quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Declaração de amor à língua portuguesa

"Vou chumbar a Língua Portuguesa, quase toda a turma vai chumbar, mas a gente está tão farta que já nem se importa. As aulas de português são um massacre. A professora? Coitada, até é simpática, o que a mandam ensinar é que não se aguenta. Por exemplo, isto: No ano passado, quando se dizia «ele está em casa»,«em casa» era o complemento circunstancial de lugar. Agora é o predicativo do sujeito.«O Quim está na retrete»: «na retrete» é o predicativo do sujeito, tal e qual como se disséssemos «ela é bonita». Bonita é uma característica dela, mas «na retrete» é característica dele? Meu Deus, a setôra também acha que não, mas passou a predicativo do sujeito, e agora o Quim que se dane, com a retrete colada ao rabo.
No ano passado havia complementos circunstanciais de tempo, modo, lugar etc., conforme se precisava. Mas agora desapareceram e só há o desgraçado de um «complemento oblíquo». Julgávamos que era o simplex a funcionar: Pronto, é tudo «complemento oblíquo», já está. Simples, não é? Mas qual, não há simplex nenhum, o que há é um complicómetro a complicar tudo de uma ponta a outra: há por exemplo verbos transitivos directos e indirectos, ou directos e indirectos ao mesmo tempo, há verbos de estado e verbos de evento, e os verbos de evento podem ser instantâneos ou prolongados, almoçar por exemplo é um verbo de evento prolongado (um bom almoço deve ter aperitivos, vários pratos e muitas sobremesas). E há verbos epistémicos, perceptivos, psicológicos e outros, há o tema e o rema, e deve haver coerência e relevância do tema com o rema; há o determinante e o modificador, o determinante possessivo pode ocorrer no modificador apositivo e as locuções coordenativas podem ocorrer em locuções contínuas correlativas. Estão a ver? E isto é só o princípio. Se eu disser: Algumas árvores secaram, «algumas» é um quantificativo existencial, e a progressão temática de um texto pode ocorrer pela conversão do rema em tema do enunciado seguinte e assim sucessivamente.
No ano passado se disséssemos «O Zé não foi ao Porto», era uma frase declarativa negativa. Agora a predicação apresenta um elemento de polaridade, e o enunciado é de polaridade negativa.
No ano passado, se disséssemos«A rapariga entrou em casa. Abriu a janela», o sujeito de «abriu a janela» era ela, subentendido. Agora o sujeito é nulo. Porquê, se sabemos que continua a ser ela? Que aconteceu à pobre da rapariga? Evaporou-se no espaço?
A professora também anda aflita. Pelo vistos no ano passado ensinou coisas erradas, mas não foi culpa dela se agora mudaram tudo, embora a autora da gramática deste ano seja a mesma que fez a gramática do ano passado. Mas quem faz as gramáticas pode dizer ou desdizer o que quiser, quem chumba nos exames somos nós. É uma chatice. Ainda só estou no sétimo ano, sou bom aluno em tudo excepto em português, que odeio, vou ser cientista e astronauta, e tenho de gramar até ao 12º estas coisas que me recuso a aprender, porque as acho demasiado parvas. Por exemplo, o que acham de adjectivalização deverbal e deadjectival, pronomes com valor anafórico, catafórico ou deítico, classes e subclasses do modificador, signo linguístico, hiperonímia, hiponímia, holonímia, meronímia, modalidade epistémica, apreciativa e deôntica, discurso e interdiscurso, texto, cotexto, intertexto, hipotexto, metatatexto, prototexto, macroestruturas e microestruturas textuais, implicação e implicaturas conversacionais? Pois vou ter de decorar um dicionário inteirinho de palavrões assim. Palavrões por palavrões, eu sei dos bons, dos que ajudam a cuspir a raiva. Mas estes palavrões só são para esquecer. Dão um trabalhão e depois não servem para nada, é sempre a mesma tralha, para não dizer outra palavra (a começar por t, com 6 letras e a acabar em «ampa», isso mesmo, claro).
Mas eu estou farto. Farto até de dar erros, porque me põem na frente frases cheias deles, excepto uma, para eu escolher a que está certa. Mesmo sem querer, às vezes memorizo com os olhos o que está errado, por exemplo: haviam duas flores no jardim. Ou: a gente vamos à rua. Puseram-me erros desses na frente tantas vezes que já quase me parecem certos. Deve ser por isso que os ministros também os dizem na televisão. E também já não suporto respostas de cruzinhas, parece o totoloto. Embora às vezes até se acerte ao calhas. Livros não se lê nenhum, só nos dão notícias de jornais e reportagens, ou pedaços de novelas. Estou careca de saber o que é o lead, parem de nos chatear. Nascemos curiosos e inteligentes, mas conseguem pôr-nos a detestar ler, detestar livros, detestar tudo. As redacções também são sempre sobre temas chatos, com um certo formato e um número certo de palavras. Só agora é que estou a escrever o que me apetece, porque já sei que de qualquer maneira vou ter zero.
E pronto, que se lixe, acabei a redacção – agora parece que se escreve redação. O meu pai diz que é um disparate, e que o Brasil não tem culpa nenhuma, não nos quer impor a sua norma nem tem sentimentos de superioridade em relação a nós, só porque é grande e nós somos pequenos. A culpa é toda nossa, diz o meu pai, somos muito burros e julgamos que se escrevermos ação e redação nos tornamos logo do tamanho do Brasil, como se nos puséssemos em cima de sapatos altos. Mas, como os sapatos não são nossos nem nos servem, andamos por aí aos trambolhões, a entortar os pés e a manquejar. E é bem feita, para não sermos burros.
E agora é mesmo o fim. Vou deitar a gramática na retrete, e quando a setôra me perguntar: Ó João, onde está a tua gramática? Respondo: Está nula e subentendida na retrete, setôra, enfiei-a no predicativo do sujeito."
João Abelhudo, 8º ano, turma C (c de c…r…o, setôra, sem ofensa para si, que até é simpática).
 
