terça-feira, 31 de maio de 2011

As suspeitas e a Figueira Domus



Na Roma antiga havia a Domus da Nobreza e a Domus dos plebeus. 
Na Figueira existe a "Figueira Domus" da dissenção e do confronto verbal, que traz em polvorosa os nobres e os plebeus da política cá do burgo, que já fez rolar cabeças. Que o diga o vice presidente do executivo camarário, Carlos Monteiro, que pediu a sua demissão de presidente do C.A. daquela empresa Municipal. 
Na sua decisão não teria sido alheio um voto contra do próprio presidente da Câmara na apresentação e apreciação das contas da referida empresa, segundo parece, com um elevado passivo.

Já há ameaças mútuas de envio de processos para o Ministério Público e a prova disso é o texto que se segue:


 "O presidente do Secretariado da Concelhia da Figueira da Foz do PS, João Portugal, levantou ontem suspeitas sobre o contrato de promessa de compra e venda assinado pela vereadora Teresa Machado (PSD), quando presidia à Figueira Domus, destinado à aquisição de fogos, à construtora Hagen, para habitação social."

Ambos eles, em última análise, não deixam de ser simpáticos e merecedores de consideração. Só lamentamos estes confrontos, como se de inimigos se tratassem, o que não faz sentido, quando o objectivo comum devia ser só o de pugnar pelos interesses da nossa terra.

Ler mais aqui.

Deputados representam quem?

"Nunca como nestas eleições foi tão patente a agonia em que está mergulhada a democracia representativa. Embora a democracia representativa seja alvo de múltiplas críticas, principalmente naqueles sistemas eleitorais, como o nosso, em que os deputados são eleitos em listas fechadas cuja composição é, em última instância, da exclusiva responsabilidade do aparelho partidário, maxime das suas cúpulas, nunca terá havido uma tão grande distância entre o eleitor e a maior parte dos eleitos como seguramente vai haver em consequência destas eleições


De facto, a situação que se está a viver, além das limitações e distorções próprias da democracia representativa, tem contra si o facto de a maior parte dos que vão ser eleitos irem decidir medidas sobre que não falaram uma única vez aos eleitores e de tais medidas terem sido previamente acordadas com carácter vinculativo à margem de qualquer intervenção institucional dos órgãos legítimos do Estado português.


Não só tais medidas são tacticamente silenciadas pelos seus futuros executores, como o compromisso que delas resulta foi assumido por quem não tinha qualquer legitimidade para o fazer. E todavia vinculam o futuro parlamento e o futuro governo.


As medidas são de tal modo gravosas para Portugal e para os portugueses que algumas delas até vão exigir a alteração da Constituição. Os partidos que aparentemente se guerreiam (PS/PSD/CDS) para cativarem o voto popular são os mesmos que se puseram de acordo, à margem dos órgãos legítimos do Estado, para a futura implementação das medidas que agora escondem e que resultam das “negociações” que, nas costas do povo, andaram a fazer com a troika (FMI/BCE/UE).


Muitas dessas medidas não têm nada a ver com a crise financeira em que o país está mergulhado em consequência do movimento especulativo incidente sobre a sua dívida pública. São antes medidas revanchistas, de natureza ideológica, impostas por uma direita reaccionária que vê na presente conjuntura político-económica uma excelente ocasião para fazer cair todos os pequemos entraves que ainda poderiam existir à expansão e exploração do capital privado.


E a situação já é tão escandalosa que conhecidos simpatizantes da ditadura fascista que governou Portugal durante mais de quarenta anos já vêm a público, despudoradamente, pedir limitações ou quase eliminação do direito à greve, eliminação das fontes financeiras da segurança social e a ampla revisão das leis laborais, tudo com vista a tornar o trabalho numa mercadoria que possa ser comprada por um preço irrisório.


De facto, ainda hoje Ferraz da Costa, na SIC N, acompanhado com prazer por Crespo, no seu melhor estilo de apoiante salazarista “explicava” o que tem de ser feito e depressa.


Alguém vai ter que dizer aos intérpretes desta fúria revanchista e aos seus lacaios o que vai acontecer quando as coisas mudarem – e elas hão-de mudar. Depois que não venham falar em direitos humanos nem em direitos adquiridos!"


Por: JM Correia Pinto

PSD descola do PS



"O PSD volta a alargar a sua vantagem para o PS. Na oitava sondagem da Intercampus para o PÚBLICO e a TVI, os sociais-democratas somam agora 37,0% da preferência dos votos, contra 32,3% dos socialistas. O CDS sobe, a CDU mantém e o BE cai."

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Privação infantil



"Duas em cada cinco crianças vivem em situação de pobreza."

