"1 de Maio de 1974, celebrava-se a nova Democracia nascida em 25 de Abril. E começava, em Portugal, uma das batalhas mais significativas da Guerra Fria em que litigavam o Bloco de Leste (liderado pela União Soviética) e o Ocidente (liderado pelos Estados Unidos). O representante em Portugal da União Soviética era Cunhal, que instrumentalizou os governos de Portugal a favor da estratégia internacional comunista, nomeadamente entregando Angola ao Bloco de Leste. Simbolicamente, Cunhal optou por não cantar o hino (ver foto). O delegado dos interesses dos americanos foi Mário Soares, sempre apoiado e financiado pelo seu amigo americano embaixador Carlucci, de quem ficou sempre dependente. O político verdadeiramente independente, apenas leal ao interesse nacional, que teve problemas com a CIA, que condenou o Bloco de Leste, iria aparecer uns dias mais tarde: Sá Carneiro."
Não é para admirar que Álvaro Cunhal não tivesse cantado o nosso hino Nacional. Ele nunca deixou de ser um caixeiro-viajante dos interesses de Moscovo. Todavia, inteligente como era, escondia isso com o pretexto da luta dos trabalhadores e do combate à ditadura em que efectivamente se empenhou. Mário Soares foi um extraordinário e habilidoso jongleur da política que, corajosamente, se opôs a Cunhal evitando o perigo do país ficar sujeito ao poder dos comunistas e a uma ditadura pior do que a que vivíamos, perigo esse só esconjurado de facto, com o 25 de Novembro de 1975.
Quanto à Sá Carneiro, creio mesmo que era um homem sério e patriota. A morte dele nunca foi devidamente esclarecida o que leva a crer que foi vítima de interesses ocultos.
NOTA:
Texto com aspas e fotografia sacados da pag. do face do Prof. Paulo de Morais de 01 de Maio de 2020, ao tempo com 1,4mil gostos, 654 comentários e 389 partilhas.