(Teolinda Gersão) - sacado daqui

O banqueiro e o IMI


A subida do IMI tem gerado críticas de algumas figuras políticas de relevo, algumas das quais conotadas mesmo com o partido do governo. O aumento deste imposto que tem como base as reavaliações dos prédios urbanos chega nalguns casos a atingir 1000%.

É óbvio que existem duas razões principais para que as reavaliações sejam tidas como gravosas e injustas para uma grande parte dos cidadãos:

1-A crise do desemprego e a baixa generalizada e real de salários e pensões pela via fiscal (IRS) da maioria dos portugueses.

2-O facto de as casas se terem “desvalorizado cerca de 18%desde finais de 2006 e os imóveis valerem, hoje, menos 219 euros por metro quadrado.”

Quando se faz um aumento brutal do IMI nas condições em que é feito, à pressa, com suporte em fotografia (via big brother da Google) para cumprir prazos, precisamente quando os prédios valem menos, não pode deixar de haver reclamações. O método peca por defeito nalguns casos e por excesso noutros.

Há muito tempo que se justificava a necessidade da actualização e reavaliação do parque urbano para efeitos de cobrança do IMI, mas a urgência de se conseguirem receitas de qualquer modo para combater o défice, levou o governo, agora, a tomar medidas que, para muitos, vêm a destempo e só prejudicam, ainda mais, os cidadãos de mais fraco rendimento.

No caso em apreço do IMI, mais uma vez, “quem se lixa é o mexilhão”. E isto é tanto mais verdadeiro quanto sabemos que haverá sempre aqueles que, graças à sua riqueza, e por causa dela, terão sempre artes e meios ou “lapsos” de memória, para fugir ao pagamento das suas obrigações fiscais, tal como parece ser o caso do “distinto banqueiro” que foi notícia ontem no CM.
Nota:

-Reposição do post do  pretérito dia 27

O sacrifício

O Orçamento de Estado aprovado ontem de pé com aplausos na AR, pelos deputados da maioria, vai pôr os portugueses de joelhos sem a certeza de que o sacrifício lhes vai servir de alguma coisa e sem a garantia, sequer, de que o rumo traçado livre o país da insolvência.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Recessão e dívida pública vão continuar

 "Ao contrário do Governo e das instituições que integram a troika (Comissão Europeia, FMI e BCE), a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE ) ainda não antecipa a inversão da trajectória da dívida pública nacional."