Já sabíamos que a "sopa do Sidónio" andava por aí a matar a fome aos cidadãos mais carenciados, mais ou menos escondidos, mais ou menos envergonhados (há já quem a mate nos contentores do lixo).  "Mas as  crianças, "senhor"...porque lhes dais tanta dor; porque padecem assim?!..."

(Foto: in Público)

domingo, 29 de maio de 2011

Nada acontece por acaso

"Portugal está a por-se a jeito: a saída da Grécia (do euro) deixou de ser um tabu, e aos tais países que estão fartos de rebaldaria, dá jeito que os helénicos não vão para a rua sozinhos."

Após "reflexão mais ou menos profunda", concluimos que nada acontece por acaso. 
A possibilidade que o articulista refere, como  já fora avançado aqui, tem o mérito de nos avisar para o absurdo de se votar nos mesmos que governaram o país nestes últimos anos...

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Assim, não!...



Pessoa amiga entregou-me em mão, a foto que ora publico onde se vêem dois sinais de trânsito a assinalarem perigo e desvio  na Rua Professor, João Oliveira Coelho na Quinta do Paço.
Até aqui tudo bem pois, aparentemente, tratar-se-ia de uma situação de emergência temporária. Só que o temporário parece que passou a definitivo, dado que as placas assinalam um buraco no pavimento com cerca de 0,50 m de largo e 1,5 m de fundo que ali permanece há mais de dois meses, com todos os inconvenientes para os utentes da via.
Porque, assim, NÃO, aqui fica o reparo a quem de direito!

(Clicar na foto para zoom) 

Eça de Queiroz e a crise...

A crise, afinal, já não é de agora. Já vem de longe. É atávica, sistémica ou talvez seja o destino à boa maneira do fado português. Os actuais governantes talvez não tenham culpa de nada (!?...). Afinal não são eles também portugueses, logo "burros" como todos nós?!... 
É o que temos de concluir ao lermos a crítica de Eça de Queiroz que escreveu isto em 1871:

"O País perdeu a inteligência e a consciência moral. Os costumes estão dissolvidos e os caracteres corrompidos. A prática da vida tem por única direcção a conveniência. Não há princípio que não seja desmentido, nem instituição que não seja escarnecida. Ninguém se respeita. Não existe nenhuma solidariedade entre os cidadãos. Já se não crê na honestidade dos homens públicos. A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia. O povo está na miséria. Os serviços públicos vão abandonados a uma rotina dormente. O desprezo pelas ideias aumenta em cada dia. Vivemos todos ao acaso. Perfeita, absoluta indiferença de cima a baixo! Todo o viver espiritual, intelectual, parado. O tédio invadiu as almas. A mocidade arrasta-se, envelhecida, das mesas das secretarias para as mesas dos cafés. A ruína económica cresce, cresce, cresce... O comércio definha, A indústria enfraquece. O salário diminui. A renda diminui. O Estado é considerado na sua acção fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo.
A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências"

Eça de Queiroz nasceu e morreu na monarquia (1845-1900) mas a maioria dos políticos e governantes desta“república”, tem os mesmos tiques e enferma dos mesmos vícios dos contemporâneos do grande, do implacável e contundente escritor.


Na realidade quem revisitar Eça, tem de concluir que este texto, e não só, descreve, com um realismo e verdade inacreditáveis, o que se passa hoje no nosso país. A sua crítica mordaz, assenta como uma luva no procedimento bacoco e incompetente de quem nos tem governado nas últimas décadas, mormente nos últimos seis anos.


Isto foi sempre assim, o povo é mole e, porque assim é, carrega-se no cujo dito. Todos nós sabemos isso perfeitamente, ou tínhamos obrigação de o saber. Mas o povo não aprende. Por isso, as próximas eleições vão demonstrar, mais uma vez, que "Os cidadãos estão reduzidos à condição de idiotas úteis que vão às urnas de quatro em quatro anos...para legitimar as oligarquias dos partidos"... E pouco mais!...


O voto vai continuar a ser, nas próximas eleições, o garante do sistema que nos trouxe até aqui, para benefício dos mesmos e sacrifícios redobrados daqueles que tudo vão pagar. A menos que as novas gerações (futuras vítimas dos "compromissos com as chancelarias do poder", dos negócios e interesses obscenos de determinado partido, que aumentam em fim de ciclo) decidam fazer o contrário…

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Recital no CAE



Hoje no CAE, o saxofonista, Artur Mendes, natural de Santo Amaro da Boiça, realiza concerto de angariação de fundos para a sua deslocação a Taiwan.

