sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Feliz Natal e um Bom Ano Novo 2012

Christmas Myspace Animated Gifs

Feliz, feliz é o Natal, que faz com que nos lembremos das ilusões de nossa infância, que faz o avô recordar as alegrias de sua juventude, e que leva o viajante à sua chaminé e ao seu doce lar!
(Charles Dickens)

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

sábado, 17 de dezembro de 2011

Crise em vésperas de Natal

Vésperas de Natal e o meu computador Toshiba “Satellite” , colapsou repentinamente ao fim de quatro anos de actividade na internet, o que deu origem ao silêncio forçado do Limonete. O “cérebro” (disco rígido) continua vivo, mas o veredicto foi dado hoje por um especialista: ecrã fora de actividade podendo ser substituído por outro quase pelo preço de um computador novo. Com a aplicação de uma prótese (ecrã velhinho adaptado) consigo hoje dar sinais de vida.

Tenho dado uma vista de olhos por aí e vejo que a blogosfera do burgo, nomeadamente a que é considerada “a elite blogosférica local” continua viva e recomenda-se, e ainda bem, não deixando por isso de ser alvo da acutilância, por vezes injustificada ou malévola do contraditório que gosta de “malhar”, tal como um antigo ministro.

Mas isto de malhar ou de falhar, continua a ser o panorama geral no país e na Europa. A UE falha o acordo de pesca com Marrocos, prejudicando os interesses dos armadores e das pescas portuguesas. A esquerda malha na direita, a direita malha na esquerda e a coligação do governo também malha entre si, discretamente ou não.

Mas o pior são as ameaças e a “malhação” de Frau Merkel, acolitada pelo Sr. Sarkozy, nos países incumpridores da EU que se vêm cada vez mais em palpos de aranha para pagar a dívida que algumas “eminentes figuras partidárias de Lisboa ”, já vão dizendo que não pagamos (apologia da caloteirice defendida por um VIP em Paris) o que, a concretizar-se, ditará, a nossa saída da EU e a nossa possível insolvência como país durante muitos anos.

Regressando à Figueira gostaria de recolher boas novas, mas infelizmente tal continua a não ser possível. A Figueirapão, notícia do último post, fechou as portas. O comércio local continua em decadência. A rua da República está a ficar despovoada de lojas e nem o Natal que se avizinha irá animar muito um sector que já foi próspero nos tempos áureos da cidade.

Em substituição dos tradicionais comerciantes da Figueira aparecem as lojas chinesas, algumas delas transformadas em quitandas, que já vendem frutas e hortaliças, como é o caso da “Fresco e Bom” na Rua da Liberdade que até vende kiwis da Borda do Campo. Pelo menos estes não foram importados da China...

E é assim que por determinação dos interesses económicos e exportações da EU e de outros interesses que nos são alheios, que se está a invadir o país e a acabar com o que resta do nosso processo produtivo. Há uma ocupação por outros meios, que não a guerra, do que é nosso e estes factos indesmentíveis, fazem--me lembrar o que se dizia quando das invasões francesas (1807-1811): "tudo como dantes no quartel de Abrantes."

Não sou propriamente um euro-céptico. Até gostava que o comboio da UE tivesse um destino feliz. Sou, todavia, um euro-desconfiado, porque pressinto algumas intenções hegemónicas pouco compatíveis com a democracia e com os interesses de Portugal. Por isso, perante a actual situação e a nossa inércia de hoje, ao contrário do que aconteceu naquela época em que combatemos o invasor com a ajuda dos ingleses, aquele ditado pode muito bem ser substituído por este outro que define melhor a presente situação do País: pior do que dantes no quartel de Abrantes...

Na hipótese do Limonete não poder vir à estampa tão depressa quanto possível, desejo a todos os visitantes deste espaço e amigos um FELIZ NATAL

domingo, 11 de dezembro de 2011

Não há Natal na Figueirapão


"Há vários anos que a Figueirapão vinha manifestando graves dificuldades financeiras. Mas a situação agravou-se nos últimos cinco anos. A ordem de encerramento das cinco últimas lojas da cadeia de pastelarias, padarias e mercearias (quatro na Rua da República e uma em Buarcos), pelo Tribunal da Figueira da Foz, estragou o Natal a cerca de duas dezenas de trabalhadores."

In Diário das Beiras

sábado, 10 de dezembro de 2011

O cimento e a dívida

Aqui só falta cimento... Pagar a dívida é ideia de criança...



Este conhecido e laureado vídeo do nosso conterrâneo, Jorge Pelicano, só prova que o tempo dá razão ao seu autor e que a sensibilidade e a inteligência do cidadão comum é, por vezes, superior a alguns governantes que nos sairam na lotaria da desventura nacional. A barragem do Tua, além de outros inconvenientes, ameaça também a classificação de património mundial no Douro.
Tenho para mim que merecíamos melhor, mas parece ser esta a nossa sina e por muito sugestivo ou importante que seja o nome de alguns políticos ou os seus eventuais cursos de filosofia, nada fará esquecer a sua péssima governação e as frases infelizes de que são autores.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

A Música e a Alma



"Quando menos se esperava, 4 cantores líricos juntaram-se na Gare do Oriente e alto e bom som deram voz à DPOC. Uma acção que surpreendeu e marcou o dia mundial da DPOC, a 16 de Novembro. O momento, que durou alguns minutos, foi da responsabilidade da Sociedade Portuguesa de Pneumologia e da Fundação Portuguesa do Pulmão."

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Extinguir o 1º de Dezembro é "murro ao patriotismo"

"A proposta do Governo de extinguir o feriado do 1º de Dezembro é “um murro ao patriotismo”, disse hoje o presidente da Sociedade Histórica da Independência de Portugal, durante as cerimónias de comemoração do dia da Restauração em Lisboa."

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Portugal e a Restauração



Fazem hoje 371 anos que Portugal sacudiu o poder espanhol que durante 60 anos (1580-1640) governou o país retirando-nos a independência. Os reis espanhóis de Castela (Filipes oriundos da Casa de Habsburgo) obrigavam os portugueses a pagar impostos, nomeavam os seus nobres para os lugares de administração em Portugal e afastaram os nobres portugueses dos lugares do poder, obrigando-os ainda a tomar parte nas guerras que Espanha travava na Europa. Isto, aliado à má administração dos Filipes e à intenção de fazer desaparecer definitivamente Portugal como País independente, levou o país à completa ruína.
O descontentamento dos portugueses era evidente. A situação tornou-se insuportável e a revolta germinou.
O resultado da União-Ibérica em que alguns direitos do rei Filipe II de Espanha e I de Portugal, juntamente com o seu dinheiro que distribuiu por alguns nobres portugueses para aceitarem a soberania de Castela, estava à vista e não podia ser pior.

Na manhã de 1º de Dezembro para por fim a esta vassalagem vergonhosa, 40 nobres portugueses entre os quais alguns elementos do clero e militares (Os Conjurados) entraram de surpresa no palácio real, Paço da Ribeira, prenderam a duquesa de Mântua (espanhola) e mataram por defenestramento o seu amante e Secretário de Estado o português Miguel de Vasconcelos a soldo de Espanha.
Portugal voltava a ser independente.

“A revolução de 1 de Dezembro, continua ainda hoje a ser um símbolo não só da firme vontade dos portugueses de manter a sua independência, como um símbolo da catastrófica tentativa de União Ibérica, que inicialmente parecia um negócio interessante para as elites subsidiárias portuguesas, mas que quase levou à destruição total do país.”

Ao revisitarmos a história não podemos deixar de pensar nas lições que esta nos dá no que respeita às pretensas uniões ibéricas que por aí andam de forma avulsa e pouco inocentes e também na EU de hoje que já teve na monarquia dos Habsburgos uma versão idêntica com os resultados que se conhecem.

sábado, 19 de novembro de 2011

Reflexão

Vivemos numa sociedade em que a realidade crua da vida, tem sido o "funeral" de muitas ilusões. E quando as ilusões morrem e com elas um pouco, esta minha terra, este meu país, é necessário parar para reflectir...

