Morreu o polémico economista, António Borges que esteve ao serviço do Goldman Sachs e era consultor do Governo para as privatizações.
A morte de alguém, por muito controversa que tenha sido a sua vida profissional ou política, merece sempre reflexão.
Quanto a lágrimas, que chorem aqueles que lhes são mais próximos. Devemos
chorar por aqueles que o capitalismo selvagem está a matar e cujas
lágrimas esse mesmo capitalismo ignora deliberadamente . E a este
propósito faço a seguinte citação:"O desemprego não pára de crescer, as
desigualdades entre ricos e pobres acentuam-se, quem ainda tem trabalho
perdeu o poder de compra afogado em impostos e em cortes salariais; a
bem da austeridade há uma redução no acesso a serviços públicos outrora
garantidos e surgem novos-pobres, pessoas que até há algum tempo viviam
confortavelmente e que hoje não têm o que comer. O medo instalou-se na
nossa sociedade"...(Santiago Camacho). E esse medo será tanto maior
quantos mais defensores ou apaniguados do capitalismo sem rosto
surgirem. O mundo será certamente melhor quando as teorias dos António
Borges desaparecerem e bem assim, desaparecerem aqueles que os
"remuneram obscenamente" para consolidarem impérios financeiro ignóbeis e
corruptos destruindo, deste modo, a esperança no futuro e as classes
sociais mais débeis.
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