"Dia 26, no CAE o jovem figueirense seleccionado para uma orquestra juvenil que vai actuar em Julho em Taiwan realiza um concerto para angariar fundos para essa deslocação. Artur Mendes é de Santo Amaro da Boiça e foi seleccionado num concurso mundial.

Artur Mendes é figueirense e saxofonista. Apesar de ainda jovem, 24 anos, já conta no seu currículo com actuações de relevo. É de Santo Amaro da Boiça, onde ainda toca na Orquestra Ligeira, e desde 2008 está na Banda Sinfónica da Guarda Nacional Republicana, estreando-se logo num concerto tão mediático como foi “GNR+GNR”, no Pavilhão Atlântico para 9 mil pessoas..."

(In Voz da Figueira)

Clicar na imagem

A Escola e a memória


Escola Industrial e Comercial da Figueira da Foz, agora Dr. Bernardino Machado. 
Aqui estudei, tendo frequentado o Curso Industrial e o Curso Geral do Comércio que conclui com bom aproveitamento. 

Aqui encontrei bons mestres, bons professores;  a maioria, infelizmente, já faleceu.
Passei o testemunho aos meus filhos que, depois, voaram mais alto para a Universidade de Coimbra.
Estudar é conhecer, aprender, para progredir na vida. Quem deixa de aprender, deve deixar de ensinar...

Por fim, recordar é viver. E mesmo que, por vezes, nem sempre se consiga chegar onde se quer, vive-se tanto mais, quanto mais nos aproximarmos dos objectivos que cada um de nós se propôs atingir.

(Foto: Carlos Fidalgo)

terça-feira, 24 de maio de 2011

O Mito e a Realidade



"Sei muito bem daquilo que fujo, e não aquilo que procuro"
     (Michel de Montaigne)

Parafraseando Fernando Pessoa (O V Império):

Grécia, Irlanda, Portugal
Europa - todos se vão
Que destino este, afinal,
Se o projecto global
Nos destruir a Nação?

(Mensagem)

Campeões e amigos

6ª. Regata Internacional "Litocar", ocorrida em Montemor-o-Velho(Taça Fernando Barbedo) nos dias 21 e 22 de Maio.

(SCPb-David Bento; GCF-Tiago Silva; SCCa-Eduardo Gonçalves)

Os melhores classificados na prova de remo: skiff M juvenis.

Depois da escola é no meio desportivo e no militar que se fazem os melhores amigos.
Parabéns.

Ver mais aqui.

sábado, 21 de maio de 2011

Passeio à Pérola do Atlântico

De 16 a 19 de Maio fui numa excursão do IASFA à ilha da Madeira, constituída por 39 pessoas oriundas de diversas regiões, nomeadamente de Coimbra, Viseu e Figueira da Foz.
O embarque foi feito no aeroporto da Portela em Lisboa, pelas 12H00 em avião da TAP. A maioria do pessoal era já conhecida de outras andanças menos turísticas (Angola, Moçambique, Guiné, etc.) e de passeios mais recentes, pelo que não foi necessário cartão de apresentação.
Foi a segunda vez que visitei a Madeira, pois já lá estivera há cerca de dez anos, e confesso que fiquei surpreendido com o surto de desenvolvimento ocorrido neste período de tempo.
Apesar das recentes cheias de 20 de Fevereiro de 2010 que foram consideradas o maior desastre natural na região nos últimos 100 anos, já não existem vestígios da tragédia que se abateu sobre o povo madeirense naquele dia fatídico, o que atesta bem da sua a vontade e determinação para vencer as adversidades da vida.


O arquipélago da Madeira que tem como capital a cidade do Funchal, começou com a descoberta do Porto Santo pelos navegadores portugueses em 1418 que no ano seguinte rumaram para a Madeira, tendo criado a primeira capitania “em Machico, uma baía de águas calmas, frente a um vale profundo, verdejante e soalheiro de rara beleza”.


Aliás, por aquilo que nos foi dado ver (a mim mais uma vez) toda a ilha da Madeira é um lugar de rara beleza que continua a fazer jus ao nome de Pérola do Atlântico.


A seguir algumas fotos que recolhi com a minha pouca habilidade de fotógrafo:

(Câmara de Lobos)


(Aqui pintou Winston Churcill)

(A cara metade)
(Assistente social, Drª. Graça)


(Dois aspectos do Cabo Girão o mais alto da Europa (580 mts.) e o 2º mais alto do mundo)


(Porto Moniz)




(Casas típicas de Santana)


(Machico com uma pequena praia dourada artificial)

(A nossa guia madeirense, Sofia, no jardim botânico do Funchal, profissional competente e muito simpática)


(Descanso para um cafézinho)

(A pensar no regresso?)


