Ontem ao acompanhar o desfile de Carnaval das nossas crianças dos Jardins de Infância do Concelho, deparei com a placa comemorativa, acima, que se encontra implantada no jardim Municipal. Tem os seguintes dizeres:-"A Associação Cívica do Concelho da Figueira da Foz dedica com amor e respeito a sua mais fervorosa homenagem a Manuel Dias Soares (música) e António Pereira Correia (letra) inspirados autores da Marcha do Vapor que, na sua singular beleza, o povo desta cidade adoptou como o hino da sua terra. 1-XII-1989."
Esta homenagem fez-me recuar na bruma do tempo e recordar a génese da ideia da transladação dos restos mortais do egrégio, Manuel Fernandes Tomás, também conhecido como Patriarca da Liberdade, para a sua terra natal, e alguns fundadores desta Associação Cívica, tais como:-Francisco Ganhitas que chegou a ser deputado à AR pelo PS entre 1976/77; António Torres (já falecido) que foi proprietário da oficina, "Escapes Satélite"; João Rola, técnico de seguros e o autor deste blogue. Nestas andanças há sempre uma relação de causa efeito ou de nexo de causalidade. Assim surge a pergunta: Porque foi criada a referida Associação Cívica do Concelho da Figueira da Foz?O Engº., Manuel Alfredo Aguiar de Carvalho que foi presidente da Câmara entre 1983 e 1997 fez um bom primeiro mandato, mas começou a ser questionado depois, por alguns correligionários do seu partido e, não só, que não concordavam com algumas orientações suas a nível da Edilidade. Então nasceu a Associação com o objectivo de dar o seu contributo ao Presidente mas, pugnando pelos verdadeiros interesses da Figueira, conforme consignado nos seus Estatutos. Apesar destes propósitos, começou a ser olhada com desconfiança pelo autarca e nunca teve apoios em conformidade. Por isso estiolou e morreu; mas nunca vergou a cerviz. Outros movimentos cívicos, de igual cariz ,sobreviveram e sobrevivem porque se encostaram ao poder traindo de algum modo os seus ideais, mas prejudicando o desenvolvimento das comunidade onde estão inseridos.
Curiosamente ou não, hoje, mais do que nunca, acontece o mesmo com algumas Associações e com alguns plumitivos dos media, pretensamente bem intencionados que cavam com a mesma enxada," vendendo-se por um prato de lentilhas". Daí que, a culminar a ideia subjacente, não resista a citar o seguinte texto do escritor espanhol, Carlos Ruiz Zafón:-
"Um escritor nunca esquece a primeira vez em que aceita umas moedas ou um elogio a troco de uma história. Nunca esquece a primeira vez em que sente no sangue o doce veneno da vaidade e acredita que, se conseguir que ninguém descubra a sua falta de talento, o sonho da literatura será capaz de lhe dar um tecto, um prato de comida quente ao fim do dia e aquilo por que mais anseia: ver o seu nome impresso num miserável pedaço de papel que certamente lhe sobrevirá. Um escritor está condenado a recordar esse momento pois nessa altura já está perdido e a sua alma tem preço."
Esta homenagem fez-me recuar na bruma do tempo e recordar a génese da ideia da transladação dos restos mortais do egrégio, Manuel Fernandes Tomás, também conhecido como Patriarca da Liberdade, para a sua terra natal, e alguns fundadores desta Associação Cívica, tais como:-Francisco Ganhitas que chegou a ser deputado à AR pelo PS entre 1976/77; António Torres (já falecido) que foi proprietário da oficina, "Escapes Satélite"; João Rola, técnico de seguros e o autor deste blogue. Nestas andanças há sempre uma relação de causa efeito ou de nexo de causalidade. Assim surge a pergunta: Porque foi criada a referida Associação Cívica do Concelho da Figueira da Foz?O Engº., Manuel Alfredo Aguiar de Carvalho que foi presidente da Câmara entre 1983 e 1997 fez um bom primeiro mandato, mas começou a ser questionado depois, por alguns correligionários do seu partido e, não só, que não concordavam com algumas orientações suas a nível da Edilidade. Então nasceu a Associação com o objectivo de dar o seu contributo ao Presidente mas, pugnando pelos verdadeiros interesses da Figueira, conforme consignado nos seus Estatutos. Apesar destes propósitos, começou a ser olhada com desconfiança pelo autarca e nunca teve apoios em conformidade. Por isso estiolou e morreu; mas nunca vergou a cerviz. Outros movimentos cívicos, de igual cariz ,sobreviveram e sobrevivem porque se encostaram ao poder traindo de algum modo os seus ideais, mas prejudicando o desenvolvimento das comunidade onde estão inseridos.
Curiosamente ou não, hoje, mais do que nunca, acontece o mesmo com algumas Associações e com alguns plumitivos dos media, pretensamente bem intencionados que cavam com a mesma enxada," vendendo-se por um prato de lentilhas". Daí que, a culminar a ideia subjacente, não resista a citar o seguinte texto do escritor espanhol, Carlos Ruiz Zafón:-
"Um escritor nunca esquece a primeira vez em que aceita umas moedas ou um elogio a troco de uma história. Nunca esquece a primeira vez em que sente no sangue o doce veneno da vaidade e acredita que, se conseguir que ninguém descubra a sua falta de talento, o sonho da literatura será capaz de lhe dar um tecto, um prato de comida quente ao fim do dia e aquilo por que mais anseia: ver o seu nome impresso num miserável pedaço de papel que certamente lhe sobrevirá. Um escritor está condenado a recordar esse momento pois nessa altura já está perdido e a sua alma tem preço."