quarta-feira, 16 de setembro de 2015

O que diz Paulo de Morais





Assim fala o candidato a PR no seu livro, Janela do Futuro:

"Passados 41 anos, o regime  democrático saído do 25 de Abril está já agonizante. As liberdades conquistadas em 1974 parecem garantidas, como o direito de expressão e reunião. Mas a democratização prometida está longe de ser alcançada.
O poder é hoje exercido não pelo povo, mas pelos grandes grupos económicos, com o predomínio dos financeiros, dos construtores e promotores imobiliários. As eleições não geram verdadeiras alternativas, apenas permitem a alternância no poder dos maiores partidos. A distribuição de benesses, cargos, "tachos", é prática generalizada. A classe política usufrui, em democracia, de privilégios bem maiores de que no tempo da ditadura fascista."
In Janela do Futuro, pá. 15.

A 1ª. edição do livro, lançada em Julho deste ano, com 130 páginas, tem capítulos muito mais acutilantes e actuais do que o trecho acima., dos quais  se destaca o seguinte:

"O regime constitucional está agonizante: a Assembleia da República, sede da democracia, abastardou-se, os governos mentem todos os dias, o povo tem sede duma justiça que nunca chega. Neste jogo, neste momento em particular e com tantos jogadores a fazer batota, o jogador mais importante pode ser...o árbitro."

Nesta clara alusão às funções do PR, cargo para o qual se candidata, Paulo Morais faz do combate à corrupção o seu principal objectivo o que não é fácil num país em que a mesma é evidente (apesar de negada por algumas figuras controversas) e onde os corruptos e os corrompidos são mais do que muitos. A sua aposta na "regeneração do regime" e na transparência dos órgãos do Estado, está a criar anti-corpos nos políticos instalados que irão tentar denegrir a sua imagem o que é, aliás, um bom indício de que este professor universitário está no bom caminho, pese embora os ventos e marés adversas que terá de enfrentar para conseguir o seu patriótico desiderato.

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