(Um hóspede do Jardim Botânico do Funchal)

(Idem)


(A arte e beleza dos bordados da Madeira)



(Um aspecto do mercado do Funchal)
(Prova de vinhos)


(Idem)


(Almoço na Marina do Funchal)


(Restaurante na marina, sui generis, barco dos ex-beatles)


Visitámos Câmara de Lobos, Cabo Girão, Ribeira Brava, Ponta do Sol, Encumeada, Paúl da Serra, Porto Moniz, São Vicente, Santana, Pico Ruivo, Faial e Pico do Areeiro; Porto da Cruz, Portela, Machico, Ponta de S. Lourenço, Santa Cruz, Camacha e outros belos locais que não me ocorrem.
Depois de termos visto as belas paisagens da Madeira e degustado os seus típicos  pratos regionais e vinhos, durante três dias que nos pareceram poucos, regressámos no dia 19 pelas 18H30 em avião da TAP, com destino ao aeroporto Francisco Sá Carneiro no Porto, onde chegámos, pontualmente, às 20H15.
Nesta excelente estadia houve um pormenor que falhou, mesmo depois de se ter falado nele. Não se tirou a fotografia de grupo que seria uma boa recordação a juntar a tantas outras!

(Clicar nas fotos para zoom)

domingo, 15 de maio de 2011

De sondagem em sondagem, até à sondagem final


Este blogue por razões mais ou menos aduzidas em textos anteriores vai reduzir a actividade. O seu autor vai entrar em reflexão, mais ou menos "profunda," mais ou menos antecipada, até ao final das próximas eleições que é suposto não resolverem nada. Vai perscrutando a blogosfera local que tem pessoal de valor, com méritos reconhecidos e firmados, que não deixa pousar os políticos dos “pentelhos” em ramo verde. Fazem muito bem e dou-lhes o meu apoio.

Por agora, esta vai ser a minha última postagem.
Bom domingo e um abraço.


As últimas sondagens dão uma subida ao PS que fica assim à frente do PSD nas intenções de voto. Inexplicável? Nem tanto.


Não sendo analista político creio poder dizer que esta tendência radica nos seguintes pressupostos:


-A inexperiência de Passos Coelho não oferece confiança aos portugueses, nem mesmo a parte do eleitorado do PSD que se tem deslocado para o CDS como o provam as sondagens;


-O eleitorado percebe que Portugal, infelizmente, está condicionado pelo acordo subscrito pelo Governo com a troika (FMI/BCE) para a ajuda externa, com o qual os próprios partidos elegíveis concordaram, e que estes pouco ou nada podem fazer além disso.


-A maioria dos cidadãos, para o bem e para o mal, continua a pensar em termos de esquerda; acredita que o PS vai conseguir lidar com esta situação (experiência não lhe falta desde Mário Soares) e, no íntimo, alguns “galifões” (?) até esfregam as mãos de contentes com a oferta venenosa de mais uns milhões para gastar à tripa forra (pensam eles)... Por isso, e apesar de Sócrates, as intenções de voto no PS não devem andar longe da realidade.


Esta é a terceira edição “revista e aumentada” do que aconteceu no passado e, com estes políticos que “mandam meninos à rua,” pode ser que venha a ser editada uma quarta edição, para mal dos nossos pecados...







sexta-feira, 13 de maio de 2011

Parcerias Público Privadas

Reponho o video o "Estado da Nação" que já fora postado no dia 11 e que desapareceu (?) com os recentes problemas do "Blogger".



"Este documento é útil para compreender a história recente e a criação da crise económica, financeira e social em que estamos atolados. As maiores vítimas serão as gerações mais jovens que receberão como herança uma dívida demasiado pesada. E isto acontece sem ter havido um terramoto, um tsunami, ou uma guerra."

(Do blogue: "Miradouro")

Por um Portugal que amo




“... De vez em quando recaio na escrita sorumbática, muito grave e sisuda. Dizem-me logo: é o melhor de si, coisa séria, ‘profunda’. Mas logo nos acomete a suspeita de que estou a ser chato, e viro para uma coisa leve, mais coloquial e digestiva. Dizem-me: é o mais suportável, mais distractivo. E nestes dois pólos me balanço, sem saber onde fixar-me. Mas vale-me não fazê-lo por determinação e sim pelo impulso do momento. Assim vou dando resposta a uma dupla procura. Simplesmente os que defendem a coisa ‘profunda’ é na ligeira que se sentem mais recompensados. E os que defendem a ligeireza é na outra que se sentem justificados nas suas ambições, porque gostam de coisa ligeira, sim, mas não o dizem que gostam para parecerem cultivados. De modo que o melhor é ir temperando a prosa segundo as duas receitas. Ou então, que é ainda o melhor, ficar calado. Vou pensar a sério na Segunda alternativa.” Vergílio Ferreira in Conta-Corrente 4