Continuar ou não  no caminho que nos propusemos seguir, vai depender muito da reflexão que for feita...

terça-feira, 15 de novembro de 2011

O Natal do nosso descontentamento


Este vai ser o Natal mais pobre dos últimos 32 anos.

"A economia vai sofrer uma contracção real de 3% a 4% no último trimestre deste ano face a igual período de 2010, naquele que será o empobrecimento mais rápido e violento de que há memória para os portugueses."

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

O direito a governar

(...) "A União Europeia garante a democracia enquanto a prática desta não for uma fraude, um embuste, porque democracia supõe mais do que o direito de expressão livre do pensamento, de manifestação e de greve; supõe que do lado do Poder há respostas aos estímulos que são mostrados do lado de quem é governado.
Quando o silêncio é sepulcral na área da Governação e dela só parte arrogância e desprezo pelo Povo, o contrato social está roto, a legitimidade faliu, o direito a governar atingiu o seu limite."

Ver mais In: Fio de Prumo

Futilidades...

"A senhora ministra da Justiça pode não gostar de mim e tem todo o direito, porque eu também não gosto dela", disse hoje Marinho Pinto, na Figueira da Foz, durante a sessão de encerramento do VII Congresso dos Advogados Portugueses."

Tricas ou futilidades de mau gosto, mas o que o cidadão comum pergunta é: o que tem isso a ver com a tão necessária eficiência e dignificação da Justiça?

domingo, 13 de novembro de 2011

Militares de Abril criticam Otelo



A idade não perdoa. Quem as diz, não as faz... O contexto é diferente e Otelo perdeu uma boa oportunidade de estar calado!

sábado, 12 de novembro de 2011

O Orçamento do Estado e os pobres

Aprovado que está este Orçamento do Estado par 2012 (o pior dos últimos 30 anos) que poderá, eventualmente, salvar o País da crise, de uma coisa estamos certos: ele serve os interesses dos tubarões supra nacionais, vai colmatar e branquear a cleptomania interna e produzir mais pobres, precisamente os que não contribuíram para a actual desgraça a que chegámos.

Não temos nada contra os ricos, sobretudo aqueles que obtiveram riqueza graças ao seu trabalho, sabedoria ou investimentos feitos honesta e oportunamente. Já não pensamos assim dos que enriqueceram à custa da corrupção generalizada, dos chicos espertos que, deslumbrados com o poder, se serviram dele para os seus interesses pessoais, das histórias pouco crediveis, se não mesmo parolas dos “robalos e alheiras”, das políticas erradas que minam os alicerces do próprio Estado e põem em causa a credibilidade do País e a própria independência Nacional.

Por isso, e em desespero de causa, foi necessário aprovar um OE que irá sacrificar, seguramente, a maioria do povo, os pobres. E dado que o tema da pobreza, foi sempre uma preocupação dos nossos maiores escritores, fica aqui um texto de Almeida Garrett, que é ao mesmo tempo uma crítica aos políticos de hoje, sobre o que é necessário para fazer um pobre:

Os pobres ( I ) " ... Ó geração de vapor e de pó de pedra, macadamizai estradas, fazei caminhos de ferro, construí passarolas de Ícaro, para andar a qual mais depressa, essas horas contadas de uma vida toda material, massuda e grossa como tendes feito esta que Deus nos deu tão diferente daquela que hoje vivemos. Andai, ganha-pães, andai: reduzi tudo a cifras, todas as considerações deste mundo a equações de interesse corporal, comprai, vendei, agiotai - No fim de tudo isto, o que lucrou a espécie humana ? Que há mais umas poucas dúzias de homens ricos. E eu pergunto aos economistas políticos, aos moralistas, se já calcularam o número de indivíduos que é forçoso condenar à miséria, ao trabalho desproporcionado, à desmoralização, à infâmia, à ignorância crapulosa, à desgraça invencível, à penúria absoluta, para produzir um rico? [... ] cada homem rico, abastado, custa centos de infelizes, de miseráveis. " Almeida Garrett, in " Viagens na Minha Terra ", (1843)

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

João Ataíde devia dar um murro na mesa...

Em entrevista ao Diário das Beiras Saraiva Santos afirmou:


-"Quando aceitei o convite de Duarte Silva, não pensei que ele não exercesse em pleno o controlo político da câmara, que era exercido por Paulo Pereira Coelho.

-"Quando se fala no plano estratégico para a Figueira da Foz, fico com ataques de urticária. Creio que no futuro próximo o plano estratégico tem de ser só um: aguentar, aguentar, sobreviver, sobreviver. A mais longo prazo, gostava que a Figueira da Foz deixasse de ser encarada como uma terra de animação e passasse a ser encarada como uma terra com enormes potencialidades para a atividade industrial."

Via: Outra Margem

Que democracia é esta?



"Livre de dogmas políticos, de ideologia rígida ou sabedoria convencional, Gerard Celente, cujo lema é "pensar por si mesmo", observa e analisa os acontecimentos atuais formando as tendências futuras para o que são - não para a forma como ele quer que elas sejam."

Depois de vermos este vídeo em pormenor há uma pergunta que fica no ar: que democracia espúria é esta que a UE nos está a impingir? A resposta é dada pelo próprio Gerarde Celente com uma frontalidade que arrepia: "Isto não é democracia é fascismo puro e simples."

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Mais um caso para conduzir a nada



São todos bons rapazes e inocentes, por isso não admira que o processo não conduza a nada, como vaticina Medina Carreira (!?)...

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Paróquia vai criar "fundo social"


O padre António Matos disse ontem nas festas de S. Martinho que Paróquia de Tavarede vai criar "fundo social" para casos emergentes.

"Vai ser na quinta-feira, na oração comunitária que se realiza às 21h00, que o pároco de Tavarede vai anunciar a criação de um fundo social para casos emergentes, segundo explicou ontem ao Diário de Coimbra", durante o cortejo de S. Martinho. O padre António Matos não tem dúvidas, «sentimos cada vez mais necessidades nas pessoas e o número de carenciados a aumentar», e por isso, arranca com a iniciativa «em que todos podem colaborar, nem que seja um bocadinho».

Foto sacada daqui

sábado, 5 de novembro de 2011

A Sabedoria da Vida


“Poucas pessoas se sentem satisfeitas. Sentimos que fomos defraudados pela vida. Esperamos mais e sentimo-nos desfavorecidos quando não obtemos o que desejamos. Somos muito semelhantes a bebés em corpos de adultos. Para ganhar mais dinheiro, ajude as pessoas a sentirem-se realizadas. Sirva-as. Estime-as. Dê-lhes mais do que elas esperam. Surpreenda-as com pequenos presentes, cartões, ou mesmo visitas.
Mostre que se interessa por elas.”

(Joe Vitale)

Ao ler este texto lembrei-me de uma história contada por um amigo meu, num recente almoço de convívio num restaurante da nossa praça, que prova como as pessoas gostam de ser servidas e estimadas. Ao relembrar alguns episódios da sua vida, contou que nos anos sessenta, ainda muito novo, com cerca de 18 anos, tirou um curso de hotelaria e começou a trabalhar na área da restauração. Foi despenseiro, trabalhou na copa e fazia de cozinheiro quando era preciso. Depois de uma breve passagem por vários estabelecimentos na área de Cascais e já com engenho e arte (tarimba) suficientes para voos mais altos, conseguiu emprego no luxuoso Hotel Fortaleza do Guincho (passe a publicidade) onde exerceu funções de chefe de mesa. Este hotel que tinha uma clientela de elite era, ao tempo, também muito frequentado pelo Corpo Diplomático com representação em Lisboa.

