terça-feira, 6 de setembro de 2011

Sindicatos reagem a declarações



O líder da UGT, João Proença, revelou à TSF que as centrais sindicais criticam o que consideram ser uma "provocação" de Pedro Passos Coelho, ao prometer manter "mão firme" contra possíveis manifestações sociais, defendendo como "fundamental que se respeitem as liberdades consagradas na Constituição".

Bravata, provocação ou medo, para já fica o aviso feito em Campo Maior (?) da "mão firme":  Quem tem calos não se mete em apertos ou, senão, há que preparar os costados...

Acredito que Passos Coelho está de boa fé e o que disse deve-se a algum medo devido às medidas demasiado drásticas que está a tomar para vencer a crise. Aliás, a sua actuação, já está a merecer a critica de algumas figuras do seu próprio partido. Provavelmente estará a ser mal aconselhado. Mas, nunca é demais dizer que é com estas mensagens subliminares que os governantes pretendem controlar o povo quando este evidencia um mau estar geral, devido às condições gravosas de vida que lhe são impostas. E isto acontece quando outras técnicas mais suaves ou sofisticadas falham, tais como a de incutir nas pessoas o sentimento de culpa pela situação a que se chegou para as obrigar a vergar a mola ou seja: "vivemos acima das nossas possibilidades, temos ordenados demasiado altos, trabalhamos pouco", etc..

Eles, os causadores e gestores da própria crise, que receberam milhões da EU que não souberam aplicar em projectos sustentados de desenvolvimento, que recebem ordenados mensais escandalosos, que criaram os BPN’s, que depositam fortunas duvidosas em contas offshores, que vão deixar morrer pessoas porque não há dinheiro para transplantes, não são os culpados de nada.
A estratégia subjacente “é fazer o indivíduo acreditar que é somente ele o culpado pela sua própria desgraça, por causa da insuficiência da sua inteligência, das suas capacidades, ou dos seus esforços. Assim, ao contrário de rebelar-se contra o sistema económico, o individuo auto-desvaloriza-se e culpa-se, o que gera um estado depressivo do qual um dos seus efeitos é a inibição da sua acção. E, sem acção, não há revolução.”

Passos Coelho foi eleito, democraticamente, para salvar o País e os portugueses de uma situação bastante grave, muito difícil. Foi este o mandato inequívoco que recebeu do povo. Acreditamos que isso ainda seja possível mas, por este andar, se não morrermos da doença, corremos o risco de morrer da cura!..

PS: o itálico é de "Liberte-se do Sistema"

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