segunda-feira, 20 de maio de 2019

Alves dos Reis, reeditado.

O Empresário, Henrique Neto, no Diário de Coimbra de hoje, em artigo de opinião, subordinado ao título,"Farsa ou Tragédia, eis a Questão", a propósito da ida de Joe Berardo ao Parlamento, para explicar o crédito de quase mil milhões de euros, escreve:
"...Acerca do crédito que lhe foi concedido pela Caixa Geral de Depósitos para comprar acções do BCP, Joe Berardo disse o seguinte:"foi a CGD que propôs o negócio, através de Cabral dos Santos, então director da CGD". Ou seja, trata-se da confirmação de que as operações de assalto ao BCP, como no caso da OPA da Sonae à PT, resultou de uma combinação entre o Governo de José Sócrates e Ricardo Salgado, que envolveu vários empresários que embarcaram nas duas operações com o dinheiro fácil que lhes era concedido pelos três bancos, Espírito Santo, CGD e BCP, mais de metade da banca nacional."

De onde se conclui que Berardo, como se sabe, foi o testa de ferro desta operação de compra de acções para o fim em vista.
O método não é inédito. Já Artur Alves dos Reis,o mentor da fraude das notas falsas de Angola, tentou fazer o mesmo em 1925, para controlar o Banco de Portugal. Deixou escola. O caso Berardo é quase uma reedição do passado. Mas o "Comendador", não tinha "cátedra" para congeminar o golpe.

Alves dos Reis acabou por ir parar à prisão. Hoje ninguém é culpado e ir para a prisão nem pensar nisso.











sábado, 11 de maio de 2019

O Sindicalista - Opinião

Mário Nogueira, não dá aulas tal como acontecia, ou ainda acontece, com os delegados escolares que, pelo facto de o serem, eram dispensados da componente lectiva. Por analogia, vem a talhe de foice dizer, por que isso é o pretexto para os ataques descabelados que lhe fazem, que se os delegados escolares estão dispensados de dar aulas, faz sentido, por maioria de razão, que o secretário-geral da Direcção Nacional da FENPROP esteja também dispensado. Se ele fosse obrigado a exercer não deixaria de ser, certamente, um bom professor, mas talvez não fosse bom sindicalista. 
Estará há demasiado tempo a representar os professores, mas tem sido coerente, tem secundado e servido com dedicação e empenho, desde sempre, a justa luta dos seus pares e daí as sucessivas reconduções para desempenhar o cargo. 
Acresce que ele não está sozinho nesta luta e tem com ele dez sindicatos de professores e, bem assim, o presidente da FNE, João Dias da Silva de que ninguém fala. 
Talvez não seja oportuna a altura para ser contado o tempo de 9 anos, 4 meses e 2 dias tempo integral de serviço que foi roubado aos docentes, mas que lhes foi prometido foi. 
As legítimas expectativas dos professores, agora goradas em AR, com o pretexto de não haver dinheiro quando se sabe que há milhões para resgatar bancos, pagar PPP (nunca é demais dizê-lo) e se perdoam milhões a vigaristas que deviam estar presos, só pode provocar a revolta e a descrença nos governantes que, para si próprios, não utilizam os mesmos processos de contenção que impõem aos demais cidadãos, quer do sector público, quer do privado.