sábado, 30 de novembro de 2019

Ninguém nos defende

PR ADMITE NOVA INJECÇÃO DE CAPITAL NO NOVO BANCO
Ninguém nos defende.

Segundo o Jornal Económico do dia 26, o PR disse ser possível uma nova injecção de capital no Novo Banco. E, como afirma o "Observador", o Novo Banco vai precisar de mais 1.149 milhões para compensar os "calotes" antigos. E a pergunta que se faz é: onde vai o Estado buscar mais dinheiro para a nova injecção de capital? Ao fundo de resolução? Ao OGE? E quem paga isso?
Relendo, Santiago Camacho no livro, Como o Capitalismo acabou com a classe média, respigamos o seguinte:
 

Portugal negociou com a Troika um empréstimo financeiro de 78 mil milhões de euros, dos quais 12 mil milhões são destinados exclusivamente à recapitalização da banca... Então, porque é que há dinheiro para entidades financeiras, manchadas por negócios duvidosos enquanto a classe média paga a factura sem ver um cêntimo? Porque é que esta classe luta para sobreviver, enquanto as classes altas conseguem escapar às rigorosas medidas de austeridade, nomeadamente através da transferência de avultadas quantias de dinheiro para paraísos fiscais, que continuam por fiscalizar..." 

É de salientar que os tais 12 mil milhões da troika, referidos acima, para salvar os bancos, já foram excedidos. Não é por acaso que hoje a banca quase que não dá juros aos clientes, mas tira-lhes "mais de 5 milhões de euros por dia em comissões das suas contas."
E houve quem afirmasse, ou afirme ainda, que não há nenhum euro dos contribuintes a ser usado na injecção no Novo Banco.
Por uma questão de seriedade não será a altura de rectificar a mentira de tal afirmação?

Quem se ri disto tudo, impunemente, é o DDT, Ricardo Salgado e outros  predadores da banca que também se foram "salvando" com o nosso dinheiro.

Pós texto:
A resolução do BES foi há cinco anos, um verão 'quente' do sector financeiro que já custou mais de 5.000 milhões de euros ao Estado e a factura ainda deve subir.

segunda-feira, 25 de novembro de 2019

Abril, revoluciou. Novembro, democratizou.





Hoje relembramos uma data histórica: a vitória do 25 de Novembro. Na minha modesta opinião o 25 de Novembro veio repor os ideais e princípios do 25 de Abril e "a democracia pluralista, política e constitucionalmente baseada num regime semi-presidencialista, e economicamente baseada numa economia de mercado." Havia quem quisesse que o país fosse um satélite da URSS, quisesse substituir uma ditadura por outro regime totalitário pior, ou eventualmente, substituir a PIDE pelo KGB. O 25 de Novembro acabou com esse perigo que era mais real do que se possa imaginar. Venceu a ala moderada do MFA. Venceram os militares e demais patriotas que se opuseram ao totalitarismo. Venceu a Democracia, graças a um Homem de seu nome, Ramalho Eanes e os que com ele estiveram. Ainda bem que foi assim. Existe hoje uma certa desilusão? Claro que existe. Há ainda demasiada pobreza e existe demasiada corrupção. Há muita gente interessada nisso. Uma coisa leva à outra. O País tem melhorado em muitos aspectos. Mas para que a democracia não seja uma palavra sem sentido e o 25 de Abril uma desilusão, como alguns afirmam, é imperativo que a Justiça separe o trigo do joio e dê a este e aos que o semeiam o destino que merecem: a prisão, sem mais delongas e interferências políticas duvidosas.


Nota: onde digo PIDE, entenda-se de má memória.

domingo, 3 de novembro de 2019

Corrupção em Portugal

 No meio da corrupção reinante só uma Justiça independente e o patriotismo dos cidadãos podem salvar o País do "triunfo dos porcos".