segunda-feira, 23 de abril de 2012
Precisamos de um novo 25 de Abril?
Estamos na véspera da comemoração do 38º aniversário da revolução dos cravos e, nas actuais circunstâncias, impõe-se a pergunta:
“Precisamos de um novo 25 de Abril?”
Acreditamos que é preciso uma revolução diferente.
O 25 de Abril não tem culpa do país se debater com uma das maiores crises da sua história que está a pôr em causa a sua própria independência. Foi uma oportunidade de sairmos de uma guerra injusta que ceifava milhares de jovens e que o poder político de então não soube resolver atempadamente. Foi uma oportunidade de legarmos aos nossos filhos e netos um país diferente, sem ditadura, com democracia e com outro futuro. Mas está a ser cada vez mais, outrossim, a oportunidade do revanchismo e da ditadura do capital, com o beneplácito do poder político de agora.
E não é por acaso que Vasco Lourenço diz:
1-"As medidas e sacrifícios impostos aos cidadãos portugueses ultrapassaram os limites do suportável", acrescentando "ser oportuno tomar uma posição clara contra a iniquidade, o medo e o conformismo que se estão a instalar" no País.
2-"A linha política seguida pelo actual poder político deixou de reflectir o regime democrático herdeiro do 25 de Abril configurado na Constituição".
3-"O poder político que actualmente governa Portugal configura um outro ciclo político que está contra o 25 de Abril, os seus ideais e os seus valores".
O 25 de Abril que agora se impõe, tem de ser civilista e começa pelo reforço do primado da Justiça na defesa dos cidadãos contra os interesses dos lóbis do poder, da corrupção e do capitalismo selvagem que está a arquitectar uma outra "pátria" à sua imagem e semelhança (que não a nossa) a que não é alheia uma certa partidocracia. Para contrariar tal desígnio, torna-se cada vez mais necessária a critica e a intervenção dos portugueses que não pactuam com “os vendilhões do templo.”
No que concerne à Justiça talvez não fosse despiciendo avançar com medidas idênticas à dos Islandeses contra alguns dos seus políticos e banqueiros, com as necessárias adaptações ao caso português. Aqui não faltaria pano para mangas...
É este o novo 25 de Abril de que precisamos e que mete medo à elite que nos governa.
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