Com apresentação quanto baste e com um jeito natural para tratar com tão ilustres frequentadores, dizia ele, então, que era interessante verificar como funcionava o ego deles. Assim, sempre que uma dama, ou o seu acompanhante se aproximavam da mesa para se sentarem o nosso amigo acorria com passo firme e decidido a oferecer-lhes a respectiva cadeira, com um gesto elegante e respeitoso. Logo que um dos circunstantes puxava da cigarrilha ou do charuto para fumar, era exibido de imediato um isqueiro aceso pela sua mão solícita e eficiente.
É óbvio que este procedimento  empolava a importância e o orgulho das pessoas e não é nenhuma novidade. Mas era assim, com estes e outros pequenos truques e ademanes, que ele alimentava a auto estima dos clientes ganhando muito dinheiro com as suas generosas gorjetas que chegavam a ser o dobro do seu ordenado.

Fiquei a cogitar na altura se ele, às vezes, com o seu excesso de profissionalismo, não teria dado demasiado "lustro" à clientela mas, devido ao resultados obtidos e à desafogada situação de que desfruta hoje, creio que utilizou bem a sabedoria da vida.

(Clicar na foto)

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Papandreau recua no referendo

"O primeiro-ministro grego, Georges Papandreou, mostrou-se hoje disponível para recuar na decisão de referendar o euro, que lançou o pânico na Grécia e na zona euro, segundo um comunicado oficial."

In: Exame Expresso

A Música e a Alma

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Enfrentar a realidade



Já conhecia este vídeo mas, só agora, por esta via, consegui descodificá-lo.

"Este deputado europeu da Inglaterra (país que não aderiu ao euro)  fala da inevitabilidade da falência e saída do euro da Grécia, Portugal e Irlanda, do resgate dos bancos e do plano de criação dos Estados Unidos da Europa."

A sua tese é um pouco depreciativa e não é de todo isenta. Só falta chamar-nos de PIGS, como, pejorativamente, nos rotulam.

Enfrentar a realidade, porém, é o que temos de fazer e as opções são cada vez mais difíceis, mas não as podemos ignorar.

Em desespero de causa há dois caminhos possíveis: A desvalorização da moeda e a austeridade.

"A desvalorização da moeda não é possível enquanto estivermos na EU. Iria reduzir o nosso poder de compra, mas tem a vantagem de reduzir a dívida e de podermos aumentar as exportações, mas isso implica um regresso ao passado em piores condições das que tinhamos antes da entrada na UE e da adopção da moeda única."

A austeridade, porém, que o figurino da troika nos está a impôr, não nos garante que iremos sair da crise ou se, pelo contrário, vamos continuar indefinidamente nela.

O que temos garantido, é que o futuro que nos espera nos próximos anos é o da degradação inevitável da qualidade de vida, senão mesmo da sobrevivência de muitas famílias, provocada pelos despedimentos, ditos cirúrgicos, pelo aumento brutal do desemprego ou do corte de salários e pensões de reforma, com todas as consequências inerentes onde avulta o cenário de graves conflitos sociais.

Será que os sacrifícios que nos estão a impôr vão servir para assegurar, pelo menos, o futuro dos nossos filhos e netos? Ou servirão, tão só, para resgatar os interesses dos bancos e com eles um projecto Europeu, com pés de barro, em que já ninguém parece acreditar?
Seja como for, para já, e enquanto a nossa independência económica, perdida, não for reencontrada, iremos viver sob a ameaça de nos fecharam a "torneira" como aqui.

Pós-texto:
A propósito de graves conflitos sociais ver aqui o Expresso on-line.

A Sociedade e o Homem

"A Sociedade é a Imagem do Homem. O aperfeiçoamento da Humanidade depende do aperfeiçoamento de cada um dos indivíduos que a formam. Enquanto as partes não forem boas, o todo não pode ser bom. Os homens, na sua maioria, são ainda maus e é, por isso, que a sociedade enferma de tantos males. Não foi a sociedade que fez os homens; foram os homens que fizeram a sociedade.

Quando os homens se tornarem bons, a sociedade tornar-se-á boa, sejam quais forem as bases políticas e económicas em que ela assente..."
 
(Teixeira de Pascoaes)

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

A história continua

"A Polícia Judiciária propôs ao Ministério Público uma nova acusação de Isaltino Morais por corrupção…

De acordo com o Jornal de Notícias, o presidente da Câmara de Oeiras, terá recebido 400 mil euros em luvas."

Algumas figuras corruptas, senão mesmo maléficas no pior sentido, conotadas com o eixo político do Centrão (e não se trata apenas de Isaltino e de Duarte Lima) continuam a ser protagonistas nos media nacionais pelas piores razões.

As entidades competentes (PJ e não só) bem se esforçam no combate ao crime de colarinho branco, mas estas figuras polémicas continuam impávidas e serenas (?!) a iludir a Justiça e a insistir na sua trajectória, pelo que nos é dado ver, obscena, dando péssimos exemplos à sociedade e uma má imagem do País.

Vivências poéticas

Maria Almira Medina-Foto Figueirense

Maria Jorge a autografar
Maria Jorge-Foto Figueirense


No pretérito dia 30, teve lugar na Biblioteca Municipal pelas 16H00, uma exposição de artes plásticas da autoria da Tavaredense Maria Almira Medina e seu marido Jorge Cardoso, seguida do lançamento do novo livro, Vivências Poéticas, de Maria Jorge, pseudónimo da poetisa, conhecida pelo seu círculo de amigos mais chegados por Maria Clementina, seu nome de baptismo.

O lançamento do referido livro foi patrocinado pela Junta de Freguesia de S. Julião e a sua apresentação feita no auditório do Museu Municipal Dr. Santos Rocha pelo Prof. José António Sousa, presidente da Assembleia de Freguesia de Tavarede e Coronel Góis Moço presidente da já referida J. de Freguesia de S. Julião.

Estiveram presente neste evento o Grupo Coral Cantigas de Tavarede, bem como  grupo de dança For You, ambos da SIT.

A “declamação de alguns poemas acompanhados ao piano pelo maestro Silva Cascão e uma intervenção do grupo sénior” fizeram também parte do espectáculo que teve a presença de muitos e espectadores.

O espectáculo finalizou com um convívio informal de muitos “fregueses” a quem foi servido um pequeno beberete que proporcionou, porventura, uma maior e melhor disposição, numa tarde para recordar.

Estão de parabéns os patrocinadores, participantes e todos aqueles que de alguma forma dinamizam e se preocupam com eventos desta natureza que fazem interagir as pessoas, preservando assim a nossa identidade e cultura locais.

Por, isso, vem a talhe de foice dizer que estranhamos os novos fados  que parecem querer  decapitar o poder local, que já existia antes da Nacionalidade (municípios e freguesias) e que foi o tijolo com que se ergueu Portugal e a alma mater de um povo com mais de 800 anos de história.

Imagem

Figueira és um belo altar
pelo sol iluminado
onde o piano do mar
é p'las sereias tocado


Teu manto verde azulado
ondula ao sabor do vento
todo em renda recortado
na babugem do lamento


que a vaga faz ao espraiar
na areia fina da praia
à qual se vai entregar
em requebros de cambraia

(Maria Jorge)

Clicar nas fotos

A perversidade da dívida pública



Este sistema que ignora as prioridades dos cidadãos, é criado pela ganância e usura que por sua vez cria o monstro da  especulação financeira e engorda desmesuradamente os interesses capitalistas.
Só assim se percebe porque é que os diferentes Estados da UE não podem pedir empréstimos directamente ao BCE, mas sim a outros bancos com juros incomportáveis que aumentam cada vez mais a dívida, a breve trecho, impossível de pagar, como acontece na Grécia.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

A revisão da História

..."O BPN contaminou criminosamente a economia nacional e vai continuar a onerar cada um dos orçamentos das famílias portuguesas, privando-as de rendimentos essenciais..."
Ver mais aqui.

