segunda-feira, 20 de abril de 2020

Comemorar o 25 de Abril


 


Quase na véspera do 25 de Abril instalou-se a polémica se o evento que nos trouxe a Democracia e a Liberdade deve ou não ser comemorado na Assembleia da República. Eu próprio que gosto do 25 de Abril, tive dúvidas devido à actual quarentena. Mas, se a AR não fechou portas por causa da pandemia, e continuou e continua a trabalhar com um número reduzido de deputados cumprindo com as necessárias cautelas sanitárias, o que não se justificava agora é que as fechasse para não comemorar.
Isso seria um sinal contrário ao espírito do 25 de Abril dado pelos verdadeiros democratas ao país.

A dúvida estará só no número de convidados que por precaução não deverá exceder determinado número de segurança. Justifica-se, portanto. O que já não se justifica são os insultos visíveis na ribalta da política, feitos por quem gosta do 25 de Abril e aqueles que não gostam, nem nunca gostaram, chegando a chamar-se de imbecis, uns aos outros numa atitude nada dignificante.
Senhores políticos e apoiantes das esquerdas e direitas: Haja contenção e deixem os insultos no caixote do lixo da falta de educação e civismo. Seguramente esta será a melhor forma de comemorar o dia da Liberdade e da Democracia com o decoro e o respeito que se impõem.


sexta-feira, 17 de abril de 2020

A Música e a Alma

1967 - Recordar é viver

O puzzle vai-se encaixando



Para reflectir.
"Em recente conferência na Califórnia, Gates revelou uma agenda oculta da sua filantropia: a redução da população mundial, também conhecida como eugenia."

A recente pandemia do covid 19 está a por o mundo à beira de uma crise de consequências imprevisíveis nunca vistas. Seja qual for a origem da mesma ou de outras semelhantes, parece que a sua criação radica num projecto sombrio há muito engendrado por forças diversas poderosas, quiçá maléficas que não olham a meios para atingir os fins a que se propuseram a que não é alheio o interesse dos laboratórios e do suposto filantropo: Bill Gates.

Talvez não seja despiciente dizer que os loucos que pontificam no mundo de hoje, precisam que os cegos, continuem cegos e não percebam que não se trata da tosquia do rebanho (isso foi sempre os que os grandes interesses fizeram) mas, outrossim, o que está em curso é o dizimar do rebanho para se imporem pelo medo à impotência dos mais frágeis e assim conseguirem poder e dinheiro.

O puzzle vai-se encaixando e se não resultar ainda desta vez, as tentativa vão continuar. A NOM assim o exige.

sábado, 11 de abril de 2020

PÁSCOA DIFERENTE



Hoje, numa altura de confinamento em que o futuro é uma incógnita e a luta pela vida se torna cada vez mais complicada é bom lembrar que a Páscoa é sinónimo de ressurreição.

Ressurreição que pode não ser no sentido literal do termo, mas no sentido do homem novo que sacode as sandálias do pó de caminhos difíceis que muitas vezes o obrigaram a trilhar, devido a preconceitos e políticas cujo objectivo não é a dignificação do ser humano, mas a sua sujeição a vis interesses que não se compadecem com os mais fracos e desprotegidos.

Desejo uma boa Páscoa, na medida do possível, aos meus familiares, cuja presença não posso desfrutar por motivos óbvios, a todas as pessoas minha amigas e não amigas e aos visitantes do Limonete.

Hoje, cada vez mais conscientes da nossa fragilidade humana, desejo a todos, força e Fé no futuro e que nos possamos reunir e conviver em breve, tal como o fizemos no passado recente.

sexta-feira, 10 de abril de 2020

Sexta-Feira Santa




O lado perverso da Páscoa


"Era costume, no período da Páscoa, soltar um prisioneiro que o povo escolhesse. Os soldados romanos haviam capturado há pouco, um criminoso de fama, chamado Barrabás. Era ladrão e assassino. Então Pilatos voltou-se para a multidão e perguntou-lhes:


"A quem quereis que eu vos solte, a Barrabás ou a Jesus, chamado Cristo?" Mat.27:17. "Toda a multidão, porém, gritava: Fora com Este! Solta-nos Barrabás!"

Na realidade não era a multidão que gritava para soltarem Barrabás, mas sim a elite daquele tempo que detinha o poder: os chefes dos sacerdotes, os vendilhões do templo que tinham sido expulsos por Jesus, os fariseus e os escribas que estavam apostados em sacrificar a “Verdade, o Caminho e a Vida"...


