A propósito ainda do debate para PR, ontem na TVI24, com os
candidatos Paulo de Morais e Sampaio da Nóvoa, este frisou várias vezes a
palavra
estabilidade ao contrário de Paulo de Morais que admitia alguma
instabilidade para mudar o sistema. Todos desejamos que o futuro PR
seja uma personalidade diferente e melhor que o seu antecessor para dar
um novo rumo ao País e,
Paulo de Morais,
parece ser o candidato mais indicado para o conseguir. É independente
de qualquer partido e a antítese do actual
inquilino de Belém que invocou também muitas vezes a estabilidade para
continuar tudo na mesma ou pior ainda. E o que é que o País ganhou
ganhou com isso?. Passo a citar: "Dificilmente a história será generosa
com Cavaco
Silva: os seus dez anos como Presidente da República são um rotundo
fracasso. Foi com ele em Belém que a troika chegou a Portugal, foi com
ele em Belém que quatro bancos faliram (BPN, BPP, BES e Banif). Cavaco
foi lento a compreender o País à sua volta (demorou muito a perceber o
perigo que Sócrates representava e a catástrofe que se seguiria)...e
incapaz de travar a espiral de endividamento que acabou por conduzir o
País à bancarrota"... (.
In Público, João Miguel Tavares).
E, obviamente, foi incapaz de pôr travão à corrupção da qual algumas
figuras de proa do seu partido foram os principais protagonistas. Na
mesma senda de Cavaco prepara-se já Marcelo (uma espécie de jongleur político que diz tudo e o seu contrário para ganhar votos) seu
amigo de partido, ambos amigos de banqueiros do regime, que se julga,
antecipadamente, o seu legítimo sucessor.
Por analogia, não foi com estabilidade que o povo da Islândia cortou a
gangrena dos banqueiros corruptos e os meteu na prisão conseguindo assim
que o seu país reencontrasse o rumo da recuperação e do progresso e a
sua soberania.
Está a chegar hora de votarmos em alguém com coragem que
não se identifique com o sistema e que à falsa estabilidade que tem
permitido o esbulho continuado aos portugueses e o aumento da dívida sem
limites do País, imponha um rotundo NÃO.