Muitas das medidas tomadas pelo governo para tirar o país do buraco em que se encontra, têm prejudicado a recuperação da economia e pagamento da dívida. Com os salários e pensões a diminuírem, o IRS, IRC e a generalidade dos impostos a aumentarem, o consumo privado retrai-se e a economia não recupera.  Os sinais da recessão são evidentes e a presunção das boas medidas para a combater, não passam disso mesmo, isto é, presunção que só a agravam, como o atesta o paulatino desmembramento do Estado Social e a triste e fria realidade dos números. Não é por acaso que as previsões da OCDE estimam um aumento da taxa de desemprego de 16,9% no próximo ano (mais de um milhão e quatrocentos mil portugueses desempregados).

Há muitos avisos de que Portugal prossegue no caminho errado para sair da crise. É urgente inverter o rumo actual, valorizar o trabalho, apostar na retoma da economia e da produção, abandonar os "orçamentos questionáveis" e as políticas contraditórias ditadas por estranhos.  A menos que haja uma intenção deliberada  de levar o país à insolvência com todas as trágicas consequências que daí resultariam para o nosso povo. 

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Acredita naquilo que eles fazem



Ontem foi oficialmente inaugurada a «Unidade de Internamento de Curta Duração do Serviço de Urgência” do Hospital Distrital da Figueira da Foz. Trata-se da conclusão do primeiro projecto que conta com o envolvimento e a compartição da Liga dos Amigos do Hospital. O investimento total rondou os 160 mil euros, dos quais 100 mil por parte do Hospital e o restante entregue pela Liga dos Amigos do Hospital Distrital da Figueira da Foz (LAHDFF).
Ler aqui notícia completa.

Um bom exemplo, digno dos maiores encómios,  do que as ONG podem fazer pelo país e daqueles que, com especiais responsabilidades e o seu sentido do bem público, no caso vertente, valorizam uma unidade de saúde tão importante como é o HDFF para as populações do concelho de cujos bons serviços o autor deste blogue já beneficiou algumas vezes.
Nos tempos de crise que correm é importante olhar, não para aquilo que eles dizem (os políticos) mas sim para aquilo que os cidadãos fazem.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

A troika e o FMI


“Num comunicado da missão do FMI que esteve em Portugal a propósito da análise ao abrigo do Artigo IV (uma análise profunda feita a todos os países membros do fundo de forma regular), o Fundo deixa antever a necessidade de maiores cortes na Função Pública”
“Façam aquilo que eu digo, mas não aquilo que eu faço. Enquanto a Comunidade Europeia, CE, e as instituições financeiras internacionais ditam ordens e impõem medidas de exigência e sufocação aos países europeus em crise, a própria CE não consegue aprovar o orçamento da comunidade para 2013, tornando-se mesmo implacável na redução das suas despesas e pagamentos a credores. Isto é, temos um governo europeu de uns milhares de indivíduos burocratas, que vivem num mundo acima da média, a maioria isentos de impostos dos seus honorários e benefícios, como a senhora Lagarde do FMI, e temos umas centenas de milhões de europeus que sobrevivem abaixo da média, e aos quais os primeiros exigem medidas de austeridade…”
Ler mais aqui

sábado, 17 de novembro de 2012

Passeio da "terceira juventude"



Passeio Lúdico-Cultural.


Nos dias 15 e 16 o CAS de Coimbra fez uma viagem a Lisboa que teve a participação de cerca de 30 dos seus associados.

O programa que foi cumprido integralmente, tinha como objectivo ver a Revista “Humor com Humor se paga” no Teatro Maria Vitória no Parque Mayer no dia 15 e, no dia seguinte, partir para Fátima para se fazer uma visita ao Museu de Cera.