Ah, como é bom viver
neste remanso,
sob o império do gamanço.
A caminho da pobreza

Na ditadura das finanças,
deixando que nos limpem o cu
como se fôssemos crianças

E aguardar uma ignota manhã
de nevoeiro
e resgatar o nosso dinheiro

Ah,
“Quanto é melhor, quando há bruma,
  esperar por Dom Sebastião,
  quer venha ou não!”

A Música e a Alma

Balada para Adelina



Um belo vídeo e mais uma extraodinária interpretação de André Rieu.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Mau tempo na Figueira



Hoje, às treze horas, a chuva e o mau tempo continuam a fustigar a Figueira.
Nas fotos alguns estragos provocados pelo mar na marginal oceânica, junto ao restaurante Tamargueira.

(Clicar para zoom)

A Cimeira


Nesta imagem não concebemos a fragilidade da linha Maginot nem imaginamos o rigor prussiano da ocupação germânica. Em vez disso vemos a amizade do “eixo franco-alemão” que está a provocar grandes incertezas e dores de cabeça na Europa.
Porém, neste momento pouco protocolar, de olhos fechados, ele de gabardina e ela de chapéu-de-chuva, prenúncio de "mau tempo", parece que a vida é bela para quem nos dá cabo dela. 
O sonho pode continuar…ou acabar de repente.



terça-feira, 25 de outubro de 2011

A dívida pública

Apesar da nossa incapacidade, quase proverbial, de nos governarmos a nós próprios, ficam aqui alguns números e apontamentos, dignos de reflexão:

A dívida pública portuguesa atingiu os 106% do PIB no segundo trimestre  deste ano.
Em valor os 106,6% do PIB corresponde a 184,1 mil milhões de euros. Este montante equivale a cerca de 17.400 euros por cada português.

Comparando com a dívida Alemã que  é de 1.716.987 milhões de euros, cerca de 83% do seu PIB, cada um dos cidadãos alemães corresponde uma dívida de 21.003 €. "E isto num estado com uma economia forte, considerada o motor da Europa!..."
Mas, segundo o jornal alemão Handelsblat, especializado em assuntos económicos, a dívida pública da Alemanha pode passar dos actuais 83% do PIB para 185% porque há muita coisa escondida para aqueles lados, entenda-se chancelarias.
Ler mais aqui.

Quer isto dizer que se tivesse havido mais senso na administração dos dinheiros públicos e menos gestores corruptos, género BPN, podíamos estar muito melhor do que estamos. Mas pode ser que com alguma determinação, com bons exemplos que já vão aparecendo,  justiça e coragem, se consiga salvar ainda o que puder ser salvo e, assim, melhorar a vida dos portugueses e honrar os pergaminhos da Nação.

Ajudas suspeitas do Estado ao BPN

"Bruxelas suspeita que o país violou regras europeias em matéria de ajudas de estado, podendo em ultimo recurso obrigar o banco a devolver essa ajuda. A investigação vai apurar se o BPN "será uma entidade viável após a sua integração no futuro comprador, se o auxílio concedido ao BPN é limitado ao mínimo necessário para realizar a reestruturação, se foram adoptadas medidas suficientes para limitar a distorção da concorrência e se o processo de venda não implica um auxílio para o comprador".

(In D.Económico)

O imbróglio do BPN (objecto de uma nacionalização apressada e polémica) o desastre das parcerias público/privadas nos vários sectores de actividade (rodovias, saúde, parque escolar, etc.) com contratos feitos por gestores "topo de gama", em que o Estado saiu sempre a perder, e os fundos mal aplicados vindos da UE, são algumas das principais causas dos buracos financeiros e das suspeitas em curso.

Não tenhamos dúvidas: obrigaram-nos a entrar na barca da troika e os troikos e banqueiros, vão obrigar-nos a espiar os erros no inferno das dívidas e, o que é pior, na hipoteca vergonhosa da independência Nacional!...

Nota: reposição do post de ontem



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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

SOLIDARIEDADE


É de louvar esta iniciativa da Freguesia de S. Julião da Figueira da Foz, cuja finalidade é a oferta do cabaz de Natal aos figueirenses mais desfavorecidos e para responder, também, a outros pedidos de apoio cada vez mais prementes.
Infelizmente, a Figueira vive "Anos menos Dourados", tal como o País. Daí a razão porque se justifica, ainda mais, tal iniciativa que merece o apoio incondicional de todos nós.

Clicar na imagem para ver programa.

A Justiça e os cortes na Função Pública


A Associação Sindical dos Juízes Portugueses (ASJP) na sequência do que considera cortes "ilegais" do subsídio de Natal e férias da Função Pública, promete zelar pelo Estado de Direito.

No comunicado a que a Renascença teve acesso, pode ler-se ainda o seguinte:

“Neste momento de emergência nacional, em que o país parece caminhar a passos largos para uma tragédia económica e social, os juízes portugueses querem assegurar aos seus concidadãos que estarão sempre do lado da protecção dos direitos fundamentais dos mais fracos e desfavorecidos e que não caucionarão atropelos aos valores da Justiça e do Direito, consagrados em instrumentos internacionais e também na Constituição”...
Ver mais aqui.

A questão não é pacífica e o tom está dado por alguns órgãos do poder e por outra figuras de relevo da vida Nacional, incluindo o PR com as suas recentes afirmações. E não é por acaso que os militares se reuniram no pretérito dia 29, interpretando de algum modo, também, o sentimento de descontentamento de largas franjas da sociedade civil.

Creio que todos os verdadeiros portugueses estão interessados em salvar o País da grave da situação em que se encontra, mas esperam que haja equidade nos sacrifícios.
Os que mais podem devem ser os primeiros a fazê-lo e a dar o exemplo, nomeadamente os principais culpados pela actual situação, alguns dos quais deveriam ser ainda responsabilizados por actos e omissões enquanto governantes. Só deste modo, quem governa, conseguirá credibilizar-se aos olhos de um povo já por demais sacrificado e enganado por alguns falsos democratas cuja única virtude tem sido a do "engenho e arte" para se governarem a eles próprios.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

A Música e a Alma

Bom fim de semana



"Estava a pensar nos problemas e decepções que a vida nos traz e, ao ouvir esta música, dei comigo a concluir o seguinte:
Tudo o que nos acontece de mau vai acabar por passar. O futuro é o que importa e o presente é a viagem para lá chegarmos. Não nos podemos deixar abater pelos erros do passado, mas antes aprendermos com eles para que não se repitam e podermos ser diferentes e melhores do que aquilo que fomos.
Temos de viver e aproveitar a vida, não como queríamos que ela fosse, mas como é possível fazê-lo."

Nota:
Tradução livre de um comentário inserto no Youtube

O segredo é a alma do "negócio"...

"Directores da PSP aumentaram em segredo o seu salário"

"O Director-Nacional, os três Directores adjuntos e o Inspector Nacional da PSP aumentaram-se a si próprios já no ano passado, colocando-se logo no novo regime remuneratório da polícia, deixando para trás a esmagadora maioria do efectivo que não transitou para esta tabela, em vigor desde início do ano. Só para o "chefe" máximo foram mais de 800 euros mensais."

In DN Portugal

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

A indignação do Bispo

D. Januário Torgal, sobre o OE de 2012



Afirmações do entrevistado:
-Não houve um desvio colossal; houve vários e vergonhosos desvios colossais.
-Os mais desfavorecidos vão ser completamente esmagados.
-Eu vou ser "julgado" por esta entrevista.
-Estamos a caminhar para o Apocalipse now da Grécia.

O pensamento do dia

"Não se pode acreditar que é possível ser feliz procurando a infelicidade alheia."

  Séneca

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Alguém anda a "tratar-nos" da saúde...