Este trecho é mais um indutor da ideia que há algum tempo me persegue.
Para quê escrever num blogue, se não podemos agradar a "gregos e troianos"? Se corremos o risco de expor os nossos sentimentos e até mesmo alguns ideais políticos desvinculados de amarras partidárias? E pior do que isso, se não podemos escrever o que sentimos, sem correr o risco de sermos acusados de ser pretensiosos, ou de estar a contribuir para interesses pessoais inconfessados ou de fazer o jeito a alguém, concitando com isso inimizades pessoais desnecessárias?


A actual situação de crise, para mais em vésperas de eleições, é propícia à intervenção política dos media, dos bloggers, da propaganda situacionista e de toda a sorte de escribas ao serviço de interesses políticos conhecidos. E serão verdadeiramente políticos e nacionais os interesses em causa? A avaliar pelos resultados, não.


Alguns dos partidos que estiveram no poder até hoje, têm sido dirigidos por elites que se afastaram paulatinamente dos seus ideais, manipulados por alguns lóbis de interesses e apoiados por acólitos que têm sido beneficiados, unilateralmente, com sinecuras e privilégios, fazendo tábua rasa, não poucas vezes, dos legítimos direitos da maioria dos cidadãos. Partidos que não souberam ou não quiseram investir, os largos milhões de euros vindos da UE para o desenvolvimento sustentado do País. Por isso se chegou à actual “apagada e vil tristeza" de dependência económica e financeira, e não só, provocada por uma dívida que responsabiliza as próximas gerações por muitos anos.


Sem políticos de prestígio; sem alguém que tivesse tirado lições do passado recente, com as duas intervenções do FMI no País; sem uma política que sirva os nossos verdadeiros interesses, pois quem a impõe são os nossos credores, Portugal limita-se hoje, a uma situação de dependência vergonhosa e a cumprir as exigências que lhe são impostas pelos areópagos do poder da EU, contaminados pelos interesses discriminatórios da ditadura do capital (FEEF/BCE/FMI) que vai infernizar a sobrevivência da classe média e de outras classes sociais mais débeis.
A própria independência Nacional está em risco.


Sinto pena e revolta por ver que os  mentores da mentira despudorada, fazem carreira com as más políticas que destruíram as nossas legítimas aspirações pós 25 de Abril.
Lamento a situação a que nos conduziram e a que conduziram uma Pátria construída com muito esforço e com uma história linda. Pátria que contempla envergonhada alguns dos seus filhos (?) por não saberem ou não quererem fazer opções para garantir a sua perenidade mas, outrossim, o “futuro” deles… Mas, por mais que escreva, não posso alterar (passe a pretensão) o que fizeram. E muito menos o meu voto, ou voto disperso dos portugueses, o poderá fazer. O sistema e a propaganda tendenciosa e arregimentada, com um único propósito de se manterem no poder a qualquer custo, não o permitem.


Alguma coisa tem de mudar e o povo tem de perceber isso!...


Sinto-me defraudado e desiludido com esta UE que não sei bem como começou (a mim não me perguntaram nada) nem como vai acabar. Sou um eurocéptico, talvez por alguma ignorância mas, também, por alguma experiência. E, valha a verdade, não gostava de o ser.


Parafraseando Vergílio Ferreira, entre o escrever com ligeireza e de coisa sérias ou demasiado sérias, como decidi fazer hoje, “o melhor é ir temperando a prosa segundo as duas receitas.


Ou então, o que é ainda melhor, ficar calado.”


A partir de agora, “Vou pensar a sério na segunda alternativa”, apesar de tudo por um Portugal que amo!...









quarta-feira, 11 de maio de 2011

As eleições, Sócrates e o Adolfo

Quero acreditar que há aqui uma força de expressão demasiado forte mas,

(...)“Catroga chega até a comparar a eleição de Sócrates com a de Hitler, quando questionado sobre as sondagens mais recentes, que colocam PS e PSD lado a lado. "Repare: o Hitler tinha o povo atrás de si até à derrocada, até à fase final da guerra. Faz parte das características dos demagogos conseguirem arrastar multidões. José Sócrates, honra lhe seja feita, é um grande actor, um mentiroso compulsivo, que vive num mundo virtual em que só ele tem razão. Tem uma máquina de propaganda montada há seis anos, poderosa. E o PSD tem uma máquina artesanal no campo da comunicação."

(In Expresso)

O poder da vontade



"Uma entrevista belíssima, como a vida da tenente indígena. Não deixe de assistir. Vale a pena!

