domingo, 26 de abril de 2015

A memória continua viva




 

Terminou o ainda feriado Nacional do 25 de Abril.
Vi e ouvi os discursos sobre a efeméride no Parlamento e li muitos comentários feitos nas redes sociais. Dei comigo a pensar. Relembrei a madrugada libertadora que esteve sempre no imaginário do povo e pôs termo à ditadura. Continuo a gostar e a ter esperanças naquilo que a gesta do 25 de Abril representa. Os militares entregaram o poder à sociedade civil tal como haviam prometido e aos portugueses foi dada a possibilidade de escolherem o seu próprio destino através de eleições livres. Mas o 25 de Abril é uma coisa abstracta e alguns políticos fizeram coisas concretas (como alguém já disse). Demasiado concretas e más que esvaziaram de sentido a chamada revolução dos cravos. Para muitos que tomaram as rédeas do poder, passou a ser a revolução dos interesses pessoais e de grupo e do capitalismo selvagem que defende vis interesses com o beneplácito de figuras conhecidas. E de tal forma e com tanto despudor o fizeram que puseram em risco os legítimos interesses do povo e do país. Muitos dos que nos têm governado pintam a democracia (deles) de branco por fora,  como faziam os fariseus hipócritas aos sepulcros, mas por dentro ela está cheia de toda a espécie de podridão.
Não tenhamos dúvidas.Para continuar Abril e o que o mesmo representa, precisamos de verdadeiros democratas, com mentalidade diferente, com outra estatura e que sintam o mesmo que o verdadeiro povo sente.

Viva o 25 de Abril e todos os militares que de cara lavada estiveram na sua génese, não esquecendo aquele que foi um dos seus mais puros e principal obreiro: o Capitão Salgueiro Maia.

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