O PR decretou o estado de emergência.
A coragem dos homens pode coexistir com um sentimento contraditório de desprotecção e de medo. Quem esteve na guerra sabe disso.
Hoje estamos a enfrentar uma pandemia altamente perigosa que dá pelo nome de coronavírus (covid 19) e se assemelha a uma guerra total com mortes imprevisíveis e consequências económicas desastrosas. O “inimigo” não tem rosto, a sua presença não é perceptível, mas pode estar em qualquer lado.
Descobrimos, mais uma vez, a nossa fragilidade e o medo perante uma situação de perigo excepcional que urge esconjurar. E este é tanto maior quanto sabemos que, até agora, não existem certezas de haver meios eficientes para o combater.
Decretado o estado de emergência durante quinze dias, resta aos portugueses cumprir com o que lhes foi pedido pelo PR e seguir as recomendações da DGS, com a calma e a serenidade imprescindíveis numa situação tão difícil quanto esta.
A coragem e a entrega humanitária para salvar vidas, e enfrentar o “inimigo,” não vão faltar, certamente, a todos os médicos e profissionais do SNS, como aliás, tem sido seu apanágio. Honra lhes seja feita.