Patriotismo, determinação e força de vontade..... Esta índia emociona.
É algo de fazer chorar a forma como ela fala do Brasil e da luta que sempre foi sua vida.
Muita emoção numa presença simples e humilde. Ela vibra e se emociona, demonstrando seu amor pelo Brasil.
Uma aula de civismo, com uma classe impressionante.
Não deixe de ver, um exemplo de tenacidade para ser alguém…"

Clicar no link abaixo:
http://programadojo.globo.com/videos/v/aspirante-a-oficial-silvia-wajapi-fala-de-sua-vida/1493941/

Do blogue: Sempre Jovens

terça-feira, 10 de maio de 2011

O Segredo da Felicidade

"Felicidade é a plena expansão dos instintos - e isso confunde-se com mocidade. Para a maioria dos homens, é o único período da vida em que realmente vivemos; depois dos quarenta anos tudo são reminiscências, cinzas do que já foi chama. A tragédia da vida está em que só nos vem a sabedoria quando a mocidade se afasta.

A saúde está na acção e portanto a saúde enfeita a mocidade. Ocupar-se sem parar é o segredo da graça e metade do segredo do contentamento. Não peças aos deuses riquezas - e sim coisas para fazer."
 
(Will Durant, in "Filosofia da Vida")

Discurso enganador

"A gestão da crise por Portugal tem sido “apavorante”, e o anúncio por José Sócrates do acordo alcançado com a EU-FMI é um “ponto alto do lado tragicómico da crise”, segundo um artigo de opinião publicado no Financial Times de ontem."
        Ver aqui

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Finlândia..."sim" ao resgate

"Uma fonte governamental finlandesa, citada pela Agência France Press (AFP), afirmou hoje que o Governo de Helsínquia deverá confirmar nas próximas 48 horas o seu apoio ao memorando assinado entre Portugal e a "troika".

Assim, o empréstimo a Portugal parece estar garantido, apesar do Reino Unido ser também um “participante relutante” na ajuda externa a Portugal o que na prática não terá efeito, dado que terá de participar através do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira.

Felizmente, estamos longe dos tempos do ultimato de 1890 em que fomos obrigados a ceder aos nossos "aliados" nas pretensões portuguesas previstas no mapa cor de rosa.

Será que "os responsáveis por todo um povo," irão desta vez ter juízo?

domingo, 8 de maio de 2011

Tavarede em Festa




(Teresa Machado, Maria Jorge e Almira Medina na apresentação do livro, Tavarede Minha Terra)

Hoje, nas comemorações do dia de Tavarede, foi apresentado ao público na sede da Junta de freguesia um livro com o título:” Tavarede, Minha Terra”.

A autora, Maria Clementina Reis Jorge da Silva (pseudónimo, Maria Jorge) nada e criada na terra do limonete, quis comemorar a recente “requalificação” de Tavarede a Vila. Requalificação, frisou a autora, porque existem desde 1092, referências à in villa Tavaredi. Este estatuto e Câmara foram-lhe retirados em 1771 quando a Figueira do Mondego foi elevada a vila na mesma data.


O texto que serviu para uma “pequena peça de teatro” apresentada na SIT de 11 para 12 de Junho de 2010, tem uma Nota prévia de Maria Almira Medina, escritora e poetisa, professora aposentada tal como Maria Jorge, e preâmbulo de José António Fernandes de Sousa, presidente da Assembleia de Freguesia de Tavarede.


Em Nota Final diz a autora:


(…)”É uma modesta homenagem a todos os Tavaredenses que com muita fibra têm lutado para que este lugar seja um baluarte de cultura e sabedoria popular no concelho da Figueira da Foz.
É difícil trabalhar quando os conterrâneos não vêem com bons olhos um(a) filho(a)
levar por diante objectivos que deviam ser comuns a todos...”


Pese embora a simpática e interessada presença de muitos tavaredenses no auditório e bem assim da maioria da vereação do  executivo da Câmara Figueirense, creio que as sentidas linhas de Maria Jorge,  para nós, Clementina, na sua Nota Final, têm todo o sentido, dada ausência de alguns dos seus conterrâneos  devedores de maior e justificada consideração.

Parabéns, amiga e Drª. Clementina.

