terça-feira, 30 de agosto de 2011

O eleitor racional



O eleitor racional e que sabe o que quer, é um mito.

Votar nos mesmos partidos que há mais de 30 anos têm utilizado a democracia para implementar políticas ruinosas para o país e para a maioria dos cidadãos, é bem a prova disso!...


Mas esta democracia que "quer simplesmente dizer o desencanto do povo, pelo povo, para o povo”, como diria Óscar Wilde, demonstra, apenas, a “arte” e as promessas goradas de alguns políticos de conduzirem o rebanho a verdes pastagens, só encontradas no redil dos partidos, enquanto a instituição da familia e outras instituições seculares e a própria Nação, procuram salvaguardar a sua existência de um destino funéreo.

3 comentários:

  1. Não quero discutir aqui o Caplan, nem a Teoria da Escolha Racional nem da Public Choice para não tornar isto muito chato, mas não posso deixar de perguntar: o que sugere o autor do blog? se os cidadãos não têm a liberdade de escolher, quem terá? E quem disse ao autor do blog, que os cidadãos não escolhem estes partidos há 30 anos como um mal menor? Quem disse ao autor do blogue - já que leva este tema para os partidos - que os eleitores escolhem estes porque aqueles que nunca escolheram são ainda bem piores? E a teoria de que "nunca foi experimentado" é completamente falsa. O modelo proposto pelos partidos - PC e BE - já foi mais do que testado por esse mundo fora. Não saberão os eleitores desse rotundo fracasso? Mas, voltando ao tema: se os eleitores/cidadãos "não sabem", quem "saberá" então para o autor do blog?

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  2. Caplan (o autor do livro de onde retirei a ideia principal deste post) "acredita que a democracia, como é hoje praticada, não presta e tem de ser reinventada, e a sua posição é baseada numa observação simples: a Democracia é um bem comum, não um mercado "
    ( Louis Menand The New Yorker )

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  3. Caro RMG

    Por lapso repeti o meu primeiro comentário que saíu antes do seu. Mas vou responder concretamente às suas questões:
    São realmente os eleitores/cidadãos que devem ter a liberdade de escolha, mas o sistema (não a democracia) está concebido para se escolherem os mesmos. E não quero dizer com isto que as políticas do PC ou do BE sejam melhores. O povo, com razão ou sem ela,instintivamente foge dessas políticas. Vá lá saber-se porquê...
    "A democracia existe para defender o indívíduo não a corporação, o partido, o grupo, a camada ou a classe social". Quando estes põem em causa os direitos do indíviduo e do povo em geral, mal vai a democracia.
    Sabemos que a política vigente à portuguesa tem muitos defeitos aproveitados "sabiamente" por alguns parasitas do sistema. Por iso mesmo os eleitores caiem quase sempre no mesmo erro o que equivale a votar numa ditadura,neste caso capitalista de interesses supra-nacionais, impensável no tempo de Salazar (não se pense com isto que estou a defender o ditador)que está a pôr em causa a soberania do país quando não a própria existência da Nação, nunca é demais repeti-lo.
    Concluindo, parece-me que,infelizmente, o povo não sabe bem o que está a acontecer por um lado e que, por outro, o directório de Bruxelas e os mandatários locais (se é que o sabem de profundis) não têm muito interesse em explicá-lo.
    Concluindo a ideia em curso, cito-lhe Jorge Letria:
    "Na sua imperfeição, a democracia permite que seja a maioria a escolher entre o bom e o óptimo. Mas quando a escolha é entre o muito mau e o péssimo, transforma-se numa ditadura que bem pode deixar saudades de uma semana de fascismo."

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