Hoje, nos areópagos do poder mundano e político, à semelhança de Pilatos, continua-se a lavar as mãos para se esquecer a verdade da humanidade em crise por culpa própria. E, nos Sinédrios da religião, ao contrário de Caifás, nem sequer se rasgam as vestes da hipocrisia por se ignorar, tantas vezes, o verdadeiro Caminho e a Vida pelos quais Cristo morreu.


quarta-feira, 8 de abril de 2020

A Música e a Alma

O tema da Música volta ao LIMONETE

Quando se ouve boa música fica-se com saudade de algo que nunca se teve e nunca se terá
-Samuel Howe

terça-feira, 7 de abril de 2020

A conquista do Paraíso




A conquista do Paraíso

Em quarentena por causa do covid-19, o vídeo acima, A conquista do Paraíso, suscitou-me uma reflexão sobre a globalização em curso e a Nova Ordem Mundial que não é a mais que a tentativa da conquista do poder por algumas nações de topo que pretendem ter, a todo o custo, a hegemonia da economia, seja ela capitalista neoliberal ou comunista capitalista. Haverá, por parte das mesmas, outras intenções piores. Mas, por agora, não vamos por aí. O que eu quero dizer é que foi Portugal quem deu os primeiros passos no sentido da globalização no bom sentido, sem submeter os povos ao tacão da ditadura ou do comunismo, cujo conceito à época dos descobrimentos não existia. Existiu sim, "um Papa com o nome de João XXI, nascido em Lisboa que escreveu um dos primeiros compêndios modernos sobre Medicina que, um século mais tarde, era livro de consulta obrigatória em quase toda a Europa. Existiram sim, portugueses que fizeram feitorias, negociavam nas terras que descobriam, levaram as tulipas, o chocolate e os diamantes para a Holanda, introduziram na Inglaterra o hábito do chá das cinco e deram a Bombaim a chave do Império. Ensinaram a África a proteger-se contra a malária… e introduziram na Índia o ensino superior, o caril e as chamuças e, no Japão, a têmpera e as armas de fogo. ”in: A primeira Aldeia Global.

Não se sabe bem aonde nos vai levar a globalização e os poderes ocultos que pontificam na presumível Nova Ordem Mundial. O que sabemos é que “A conquista do Paraíso” é um antigo sonho do Homem que devia ser conseguido por todos, para todos, e não apenas para alguns, cujos verdadeiros objectivos nos escapam.

Pós-texto: esta minha reflexão já não é nova. Pode ser visto aqui tema idêntico e mais completo.

terça-feira, 31 de março de 2020

EM QUARENTENA


EM QUARENTENA

Oh vírus malquisto
és uma maldição e
pareces o anticristo.

Podes vir do acaso, chegar aqui ou não,
ser russo, cowboy ou chinês
e podes mesmo estar aí à porta
para nos derrubar de vez.
Espalhas o terror mesmo de quarentena
e com o manto da morte,
matas quem tem menos sorte
e quem nos deixa mais pena

Violaste fronteiras qual assombração
para meter medo a esta nobre Nação,
que já esteve em todo o Mundo.
Vade retro, oh vírus maldito, a nossa resiliência
vai vencer-te como o fizemos ao mar profundo.


31/03/2020



segunda-feira, 30 de março de 2020

Covid-19 e as teorias da conspiração

Covid-19
Resposta a uma amiga que diz que as teorias da conspiração são criminosas


As teorias da conspiração não assim tão descabidas como isso. Tenho lido sobre o assunto com o cuidado e a reserva que se impõem. Algumas são terríveis e inacreditáveis? São, na verdade. Mas a questão, hoje, que se põe com o novo codiv-19, são sem dúvida, “os interesses económicos/capitalistas invisíveis (em parte) que comandam a sociedade contemporânea, “como alguém já disse, mas de que muita gente grada tem medo de falar. Existe também a possibilidade de o mesmo vírus ter sido criado deliberadamente como arma biológica silenciosa na guerra pelo domínio global. Não nos podemos esquecer que os gases da 1ª GG, o gás Zyklon B nos fornos crematórios da Alemanha nazi, e as bombas atómicas despejadas em Nagasáqui e Hiroshima, já teriam sido, eventualmente, previstos nas chamadas teorias da conspiração da época. Isto para dizer que já temos muitos exemplos no passado que nos ensinam que o inacreditável de hoje pode ser a verdade de amanhã. É claro que nem de perto nem de longe acredito que, no nosso país, haja a intenção, de deixar morrer, seja quem for por motivos menos dignos. Mas a certeza que tenho relativamente a Portugal e aos nossos governantes, não é a mesma que tenho em relação a outros países de topo que têm dizimado a humanidade com os pretextos mais absurdos. Creio que o nosso SNS, tanto quanto eu sei, têm estado à altura desta grave crise e que os seus profissionais são dignos dos maiores e mais merecidos encómios. A actual situação de crise sanitária está a ser vivida na Europa e não só, entre a angústia e a loucura provocados pela expectativa de dias muito maus. Mas não será mesmo a loucura dos homens a verdadeira causa da actual pandemia do covid-19?