Como a Igreja vê a crise

D. Manuel Martins, antigo bispo de Setúbal, disse numa entrevista à Antena 1:



«Vejo esta crise com muita apreensão, com muito desgosto, com alguma vergonha. Estou convicto que esta crise era evitável se à frente do país estivessem pessoas competentes, isentas, pessoas que não se considerassem responsáveis por clubes, mas que se considerassem responsáveis por todo um povo, cuja sorte depende muito deles. E eu fico muito irritado quando, por parte desses senhores, que nós escolhemos e a quem pagamos generosamente, vejo justificar que esta crise impensável por que estamos a passar, é resultante de uma crise mundial. Há pontas de verdade nesta justificação. Esta crise, embora agravada por situações internacionais, é uma crise que já podia ter sido debelado por nós há muito tempo, se nós não andássemos a estragar o dinheiro que precisávamos para o pão de cada dia», acrescentando que o povo português, que estava numa situação de desgosto, de medo, de gente perdida, está agora a deixar criar dentro de si um sentimento de raiva muito perigoso".


Para D. Manuel Martins, «estas situações, da maneira como estão a ser agravadas e, sobretudo, da maneira como estão a ser mal resolvidas, podem ser focos muito perigosos de um incêndio que em qualquer momento pode surgir e conduzir a uma confrontação e a uma desobediência civil generalizadas».


Sem papas na língua, continuou: «Mete-me uma raiva especial quando vejo o governo a justificar as suas políticas e as suas preocupações de manter e conservar e valorizar o estado social do país. Pois se há alguém que esteja a destruir o estado social do país, é o governo, com o que se passa a nível da saúde, a nível da educação, a nível da vida das famílias, dos impostos, dos remédios, mas que tem só atingido as pessoas menos capazes, enfim as pessoas que andam no chão, as pessoas que estão cada vez com mais dificuldades em viverem o dia-a-dia, precisamente por causa destas medidas do governo».


Depois, D. Manuel Martins ainda quis tocar numa das maiores chagas da governação socialista. «A política é uma arte nobre, mas o que nós vemos é a política depois incarnada em determinadas pessoas, cujo interesse é promoverem-se, e promoverem os parentes, e os amigos, e os parentes dos parentes, e os parentes dos amigos».

(Sacado daqui com o título: O Truão)



That Happy Feeling

Bom fim de semana

sábado, 7 de maio de 2011

Expectativas e sondagens




"Se as eleições legislativas de 5 de Junho fossem hoje, o PSD obteria a vitória com 37% dos votos, contra 34,8% do PS. O CDS-PP soma 10,5% das preferências, pelo que sociais-democratas e centristas obteriam uma maioria parlamentar."


(In Público on-line)

Atendendo ao que um dos candidatos fez ao País nos últimos seis anos e à imaturidade de um outro, Paulo Portas pode muito bem vir a ser o próximo 1º Ministro de Portugal.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Grécia sai do euro?

"Publicação alemã dá conta de uma reunião de emergência, hoje, entre os ministros das Finanças europeus para discutir a crise na Grécia".

"O Der Spiegel avançou no seu ‘site' que o governo grego está a ponderar abandonar a zona euro e ressuscitar a sua moeda antiga, o dracma."

A Grécia tal, como nós,  faz parte da UE e aderiu ao euro.

Quando vemos as barbas do vizinho a arder, pomos as nossas de molho...


Privatizar, cortar, despedir...

"As consequências do memorando de entendimento assinado entre a “troika” e o Governo, de modo a concretizar a ajuda externa, vão atingir todos os portugueses, não só no seu bolso, como nas suas rotinas, na relação com o Estado e, em milhares de casos, no próprio posto de trabalho, incluindo os funcionários públicos. As Forças Armadas ficam impedidas de fazer qualquer despesa por iniciativa própria e têm de reduzir 10 por cento do pessoal.



(...)"A classe média será francamente atingida, se é que há classe média em Portugal".


A troika obrigou o governo a assinar um acordo onde o prato forte é o ter de saber conjugar os verbos privatizar, cortar, despedir e outros verbos que estão nas entrelinhas em letra pequena...Vai haver alguma organização e disciplina daqui para o futuro, é certo. Mas não obriga à conjugação do verbo justiçar.


Afinal os interesses do grande capital defendem-se muito bem e afinam pelo mesmo diapasão nos que concerne a pedir responsabilidades. Os culpados do estado a que se chegou, vão ficar incólumes. Ninguém roubou, ninguém especulou, ninguém mentiu. Deram tudo ao povo que, por razões que não atinamos, continua pior do que estava.


É tudo gente séria e vão ainda candidatar-se nas próximas eleições para que o País continue na senda do progresso (deles) como até aqui!...



quinta-feira, 5 de maio de 2011

Ricos e pobres

Ricos ganham 18 vezes mais



Cinco por cento dos portugueses mais ricos têm 18 vezes mais rendimento do que cinco por cento dos mais pobres. Esta é uma das conclusões preliminares do estudo ‘Desigualdades em Portugal’, elaborado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS), que revela igualmente que o País tem um nível de desigualdade "extremamente elevado" no quadro dos países europeus.

