Vivemos numa sociedade em que a realidade crua da vida, tem sido o "funeral" de muitas ilusões. E quando as ilusões morrem e com elas um pouco, esta minha terra, este meu país, é necessário parar para reflectir...
Continuar ou não no caminho que nos propusemos seguir, vai depender muito da reflexão que for feita...
sábado, 19 de novembro de 2011
terça-feira, 15 de novembro de 2011
O Natal do nosso descontentamento
Este vai ser o Natal mais pobre dos últimos 32 anos.
"A economia vai sofrer uma contracção real de 3% a 4% no último trimestre deste ano face a igual período de 2010, naquele que será o empobrecimento mais rápido e violento de que há memória para os portugueses."
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
O direito a governar
(...) "A União Europeia garante a democracia enquanto a prática desta não for uma fraude, um embuste, porque democracia supõe mais do que o direito de expressão livre do pensamento, de manifestação e de greve; supõe que do lado do Poder há respostas aos estímulos que são mostrados do lado de quem é governado.
Quando o silêncio é sepulcral na área da Governação e dela só parte arrogância e desprezo pelo Povo, o contrato social está roto, a legitimidade faliu, o direito a governar atingiu o seu limite."
Ver mais In: Fio de Prumo
Quando o silêncio é sepulcral na área da Governação e dela só parte arrogância e desprezo pelo Povo, o contrato social está roto, a legitimidade faliu, o direito a governar atingiu o seu limite."
Ver mais In: Fio de Prumo
Futilidades...
"A senhora ministra da Justiça pode não gostar de mim e tem todo o direito, porque eu também não gosto dela", disse hoje Marinho Pinto, na Figueira da Foz, durante a sessão de encerramento do VII Congresso dos Advogados Portugueses."
Tricas ou futilidades de mau gosto, mas o que o cidadão comum pergunta é: o que tem isso a ver com a tão necessária eficiência e dignificação da Justiça?
Tricas ou futilidades de mau gosto, mas o que o cidadão comum pergunta é: o que tem isso a ver com a tão necessária eficiência e dignificação da Justiça?
domingo, 13 de novembro de 2011
Militares de Abril criticam Otelo
A idade não perdoa. Quem as diz, não as faz... O contexto é diferente e Otelo perdeu uma boa oportunidade de estar calado!
sábado, 12 de novembro de 2011
O Orçamento do Estado e os pobres
Aprovado que está este Orçamento do Estado par 2012 (o pior dos últimos 30 anos) que poderá, eventualmente, salvar o País da crise, de uma coisa estamos certos: ele serve os interesses dos tubarões supra nacionais, vai colmatar e branquear a cleptomania interna e produzir mais pobres, precisamente os que não contribuíram para a actual desgraça a que chegámos.
Não temos nada contra os ricos, sobretudo aqueles que obtiveram riqueza graças ao seu trabalho, sabedoria ou investimentos feitos honesta e oportunamente. Já não pensamos assim dos que enriqueceram à custa da corrupção generalizada, dos chicos espertos que, deslumbrados com o poder, se serviram dele para os seus interesses pessoais, das histórias pouco crediveis, se não mesmo parolas dos “robalos e alheiras”, das políticas erradas que minam os alicerces do próprio Estado e põem em causa a credibilidade do País e a própria independência Nacional.
Por isso, e em desespero de causa, foi necessário aprovar um OE que irá sacrificar, seguramente, a maioria do povo, os pobres. E dado que o tema da pobreza, foi sempre uma preocupação dos nossos maiores escritores, fica aqui um texto de Almeida Garrett, que é ao mesmo tempo uma crítica aos políticos de hoje, sobre o que é necessário para fazer um pobre:
Os pobres ( I ) " ... Ó geração de vapor e de pó de pedra, macadamizai estradas, fazei caminhos de ferro, construí passarolas de Ícaro, para andar a qual mais depressa, essas horas contadas de uma vida toda material, massuda e grossa como tendes feito esta que Deus nos deu tão diferente daquela que hoje vivemos. Andai, ganha-pães, andai: reduzi tudo a cifras, todas as considerações deste mundo a equações de interesse corporal, comprai, vendei, agiotai - No fim de tudo isto, o que lucrou a espécie humana ? Que há mais umas poucas dúzias de homens ricos. E eu pergunto aos economistas políticos, aos moralistas, se já calcularam o número de indivíduos que é forçoso condenar à miséria, ao trabalho desproporcionado, à desmoralização, à infâmia, à ignorância crapulosa, à desgraça invencível, à penúria absoluta, para produzir um rico? [... ] cada homem rico, abastado, custa centos de infelizes, de miseráveis. " Almeida Garrett, in " Viagens na Minha Terra ", (1843)
Não temos nada contra os ricos, sobretudo aqueles que obtiveram riqueza graças ao seu trabalho, sabedoria ou investimentos feitos honesta e oportunamente. Já não pensamos assim dos que enriqueceram à custa da corrupção generalizada, dos chicos espertos que, deslumbrados com o poder, se serviram dele para os seus interesses pessoais, das histórias pouco crediveis, se não mesmo parolas dos “robalos e alheiras”, das políticas erradas que minam os alicerces do próprio Estado e põem em causa a credibilidade do País e a própria independência Nacional.
