terça-feira, 1 de setembro de 2009

A dança das autárquicas e não só-Opinião


Cantarinhas de Buarcos


Regressei de férias no pretérito dia 30 de Agosto, tendo publicado dois postes na linda cidade de Lagos, onde viveu durante algum tempo, e morreu, o Infante D. Henrique que, incialmente, com o apoio de seu irmão o Infante D. Pedro, morto na batalha de Alfarrobeira em 1449, foi o grande dinamizador dos descobrimentos portugueses.


Dei uma vista de olhos na blogosfera nacional e o que mais me surpreendeu foi a notícia dada sobre uns documentos comprometedores de um ex-gestor e ex-conselheiro de Estado, de seu nome, Dias Loureiro, encontrados numa casa de banho que convenhamos, talvez fosse o lugar próprio para esconder as borradas que fez durante a sua actividade "altamente meritória em favor da grei".


Como não podia deixar de ser fiz uma visita a alguns blogues da Figueira, nomeadamente àqueles que mais esmiuçam a política local e verifico que continuam a merecer particular atenção as eleições autárquicas e não as legislativas o que me parece ser pouco razoável nesta altura do "campeonato". Desde a notícia da "CUNHA" (que não se sabe bem do que se trata e que parece envolver alguém de Tavarede), ao caso do "Vira Eleitoral", aonde pontificam algumas figuras gradas, laranja, há de tudo um pouco, ou seja: meias verdades, verdades inteiras difíceis de digerir por alguns cabeça de lista, nomeadamente do PSD que ainda "ontem" tinha como indefectíveis alguns dos seus amigos laranjinhas. Isto de ser filiado num partido e ir à festa dos outros seguindo o "dejà vu" corriqueiro, não é compatível com tais VIP´s, que, para além do mais, deixam o edil da Câmara, Toni, em estado de choque. Esta forma errada e anacrónica de entender a política, (ter um pé no Céu e outro na Terra) lembra-me um seu ex-correligionário que não seguiu estas pisadas. Sem mais aquelas, bateu com a porta. Disse algumas verdades, cáusticas como o sal da sua terra, seguindo, acto contínuo, vertical e corajosamente o seu caminho, como independente, à conquista da freguesia de Lavos, consciente do seu valor e apoios que faltam a muitos políticos ditos da alta roda. Pese, embora, alguns erros no seu trajecto político.

Em face dos acontecimentos que decorrem na ribalta da política figueirense e correndo mesmo o risco de escandalizar alguém, não será despiciendo dizer que os grandes vencedores das autárquicas locais, independentemente dos resultados que vierem a verificar-se, são, indubitavelmente, na minha opinião, quer pela sua postura, quer pela sua coragem, embora com estilos diferentes, os candidatos, Daniel Santos e José Elísio, ressalvados, obviamente, a dimensão e o lugar que pretendem conquistar.


Que os próximos capítulos tragam algo de novo e renovem a esperança de que a política quer a nível local, quer nacional, pode ser algo de mais elevado do que aquilo que nos foi dado ver até agora ou seja, uma espécie de pinhal da Azambuja onde alguns pretendem continuar a fazer a derrama que lhes convém, como o tal gestor e ex-conselheiro acima mencionado!

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