(Foto sacada daqui)

A Música e a Alma



"Aqui está uma bela música apresentada ao povo de uma maneira diferente e divertida em vez da forma chata e pesada de grande parte das orquestras clássicas. André Rieu não é muito apreciado pelos puristas, mas agrada às massas e se aqueles não fizererem o mesmo bem podem cavar a sua sepultura."
(Tradução livre de um comentário no youtube)

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Esperança em tempo de crise



Em cima o sub-título de uma notícia dada à estampa no Diário das Beiras de hoje que diz o seguinte:

"O Gabinete de Inserção Profissional (GIP) da Câmara da Figueira da Foz angariou mais de quatro centenas ofertas de emprego, desde a criação da Bolsa de Emprego. Segundo acrescenta nota de imprensa da autarquia, a base de dados do sítio na Internet conta ainda com as ofertas do Centro de Emprego local, totalizando cerca de nove centenas de ofertas de emprego."

Ver mais.


terça-feira, 3 de maio de 2011

Novo Acordo Ortográfico


Sem qualquer outra intenção que não seja a de ser útil a possíveis interessados, publico o teor do e-mail que me foi enviado hoje pela Associação Viver em Alegria. O acesso à ficha de inscrição não é possível por esta via, mas podem fazê-lo através dos contactos abaixo indicados.

"A Associação Viver em Alegria já agendou a 2ª Ação do Workshop alusivo ao Novo Acordo Ortográfico:


- 25 de Maio de 2011, 4ª feira das 14h às 18h.


Os interessados e interessadas já podem fazer as Inscrições pelo preenchimento da Ficha de Inscrição em anexo.


Para mais informações, podem ligar para os seguintes números: 233 418 878/963 608 419 ou entrar em contato via e-mail para o seguinte endereço: viveralegria.geral@gmail.com."

Corte nas pensões acima de 600 euros

"Será uma das medidas mais duras exigida em troca da ajuda externa. Para receber os cerca de 100 mil milhões de euros que precisa, Portugal vai ter que alargar os cortes das pensões a muitos mais pensionistas do que o Governo pretendia fazer no PEC IV."

(In Diário Económico)

A vida misteriosa de Bin Laden

A maioria dos jornais de hoje traz na primeira página a fofografia do homem mais procurado do Mundo: Osama bin Laden.

Chegou a ser apoiado pelos USA, quando da invasão soviética no Afeganistão. Mas, fez um volte face e entrou nos meandros tenebrosos do terrorismo internacional. Porquê?

No vídeo que se segue podem ver-se alguns aspectos da sua misteriosa e polémica história.



Ver mais sobre Bin Laden

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Por um aeroporto em Monte Real

A questão já é muito antiga e tem sido debatida com argumentos a favor e outros contra. A servidão militar a que a Base Aérea de Monte Real está sujeita, não pode impedir (e não impede de facto) a viabilização de um projecto que permita também a utilização da aviação civil “desde que haja investidores privados que suportem os custos com a construção do terminal”.


Mostrando-se contrário à monopolização do sector aeroportuário, Manuel Queiró, presidente do Fórum Centro de Portugal, disse que cerca de 1,5 milhão de pessoas no inter-land das beiras poderão beneficiar com tráfego aéreo civil e muitas mais com tráfego internacional. Se assim é, “Então que se abra a possibilidade à iniciativa privada», declarou, assinalando o interesse de investidores do Brasil na abertura da base aos voos civis…"


Esta temática foi discutida ontem em Monte Real no decorrer de um jantar culminando com uma declaração que foi subscrita por cerca de 200 pessoas, entre as quais, da Figueira da Foz, o presidente João Ataíde; a vereadora Isabel Cardoso; o autarca de Lavos, José Elísio, o deputado João Portugal e o presidente do CEC, José Couto e Fernando Cardoso, empresário e ex presidente da ACIFF.

domingo, 1 de maio de 2011

1º de Maio - O dia do trabalhdor

(O alucinante 1º de Maio de 1974)


Sob o signo e as imposições da troika (FMI/UE/BCE) comemora-se hoje o dia do trabalhador. O entusiasmo está muito longe do mais bonito e emocionante 1º de Maio pós-25 de Abril, devido á grave situação económica e financeira que o País atravessa.

Nas comemorações de hoje, levadas a efeito pela CGTP e UGT, afirma-se:

“A democracia está posta em causa porque a pobreza e as desigualdades se agravam e o desenvolvimento do país está bloqueado”, afirmou, acrescentando que “é preciso um esforço muito grande” para contrariar a situação."