sábado, 11 de maio de 2019

O Sindicalista - Opinião

Mário Nogueira, não dá aulas tal como acontecia, ou ainda acontece, com os delegados escolares que, pelo facto de o serem, eram dispensados da componente lectiva. Por analogia, vem a talhe de foice dizer, por que isso é o pretexto para os ataques descabelados que lhe fazem, que se os delegados escolares estão dispensados de dar aulas, faz sentido, por maioria de razão, que o secretário-geral da Direcção Nacional da FENPROP esteja também dispensado. Se ele fosse obrigado a exercer não deixaria de ser, certamente, um bom professor, mas talvez não fosse bom sindicalista. 
Estará há demasiado tempo a representar os professores, mas tem sido coerente, tem secundado e servido com dedicação e empenho, desde sempre, a justa luta dos seus pares e daí as sucessivas reconduções para desempenhar o cargo. 
Acresce que ele não está sozinho nesta luta e tem com ele dez sindicatos de professores e, bem assim, o presidente da FNE, João Dias da Silva de que ninguém fala. 
Talvez não seja oportuna a altura para ser contado o tempo de 9 anos, 4 meses e 2 dias tempo integral de serviço que foi roubado aos docentes, mas que lhes foi prometido foi. 
As legítimas expectativas dos professores, agora goradas em AR, com o pretexto de não haver dinheiro quando se sabe que há milhões para resgatar bancos, pagar PPP (nunca é demais dizê-lo) e se perdoam milhões a vigaristas que deviam estar presos, só pode provocar a revolta e a descrença nos governantes que, para si próprios, não utilizam os mesmos processos de contenção que impõem aos demais cidadãos, quer do sector público, quer do privado.

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