quarta-feira, 31 de março de 2010

Cada português deve 18.000 € ao estrangeiro

"O País consome mais do que produz" e "está a viver à custa das poupanças dos estrangeiros", pedindo emprestado, alertam os economistas. Resultado: em média, cada português deve 18,3 mil euros aos banqueiros estrangeiros, mais 1750 euros que há um ano. Ou, fazendo outras contas, só para "limpar" a dívida, os portugueses necessitavam de trabalhar um ano e 42 dias."

"Portugal está penhorado ao estrangeiro." A frase, dramática, ilustra o endividamento das famílias, empresas e Estado ao longo dos últimos anos. A dívida líquida (descontando a dívida dos estrangeiros a Portugal) contraída aos grandes bancos europeus excede a riqueza do País (PIB) em 11,7%, atingindo uns impressionantes 182,7 mil milhões de euros, um agravamento anual de 9,5%." - Ler aqui e ter particular atenção aos comentários feitos.

Nota do autor:
As opiniões de alguns comentários, não reflectem, necessariamente, o mesmo que penso sobre o que se passa no meu País. Todavia, acredito que muito do que está a acontecer se deve ao fenómeno da corrupção e do despesismo excessivo, que afectam o próprio Estado, e do chamado "POLVO", esse insaciável cefalópode, personificado pelos suspeitos da "face oculta", que está a ser combatido pelas autoridades judiciárias.

terça-feira, 30 de março de 2010

O fim da Fábula Socrática



OPINIÃO


Pelo que se depreende dos media, nos bastidores da política, já se ensaia o fim do consulado socrático. João Cravinho diz que “o PS está numa deriva à direita” e que Paulo Portas “está a dar lições de esquerda ao 1º Ministro.” Considera ainda que sendo o PEC essencial para atingir o objectivo da consolidação das finanças públicas quem deveria pagar é quem pode mais.”

Como já aqui referi, não questiono se o PEC é ou não necessário, mas ponho em causa que sejam precisamente aqueles que menos ganham, as vítimas da gula e do desvario capitalista que pretende branquear políticas e fraudes caseiras, com a tão apregoada crise mundial. O antigo monstro, agora travestido de PEC, continua de fauces escancaradas a engolir a classe média. E porque a dieta é também para o pé descalço, o monstro vai continuar na engorda com os restos dos trabalhadores, com a míngua generalizada das prestações sociais, da saúde, com obrigação daqueles terem de aceitar emprego com remunerações inferiores às habituais. Os 150 mil empregos prometidos no início do seu consulado, foram o início da fábula de Sócrates. A taxa de desemprego que estava em cerca de 6,5%, excede hoje os 10% e isto, por si só, é mais do que sintomático.

Com o Pacto de Estabilidade e Crescimento, que em boa verdade deveria ser chamado de encolhimento, porque de crescimento nada tem, a crise vai continuar e mesmo agudizar-se com o aval dos partidos responsáveis por ela, com início marcado e sem fim à vista. E nem a promessa do perdão para quem fizer regressar dos offshore a riqueza subtraída ao País, alegra, nem convence ninguém. Nem sequer os prevaricadores...

Cientes da situação, emergem algumas figuras socialistas que põem em causa a actual política desastrosa de governo, procurando candidaturas alternativas a José Sócrates acossados agora, obviamente, pela imagem do novo líder do PSD. Entre eles avultam, entre outros, Alfredo Barroso, João Cravinho, António José Seguro, Vera Jardim, Ana Gomes e o próprio presidente da AR, Jaime Gama que, segundo se consta, “crê que este Governo não conseguirá aguentar o mandato até ao fim”.

Nos bastidores, e não só, como o têm dito já publicamente, reconhecem que a fábula Socrática não passa disso mesmo: uma fábula. Quanto ao fim do seu mandato isso fia bem mais fino, porque alguns soaristas de peso ainda não se pronunciaram. Quando o fizerem, Sócrates será certamente apeado. Por isso não se percebe bem o apoio do grande mentor socialista ao actual 1º Ministro a não ser porque tem alguns “esqueletos” no armário...

