A PARÁBOLA DO BOM JUIZ
Ontem (15 de Outubro de 2009) contaram-me uma história a que hoje dou o título de a parábola do bom juiz.
Havia
uma vez uma linda terra do litoral que fazia parte de um reino muito
antigo à "beira mar plantado". Nessa terra vivia um homem a quem o
Senhor do Reino deu alguns talentos para promover o progresso do lugar e
o bem estar dos seus habitantes. Mas esse homem escondeu parte desses
talentos na areia e outros deixou-os desaparecer nas mãos de alguns
"salteadores", pelo que não havia progresso nenhum na terra, deixando os
seus habitantes muito infelizes. Sabendo disto e cada vez mais
descontentes as gentes da terra organizaram-se em facções, pondo à
frente de cada uma delas, alguns homens mais importantes para porem fim
ao descalabro que se adivinhava.
Houve um grupo de homens bons que
se lembraram de um juiz seu amigo que andava há alguns anos longe da sua
própria terra e chamaram-no para defender a sua causa. Depois de muita
discusão durante alguns dias, sobre o que fazer ao perdulário dos
talentos, tomaram uma decisão num dia de pleito, previamente
combinado, a que chamaram dia de eleições. Assim que estas terminaram
saíu vencedor o grupo do juiz, tendo afastado o mau servo e os seus
acólitos, sendo substituídos pelo grupo dos homens bons. E ficaram todos
muito contentes. Mas, o Senhor do Reino, ao ter conhecimento de tal
proeza, mandou chamar à corte o vencedor do pleito. Como havia um
súbdito que fazia leis de "olhos fechados", o que permitia abrir as
portas da prisão aos ladrões do Reino, nomeou administrador-mor da
Justiça o Bom Juiz que acabara de fazer tão bom serviço na sua terra.
E, assim, todos ganharam, porque no
Reino começou a haver melhor Justiça; o Juiz foi fazer aquilo que mais
gostava de fazer e os habitantes da bela terra do litoral, ficaram com
homens bons, capazes de a fazer progredir e com a legítima esperança do
seu amigo Juiz interceder, junto do Reino, pelo cantinho aonde viviam.
Pós-texto:
Esta parábola teve um epílogo feliz na bela terra do litoral, mas o Senhor do Reino foi-se embora e veio outro pior do que ele que decretou a extinção de lugares e autarquias. Porém, o BOM JUIZ, por amor à sua terra, não desistiu da sua obra, dando o seu melhor e continua a recuperar os talentos que os tais "salteadores" fizeram desaparecer.
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