sábado, 16 de abril de 2011

Ainda o caso da Islândia

"Se quisermos fazer uma equivalência directa ao que se passa actualmente em Portugal, o que os islandeses fizeram foi recusar salvar o seu BPN pelos erros que cometeu."- Marisa Matias.


Já referi o exemplo da Islândia aqui, mas a ideia que subjaz é que o caso BPN, salvaguardadas as devidas proporções e o modus faciendi do processo, é uma espécie de fraude "D.Branca", de que se conhecem apenas alguns contornos pouco edificantes, para não dizer coisa pior. - Ver aqui: As acções da SLN.


Daí, talvez a pressa de nacionalizar em tempo recorde, esta instituição bancária: "O principal intuito era: reconstruir o grupo, pela defesa dos interesses de mais de 350 accionistas e 4.260 colaboradores...(...) recuperar os prejuízos de 2008, que ascenderam a 170 milhões de euros. O maior activo da SLN era o Banco Português de Negócios (BPN)", diz-se aqui.


As ligações importantes, de certas pessoas, ao mundo dos negócios e da política, ajudam a perceber parte da crise, com quem estamos metidos e quem manda efectivamente em Portugal... Daí a pergunta: por alma de quem é que temos de pagar a dívida e o dinheiro que alguém ganhou em negócios obscuros e na dita economia de casino e que pôs a bom recato onde lhe convinha?,

1 comentário:

  1. Conclui-se que os lóbis para "a defesa dos interesses de mais de 350 accionistas e 4.260 colaboradores", do SLN/BPN, têm muito poder para obrigar 8 milhões de portugueses a pagar dívidas para a qual não foram perdidos nem achados.
    Por esta e outras razões é que de algum modo temos que desculpar o Otelo, quando diz:"Para acontecer isto não valia a pena fazer o 25 de Abril".

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