Diploma de Fidelidade por ter completado 40 anos de sócio da Liga dos Combatentes que me foi concedido a mim e a outros ex-militares pelo núcleo da Figueira da Foz, em cerimónia efectuada para o efeito no pretérito dia 10 de Fevereiro.
Lembrança pessoal com inscrição alusiva às três Campanhas que fiz em África por imposição, onde pode ler-se: Angola, 1961-63;1964-66; 1967-69.
Ao fazer este pequeno apontamento não me move qualquer saudosismo, mas tão só a honra do dever cumprido com o meu País numa altura muito difícil em que foi necessário pegar em armas para salvar a vida e bens dos nossos compatriotas de além-mar. A maioria dos portugueses, nomeadamente os mais jovens, sofreram com uma guerra injusta que nos foi imposta, não tanto pelos nossos irmãos de cor, mas mais por interesses alheios, que a título da emancipação dos povos (conceito aliás correcto) cobiçavam sim as suas riquezas, como de resto está provado. A guerra colonial acabou em 1974 e ainda bem por isso. Certamente demasiado tarde, porque o Governo de então foi incapaz de encontrar uma solução política atempadamente, mas uma coisa é certa: no caso concreto de Angola, tanto quanto eu sei, se o Exército não interviera de imediato como o fez, o genocídio e a barbaridade contra os colonos e os negros seus amigos, teriam sido bem piores.
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