"A redução da despesa dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) em 11 por cento, imposta pelo governo, levou a administração do Hospital Distrital da Figueira da Foz a equacionar alterações ao funcionamento do bloco operatório, do serviço de oncologia e da Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER)."

O presidente da Associação Portuguesa de Medicina de Emergência, recusa acreditar na posibilidade de a VMER da Figueira da Foz ficar para à noite, pelos riscos que isso implicaria para a saúde dos cidadãos. "Penso que será um boato ou uma manobra de diversão para promover outro tipo de lutas com o INEM, considera Vítor Almeida frisando que a VMER da Figueira da Foz "é insubstituível como o comprovam os números e as vidas salvas".
"A VMER não é acionada para tratar unhas encravadas, mas quando há risco de vida e iminência de falecimento, é um serviço de vital importância", destaca o médico, para afirmar que "o Estado tem que assegurar estes serviços aos cidadãos".
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"Quem responde em tempo útil aos doentes aos doentes que necessitem de cuidados cirúrgicos urgentes? Será que Coimbra tem margem de manobra para responder a todos os doentes de rotina, urgentes e até emergentes?", questiona o médico. "Ou corremos o risco de destruir uma estrutura que fez escola na área da emergência médica, a VMER da Figueira da Foz, e serviços cirúrgicos com obra feita? Destruir é fácil, mas reconstruir depois do erro cometido, praticamente impossível", conclui Vitor Almeida, aconselhando "ponderação e bom senso, sem dogmas, mas com análises honestas sem interferências externas".

As notícias locais, e não só, vindas a lume nos últimos dias, levam-nos a acreditar que a crise que o país enfrenta, vai afectar gravemente o desenvolvimento do Concelho da Figueira da Foz em vários sectores de actividade, inclusive o dos transportes ferroviários. O da saúde é um dos que vai sofrer graves cortes ou lacunas se o bom senso de quem de direito não arrepiar caminho.
Sabemos que o país atravessa grandes dificuldades que não podem ser imputadas à maioria da população, mas a quem nos tem governado nos últimos anos. Tudo o que nos está a acontecer pode ser o início de uma tragédia idêntica à de Alcácer-Quibir (1578) em que perdemos a independência. Mas quando se trata de morrer, ocorre-nos o que disse D. Sebastião no fragor da batalha que se anunciava perdida: "Morrer, sim, mas devagar."
O título deste post diz que alguém anda a "tratar-nos" da saúde. Ficámos a saber, pelas entrelinhas do texto, que esse alguém é o Estado com as medidas deste Governo, mais propriamente da respectiva tutela.  Mas também existem as "interferências externas" e, quanto a esta afirmação, perguntamos: será só a "troika?" E que lobbies de interesses são esses das tais "interferências externas" que têm a Figueira em tão pouca conta?
Uma coisa é certa: a crise não explica tudo e ficamos com a ideia de que os figueirenses irão perder tanto mais, quanto mais se acomodarem com tais medidas e com eles as forças vivas que representam o Concelho.

Nota: Foi feita transcrição parcial da edição impressa do Diário da Beiras.




domingo, 16 de outubro de 2011

Revolta e indignação em crescendo


"Precários, reformados, jovens, pessoas de meia-idade, idosos, crianças, famílias inteiras, constituíram os milhares de pessoas que esta tarde (ontem) desfilaram do Marquês de Pombal à Assembleia da República (AR), ‘indignados’ com o sistema político e financeiro."

‘FMI e troika fora daqui’, apelos à luta, insultos aos responsáveis políticos são alguns exemplos do que as pessoas tinham para dizer esta tarde, quer fosse gritando ou empunhando cartazes, uns muito elaborados, outros tão improvisados como uma frase escrita numa folha de papel A4."

Uma onda de contestação emerge um pouco por toda a Europa pondo em causa as políticas da UE a reboque de um eixo Franco-Alemão doente em que a falta de solidariedade, a corrupção e a especulação financeira, podem ser as sementes de destruição de um projecto arquitectado nas chancelarias do poder e imposto de cima para baixo. O euro treme e com ele mais um sonho europeu que cada vez mais se parece com um pesadelo. E isso é evidente: basta ver os comentários e a revolta das pessoas.

Pós-texto:
Ver aqui fotos da manifestação.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Os bons exemplos



"É nos momentos de crise que se vêem os Estadistas e pensando nalguns deles lembrei-me de alguns bons exemplos que alguns deles, através dos tempos, nos deram!"


HAJA BOM-SENSO, PARCIMÓNIA, EQUIDADE E BONS EXEMPLOS! PORTUGAL PRECISA!

O ano de todos os sacrifícios



Depois de uma análise sumária aos cortes do Orçamento de Estado para 2012 que implacavelmente vão degradar ainda mais a vida dos cidadãos mais fragilizados pela crise, constatamos que o ano de todos os sacrifícios não vai ser o ano de sacrificio de todos os portugueses. É isto mesmo o que se pode ver aqui nesta amostra do Expresso que revela os rendimentos de 15 políticos, antes e depois de terem entrado no Governo, num trabalho do jornalista António Sérgio Azenha.

Passos Coelho disse no seu discurso que "Nunca nos devíamos ter permitido chegar a este ponto". Mas o que é certo é que permitimos (alguém permitiu) e era suposto que com tais crânios e talentos, estes políticos e outros gestores tão bem pagos, escolhidos pelos sucessivos governos, o país não enveredasse pelo caminho do colapso.

Não há milagres. Milagres fez Cristo com a multiplicação dos peixes e dos pães... mas há quem tenha feito a multiplicação dos seus proventos à custa do "milagre" dos outros que sempre tiveram ordenados e pensões baixas e que muito difícilmente irão sobreviver nos anos mais próximos com as medidas radicais do OE de 2012.

Não discutimos a necessidade dos sacrifícios para combater a crise. Há que enfrentá-la e cumprir com os compromissos assumidos. Discutimos, tão só, as pessoas que criaram e se serviram do sistema; que estiveram quase sempre no epicentro do previsivel "furacão" e que por sua causa são pedidos agora mais sacrifícios ao povo sem que nada lhes aconteça.

E não há responsáveis nem culpados pela situação a que se chegou? Ou a culpa prescreveu como é apanágio neste país de brandos costumes?

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Inauguração polémica



"O hotel da Ponte do Galante deverá ser inaugurado na próxima primavera, com a bandeira Holiday Inn. Caso se confirme a data, a unidade hoteleira abre com mais de dois anos de atraso, devido às paragens que se têm verificado na obra, que desde o início se revelou polémica, por se enquadrar numa urbanização cuja densidade tem sido fortemente contestada por diversas forças partidárias e pela opinião pública."

In Diário das Beiras

Tal como a sua construção a sua inauguração pode não ser vista com bons olhos!...
Para já, na fotografia, só se vê o que parece ser a chaminé do "TITANIC."

Foto Jot'Alves

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Outros Homens


“Mudam-se os tempos…Mudam-se as vontades…”Mudam os homens também!...


Natural da Horta, Açores, oriundo de famílias aristocráticas, veio estudar para Coimbra. O pai deixou de lhe pagar os estudos. Trabalhou, dando lições de inglês para poder continuar o curso de direito. Antes de ser eleito Presidente da República, foi deputado às Cortes em Janeiro de 1883, pelo círculo da Madeira. Esteve dois anos no Parlamento e renunciou ao seu vencimento como professor liceal, recebendo apenas o subsídio Parlamentar a que tinha direito.