Há quem diga que um deles é o socialismo “tout court”, invenção pragmática do socialismo na gaveta de que o governo actual é um péssimo exemplo, mais que estafado!...

segunda-feira, 29 de março de 2010

In Memoriam


Em memória de minha Mãe que fez, no passado dia 22, onze anos que faleceu, dedico este lindo poema de José Régio:

Quando eu nasci,
ficou tudo como estava,
Nem homens cortaram veias,
nem o Sol escureceu,
nem houve Estrelas a mais…
Somente,
esquecida das dores,
a minha Mãe sorriu e agradeceu.
Quando eu nasci,
não houve nada de novo
senão eu.
As nuvens não se espantaram,
não enlouqueceu ninguém…
P’ra que o dia fosse enorme,
bastava
toda a ternura que olhava
nos olhos de minha Mãe…

Poema (quase inédito) de José Régio


Surge Janeiro frio e pardacento,
Descem da serra os lobos ao povoado;
Assentam-se os fantoches em São bento
E o Decreto da fome é publicado.

Edita-se a novela do Orçamento;
Cresce a miséria ao povo amordaçado;
Mas os biltres do novo parlamento
Usufruem seis contos de ordenado.

E enquanto à fome o povo se estiola,
Certo santo pupilo de Loyola,
Mistura de judeu e de vilão,

Também faz o pequeno "sacrifício"
De trinta contos - só! - por seu ofício
Receber, a bem dele... e da nação.

(Em 1969, ano da sua morte, no dia de uma reunião de antigos alunos)

Mudem-se as datas, as unidades monetárias e o número de "biltres". Hoje, quase tão actual como em 1969.

(Recebido por mail)

Centenário da morte de Santos Rocha


Nota Biográfica
António dos Santos Rocha nasce a 30 de Abril de 1853, na Figueira da Foz.
Em 1875 concluiu o bacharelato de Direito na Universidade de Coimbra. Contudo, e apesar de exercer advocacia, cedo revela grande interesse pela investigação arqueológica. No campo da arqueologia, foi à estação de Santa Olaia que mais se dedicou e que lhe permitiu teorizar, estabelecendo com os seus achados alguns caminhos inéditos ou ainda muito obscuros na investigação arqueológica daquela época. A 6 de Maio de 1894, é inaugurado o Museu Municipal da Figueira da Foz, cuja criação se deve à acção de um grupo de intelectuais figueirenses, à frente dos quais sobressai a figura de Santos Rocha, desde logo indigitado como seu primeiro director. Em 1898 organiza, com alguns companheiros a Sociedade Arqueológica da Figueira, de que é, aliás, eleito presidente. António dos Santos Rocha faleceu na sua cidade natal em 28 de Março de 1910. -in Figueira Digital.

sábado, 27 de março de 2010

Passos Coelho novo líder do PSD


É oficial: Pedro Passos Coelho é o novo líder do PSD. Foi o acto eleitoral mais popular de sempre na história do partido-Ver aqui.

Demasiado cedo para fazer conjecturas. Mas que o País precisa de uma oposição forte e credível, que se afaste do oportunismo tradicional, lá isso precisa...

sexta-feira, 26 de março de 2010

200 anos de Chopin

No início de uma Primavera ainda incipiente, para relaxar, não há nada como recordar um grande génio da música, conhecido como um dos maiores compositores para piano, Frédéric Chopin:

"O herói nacional da Polônia é um compositor, pianista de dedos finos e mãos femininas, pulmões frágeis e sensibilidade aguçada. Frédéric Chopin nunca pegou em armas, sofria de tuberculose e nem sempre morou na Polônia, mas é o nome próprio mais conhecido em solo polonês. Gravado milhares de vezes e tocado outras centenas em concertos anuais, ele dá nome ao concurso mais importante do mundo do piano e à meia dúzia de festivais de música erudita."
Ver aqui.