Ás 15H30 partimos de autocarro da Figueira da Foz que já trazia os associados de Coimbra. A meio da viagem fez-se uma paragem técnica que foi aproveitada para um pequeno lanche.


Cerca das 18H30 fizemos o check-in na Residencial Florescente às Portas de Santo Antão, junto ao Coliseu dos Recreios, que alguns de nós já conhecíamos. Após um jantar muito bem servido no restaurante “Pérola”, fizemos um percurso pedonal até ao Parque Mayer para assistirmos à revista “Humor com Humor se paga”, já referida, que assinala os noventa anos de existência do Teatro Maria Vitória.
A casa estava cheia e a revista que nos foi dado ver  é uma aposta no futuro, como o diz o próprio folheto de promoção. Assistimos a muito humor, muita crítica aos políticos onde não faltou uma sátira espectacular à Srª. Merkel. Vimos um excelente grupo de dança, temas muito variados e conseguidos, muita alegria e bom gosto matizado de luz e cor de um admirável guarda-roupa. A actuação brilhante dos actores em palco fez lembrar a alguns dos espectadores da “terceira juventude”, os tempos áureos do Parque Mayer.
Acabada a soirée regressámos à Residencial onde pernoitámos. Pelas 09H00 e depois do desjejum fizemos o check-out e partimos para Fátima. Depois do almoço fomos visitar o museu de cera cujos tópicos principais podem ser vistos aqui.
Um passeio que valeu a pena pelo convívio, amizade e os bons momentos que disfrutámos.
O próximo encontro será no almoço-convívio de Natal na Base Aérea nº 5 em Monte Real no dia 14 de Dezembro.
 
  O grupo da 3ª juventude
 Residencial Florescente
 
Ao jantar
A cara metade em 1º plano
Recepcionistas da Residencial
Museu de Cera-João Paulo II
Lúcia, Paulo VI, Salazar e Cardeal Cerejeira em l967

Ainda na visita ao Museu de Cera
 
Clicar nas fotos


A Música e a Alma

Ao menos valha-nos isto: Um coelho que sabe tocar piano!

BOM FIM DE SEMANA


sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Um enorme embuste

"A ideia de que os portugueses são responsáveis pela crise, porque andaram a viver acima das suas possibilidades, é um enorme embuste. Esta mentira só é ultrapassada por uma outra. A de que não há alternativa à austeridade, apresentada como um castigo justo, face a hábitos de consumo exagerados. Colossais fraudes. Nem os portugueses merecem castigo, nem a austeridade é inevitável."

Paulo Morais in: Correio da Manhã

Eles continuam a julgar-se superiores


FRANÇA E ALEMANHA À BEIRA DA RECESSÃO

"A zona euro está em morte lenta.Gaspar assume que a conjuntura põe em risco os objectivos do programa português".

Mas o velho sentimento de superioridade dos alemães continua:

"O vice-ministro do Trabalho e Assuntos Sociais alemão afirmou hoje que mil alemães trabalham por três mil gregos, afirmação que gerou revolta e incidentes graves na Grécia."

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Trabalho em luta



Situação difícil junto à AR ontem dia de greve geral. A polícia de choque teve de intervir depois de ter tentado apaziguar, sem êxito, os manifestantes que atiravam pedras e garrafas contra os elementos da ordem.
O ministro da Administração Interna em declarações feitas à comunicação social disse que meia dúzia de "profissionais da desordem e da provocação" são os culpados das cenas de violência.
Na circunstância o ministro afirmou que a CGTP não tinha culpa do que acontecera e elogiou o Corpo de Intervenção que, no seu entendimento, actuou com o maior profissionalismo.
Nestas situações o que se espera é que os trabalhadores , no exercício dos seus direitos constitucionais, e forças de segurança, no exercício da sua profissão, não excedam certos limites que piorem ainda mais a situação do país.
Com esta greve a nível Europeu, descortinamos indícios claros de que a actual crise, com a imposição da austeridade, vai continuar e agravar-se, pese embora a contestação generalizada do mundo do trabalho. 
Aumentam as legiões de desempregados e o agravamento da fome. Tal situação poderá pôr em causa o tão decantado projecto da União Europeia ou desaguar num conflito muito grave que não deixará pedra sobre pedra.
O  medo e o sentimento de insegurança do povo foi adquirido pela experiência funesta de duas guerras mundiais e lutas  por uma vida melhor. Está latente na sua matriz  e dá-lhe uma inteligência intuitiva que o defende dos seus predadores.
Para onde vai a Europa?
Será que meia dúzia de políticos das chancelarias do poder  é que estão certos e os milhões de trabalhadores em luta é que estão errados?...