Foi eleito deputado novamente para a Assembleia Nacional Constituinte a 30 de Abril de 1890 pelo círculo de Lisboa. Nesta segunda passagem pelo Parlamento (28ª legislatura) onde esteve quatro anos, recusou novamente a acumulação de vencimentos.
Foi advogado, professor, escritor, político e deputado com grande poder de argumentação.
Foi vereador da Câmara de Lisboa.
Foi reitor da Universidade de Coimbra e Procurador-geral da República.
Aos 71 anos de idade quando eleito Presidente da República Portuguesa, disse na tomada de posse:
“Estou aqui para servir o País. Seria incapaz de alguma vez me servir dele”…


Recusou viver no Palácio de Belém, tendo escolhido uma modesta casa anexo a este.
Pagou a renda da residência oficial e todo o mobiliário… do seu bolso.
Recusou ajudas de custo, prescindiu do dinheiro para transportes, não quis secretário, nem protocolo e nem sequer Conselho de Estado.
Passou 50 anos da sua vida em defesa de uma sociedade mais justa.
Quem é?
Este SENHOR era Manuel de Arriaga e foi o 1º Presidente da República Portuguesa (1911-1915).


Outros tempos…
Outros HOMENS…

Nota: Recebido por email a que fiz pequenas alterações

domingo, 9 de outubro de 2011

A Madeira do Jardim


João Jardim ganha as eleições regionais na Madeira por maioria absoluta.

"Após exercer o seu dever cívico, Jardim declarou ser «anormal haver uma Comissão Nacional de Eleições que só serve para gastar dinheiro aos contribuintes», afirmando: «o que a Comissão Nacional de Eleições considera, para mim vale absolutamente zero».

Consequências imediatas do resultado destas eleições:

-O delegado da Comissão Nacional de Eleições na Madeira vai renunciar ao cargo afirmando ter recebido três dezenas de queixas de situações ilegais relacionadas com o acto eleitoral;

-João Jardim vai continuar a desafiar os poderes de Lisboa e a fumar com arrogância e displicência os seus havanos, atirando o fumo para os olhos dos “cubanos do Cont'nente,”que vão ter de aturar os seus desvarios durante mais quatro anos.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Aguiar de Carvalho homenageado



Hoje o município da Figueira da Foz homenageou na Praça da Europa o Eng.º. Manuel Alfredo Aguiar de Carvalho que foi presidente da edilidade de 1983 a 1997, numa cerimónia presidida pelo actual presidente da Câmara Municipal,  Dr. João Ataíde.

O concelho da Figueira deve-lhe muito enquanto responsável pela autarquia, nomeadamente nos seus dois primeiros mandatos, devendo-se a ele a construção da actual Praça da Europa que, a partir de agora, passa a chamar-se: "Praça da Europa Aguiar de Carvalho."
Um reconhecimento que não fica mal, mas que ele próprio recusaria, tanto quanto sabemos.
Teve alguns detractores, uns por razões políticas, outros por interesses mediatos, que hoje não apareceram na cerimónia ao homenageado. Fizeram bem. Foram coerentes com eles próprios.
Outros opositores, alguns do seu próprio partido, saudosos de protagonismo, marcaram presença, mas não deviam saber bem o que lá estavam a fazer…
Quanto ao que pensamos do homenageado, um homem com
virtudes e alguns defeitos, como quase todos nós, já aqui foi dito: "Recordar Aguiar de Carvalho".


Resta-nos acrescentar que a sua acção e a sua obra ficam bem sintetizados para a posteridade no pensamento gravado na pedra do memorial de hoje:


…Sê todo em cada coisa.
Põe quanto és no mínimo que fazes.
Assim e cada lago e lua toda brilha, porque alta vive.

Ricardo Reis

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Geração perdida ou sacrificada?



Com o título: Uma geração perdida, Vasco Pulido Valente (perto dos setenta anos) interroga-se no Público de ontem, sobre o que a sua geração “que chegou à idade adulta com o 25 de Abril, fez da famosa liberdade tão esperada durante Salazar e Caetano” e afirma: “Com poucas excepções assistiu calada, ou mesmo se juntou, à louca procissão do PREC, em nome de uma doutrina que não percebia e de uma sociedade em que nunca aceitaria viver.”
Culpa essa geração de “entregar o poder a uma série de arrivistas, que não o tornaram a largar.”
É preciso lembrar que houve pelo menos dois casos em que políticos, arrivistas ou não, que tomaram conta do poder, largaram-no pouco tempo depois, porque não o quiseram ou não souberam o que fazer com ele.

Assim, teríamos chegado à actual situação e o articulista do Público finaliza o seu artigo dizendo o seguinte:

“O regime de Sócrates não emergiu por acaso; emergiu desta terra já bem preparada para a corrupção e o arbítrio. Nessa altura, a minha geração só servia para propósitos decorativos. Via e lamentava o desastre que se ia preparando. Mas raramente lhe ocorreu que ela própria também era culpada.”

Com 72 anos e fazendo parte da tal “geração perdida” creio que existem algumas afirmações que importa corrigir:

-A minha geração ou pelo menos a maioria daqueles que eu conheço e que fazem ou fizeram parte dela, foi para uma guerra injusta (muitos contra a sua própria vontade, mas foram) para que o poder político de então resolvesse, em tempo útil, o problema do Ultramar o que não conseguiu.
-Apoiou o 25 de Abril que foi uma inevitabilidade e que de resto devia ter acontecido mais cedo.
-Não se juntou “à louca procissão do PREC”, antes ajudou os militares moderados e políticos como Mário Soares para se evitar um mal maior.

Na realidade a lição que se pode tirar da história recente é que tanto os políticos da ditadura de ontem, que não souberam ou não quiseram dirimir o conflito Colonial, como os democratas de hoje -por razões diferentes mas não menos graves- falharam os seus objectivos. E o "pior ainda está para vir..."
A minha geração não lutou para propósitos "decorativos," nem foi culpada do desastre a que se chegou, como diz VPV. Evitou, sim, a violência a todo o custo. Mas porque "não há justiça sem revolução, nem revolução sem violência"-Miguelet- a única coisa de que pode ser acusada é de não ter feito uma revolução a sério.
Não é uma geração perdida, mas antes uma geração sacrificada e continua a sê-lo.  Esforçou-se e lutou por um Portugal melhor, mas viu as suas legítimas aspirações traídas quando o poder foi entregue a personagens e políticos que não o mereciam.


(Clicar na imagem para zoom)

domingo, 25 de setembro de 2011

Política e mãos limpas


"O nosso ministério é de uma natureza e de uma ordem que pode ficar prejudicado se nós nos metermos na política directa como ela é feita hoje. Ninguém sai de lá com as mãos limpas. E, portanto, nós fugimos disso", afirmou José Policarpo, em entrevista ao Jornal de Notícias (JN).

Com tão provecta idade e com a sapiência que lhe é reconhecida, D. José Policarpo utilizou as palavras certas para ilustrar a sociedade de hoje e os desafios que temos de enfrentar.

sábado, 24 de setembro de 2011

A Música e a Alma

Prazer de Amor



"Esta música transporta-nos à esperança, à coragem e às tristezas da nossa juventude, dizendo sem palavras o que o homem ama a terra, o seu medo de morrer e de deixar de ver as estrelas. Traz de volta as memórias do passado, os bons e os maus momentos que vivemos.
A música é uma necessidade que completa a nossa vida." - (Tradução livre).

Bom Fim de Semana

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Aprovada criminalização do enriquecimento ilícito

"O Parlamento aprovou hoje, na generalidade, projectos de lei da maioria PSD/CDS-PP, do PCP e do BE para criminalizar o enriquecimento ilícito dos titulares de cargos públicos, que obtiveram o voto contra do PS."

Deste PS, infelizmente, já esperamos tudo, e o voto dos seus deputados contra uma lei que pode ser "um passo decisivo na história do combate à corrupção" demonstra bem quem anda a enganar os portugueses,  há tanto tempo, sobre uma questão tão importante como esta.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Legislação laboral aquece Parlamento



Ver mais aqui

Despedir: a panaceia para salvar o país...

"O Governo vai propor hoje aos parceiros sociais a alteração do conceito de despedimento com justa causa."