PEC passa com apoio envergonhado do PSD

"A aprovação do Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC), ontem no Parlamento, é insuficiente para aplacar as críticas das agências de rating. Os juros que os portugueses terão de pagar por causa da desclassificação da qualidade da dívida manterão, assim, uma forte tendência de subida que acumulará com o agravamento já esperado à medida que o Banco Central Europeu for aumentando as suas taxas de juro de referência. E a "credibilidade" das contas públicas é um jogo que continua em cima da mesa."- Ver aqui.

Obviamente que o apoio teria que ser envergonhado, mas com algum proveito e conivência de certas e gradas figuras do PSD, porque muito da culpa do descalabro a que o País chegou se deve também ao partido laranja que se tem revesado no poder com o PS. Lá diz o ditado: "quem parte e reparte e não fica com a melhor parte ou é tolo ou não tem arte".
Talvez porque a "arte," também nunca faltou a estes "barões", sobejamente conhecidos, é que, quando a porca da política torce o rabo, quem acaba por pagar a crise é o povo que faz sempre o papel de tolinho!...

quinta-feira, 25 de março de 2010

A República e José Relvas


"De seu nome completo, José de Mascarenhas Relvas nasceu na Golegã em 5 de Março de 1858 e morreu em Alpiarça em 31 de de 1929. Foi o "escolhido" para proclamar a República, a 5 de Outubro de 1910, da varanda da Câmara Municipal de Lisboa porque era um dos dirigentes "mais antigos" do directório do Partido Republicano, lavrador abastado que granjeou prestígio nacional, sobretudo enquanto líder associativo dos agricultores ribatejanos.

Foi ministro das finanças do respectivo Governo Provisório de 12 de Outubro de 1910 até à auto-dissolução deste, a 4 de Setembro de 1911 sendo ele o responsável, nomeadamente, pela introdução da reforma monetária que criou o escudo.
Foi nomeado 1º Ministro a 27 de Janeiro de 1919, cargo que exerceu até 30 de Março do mesmo ano.

Foiconsiderado pelo historiador Joaquim Veríssimo Serrão "um caracter impoluto".
Nas suas Memórias Políticas (só publicada em 1977), Relvas denota, no entanto, um sentimento de desilusão perante a deriva radical do novo regime, provocada pelo anticlericalismo extremo de Afonso Costa e Bernardino Machado (1851-1944):

"O desengano foi cruel para os velhos e sinceros republicanos, como o foi também para os partidários da Monarquia inspirados em sentimentos profundamente patrióticos. Aqueles dois homens (Bernardino Machado e Afonso Costa) fizeram uma obra de divisão, atacaram crenças, costumes e tradições, que eram e são inseparáveis do sentimento nacional; radicaram um regime faccioso, proclamando uma República privativa de uma parte da Nação e foram assim os maiores agentes da obra liberticida que veio a ser a característica da República na sua pior fase!..."

(Do livro História de Portugal de Ferreira Fernandes e João Ferreira)

As sucessivas alterações do governo e os graves problemas económicos e sociais deram origem a uma revolta da população e ao movimento militar do 28 de Maio de 1926 (ditadura de excepção) chefiado pelo General Gomes da Costa. Acaba assim a 1ª República e começam os fundamentos do Estado Novo.

Pouco tempo depois Gomes da Costa é demitido, preso e exilado e substituído por Óscar Carmona que toma conta provisoriamente do Governo, sendo eleito a seguir Presidente da República por sufrágio universal. A seguir nomeia Salazar que já era ministro das finanças, para tomar conta do Governo da Nação.

