domingo, 11 de abril de 2010

Congresso do PSD



Sobre o XXXIII Congresso do PSD em Carcavelos:

Passos Coelho pretendeu emergir neste congresso como um líder que não quer lutar contra “moinhos de vento”, mas sim como alguém que considera imperativo mudar o actual status quo, apresentando as seguintes linhas de força:

"-Há que fazer alterações na Constituição
-Não queremos que o Estado nomeie os gestores das empresas privadas
-Nós diremos o que tem de ser privatizado e o que deve ficar no âmbito do Estado "

E numa clara assumpção de líder deste processo, diz mais:”vamos convidar todos os partidos para se juntarem a nós…”
Estes princípios não são tão inovadores como isso. Os enunciados desta cartilha não são alheios ao próprio PS. A única novidade, a ser genuína, é a de não quererem que o Estado nomeie gestores na área privada. Um dos bastiões da democracia a ser mexido, nas intenções do PSD, é a Constituição, certamente, não pelas melhores razões, mas para conseguirem privatizar tudo o que der jeito; tudo o que interessa aos lobbies do poder. E isso vai significar, menos garantias para os cidadãos.

Então que privatizem a saúde, o ensino, as empresas públicas que dão lucro, todos os sistemas sociais que são obrigação do Estado, a segurança social, a CGAp. o Banco de Portugal, a CGD; privatize-se a defesa do País e assim ficaremos enquadrados nos parâmetros da “sacrossanta” globalização que ninguém sabe aonde nos levará...
Ou talvez alguém saiba bem demais!...

N.B.:-o texto inicial sofreu alterações

1 comentário:

  1. Há uma recíproca e silenciosa protecção, entre gente do PS e do PSD, que finge não ouvir as críticas que vêm, muitas vezes, das mais elevadas consciências dos dois partidos.
    O poder político não se pode demitir da questão que muitos colocam, justamente, no plano moral e ético. E um poder sem moral, como dizia Costa Gomes, desautoriza-se!
    (Sérgio Ferreira Borges-in DC de 11/04/2010)

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