tanto. Os autarcas e as forças vivas das freguesias têm-se afastado paulatinamente do tradicional carnaval da Figueira por falta de verba, cuja parte de leão (que me perdoe o Futre) é entregue… às Escolas de Samba.O resultado é que o Carnaval português que tem características especiais e que podia ser enriquecido com alguns motivos do Brasil (aqui estamos de acordo) está a ser invadido pelos tambores e samba brasileiros. À parte a política, um país colonizador, até nisto está a ser colonizado… Assim, e com a grave crise que nos aflige, é difícil ter auto-estima com este descaracterizado Carnaval.
Vou acabar como comecei: a tradição do Carnaval está cumprida por metade.
Apesar da participação popular nesta edição Carnavalesca de hoje ter sido boa, vamos a ver como será a próxima edição de terça-feira.
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Os conhecedores de história sabem que quem introduziu
ResponderEliminaro Carnaval (entrudo)no Brasil foram os portugueses quando lá chegaram. Mas as características de hoje não tem nada a ver com o que se fazia nesse longínquo tempo.