Em síntese, depois desta resenha histórica, e por isto, podemos dizer, tal como o disse José Relvas no passado, considerando as semelhanças do regime de hoje com o que se passou na 1ª República, que para os verdadeiros republicanos, povo em geral e os obreiros do 25 de Abril em particular, "o desengano foi cruel"!...

E creio que não é necessário dizer porquê. A situação económica e financeira; os sacrifícios que aí vêm como resultado das políticas erradas dos sucessivos governos são mais que evidentes para lamentarmos o nosso destino como povo.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Naval perde com o Chaves


"Augusto Inácio considera «injusta» a derrota da Naval no terreno do Desp. Chaves, mas diz que a qualificação para o Jamor está em aberto. «Um golo mudará tudo», argumenta.

«Apenas terminou a primeira parte e, no segundo jogo, em nossa casa, vamos tentar reverter o resultado para ir à final. As duas equipas têm possibilidade de chegar ao Jamor, vamos tentar ser nós», disse o técnico da equipa da Figueira da Foz." - Ver aqui.

Não gosto de fazer comentários sobre desporto, mas não posso deixar de dizer que a Naval foi muito prejudicada pelo árbitro da partida, Paulo Costa que não viu um penálti nítido contra o Chaves e anulou um golo limpo da Naval que toda a imprensa desportiva é unânime em considerar um erro grave da equipe de arbitragem.

Do árbitro, o menos que se pode dizer, é que nos pareceu um acéfalo com um apito na boca!...

Agora a Naval tem que fazer pela vida no próximo encontro na Figueira se quiser chegar ao Jamor.
(Augusto Inácio-Foto da Bola)

domingo, 21 de março de 2010

"A Terra Prometida ou o Coro dos Escravos"

Da Ópera Nabucco de Verdi o lindo tema o Coro dos Escravos numa versão aligeirada.
Em síntese: sempre o regresso ou o encontro da terra ou da vida, que cada um de nós sonhou para si próprio, da qual não se desiste enquanto houver esperança de a encontrar.

Figueira, cidade linda!

(Clicar na imagem para aumentar)

No dia 17, o blogue "Viagens em Português", (ver aqui) fez uma reportagem fotográfica sobre a Figueira da Foz. Vale a pena ver até porque algumas das fotografias são pouco conhecidas.
A nossa terra é mesmo bonita, só é pena que não tenha pessoas ou instituições...

Bem, lá estou eu a voltar ao mesmo; fica para melhor altura!...
Post scriptum: em termos de rigor não é uma reportagem fotográfica, mas sim uma postagem fotográfica.

Se não é o mesmo parece!..."



Numa pesquisa feita no blogue "AngolaBela", encontrei algo que me fez lembrar a Figueira, subordinado ao título: "Luanda para o Alto".

Não sei se é um projecto de gaveta, mas parece!..

Depois de cogitar nas semelhanças, temos que concluir que o império do "betão" e do gosto duvidoso, tem mais força, em todo o lado, do que se possa imaginar...

quinta-feira, 18 de março de 2010

Portas dá lições de esquerda...

"João Cravinho critica PS por ter entrado “numa deriva à direita” com o Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC). O ex-ministro das Obras Públicas do governo de António Guterres salienta que até o líder do CDS, Paulo Portas, está a “dar lições de esquerda” ao primeiro ministro, José Sócrates."



Ver aqui no DN.

terça-feira, 16 de março de 2010

"Metro Mondego" - Utopia ou realidade?

Um projecto que provavelmente não passará disso mesmo, um projecto, que ficará em cerca de 450 milhões de euros. Início previsto na Lousã em 2012.

A Figueira da Foz, estação B, como ainda lhe chamam alguns "coimbrinhas" não é contemplada, mas deveria ser dado que o projecto se chama Mondego. Provavelmente o Mondego ou será desviado para desaguar noutro local qualquer ou será baptizado com outro nome, antes de chegar à Figueira. Mas sobre isso nada é dito!...