Por isso, e em desespero de causa, foi necessário aprovar um OE que irá sacrificar, seguramente, a maioria do povo, os pobres. E dado que o tema da pobreza, foi sempre uma preocupação dos nossos maiores escritores, fica aqui um texto de Almeida Garrett, que é ao mesmo tempo uma crítica aos políticos de hoje, sobre o que é necessário para fazer um pobre:
Os pobres ( I ) " ... Ó geração de vapor e de pó de pedra, macadamizai estradas, fazei caminhos de ferro, construí passarolas de Ícaro, para andar a qual mais depressa, essas horas contadas de uma vida toda material, massuda e grossa como tendes feito esta que Deus nos deu tão diferente daquela que hoje vivemos. Andai, ganha-pães, andai: reduzi tudo a cifras, todas as considerações deste mundo a equações de interesse corporal, comprai, vendei, agiotai - No fim de tudo isto, o que lucrou a espécie humana ? Que há mais umas poucas dúzias de homens ricos. E eu pergunto aos economistas políticos, aos moralistas, se já calcularam o número de indivíduos que é forçoso condenar à miséria, ao trabalho desproporcionado, à desmoralização, à infâmia, à ignorância crapulosa, à desgraça invencível, à penúria absoluta, para produzir um rico? [... ] cada homem rico, abastado, custa centos de infelizes, de miseráveis. " Almeida Garrett, in " Viagens na Minha Terra ", (1843)
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
João Ataíde devia dar um murro na mesa...
Em entrevista ao Diário das Beiras Saraiva Santos afirmou:
-"Quando aceitei o convite de Duarte Silva, não pensei que ele não exercesse em pleno o controlo político da câmara, que era exercido por Paulo Pereira Coelho.
-"Quando se fala no plano estratégico para a Figueira da Foz, fico com ataques de urticária. Creio que no futuro próximo o plano estratégico tem de ser só um: aguentar, aguentar, sobreviver, sobreviver. A mais longo prazo, gostava que a Figueira da Foz deixasse de ser encarada como uma terra de animação e passasse a ser encarada como uma terra com enormes potencialidades para a atividade industrial."
Via: Outra Margem
-"Quando aceitei o convite de Duarte Silva, não pensei que ele não exercesse em pleno o controlo político da câmara, que era exercido por Paulo Pereira Coelho.
-"Quando se fala no plano estratégico para a Figueira da Foz, fico com ataques de urticária. Creio que no futuro próximo o plano estratégico tem de ser só um: aguentar, aguentar, sobreviver, sobreviver. A mais longo prazo, gostava que a Figueira da Foz deixasse de ser encarada como uma terra de animação e passasse a ser encarada como uma terra com enormes potencialidades para a atividade industrial."
Via: Outra Margem
Que democracia é esta?
"Livre de dogmas políticos, de ideologia rígida ou sabedoria convencional, Gerard Celente, cujo lema é "pensar por si mesmo", observa e analisa os acontecimentos atuais formando as tendências futuras para o que são - não para a forma como ele quer que elas sejam."
Depois de vermos este vídeo em pormenor há uma pergunta que fica no ar: que democracia espúria é esta que a UE nos está a impingir? A resposta é dada pelo próprio Gerarde Celente com uma frontalidade que arrepia: "Isto não é democracia é fascismo puro e simples."
terça-feira, 8 de novembro de 2011
Mais um caso para conduzir a nada
São todos bons rapazes e inocentes, por isso não admira que o processo não conduza a nada, como vaticina Medina Carreira (!?)...
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
Paróquia vai criar "fundo social"
O padre António Matos disse ontem nas festas de S. Martinho que Paróquia de Tavarede vai criar "fundo social" para casos emergentes.
"Vai ser na quinta-feira, na oração comunitária que se realiza às 21h00, que o pároco de Tavarede vai anunciar a criação de um fundo social para casos emergentes, segundo explicou ontem ao Diário de Coimbra", durante o cortejo de S. Martinho. O padre António Matos não tem dúvidas, «sentimos cada vez mais necessidades nas pessoas e o número de carenciados a aumentar», e por isso, arranca com a iniciativa «em que todos podem colaborar, nem que seja um bocadinho».
Foto sacada daqui
sábado, 5 de novembro de 2011
A Sabedoria da Vida
“Poucas pessoas se sentem satisfeitas. Sentimos que fomos defraudados pela vida. Esperamos mais e sentimo-nos desfavorecidos quando não obtemos o que desejamos. Somos muito semelhantes a bebés em corpos de adultos. Para ganhar mais dinheiro, ajude as pessoas a sentirem-se realizadas. Sirva-as. Estime-as. Dê-lhes mais do que elas esperam. Surpreenda-as com pequenos presentes, cartões, ou mesmo visitas.
Mostre que se interessa por elas.”
