Portugal, com as elites que tem que se revezam ciclicamente
no poder sem demonstrarem capacidade digna de registo, a não ser a do esbulho
contumaz e da mentira, nunca sairá da cepa torta. Hoje temos o Passos, amanhã
teremos o Costa ou talvez outro.
“Mas, na verdade, o que separa Costa de Passos Coelho é simplesmente a questão da política de desenvolvimento, em que as duas partes se iludem com o mesmo fervor e se perdem na mesma irrelevância.”
“Mas, na verdade, o que separa Costa de Passos Coelho é simplesmente a questão da política de desenvolvimento, em que as duas partes se iludem com o mesmo fervor e se perdem na mesma irrelevância.”
A nossa presença na União Europeia, com gente deste quilate
que não consegue ver para além dos interesses pessoais e partidários e que não
tem um projecto credível e patriótico para o país, acaba por ser uma tábua de
salvação que só tem o mérito de não nos deixar naufragar totalmente e de nos permitir manter a cabeça à tona de água para continuarmos
a sobreviver na apagada e vil tristeza dos últimos anos. Não é sem razão que
VPV diz no Público de hoje:
…a “zona euro”, como abundantemente se provou, favorece os fortes e conserva os fracos na usual miséria”…Na Europa de hoje, Portugal, como o sul de Itália (o antiquíssimo Mezzogiorno) será perpetuamente uma região esfolada e desprezada, sem esperança de regeneração”.
…a “zona euro”, como abundantemente se provou, favorece os fortes e conserva os fracos na usual miséria”…Na Europa de hoje, Portugal, como o sul de Itália (o antiquíssimo Mezzogiorno) será perpetuamente uma região esfolada e desprezada, sem esperança de regeneração”.
A história dos nossos maiores de uma só fé e parecer, das
suas obras valerosas que deram novos mundos ao mundo ignorando a Europa, perdeu-se na poalha
do tempo. As sementes que lançámos ao Mundo outros as colheram. “Cumpriu-se o
Mar e o Império se desfez. Senhor, falta cumprir Portugal”, disse Fernando Pessoa.
É certo que os tempos são outros e o contexto actual é diferente. Mas se alguns dos senhores que nos governaram, que nos governam ou têm pretensões a governar,
conhecessem melhor a nossa história, os
sentimentos patrióticos do povo e dos nossos maiores escritores, talvez se
preocupassem mais em fazer cumprir Portugal e não em destruí-lo como o têm feito até agora.
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