Obs.: O título inicial foi modificado

segunda-feira, 15 de março de 2010

"O congresso do PSD e o PEC"


"Ferreira Leite diz não “haver outra solução perante as instituições internacionais” que não seja viabilizar o documento, até porque “a posição do PSD é decisiva para acalmar os mercados".


Ora aí está a oposição que temos, incapaz de ter ideias alternativas ao espartilho que vai obrigar a emagrecer as classes média e pobre. Comprova-se, mais uma vez, que PS e PSD são farinha do mesmo saco.


Por esta e outras razões, em que avulta a falta de democracia interna, aprovada agora no congresso do PSD, é que o PS continua a ter a maioria das itenções de voto e o 1º Ministro, José Sócrates, permanece, e continuará a permanecer, de pedra e cal!...


"O Fado na voz de Ana Moura"

Aqui está Ana Moura, uma artista de eleição, que com a sua voz eloquente tem cativado os portugueses, amantes da mais característica e emblemática canção portuguesa: o Fado.
Os búzios uma das que mais gosto.

sábado, 13 de março de 2010

"O segredo que abre as portas"

A manipulação é a violação da liberdade. Ela impõe a supressão de toda a dimensão crítica da parte de quem é manipulado, e a aceitação de tal acriticidade da parte de quem manipula.

Uma vez garantida a subserviência dos media, é fácil manipular as opiniões e o sentido de voto dos cidadãos. A oligarquia perpetua o seu poder e as vítimas desta violação nem sequer se apercebem do que está a acontecer, a menos que algo surja de importante, que impeça continuar a anestesiar a opinião pública.

Ver aqui em o "Estadado das Coisas", pelo Juiz desembargador, Rui Rangel.

sexta-feira, 12 de março de 2010

"Money for the boys..."



Os autarcas eleitos foram rotulados de "boys" pelo Sr. Ministro das Finanças. Uma frase infeliz, obviamente.
É claro que as críticas da oposição não se fizeram esperar.

Que dizer então das legiões de assessores nomeados para os gabinetes governamentais por influência ou conotação partidária?

quinta-feira, 11 de março de 2010

"O PEC e a crise"

O PEC traz-nos uma certeza. E essa certeza é a de que quem vai pagar a crise é a classe média, conforme disse o ministro das finanças na TV.
Não discuto se é preciso ou não fazer sacrifícios. Mas ponho em dúvida a justiça das medidas de contenção e sacrifício que nos vão ser impostas e em que a classe pobre vai ser também penalizada, inevitavelmente, embora, sobre isso o Sr. Ministro tenha sido omisso.

Os verdadeiros culpados da crise, mais uma vez, passam ao lado e, eventualmente, até vão ganhar dinheiro com ela. Já não se fala do BPN e outras coisas quejandas.
Perante a falência dos partidos que nos têm governado nos últimos trinta anos, os portugueses até já aceitam, resignadamente, a situação "sem um sacudir de moscas!"
Triste povo.

Já dizia Brito Camacho: “ As moscas mudam mas a merda é a mesma”.
Só que agora a situação piorou, não só porque a trampa é de facto a mesma, mas também porque nem sequer as moscas já mudam. Inacreditavelmente continuam a ser as mesmas e, eventualmente, um dia destes, poderão, quando muito, mudar de cor…

segunda-feira, 8 de março de 2010

João Ataíde em entrevista ao Diário da Beiras

Em entrevista dada a Jot'Alves, publicada no Diário das Beiras de hoje, o Presidente da Câmara, João Ataíde das Neves, diz o seguinte:

"Sabia que a situação da câmara era difícil, mas obviamente não conhecíamos todos os detalhes e detectei algumas surpresas, nomeadamente na gestão financeira e administrativa."

Ver aqui o texto integral.


(O itálico é nosso)

sábado, 6 de março de 2010

Porque morreu o Leandro?

