No dia 1º de Dezembro de 1640, Portugal recuperou a independência
face ao jugo espanhol que durou 60 anos. Este dia que é um marco importante na
história do país desde o tempo da monarquia constitucional e comemorado "com muita pompa e circunstância",
com o orgulho de sermos portugueses, passou a ser feriado nacional a partir de 1910, com a implantação da República. Mas deixou de o ser a partir de 2013 por imposição da
troika, supostamente por razões económicas.
Um Estado Nação dos mais antigos da
Europa, não merecia este vexame, nem os fracos políticos que nos governam. Em 2018
será reavaliado o seu advento de feriado nacional, como se a Pátria e a
independência nacional fossem simples objecto de compra
e venda. Mas não é isto precisamente o que está a acontecer?
Pós texto:
A ideia da troika, e de quem a aceitou, de que eliminar ou suspender
feriados iria aumentar a produção e revitalizar a economia não passou de uma
"balela", pois, neste aspecto, continua tudo na mesma. As pessoas trabalham quando
devem trabalhar e estão motivadas para isso. A decisão ofendeu o sentido
patriótico dos portugueses e foi contraproducente. Basta dizer que se hoje
fosse feriado a hotelaria teria maior actividade com os potenciais clientes que
podiam dispor de um fim-de-semana alargado. A troika não conhecia o país e
cometeu erros. Não é por acaso que foi nomeada uma comissão de inquérito no PE
à sua actividade nos países onde esteve a virar tudo do avesso. Verdade seja
dita que a culpa não foi dela (da troika) mas sim dos "miguel de vasconcelos"
que por aí andam e que urge defenestrar…