sexta-feira, 21 de setembro de 2018

O porquê das coisas

 
Quer se queira quer não, a nomeação da nova PGR não está isenta de críticas. Não é a sua figura que está em causa. O problema é que alguns políticos desta República, continuam a entender-se muito bem na tomada de decisões polémicas, nomeadamente naquelas que escondem as suas verdadeiras intenções ou motivações, tomando o povo por parvo. Povo este, aliás, que sabe muito bem que a justiça não é igual para todos. É óbvio que não podemos esquecer que "Joana Marques Vidal, foi a única Procuradora Geral que teve a coragem de acusar os todo-poderosos Sócrates e Salgado e não só, e bem assim, não podemos esquecer que Costa é amigo de Sócrates e que o PR é amigo de Ricardo Salgado" (ex-DDT, ou ainda é DDT?). É certo que quase todos os PGR têm sido polémicos, por esta ou por aquela razão. O poder instalado e os interesses políticos/partidários condicionam muito. O grande combate, diz-se, é contra a corrupção. Se assim é, urge melhorar as condições políticas e meios para o exercício do cargo com total independência e credibilidade. Posto isto, vamos esperar para ver se a nova PGR, com o seu perfil discreto, vai exercer a sua capacidade e eventual sentido de Justiça no combate à corrupção com a imparcialidade que se impõe, ou se, pelo contrário, vai ser mais do mesmo.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Os comentários serão publicados após análise do autor do blogue.