sábado, 9 de março de 2019

País de medrosos?

Aqui um texto que deve ser lido atentamente. Mas, país de medrosos? Não é verdade. "Só nos séculos XIX e XX, contam-se por milhares os mortos em guerras civis e revoluções. Foi o Estado Novo que inventou o chavão, numa operação de acção psicológica". E é preciso não esquecer que o país "é obra de soldados e marinheiros: em guerras e perigos esforçados", com feitos extraordinários que fizeram a admiração do mundo, com acções muito boas e outras menos boas como aconteceu com outros países. Se hoje o povo é considerado medroso é porque está expectante com as elites que governam o país em função dos seus interesses e não dos interesses das rés-pública. Creio, outro sim, que o povo vai dando o benefício da dúvida na esperança que a situação melhore. Mas, se continuar a ser enganado, como tem sido, e tiver a certeza que esse benefício não se justifica, talvez o conceito de medroso dê lugar à coragem e esta acabe por surpreender aqueles que pensam que este é um país de medrosos e de brandos costumes.

Pós-texto:
Os links que conduzem aos texto principal por vezes desaparecem. Assim importa dizer que a presente postagem radica na entrevista feita ao Prof. Doutor, António Coimbra de Matos, "provavelmente o nome mais respeitado da psicanálise em Portugal", inserta no jornal Público de 21 de Fevereiro de 2016.
É interessante ler os comentários. É com eles que se percebe bem os que os portugueses pensam da situação do país e dos políticos que nos governam.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Os comentários serão publicados após análise do autor do blogue.