terça-feira, 27 de abril de 2021

Hoje, dia 27 de Abril

 


Hoje, dia 27 de Abril, não devia postar nada sobre política e menos ainda sobre corrupção (problema transversal de uma sociedade pouco crítica e interventiva quanto a nossa) porque é um dia especial para mim. Festejo o meu 82º aniversário e precisava de descanso e de não pensar em assuntos que fracturam a nossa democracia.
Porém, a notícia saiu de chofre na CS e espontaneamente comentei-a, até porque a figura de João Cravinho, antigo ministro e líder socialista anti-corrupção, não apoiado em tempo oportuno, pelos seus pares e pelo ex-1ºministro, Sócrates, é incontornável. Sabemos que a corrupção tem sido encarada com complacência pelos principais partidos do poder que têm fugido, como o diabo da cruz, de a resolver a contento. E estamos cientes porquê.

Ao fim de 47 anos de um regime democrático, em que era suposto não ser permitido tal cancro, é chegado o tempo de não permitir o enriquecimento ilícito de muitas figuras de proa (predadores) que tem arruinado o País. Basta para tanto que o principal Partido do poder e no poder, e bem assim os que o apoiam, tenham uma postura firme e diferente da que têm tido até agora. Todos os partidos da esquerda à direita, podem coexistir no Parlamento desde que não sejam tentados por extremismos totalitários e pratiquem a transparência. E se a coexistência e transparência forem no sentido de enriquecer a democracia em todas as suas vertentes, nomeadamente com o objectivo de acabar de vez com uma situação que nos envergonha e já ultrapassa fronteiras, talvez se consiga salvar uma democracia doente. Aliás ameaçada com manifestações quase diárias, de mau agoiro, de um partido chamado Chega.

Nota-declaração de interesses:
Não tenho filiação partidária, mas acredito firmemente que só o socialismo democrático ou a social-democracia podem ser o futuro do meu País.

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