O que dizem os outros

Quem morreu? Um rapazito, pobre, do interior, coisa pouca...
Muita gente já escreveu neste blogue acerca da violência nas escolas portuguesas. Começando pelo autor do blog, e passando por exemplo pela minha modesta pessoa. Certa vez, quando contei alguns episódios de violência, um então habitual comentador a soldo da Situação chamou-me mentiroso, disse que eu estava a inventar para manchar a bela obra de Lurdes Rodrigues & C.a. Chamou-me louco, disse que eu devia estar internado. Ah, que pena que tenho de estar eu certo e de o louco ser ele...

Já morreram alunos nas nossas escolas, este é mais um. Mais se seguirão, e não apenas alunos, tal é o despudor dos incompetentes que prosseguem no erro, por orgulho e interesses que só eles saberão quais são. Reina o medo. Quem denuncia a violência tem má nota em "relacionamento interpessoal", e, bem pior que isso, fica exposto a represálias profissionais, e a represálias físicas, da parte dos marginais. E NINGUÉM vem em socorro do professor que ousa intervir. Nem as vítimas, por medo de levar mais, nem os pais das vítimas, que, bem à Portuguesa, "não querem é problemas".

A minha tristeza é mais do que consigo explicar. A minha vergonha, a minha revolta, a minha desilusão, não tenho palavras para as exprimir.
Quem morreu? "Um rapazola, servente de pedreiro", como escreveu Cesário Verde num poema. Foi um rapazito pobre, do Interior, coisa pouca... Siga o descalabro!
Por Jorge Arriaga, no ProfBlog

Para saber mais sobre este funesto acontecimento, ler aqui.

"Rui Soares explica tudo"


Bem nos queria parecer que este senhor ia explicar tudo, nomeadamente, quando começou a falar de futebol que não vinha nada a propósito.

Este sujeito é o tal de quem Ana Gomes disse:“Eu não sei quem é esse tal Rui Pedro Soares, o boy sem cv que aos 32 anos foi alçado a administrador-executivo da PT pelo Estado, a ganhar mais num ano do que o meu marido ganhou em toda a sua vida, ao longo de 40 anos como servidor do Estado”.

Acreditamos que Ana Gomes sabe mais do que quis dizer, porque há quem diga que este boy é sobrinho de um "senador", muito conhecido, da área do PS.
A ser verdade até apetece dizer: "chiça que é demais!"

PS.: DVD recebido por mail.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Discurso do Presidente da Câmara aos Figueirenses



Via "Outra Margem", tive conhecimento do comunicado que o senhor Presidente da Câmara fez aos Figueirenses, esta manhã nos Paços do Concelho.


Curiosamente, e sem que o tivesse previsto, a postagem de ontem do Limonete, fala sobre o gravidade da situação financeira da Câmara, apoiando, inequivocamente, as declarações feitas pelo Edil, ontem, à Voz da Figueira. Mantenho a mesma postura, com as as que hoje foram feitas aos media e à população do Concelho.

Sem mais comentários, veja-se aqui no Figueirense.

quarta-feira, 3 de março de 2010

"Presidente da Câmara não desiste dos projectos"


Numa entrevista concedida ao semanário “A Voz da Figueira”, de hoje, o presidente da Câmara, João Ataíde, diz, referindo-se aos projectos para o concelho: “Mas a concretização de projectos importantes depende de passos sólidos e consistentes. Já começámos a dar os primeiros passos e tão rapidamente quanto possível vão começar a concretizar-se os nossos objectivos. Mas não podemos deixar de pensar nas dívidas que estão por pagar, a maioria a empresas e cidadãos figueirenses, por serviços e bens fornecidos à Câmara e que urge liquidar”.

