Praça de D. Sebastião, hoje em Lagos às 11H45, com a estátua do rei Desejado, do escultor Gargaleiro, com elmo e viseira no chão. A escultura dá a ideia de um jovem inexperiente que gostava de brincar às guerras... À sua frente está uma estátua anã (humana) a fazer pela vida!... Do primeiro continuamos à espera e o segundo simboliza, na actual circunstância e infelizmente, aquilo em que nos transformaram: anões e pedintes!...
O tempo de férias na cosmopolita cidade de Lagos está na recta final. As visitas diárias à Meia-Praia e à praia de Porto de Mós já sabem a pouco. Ai se a Figueira tivesse a temperatura destas praias do Algarve, porque, quanto ao resto, não fica a dever nada a estas belas paragens algarvias!...
(...) "o potencial manipulador e corruptor do sector bancário sobre a política não é uma teoria da conspiração nem uma fantasia própria de militantes antissistema. É algo muito real que todos conhecemos e de que ninguém quer falar."- In: "Como o Capitalismo acabou com a classe média" de Santiago Camacho.
Morreu o polémico economista, António Borges que esteve ao serviço do Goldman Sachs e era consultor do Governo para as privatizações. A morte de alguém, por muito controversa que tenha sido a sua vida profissional ou política, merece sempre reflexão. Quanto a lágrimas, que chorem aqueles que lhes são mais próximos. Devemos
chorar por aqueles que o capitalismo selvagem está a matar e cujas
lágrimas esse mesmo capitalismo ignora deliberadamente . E a este
propósito faço a seguinte citação:"O desemprego não pára de crescer, as
desigualdades entre ricos e pobres acentuam-se, quem ainda tem trabalho
perdeu o poder de compra afogado em impostos e em cortes salariais; a
bem da austeridade há uma redução no acesso a serviços públicos outrora
garantidos e surgem novos-pobres, pessoas que até há algum tempo viviam
confortavelmente e que hoje não têm o que comer. O medo instalou-se na
nossa sociedade"...(Santiago Camacho). E esse medo será tanto maior
quantos mais defensores ou apaniguados do capitalismo sem rosto
surgirem. O mundo será certamente melhor quando as teorias dos António
Borges desaparecerem e bem assim, desaparecerem aqueles que os
"remuneram obscenamente" para consolidarem impérios financeiro ignóbeis e
corruptos destruindo, deste modo, a esperança no futuro e as classes
sociais mais débeis.
"Nunca em Portugal houve tão poucos contribuintes a descontar para a
Segurança Social. Cada vez há mais pensionistas e outros beneficiários a
receber, mas o número dos que contribuem está sucessivamente a baixar."
Perante a evidência dos números é óbvio que
algo tem de ser feito para evitar o colapso da Segurança Social. Esta foi sempre uma área que sofreu tratos de polé em que muitos intervenientes no processo produtivo debicaram milhões de grãos de riqueza, desde empresários que fizeram (e fazem) descontos aos trabalhadores e não os entregavam à Segurança Social, numa atitude quiçá criminosa, sem um mínimo de vergonha, até ao Governo que desvia estes fundos para outros sectores, aliás, vício que já vem do tempo da outra senhora. Resta
saber se os actuais governantes têm capacidade e integridade para
inverter o rumo do descalabro que nos últimos anos foi dado à Segurança Social em particular e num sentido mais lato à sociedade
portuguesa. O País não pode esperar mais que alguns políticos, manipulados por eminências pardas que se preocupam só com os seus interesses, continuem a debitar discursos e intenções nos areópagos do poder, aparentemente em termos de salvação nacional, quando na prática é precisamente o contrário que estão a fazer.
Hoje, em passeio de cicloturismo, passei pelo Forte de Santa Catarina (Avenida de Espanha) e vi a pente fino a obras de revitalização da zona envolvente do Forte de Santa Catarina com várias valências e onde não vai faltar um espelho de água. Gostei do que vi. E quem por lá passar vai ter a mesma opinião. Tive pena de não me ser possível tirar uma ou mais fotografias. Esta obra em fase final e a recente requalificação do Mercado Engº. Silva "são dois projectos estruturantes" que melhoram substancialmente a qualidade de vida dos figueirenses. O projecto de revitalização da Zona envolvente do Forte de Santa Catarina, avaliado em cerca de 8 milhões de euros, foi reformulado pelo actual executivo e adequado ao financiamento disponível (80% pelo Quadro Estratégico de Referência Nacional e 20% financiado pelas verbas da concessão do jogo no valor de cerca de 4,4 milhões de euros). "Este dinheiro tinha de ser gasto neste projecto, senão não vinha", referiu há tempos João Ataíde. A Figueira está de parabéns e bem assim o executivo Camarário e João Ataíde que apesar de ter herdado do antecedente uma pesada dívida dos seus antecessores, está a conseguir o milagre do rejuvenescimento da cidade e alavancar, concomitantemente, o futuro progresso do Concelho, nomeadamente na área do turismo.
Assim, actuando com seriedade e cautela que têm sido, aliás, a sua marca de água ou apanágio e não passando isto de uma simples opinião pessoal alicerçada em obra feita, creio que o Edil Figueirense tem quase assegurada a sua reeleição nas próximas autárquicas. A Figueira da Foz continua com rumo ao futuro!...