quarta-feira, 18 de novembro de 2009

"As promessas e a realidade"


Ao darmos uma vista de olhos pela Net local demos com o "palavrão", benchmarking, e com um quadro, que reproduzimos com a devida vénia, num post do blogue, "quintopoder", que faz a comparação entre a situação financeira da Câmara da Figueira da Foz e de Pombal. Fala quem sabe e quem passou por lá (Saraiva Santos) e, ao analisarmos os resultados das duas Câmaras ficamos estarrecidos com as diferenças abissais das despesas de uma e outra, quando é certo que as receitas nos dois municípios são sensivelmente as mesmas!
"O Benchmarking é um método utilizado pelas empresas para melhorar a gestão, mediante a realização contínua e sistemática de levantamentos, comparações e análises de práticas, processos, produtos e serviços prestados por outras empresas, normalmente reconhecidas como representantes das melhores práticas"...
Já se sabia que a situação ficou muito má no tempo de Santana Lopes, pese embora a obra que deixou, e que piorou, substancialmente, no consulado de Duarte Silva por razões que agora não vêm ao caso, tanto mais que são do domínio público. Com a explanação, ao que tudo parece, pedagógica de S. Santos, ficamos a saber os tratos de polé que têm sido dados ao Deve e ao Haver das contas da edilidade, sem prejuízo das conclusões de uma prometida auditoria que poderão ainda revelar-se piores. O povo diz, utilizando uma linguagem menos técnica, mas mais prosaica, que ninguém faz omeletas sem ovos. Daí que ninguém se admire que, numa primeira fase, a maior parte das promessas feitas pelo actual edil, durante a pretérita campanha eleitoral, não possam ser cumpridas. O ónus anterior obriga a ter os pés bem assentes na terra. A palavra de ordem é equilibrar as contas: diminuir as despesas, aumentar as receitas e pagar aos fornecedores de bens e serviços. Quanto ao diminuir de despesas temos boas notícias, tanto quanto sabemos. Isto não implica que os figueirenses não estejam atentos a um mínimo de progresso indispensável à vida citadina. No que respeita ao aumento de receitas a tarefa não vai ser nada fácil, convenhamos. Vai depender muito da imaginação e da actuação do elenco camarário junto do tecido empresarial, comerciantes, industriais e empreiteiros, motivando os mecenas das respectivas áreas para criarem novos pólos de desenvolvimento, por forma a fazer ressurgir a cidade, qual Fénix, das cinzas do marasmo. Esta é a segunda fase que, será, seguramente, o grande desafio que a actual administração camarária tem que enfrentar sem mais delongas, sem o que, os figueirenses, irão sentir-se mais uma vez traídos nas suas legítimas expectativas! Se o forem, provar-se-á, mais uma vez, que as promessas ficam quase sempre longe da realidade. Esperamos sinceramente que não, já que acreditamos, piamente, que estamos em presença de homens e mulheres de bem que tudo farão para o bem do burgo.
Em termos clássicos este último parágrafo seria o ponto final deste texto. Mas não é. Fazendo eco das muitas vozes que protestam contra o "aborto" feito, ao que já foi considerado um ex-líbris da cidade, deixamos aqui um apelo: para já, salvem o jardim e tragam o velho coreto!

3 comentários:

  1. Amigo Fadigas:
    A respeito do último parágrafo (o tema do coreto), enviei há pouco um comentário para o "Marcha do Vapor" que talvez o amigo queira ler.
    Um abraço e até amanhã!
    J. Cascão

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  2. Amigo Cascão
    "Fui ver: a neve caía"...
    Desculpe lá a boutade meu caro, mas fui realmente ver e ainda não tinha sido publicado nenhum comentário seu. Prometo que vou lá novamente!

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  3. Caro amigo Cascão

    Vi hoje o seu comentário sobre o coreto. É dos mais entendidos e judicioos que lá encontrei!
    Abraço e até logo.

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