Nesse sentido, vai sugerir a introdução da possibilidade de o trabalhador ser despedido por não cumprir os seus objectivos ou ser menos produtivo."

In: Diário Económico

Já nem a Constituição salva os trabalhadores; e quem estiver doente que se cuide: pode muito bem ser despedido por diminuir o seu rendimento no trabalho.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Conversas do Casino



"...As pessoas que puseram este País no estado em que está deveriam ser julgadas", disse Medina Carreira, durante uma tertúlia no Casino da Figueira da Foz. "

Medina Carreira, ex-Ministro das Finanças do 1º Governo Constitucional, foi peremptório nesta e noutras afirmações não poupando, com razão, alguns políticos pela situação a que o país chegou. 
Utiliza uma forma de falar directa, muito frontal que as pessoas gostam de ouvir, ficando, todavia, frustradas por não lhe serem apontados caminhos que invertam a situação. É que, sendo Medina Carreira um grande conhecedor dos problemas do País, e um crítico implacável, quase demolidor das políticas dos últimos governos, peca por não apresentar soluções novas para sairmos da crise. As ideias vagamente referidas neste sentido indicam uma economia capitalista revitalizada com o esforço daqueles a quem tudo é pedido, que tudo dão -"trabalho, estudo, impostos- e nada recebem em troca."
Chega mesmo a pôr em dúvida o papel dos sindicatos. 

É fácil de adivinhar os problemas que terá qualquer governo que insista nestas políticas...nomeadamente quando os verdadeiros culpados da crise ou não são julgados, como referiu Medina Carreira, ou são absolvidos como se pode ver aqui.


Pós-texto: o itálico é de Rui Tavares in Público de hoje.

sábado, 17 de setembro de 2011

SIT evoca José da Silva Ribeiro

José Ribeiro com a farda de gala do Exº. Português

A SIT de algum modo fazendo eco do sentimento da população da terra do Limonete, recorda José da Silva Ribeiro, indo comemorar a data do seu falecimento, 13 de Setembro de 1986, hoje pelas 21H30, com um programa em que tomam parte os alunos do Grupo de Teatro da Escola da Escola João de Barros e o Coral Cantigas de Tavarede.

Homem de teatro, jornalista, democrata, opositor à ditadura, desde sempre preocupado com a educação e cultura dos seus conterrâneos, a sua obra, a todos os títulos meritória, pode ser aqui vista e respigada por quem o conheceu de perto.


Mas, nesta data, em que os valores tão caros aos portugueses de antanho e não só, são postos em causa, há uma faceta de José Ribeiro que não é despiciendo realçar. É que José Ribeiro, sendo um dos maiores expoentes da cultura de Tavarede do seu tempo, não deixou de ser também,um grande patriota. É precisamente isso que podemos ver no texto que se segue, da autoria de Vitor Medina:

“Entretanto, José Ribeiro que assentara praça no Regimento de Infantaria 28, na Figueira, é mobilizado para a guerra, sendo integrado, com o posto de sargento, no batalhão expedicionário para Moçambique, onde permaneceu até ao final da guerra, regressando em 1919. O seu amor à colectividade era tal que, no momento em que se despedia para ir para África, gritou aos amigos: “É preciso que não esmoreçam. Levem a nossa Sociedade como até aqui a temos levado, "que eu vou cumprir o meu dever”.

Também lá estarei a comemorar a efeméride, integrado no Coral Cantigas de Tavarede, não a dar-lhe os parabéns, porque não se felicita ninguém por ter morrido, mas a dizer, em espírito e verdade: OBRIGADO Mestre José Ribeiro; OBRIGADO pela Sua Obra que é o orgulho de todos os Tavaredenses de boa memória.

A frase

"O poder em Portugal compara-se ao xerife de Nottingham: rouba aos pobres para dar aos ricos"

Paulo Guerra: In D. Económico

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Miss Universo 2011 é Angolana



"Leila Lopes, Miss Angola 2011, foi eleita nesta segunda-feira, 12, a Miss Universo 2011, em cerimônia realizada no Credicard Hall, em São Paulo, com transmissão da Band. Leila Lopes venceu o Miss Universo por ser linda, simpática e carismática. Portanto, caro leitor, a mulher mais bonita do mundo é Leila Lopes, Miss Angola e Miss Universo 2011. Ao receber a coroa e a faixa de Miss, Leila Lopes declarou: "Eu sou mesmo a Miss Universo? Sim, eu sou! Estou muito orgulhosa de ser a mulher mais bonita do mundo. Eu agradeço a todo o carinho do povo brasileiro, ao povo angolano e a todas as pessoas dos outros países que também torceram por mim".

Angola que teve sempre mulheres bonitas com um feeling muito característico, muito especial; terra que foi palco de alguns dos anos mais transcendentes da minha vida e onde nasceram os meus filhos, tem pela primeira vez na sua história uma Miss Universo: Leila Lopes natural de Benguela. Por isso não posso deixar de fazer aqui esta nota.

Leila Lopes disse que tem orgulho em ser eleita “a mulher mais bonita do mundo". E tem razão: ela é mesmo linda!

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Taxas e protecção civil

Ainda a propósito das novas taxas para a Protecção Civil, parece que nem todas as entidades ligadas ao sector, afinam pelo mesmo diapasão. Isto mesmo é o que podemos comprovar com a tomada de posição sobre o assunto de Jaime Soares:


“As populações não estão em condições de pagar mais taxas, disse o vice-presidente da Associação nacional de Municípios Portugueses responsável pela área da protecção civil, Jaime Soares.”- JN.

Ver mais aqui.

Cá no burgo temos alguns responsáveis que querem resolver o assunto criando um novo encargo para os munícipes. Diz-se mesmo que está a ser feito um estudo para o efeito e que dificilmente a solução será outra.

Como é que a nova taxa irá ser aplicada e com que fundamento é que não se sabe mas, como protecção civil, águas e fogo está tudo relacionado, não nos admira que apareça mais uma taxa na factura da água que, inevitável e paradoxalmente, irá ajudar a queimar os já magros bolsos da população do concelho.

domingo, 11 de setembro de 2011

Reflexão



Nunca desvalorizes ninguém...
Guarda cada pessoa perto do teu coração...
Porque um dia podes acordar...
E perceber que perdeste um diamante....
Enquanto estavas muito ocupado(a) coleccionando pedras.

Por falar em pedras...

...lembrei-me agora daquele poema lindíssimo de Fernando Pessoa que não resisto a enviar novamente (e devia ser lido todos os dias... e em voz alta, para o "ouvirmos" melhor!):

Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,
mas não esqueço de que a minha vida é a maior empresa do mundo.
E que posso evitar que ela vá a falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.

Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e
se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar
um oásis no recôndito da sua alma .
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.

Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um 'não'.
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.

Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo...

(Fernando Pessoa)

Nota: Recebido por mail

A Música e a Alma

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Poderes estranhos

Com o título: “O moderno capitalismo selvagem”, Francisco Sarsfield Cabral, a determinada altura, diz no semanário SOL de hoje o seguinte:

“Diz-se que reclamar contra os vencimentos fabulosos dos gestores empresariais revela inveja. Talvez, mas está em jogo algo mais importante. Em particular numa altura em que tanta gente mal ganha para comer, em parte devido a loucuras do sector financeiro ditadas por um espírito de ganância, é uma questão de elementar decência. E não é irrelevante para a saúde da nossa sociedade a machadada na coesão social que representam certos vencimentos milionários, impensáveis no tempo do clássico capitalismo selvagem”...

