Mário Nogueira, não dá aulas
tal como acontecia, ou ainda acontece, com os delegados escolares que,
pelo facto de o serem, eram dispensados da componente lectiva. Por
analogia, vem a talhe de foice dizer, por que isso é o pretexto para os
ataques descabelados que lhe fazem, que se os delegados escolares estão
dispensados de dar aulas, faz sentido, por maioria de razão, que o
secretário-geral da Direcção Nacional da FENPROP esteja também
dispensado. Se ele fosse obrigado a exercer não deixaria de ser,
certamente, um bom professor, mas talvez não fosse bom sindicalista.
Estará há demasiado tempo a representar os professores, mas tem sido
coerente, tem secundado e servido com dedicação e empenho, desde sempre,
a justa luta dos seus pares e daí as sucessivas reconduções para
desempenhar o cargo.
Acresce que ele não está sozinho nesta luta e tem
com ele dez sindicatos de professores e, bem assim, o presidente da FNE,
João Dias da Silva de que ninguém fala.
Talvez não seja oportuna a
altura para ser contado o tempo de 9 anos, 4 meses e 2 dias tempo
integral de serviço que foi roubado aos docentes, mas que lhes foi
prometido foi.
As legítimas expectativas dos professores, agora goradas
em AR, com o pretexto de não haver dinheiro quando se sabe que há milhões para resgatar bancos, pagar PPP (nunca é demais dizê-lo) e se perdoam
milhões a vigaristas que deviam estar presos, só pode provocar a revolta e a descrença nos governantes que, para si próprios, não
utilizam os mesmos processos de contenção que impõem aos demais
cidadãos, quer do sector público, quer do privado.
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