domingo, 22 de março de 2020

O Vírus Maldito


 O vírus maldito e a contra-informação.
No tabuleiro do xadrez do poder económico mundial e não só, a luta continua, e quem morre são os peões.
Afinal quem são os culpados da actual pandemia do corona vírus?
Pós-texto-Resumindo e concluindo:
O vírus é espontâneo ou é mesmo uma criação de laboratório? A teoria da conspiração também não ajuda muito para sabermos a verdade. E talvez nunca a venhamos a conhecer.

quarta-feira, 18 de março de 2020

Estado de emergência




O PR decretou o estado de emergência.

A coragem dos homens pode coexistir com um sentimento contraditório de desprotecção e de medo. Quem esteve na guerra sabe disso. 
Hoje estamos a enfrentar uma pandemia altamente perigosa que dá pelo nome de coronavírus (covid 19) e se assemelha a uma guerra total com mortes imprevisíveis e consequências económicas desastrosas. O “inimigo” não tem rosto, a sua presença não é perceptível, mas pode estar em qualquer lado. 
Descobrimos, mais uma vez, a nossa fragilidade e o medo perante uma situação de perigo excepcional que urge esconjurar. E este é tanto maior quanto sabemos que, até agora, não existem certezas de haver meios eficientes para o combater. 
Decretado o estado de emergência durante quinze dias, resta aos portugueses cumprir com o que lhes foi pedido pelo PR e seguir as recomendações da DGS, com a calma e a serenidade imprescindíveis numa situação tão difícil quanto esta. 
A coragem e a entrega humanitária para salvar vidas, e enfrentar o “inimigo,” não vão faltar, certamente, a todos os médicos e profissionais do SNS, como aliás, tem sido seu apanágio. Honra lhes seja feita.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

A eutanásia legalizada



Não poderás vencer a morte. Mas impõe-lhe a vida como um bandarilheiro e verás que muitas vezes ela marra no vazio - Vergílio Ferreira.

A legalização da eutanásia pode ser a abertura da caixa de pandora. Para já a relação de confiança entre o médico e o doente vai ficar afectada. Na Holanda e na Bélgica o conceito inicial de eutanásia tem sido alargado e o número dos intervencionados tem aumentado todos os anos. Fala-se mesmo de casos que são mais homicídios do que morte assistida e que há médicos que se refugiam em consultas de psiquiatria afectados pelo que vêem. A nossa lei fundamental é contra o exercício da morte e fica por esclarecer como é que o Estado vai resolver esta incompatibilidade. Na discussão invocaram-se os cuidados paliativos e outros meios da ciência médica para evitar o sofrimento a que aparentemente se foge devido à componente económica; a equação final ainda vai fazer correr muita tinta. E depois de encontrada não fica garantido que a polémica acabe, dado que a hipótese do referendo foi torneada por quem tinha interesse nisso.
Respeito a decisão daqueles que, em desespero de causa e não tendo família com meios nem disposição para apoio condigno na doença, recorrem à eutanásia. Mas a maioria do povo, não entende a pressa da legalização da mesma que pouco lhe diz. As pessoas têm uma filosofia diferente e afirmam: se eu não pedi para nascer, não vou pedir para morrer. Percebem o ciclo natural da vida e enfrentam com estoicismo a sombra da morte até ao último momento. Subscrevo este entendimento e daí a pergunta: “A quem serve a morte? Que o digam as funerárias e os herdeiros dos falecidos.”
Uma nota final: é de salientar e louvar o voto contra a despenalização da eutanásia do PCP. Para admiração de muita gente o PCP votou contra a morte e disse sim à VIDA. Com esta decisão, aliás tomada por vários deputados de outros partidos, entendeu-se e muito bem, que é prioritário salvaguardar a vida e a saúde dos portugueses e acabar com as lamentáveis mortes nas listas de espera e nos corredores das urgências dos hospitais do SNS.

