quinta-feira, 31 de maio de 2018

Eutanásia ou não, eis a questão

O que não podemos esquecer sobre a eutanásia:
Os homens não se abatem como se fossem cavalos.
 
A afirmação acima dá para entender que sou contra a eutanásia. Mas é muito sintética para se perceber até que ponto não concordo com tal forma de matar alguém, sob o pretexto eufemístico de acabar com o seu sofrimento. Já fiz o comentário que se segue na página do face de dois amigos e vou agora transcrevê-lo aqui:
 

Morrer com dignidade e viver com dignidade são duas faces da mesma moeda que é a Vida e parece-me que a hipocrisia de alguns políticos está a esquecer-se disso. A eutanásia não tem nada a ver com a dignidade na morte, pois para se morrer com dignidade são precisos meios, assistência médica e medicamentosa, dedicação e amor ao próximo até ao fim. E nem todos têm meios, vocação ou humanidade para conseguirem esse desiderato. A legalização da eutanásia pode levar à liberalização da morte por motivos iníquos, quiçá criminosos. O assunto é delicado, mas preocupem-se mais os políticos com o viver com dignidade e dêem meios ao povo para isso. A morte acabará por surgir naturalmente e os casos de excepção que seja o próprio a ter a coragem de decidir.
 

Um dia depois de ter escrito o presente texto no face, encontrei uma opinião competente de um  médico especialista, Dr. Maia Gonçalves que afirma que a eutanásia é um acto contra-natura. A sua opinião pode ser lida aqui. A legalização da eutanásia foi chumbada na AR, mas não tenhamos dúvidas que a questão vai continuar latente na sociedade e a agitar alguns políticos e consciências até que volte a ser discutida no Parlamento.

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