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Harlem Gospel Choir no CAE

No próximo dia 8 de Dezembro (Sábado) pelas 21H30, o mais famoso grupo de gospel do mundo, vai actuar no CAE da Figueira da Foz.



(...)"Este grupo foi fundado por Allen Bailey,em l986,depois de um momento de inspiração obtido ao assistir a uma cerimónia de homenagem a Martim Luther King. O gospel tem a condição singular de ser ao mesmo tempo uma música de devoção e de celebração e por isso as actuações dos Harlem Gospel Choir são sempre exuberantes e profundamente sentidas. Foram exactamente essas aracterísticas que o presidente Obama teve em conta quando os convidou para cantar na abertura da sua campanha."

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

A visita de Merkel e o "morituri te salutant"



A capa do jornal I diz hoje em caixa alta, na visita de frau Merkel a Lisboa: Avé Ângela os que vão morrer te saúdam.
Uma maneira de dizer que a chanceler alemã não é benquista, demasiado violenta e que não corresponde à verdade. Primeiro, porque uma Nação com 900 anos de história  ou os portugueses não vão morrer como alguns pensam ou pretendem. Segundo, porque embora a sua visita não seja do nosso agrado, pelas razões que lhe estão  subjacentes, devemos saber receber e guardar a nossa revolta e descontentamento para os políticos domésticos que  levaram o país à situação de dependência em que se encontra.

sábado, 10 de novembro de 2012

A culpa das revoltas é de quem?

Não é com a austeridade nem com os mesmos quem nos levaram ao descalabro que vamos sair da crise.
Nas actuais circunstâncias de crise e de indigência quase generalizada, é mais que evidente que tem de haver uma mudança em Portugal, feita com o envolvimento dos cidadãos. Não uma refundação, com a qual se pretende fazer, veladamente, mais ataques ao Estado social, mas sim uma acção concertada de gente de bem e de verdadeiros patriotas, com o apoio do povo, a quem se pretende tirar ainda mais, para se pagar o que outros esbulharam.

Há tentativas para explicar o actual descalabro com a crise europeia, mas esta não explica tudo o que de mau se fez nos últimos anos em Portugal, nomeadamente com o que se fez com grande parte dos fundos comunitários que levaram descaminho ou foram mal aplicados ou com os dinheiros do BPN (e outros) nacionalizado à pressa por força de interesses subterrâneos ou mal explicados por razões óbvias.
Essa acção concertada, terá de ser feita, contra os interesses da partidarite e privilégios de alguns políticos corruptos e incompetentes, coniventes com o esquema obscuro da banca e alta finança, na defesa dos interesses de todos os portugueses. Para isso torna-se necessário responsabilizar quem roubou o país e as instituições, ir buscar o dinheiro onde ele estiver e meter na prisão os culpados, sem o que nenhum governo jamais se conseguirá impor à consideração dos cidadãos.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

S. Martinho em Tavarede



Como é da tradição nesta época, têm lugar as comemorações de S. Martinho que, na presente edição, se realizam de 10 a 18 de Novembro na Vila de Tavarede.
Este é o 54º Aniversário das Festividades e Tavarede espera-vos em FESTA. 
O ponto alto das festividades é no Domingo dia 18 com as seguintes actividades:

14H30 Missa Solene e Sermão.
15H30 Grandiosa PROCISSÃO DE S. MARTINHO abrilhantada pele Tuna de Tavarede.
16H30 Continuação do Leilão de Oferendas.