Obviamente que esta é uma decisão sensata do edil figueirense. A falta de pagamento por parte da Câmara, do antecedente, já vinha fazendo “escola”. Algumas empresas e fornecedores, tanto quanto sabemos, viam-se muitas vezes na necessidade de contrair empréstimos bancários, para pagamento de salários aos seus trabalhadores e outros compromissos a terceiros. Quando faziam novos orçamentos para obras camarárias, já incluíam os encargos extraordinários com a banca, na previsão de novo “calote”. Entrou-se num círculo vicioso em que tudo ficava mais caro e em que a confiança entre as partes começou há muito tempo a soçobrar ao ponto de alguns fornecedores fugirem da Câmara como o diabo da cruz.
O actual presidente apresenta-se com um novo estilo em que dá prioridade ao saneamento financeiro e pagamento de dívidas. O resto virá por acréscimo, garante o Edil.

Se nesta fase, as palavras de ordem são honradez e transparência para salvar a Câmara do caos financeiro em que os seus antecessores a deixaram, parece-nos que foi encontrado o homem certo. Assim o ajude uma oposição responsável que não aquela que foi desalojada do poder e que tem jogado, até agora, no bota- abaixo da frustração.

Decisão do PGR sobre escutas não foi consensual

Magistrados e não magistrados do órgão máximo do MP exprimiram visões opostas sobre o facto de Pinto Monteiro não ter aberto inquérito sobre certidão que envolvia Sócrates. - Ver aqui e aqui

terça-feira, 2 de março de 2010

"Era uma vez um menino"


Era uma vez um menino que nasceu há muitos anos em Abril.
De famílias pobres, obviamente, nasceu pobre. Mas, teve sempre uma estrela que o guiou pela vida fora. Uma estrela que representa a sua fé que, simbolicamente, está na sua cabecita, na fotografia, vestido de S. João, santo padroeiro da sua terra natal: Figueira da Foz.
Hoje, adulto, ao relembrar toda a sua vida, em que as dificuldades foram muitas, mas em que a vontade de as vencer foi suficiente para as ultrapassar, concluiu que valeu a pena ter vivido todos estes anos, apesar de algumas nuvens ameaçadoras que se adensam no horizonte do país que o viu nascer.
Quase no fim da jornada, não aferrolhou tesouros. O seu maior tesouro é a família que tem e da qual se orgulha.

Procurou cultivar amizades e, assim, angariou alguns amigos, não tantos como desejaria, é certo, mas que muito considera e dos quais tem procurado não desmerecer a sua confiança. Nem sempre lhe foi fácil conseguir tão elevado objectivo, mas foi sempre compensador porque lá diz o povo: “viver sem amigos, não é viver”…
Passou, como tantos outros, por circunstâncias extraordinárias. Uma delas foi ter servido a sua Pátria em terras de África, como aconteceu quase com a maioria dos seus concidadãos do seu tempo. Hoje, ao fazer uma análise do passado, do sacrifício que a todos foi pedido e ao constatar a situação em que se encontra o seu país, sente um profundo desencanto por saber que nunca tantos foram enganados por tão poucos.

Todavia, a esperança e a luta por uma vida melhor continua. Ontem, de armas em punho, pretendendo dar tempo ao poder politico de então, para acabar com uma guerra que ninguém desejava, mas que provocou as dores de parto que deram origem ao nascimento de Abril. Hoje, com uma voz na blogosfera, modesto contributo, embora, procurando acompanhar, tantas outras, no combate ao pântano dos interesses e conveniências que amortalham a decência e estão a pôr em perigo a viabilidade, se não mesmo a existência do próprio País.

Apesar de tudo, o menino de ontem, já maduro e de cabelos brancos, confia que se arrepie caminho. Confia que as vozes, que clamam no deserto da indiferença, acabem por ser ouvidas, para não ser preciso fazer outro Abril que renove uma esperança que continua adiada...

segunda-feira, 1 de março de 2010

"A frase"


"Só com novo PGR (procurador-geral da República) se recupera a credibilidade da Justiça." - Pedro Passos Coelho - in Diário de Notícias.
(Foto-montagem do Público)