Henry Ford afirmou que "o melhor uso do capital não é fazer dinheiro, mas sim fazer dinheiro para melhorar a vida.” Este conceito poder-se-ia chamar de capitalismo de rosto humano do qual, ao que parece, estamos a milhões de anos-luz. Tivemos o tempo clássico do capitalismo selvagem, mas o que retiramos das afirmações do articulista do SOL é que em determinados aspectos o actual capitalismo ultrapassou aquele em selvajaria. Sublinhemos o que ele diz:

- sector financeiro louco

- espírito de ganância

- sociedade doente

- coesão social em perigo

Na realidade “está em jogo algo mais importante” e, se assim é, se este capitalismo moderno ultrapassou ou está à beira de ultrapassar tudo o que conhecemos em termos de ganância ou de selvajaria, que projecto ou que poderes estranhos e iníquos são estes que nos querem subjugar?

Amigos

"Quem se vangloria de ter conquistado uma multidão de amigos nunca teve um."

- Coleridge , Samuel

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Sindicatos reagem a declarações



O líder da UGT, João Proença, revelou à TSF que as centrais sindicais criticam o que consideram ser uma "provocação" de Pedro Passos Coelho, ao prometer manter "mão firme" contra possíveis manifestações sociais, defendendo como "fundamental que se respeitem as liberdades consagradas na Constituição".

Bravata, provocação ou medo, para já fica o aviso feito em Campo Maior (?) da "mão firme":  Quem tem calos não se mete em apertos ou, senão, há que preparar os costados...

Acredito que Passos Coelho está de boa fé e o que disse deve-se a algum medo devido às medidas demasiado drásticas que está a tomar para vencer a crise. Aliás, a sua actuação, já está a merecer a critica de algumas figuras do seu próprio partido. Provavelmente estará a ser mal aconselhado. Mas, nunca é demais dizer que é com estas mensagens subliminares que os governantes pretendem controlar o povo quando este evidencia um mau estar geral, devido às condições gravosas de vida que lhe são impostas. E isto acontece quando outras técnicas mais suaves ou sofisticadas falham, tais como a de incutir nas pessoas o sentimento de culpa pela situação a que se chegou para as obrigar a vergar a mola ou seja: "vivemos acima das nossas possibilidades, temos ordenados demasiado altos, trabalhamos pouco", etc..

Eles, os causadores e gestores da própria crise, que receberam milhões da EU que não souberam aplicar em projectos sustentados de desenvolvimento, que recebem ordenados mensais escandalosos, que criaram os BPN’s, que depositam fortunas duvidosas em contas offshores, que vão deixar morrer pessoas porque não há dinheiro para transplantes, não são os culpados de nada.
A estratégia subjacente “é fazer o indivíduo acreditar que é somente ele o culpado pela sua própria desgraça, por causa da insuficiência da sua inteligência, das suas capacidades, ou dos seus esforços. Assim, ao contrário de rebelar-se contra o sistema económico, o individuo auto-desvaloriza-se e culpa-se, o que gera um estado depressivo do qual um dos seus efeitos é a inibição da sua acção. E, sem acção, não há revolução.”

Passos Coelho foi eleito, democraticamente, para salvar o País e os portugueses de uma situação bastante grave, muito difícil. Foi este o mandato inequívoco que recebeu do povo. Acreditamos que isso ainda seja possível mas, por este andar, se não morrermos da doença, corremos o risco de morrer da cura!..

PS: o itálico é de "Liberte-se do Sistema"

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Os Condes de Abranhos andam por aí!...

 "Ordinariamente todos os ministros são inteligentes, escrevem bem, discursam com cortesia e pura dicção, vão a faustosas inaugurações e são excelentes convivas. Porém, são nulos a resolver crises. Não têm a austeridade, nem a concepção, nem o instinto político, nem a experiência que faz o Estadista. É assim que há muito tempo em Portugal são regidos os destinos políticos. Política de acaso, política de compadrio, política de expediente. País governado ao acaso, governado por vaidades e por interesses, por especulação e corrupção, por privilégio e influência de camarilha, será possível conservar a sua independência?"

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" Hoje que tanto se fala em crise, quem não vê que, por toda a Europa, uma crise financeira está minando as nacionalidades? É disso que há-de vir a dissolução. Quando os meios faltarem e um dia se perderem as fortunas nacionais, o regime estabelecido cairá para deixar o campo livre ao novo mundo económico"
-Eça de Queiroz in "O distrito de Évora" (1867)

É quase um lugar comum citar Eça de Queiroz. Mas, nunca é demais falar de um dos maiores escritores portugueses, por razões óbvias.

Eça de Queiroz retratou muito bem os políticos do seu tempo que eram pouco diferentes dos de hoje. Eça, quase que profetizou a actual situação do País. E se ficarmos por aqui vai ser uma sorte…
Ele sabia muito bem de que massa é feita a maioria dos nossos políticos. Idealizou a figura do Conde Alípio de Abranhos (personagem política medíocre) para satirizar os governantes de então, que tinham do país uma visão limitada pelos seus próprios interesses pessoais e de camarilha. Pior do que isso, hoje, defendem-se interesses alheios…

Quase todos os partidos têm o seu Conde de Abranhos. Não nos admiremos, pois, que os portugueses desconfiem cada vez mais dos actuais Abranhos do poder. Eles andam por aí em todo o lado (até na blogosfera) assessorados pelos seus secretários Zagalos, cuja missão pode não ser, também, tão transparente como parece…

sábado, 3 de setembro de 2011

Os ricos, as taxas e os camelos



A propósito dos ricos e da alegada intenção, aliás já desmentida por Passos Coelho, de taxar os nossos milionários, "solidários" como estão na salvação do País, o bilionário Américo Amorim, disse esta semana, conforme refere o Expresso, que “não se considera rico e é um mero trabalhador.”

Já sabíamos que os "camelos" produzem e transportam as riquezas dos seus senhores. Mas, em face do despautério do rei da cortiça, terá de ser feita uma nova redacção e interpretação dos Evangelhos. Assim, em vez de lermos: "É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino dos Céus” (S. Mateus 19:24), passaremos a ler, “É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que taxar os ricos em Portugal.”

Resumindo e concluindo, isto quer dizer que os pobres estão condenados a salvar o país na vaga esperança de ganhar o Céu, enquanto os Amorins e outros quejandos, à cautela, vão ganhando o Céu cá na Terra à custa dos camelos do costume.

A Música e a Alma

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Visita a Campo Maior


Ontem fiz uma visita a Campo Maior para ver as Festas do Povo, tendo como companhia alguns familiares e um conhecido casal de Tavarede nosso amigo.

Partimos de manhã cedo pelas 08H00, e regressámos a casa já cerca das 24h00 do mesmo dia, um pouco cansados mas plenamente satisfeitos por aquilo que nos foi dado ver naquela linda e típica terra alentejana.

A abertura oficial das Festas do Povo, que já não se realizavam há cerca de sete anos, aconteceu no pretérito dia 27 de Agosto, tendo como convidado especial o Presidente da República.

Cerca de 400 mil pessoas já passaram pelas ruas floridas de Campo Maior, apreciando um raro espectáculo de beleza que é o orgulho dos campomaiorenses.

Tivemos o prazer de contactar ao vivo o comendador Rui Nabeiro que, amavelmente, e depois de uma breve troca de palavras, acedeu a que lhe tirássemos uma foto.

Este homem de origem humilde que subiu a pulso na vida, de seu nome completo Manuel Rui Azinhais Nabeiro, que emprega mais de 50% da força produtiva do concelho em vários sectores de actividade, nomeadamente na indústria da torrefacção do café, é tido como um herói em Campo Maior e representa, para a maioria das pessoas que o conhecem, o “desagravo dos humildes sobre os poderosos”.

Fiquei com a impressão de que essa aura se justifica e lhe assenta perfeitamente. Apesar disso, e do seu sucesso na vida, continua a ser um homem de trato simples que não vira a cara a ninguém.

Em baixo algumas fotos das Festas de Campo Maior:


Estátua do comendador Rui Nabeiro
Rui Nabeiro ao vivo
Coreto de Campo Maior; e o da Figueira onde está?


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