(Clicar no programa acima)


segunda-feira, 5 de novembro de 2012

domingo, 4 de novembro de 2012

Visita ao Festival de Enguias



Conjunto Sol e Vento

Diz-se que uma mulher de Lavos serviu um caldo de frango ao general Arthur Wellesley, que vinha doente quando desembarcou com as suas tropas nas praias da Figueira na remota data de 1 de Agosto de 1808. O general e futuro duque de Wellington, revigorou com o caldo (hoje sopa do duque) e ficou apto para combater os invasores franceses.

Hoje, também uma mulher de Lavos (D.Aldina) serviu uma bela caldeirada e ensopado de enguias a um casal "plebeu", seu amigo, que após degustar o excelente prato (ou pratos?) saíu também revigorado do seu restaurante e bem disposto.
Escusado será dizer que para esta boa disposição contribui também a actuação ao vivo do conjunto "Sol e Vento" do Sport Clube de Lavos.

Se o Festival de Enguias dos Armazéns de Lavos na sua 5ª edição merece uma visita, e merece certamente, apareça. Esta também é uma forma de combater a crise que se abate sobre a restauração e a gastronomia popular do concelho figueirense.

(Clicar na foto)

sábado, 3 de novembro de 2012

Se alguém encontrar D. Sebastião por aí...



Com o título “Falta um salvador”, VPV no Público de hoje, escreve sobre o silêncio do PR:

“O dr. Cavaco Silva…desapareceu. Os jornais não falam nele. Anda calado que nem um rato e escondido atrás de uma cortina… Já se demitiu sem ninguém saber? Emigrou? Caiu num poço? É um grande mistério. Por assim dizer, um mistério histórico.
Um facto é certo: Portugal elegeu um senhor magrinho para resolver os sarilhos da pátria e, agora que precisa dele, ele não está cá…

Isto inquieta sobretudo o número crescente de políticos que lhe pedem com fervor a demissão do governo e a nomeação de outro igualzinho ao de Itália. De um governo que fosse e não fosse de “iniciativa presidencial”…
Consta que em Itália o sr. Monti fabricou um governo desses e que pela Itália inteira só se ouvem gritos de alegria. Mas, por azar, o sr. Monti, sendo Italiano, não pode vir salvar Portugal…

Quem irá então ajudar os portugueses nesta aflição?... Se alguém encontrar D. Sebastião numa manhã de nevoeiro, por favor escreva para este jornal.”

Enquanto cidadão preocupado "com os sarilhos da pátria", também não entendo o "desaparecimento" do dr. Cavaco Silva. Mas, depois de ler bem o texto acima, não se pode excluir a sua queda num poço, como suspeita o articulista .

Já foram ver no poço de Boliqueime?

A Música e a Alma

BOM FIM DE SEMANA


"Uma bela voz e uma boa interpretação da soprano Suzan Erens com uma excelente harmonia da orquestra. Um senão para o executante do pífaro que creio pecar por algumas notas excessivamente agudas."

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

As raposas e o galinheiro


Chamar o FMI e o Banco Mundial para cortar na despesa e no Estado Social,  é a mesma coisa que trazer as raposas para guardar o galinheiro.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Sair do euro ou nâo, eis a questão



O "capitão de Abril" Vasco Lourenço considera que uma guerra na Europa é inevitável, se esta se continuar a "esfrangalhar", e defende a rápida saída de Portugal do Euro, preferencialmente em conjunto com outros países na mesma situação."

Sair do euro e voltar ao Escudo, sem abandonar a UE, não vai ser fácil. Vai exigir sacrifícios, um novo e competetente naipe de governantes  que tenha em vista a defesa intrasigente dos interesses de Portugal,  mas tem as suas vantagens. É um problema que tem de ser equacionado e resolvido para um futuro que pode não estar muito longe.

Na realidade, a saída de Portugal do euro é um dos caminhos possíveis apontados hoje por Vasco Lourenço, para não continuarmos a ser cozidos em lume brando pelas políticas neo-liberais da Europa que têm a "assinatura" e quase o exclusivo proveito da Alemanha da Srª Merkel.