A propósito do post de hoje do blogue Linda Figueira, cujo texto aconselho ler, teci as seguintes considerações que ficam a fazer parte da minha postagem do mesmo dia:
O que queremos para a Figueira é, em primeiro lugar, figuras determinantes que gostem da sua terra,com os apoios políticos, necessários, a nível de governação central, para darem uma volta de 180º ao burgo. As carências são demasiados gritantes e, entre elas avulta, no capítulo do lazer a do jardim municipal que já foi um ex-libris da cidade. Hoje com uma requalificação apocalíptica, ficou definitivamente longe do que já foi na década de 50/60: um ponto de encontro de turistas portugueses e espanhóis que, na época de Verão, à sombra de àrvores frondosas e sombras amenas, em alegre cavaqueira iam apreciando o coreto, com o seu lago cheio de lindos peixes e ouvindo a música das bandas locais, fazendo concorrência ao Casino.
Quem agora passa de side-car, com uns óculos à aviador encavalitados no nariz e um capacete à belle èpoque a tapar as orelhas, não vê, nem ouve nada, para se dar conta do património que se perdeu. E o pior é que esta falta de sensibilidade, de empenho e amor à terra em quase todos as àreas, parte de de um figueirense, envolvido em problemas de gestão camarária que subiram à barra do tribunal em que está acompanhado por alguém que se afastou estratégicamente para não dar nas vistas.
Caros amigos Figueirenses, não será preciso falar de outras lacunas desta nossa terra,como a indústria, o comércio em crise ou o turismo em recessão, para sabermos em que não devemos votar. No tal personagem, seguramente é que seria uma grande asneira. Quanto às outras hipóteses, não vamos fazer como o Bandarra, profeta popular natural de Trancoso, que acreditava no regresso de D. Sebastião numa manhã de nevoeiro. O nosso mal como País é acreditarmos em Sebastiões (nomeadamente nos que comem tudo) desde a fatídica batalha de Alcácer Quibir em Agosto de 1578.
Para alavancar a Figueira na senda do progresso, temos, outrossim, dentro das opções disponíveis, conforme as outras listas apresentadas, boas ou menos boas, é certo, de escolher aqueles que melhor garantias nos oferecem para se conseguir tal desiderato. Existem duas, na minha modesta perspectiva, para o conseguir. Mas deixo a opção ao critério dos meus conterrâneos que, saberão, na altura própria, agir em conformidade.