Vésperas de Natal e o meu computador Toshiba “Satellite” , colapsou repentinamente ao fim de quatro anos de actividade na internet, o que deu origem ao silêncio forçado do Limonete. O “cérebro” (disco rígido) continua vivo, mas o veredicto foi dado hoje por um especialista: ecrã fora de actividade podendo ser substituído por outro quase pelo preço de um computador novo. Com a aplicação de uma prótese (ecrã velhinho adaptado) consigo hoje dar sinais de vida.
Tenho dado uma vista de olhos por aí e vejo que a blogosfera do burgo, nomeadamente a que é considerada “a elite blogosférica local” continua viva e recomenda-se, e ainda bem, não deixando por isso de ser alvo da acutilância, por vezes injustificada ou malévola do contraditório que gosta de “malhar”, tal como um antigo ministro.
Mas isto de malhar ou de falhar, continua a ser o panorama geral no país e na Europa. A UE falha o acordo de pesca com Marrocos, prejudicando os interesses dos armadores e das pescas portuguesas. A esquerda malha na direita, a direita malha na esquerda e a coligação do governo também malha entre si, discretamente ou não.
Mas o pior são as ameaças e a “malhação” de Frau Merkel, acolitada pelo Sr. Sarkozy, nos países incumpridores da EU que se vêm cada vez mais em palpos de aranha para pagar a dívida que algumas “eminentes figuras partidárias de Lisboa ”, já vão dizendo que não pagamos (apologia da caloteirice defendida por um VIP em Paris) o que, a concretizar-se, ditará, a nossa saída da EU e a nossa possível insolvência como país durante muitos anos.
Regressando à Figueira gostaria de recolher boas novas, mas infelizmente tal continua a não ser possível. A Figueirapão, notícia do último post, fechou as portas. O comércio local continua em decadência. A rua da República está a ficar despovoada de lojas e nem o Natal que se avizinha irá animar muito um sector que já foi próspero nos tempos áureos da cidade.
Em substituição dos tradicionais comerciantes da Figueira aparecem as lojas chinesas, algumas delas transformadas em quitandas, que já vendem frutas e hortaliças, como é o caso da “Fresco e Bom” na Rua da Liberdade que até vende kiwis da Borda do Campo. Pelo menos estes não foram importados da China...
E é assim que por determinação dos interesses económicos e exportações da EU e de outros interesses que nos são alheios, que se está a invadir o país e a acabar com o que resta do nosso processo produtivo. Há uma ocupação por outros meios, que não a guerra, do que é nosso e estes factos indesmentíveis, fazem--me lembrar o que se dizia quando das invasões francesas (1807-1811): "tudo como dantes no quartel de Abrantes."
Não sou propriamente um euro-céptico. Até gostava que o comboio da UE tivesse um destino feliz. Sou, todavia, um euro-desconfiado, porque pressinto algumas intenções hegemónicas pouco compatíveis com a democracia e com os interesses de Portugal. Por isso, perante a actual situação e a nossa inércia de hoje, ao contrário do que aconteceu naquela época em que combatemos o invasor com a ajuda dos ingleses, aquele ditado pode muito bem ser substituído por este outro que define melhor a presente situação do País: pior do que dantes no quartel de Abrantes...
Na hipótese do Limonete não poder vir à estampa tão depressa quanto possível, desejo a todos os visitantes deste espaço e amigos um FELIZ NATAL
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