(Joe Vitale)
Ao ler este texto lembrei-me de uma história contada por um amigo meu, num recente almoço de convívio num restaurante da nossa praça, que prova como as pessoas gostam de ser servidas e estimadas. Ao relembrar alguns episódios da sua vida, contou que nos anos sessenta, ainda muito novo, com cerca de 18 anos, tirou um curso de hotelaria e começou a trabalhar na área da restauração. Foi despenseiro, trabalhou na copa e fazia de cozinheiro quando era preciso. Depois de uma breve passagem por vários estabelecimentos na área de Cascais e já com engenho e arte (tarimba) suficientes para voos mais altos, conseguiu emprego no luxuoso Hotel Fortaleza do Guincho (passe a publicidade) onde exerceu funções de chefe de mesa. Este hotel que tinha uma clientela de elite era, ao tempo, também muito frequentado pelo Corpo Diplomático com representação em Lisboa.
Com apresentação quanto baste e com um jeito natural para tratar com tão ilustres frequentadores, dizia ele, então, que era interessante verificar como funcionava o ego deles. Assim, sempre que uma dama, ou o seu acompanhante se aproximavam da mesa para se sentarem o nosso amigo acorria com passo firme e decidido a oferecer-lhes a respectiva cadeira, com um gesto elegante e respeitoso. Logo que um dos circunstantes puxava da cigarrilha ou do charuto para fumar, era exibido de imediato um isqueiro aceso pela sua mão solícita e eficiente.
É óbvio que este procedimento empolava a importância e o orgulho das pessoas e não é nenhuma novidade. Mas era assim, com estes e outros pequenos truques e ademanes, que ele alimentava a auto estima dos clientes ganhando muito dinheiro com as suas generosas gorjetas que chegavam a ser o dobro do seu ordenado.
Fiquei a cogitar na altura se ele, às vezes, com o seu excesso de profissionalismo, não teria dado demasiado "lustro" à clientela mas, devido ao resultados obtidos e à desafogada situação de que desfruta hoje, creio que utilizou bem a sabedoria da vida.
(Clicar na foto)
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
Papandreau recua no referendo
"O primeiro-ministro grego, Georges Papandreou, mostrou-se hoje disponível para recuar na decisão de referendar o euro, que lançou o pânico na Grécia e na zona euro, segundo um comunicado oficial."
In: Exame Expresso
In: Exame Expresso
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
Enfrentar a realidade
Já conhecia este vídeo mas, só agora, por esta via, consegui descodificá-lo.
"Este deputado europeu da Inglaterra (país que não aderiu ao euro) fala da inevitabilidade da falência e saída do euro da Grécia, Portugal e Irlanda, do resgate dos bancos e do plano de criação dos Estados Unidos da Europa."
A sua tese é um pouco depreciativa e não é de todo isenta. Só falta chamar-nos de PIGS, como, pejorativamente, nos rotulam.
Enfrentar a realidade, porém, é o que temos de fazer e as opções são cada vez mais difíceis, mas não as podemos ignorar.
Em desespero de causa há dois caminhos possíveis: A desvalorização da moeda e a austeridade.
"A desvalorização da moeda não é possível enquanto estivermos na EU. Iria reduzir o nosso poder de compra, mas tem a vantagem de reduzir a dívida e de podermos aumentar as exportações, mas isso implica um regresso ao passado em piores condições das que tinhamos antes da entrada na UE e da adopção da moeda única."
A austeridade, porém, que o figurino da troika nos está a impôr, não nos garante que iremos sair da crise ou se, pelo contrário, vamos continuar indefinidamente nela.
O que temos garantido, é que o futuro que nos espera nos próximos anos é o da degradação inevitável da qualidade de vida, senão mesmo da sobrevivência de muitas famílias, provocada pelos despedimentos, ditos cirúrgicos, pelo aumento brutal do desemprego ou do corte de salários e pensões de reforma, com todas as consequências inerentes onde avulta o cenário de graves conflitos sociais.
Será que os sacrifícios que nos estão a impôr vão servir para assegurar, pelo menos, o futuro dos nossos filhos e netos? Ou servirão, tão só, para resgatar os interesses dos bancos e com eles um projecto Europeu, com pés de barro, em que já ninguém parece acreditar?
Seja como for, para já, e enquanto a nossa independência económica, perdida, não for reencontrada, iremos viver sob a ameaça de nos fecharam a "torneira" como aqui.
Pós-texto:
A propósito de graves conflitos sociais ver aqui o Expresso on-line.
A Sociedade e o Homem
"A Sociedade é a Imagem do Homem. O aperfeiçoamento da Humanidade depende do aperfeiçoamento de cada um dos indivíduos que a formam. Enquanto as partes não forem boas, o todo não pode ser bom. Os homens, na sua maioria, são ainda maus e é, por isso, que a sociedade enferma de tantos males. Não foi a sociedade que fez os homens; foram os homens que fizeram a sociedade.
Quando os homens se tornarem bons, a sociedade tornar-se-á boa, sejam quais forem as bases políticas e económicas em que ela assente..."
(Teixeira de Pascoaes)
Quando os homens se tornarem bons, a sociedade tornar-se-á boa, sejam quais forem as bases políticas e económicas em que ela assente..."
(Teixeira de Pascoaes)
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