Pós-texto: ver aqui conceitos gerais de uma morte digna.


segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Democracia

 


Rousseau tem razão. Entretanto, a estratégia do poder passa por manipular e adormecer o "rebanho", com os sonhos dos "amanhãs que cantam."

Analisada globalmente a democracia oferece-nos duas imagens muito contrastantes. Por um lado, na forma de democracia representativa, ela é hoje considerada internacionalmente o único regime político legítimo. Investem-se milhões de euros e dólares em programas de promoção da democracia, em missões de fiscalização de processos eleitorais e, quando algum país do chamado Terceiro Mundo manifesta renitência em adoptar o regime democrático, as agências financeiras internacionais têm meios de o pressionar através das condições de concessão de empréstimos. Por outro lado, começam a proliferar os sinais de que os regimes democráticos instaurados nos últimos trinta ou vinte anos traíram as expectativas dos grupos sociais excluídos, dos trabalhadores cada vez mais ameaçados nos seus direitos e das classes médias empobrecidas. Inquéritos recentes feitos na América Latina revelam que em alguns países a maioria da população preferiria uma ditadura desde que lhes garantisse algum bem-estar social. Acresce que as revelações, cada vez mais frequentes, de corrupção levam à conclusão que os governantes legitimamente eleitos usam o seu mandato para enriquecer à custa do povo e dos contribuintes. Por sua vez, o desrespeito dos partidos, uma vez eleitos, pelos seus programas eleitorais parece nunca ter sido tão grande. De modo que os cidadãos se sentem cada vez menos representados pelos seus representantes e acham que as decisões mais importantes dos seus governos escapam à sua participação democrática.
O contraste entre estas duas imagens oculta um outro, entre as democracias reais e o ideal democrático. Rousseau foi quem melhor definiu este ideal: uma sociedade só é democrática quando ninguém for tão rico que possa comprar alguém e ninguém seja tão pobre que tenha de se vender a alguém. Segundo este critério, estamos ainda longe da democracia. Os desafios que são postos à democracia no nosso tempo são os seguintes. Primeiro, se continuarem a aumentar as desigualdades sociais entre ricos e pobres ao ritmo das três últimas décadas, em breve, a igualdade jurídico-política entre os cidadãos deixará de ser um ideal republicano para se tornar numa hipocrisia social constitucionalizada. Segundo, a democracia actual não está preparada para reconhecer a diversidade cultural, para lutar eficazmente contra o racismo, o colonialismo e o sexismo e as discriminações em que eles se traduzem. Isto é tanto mais grave quanto é certo que as sociedades nacionais são cada vez mais multiculturais e multiétnicas. Terceiro, as imposições económicas e militares dos países dominantes são cada vez mais drásticas e menos democráticas. Assim sucede, em particular, quando vitórias eleitorais legítimas são transformadas pelo chefe da diplomacia norte-americana em ameaças à democracia, sejam elas as vitórias do Hamas, de Hugo Chavez ou de Evo Morales. Finalmente, o quarto desafio diz respeito às condições da participação democrática dos cidadãos. São três as principais condições: ser garantida a sobrevivência: quem não tem com que alimentar-se e à sua família tem prioridades mais altas que votar; não estar ameaçado: quem vive ameaçado pela violência no espaço público, na empresa ou em casa, não é livre, qualquer que seja o regime político em que vive; estar informado: quem não dispõe da informação necessária a uma participação esclarecida, equivoca-se quer quando participa, quer quando não participa.
Pode dizer-se com segurança que a promoção da democracia não ocorreu de par com a promoção das condições de participação democrática. Se esta tendência continuar, o futuro da democracia, tal como a conhecemos, é problemático. - Boaventura de Sousa Santos. Visão- 31/08/2006.
Pós texto: depois de fazer a presente publicação dei-me conta que já tinha dado à estampa uma publicação idêntica com o mesmo título que pode ser vista aqui: http://limonete.blogspot.com/2012/02/democracia.html. A de hoje devia ter um título diferente. Assumo o lapso e por isso peço desculpa aos meus leitores. O que eu pretendo chamar a atenção com este tema é que vivemos num simulacro de democracia que só interessa a uma elite que está muito mais preocupada com os seus interesses do que com os reais interesses do povo e do país. Na prossecução deste objectivo, talvez inglório, faço, amiúde, referência à opinião de conhecidas figuras de reconhecido valor das nossas letras e não só, que, pese embora com ideologias diferentes ou mesmo sem qualquer filiação partidária, sabem que a democracia do nosso país está doente e é um repositório de equívocos deliberados com a intenção de "adormecer e manipular o rebanho," como digo acima.