"De seu nome completo, José de Mascarenhas Relvas nasceu na Golegã em 5 de Março de 1858 e morreu em Alpiarça em 31 de de 1929. Foi o "escolhido" para proclamar a República, a 5 de Outubro de 1910, da varanda da Câmara Municipal de Lisboa porque era um dos dirigentes "mais antigos" do directório do Partido Republicano, lavrador abastado que granjeou prestígio nacional, sobretudo enquanto líder associativo dos agricultores ribatejanos.
Foi ministro das finanças do respectivo Governo Provisório de 12 de Outubro de 1910 até à auto-dissolução deste, a 4 de Setembro de 1911 sendo ele o responsável, nomeadamente, pela introdução da reforma monetária que criou o escudo.
Foi nomeado 1º Ministro a 27 de Janeiro de 1919, cargo que exerceu até 30 de Março do mesmo ano.
Foiconsiderado pelo historiador Joaquim Veríssimo Serrão "um caracter impoluto".
Nas suas Memórias Políticas (só publicada em 1977), Relvas denota, no entanto, um sentimento de desilusão perante a deriva radical do novo regime, provocada pelo anticlericalismo extremo de Afonso Costa e Bernardino Machado (1851-1944):
"O desengano foi cruel para os velhos e sinceros republicanos, como o foi também para os partidários da Monarquia inspirados em sentimentos profundamente patrióticos. Aqueles dois homens (Bernardino Machado e Afonso Costa) fizeram uma obra de divisão, atacaram crenças, costumes e tradições, que eram e são inseparáveis do sentimento nacional; radicaram um regime faccioso, proclamando uma República privativa de uma parte da Nação e foram assim os maiores agentes da obra liberticida que veio a ser a característica da República na sua pior fase!..."
Foi ministro das finanças do respectivo Governo Provisório de 12 de Outubro de 1910 até à auto-dissolução deste, a 4 de Setembro de 1911 sendo ele o responsável, nomeadamente, pela introdução da reforma monetária que criou o escudo.
Foi nomeado 1º Ministro a 27 de Janeiro de 1919, cargo que exerceu até 30 de Março do mesmo ano.
Foiconsiderado pelo historiador Joaquim Veríssimo Serrão "um caracter impoluto".
Nas suas Memórias Políticas (só publicada em 1977), Relvas denota, no entanto, um sentimento de desilusão perante a deriva radical do novo regime, provocada pelo anticlericalismo extremo de Afonso Costa e Bernardino Machado (1851-1944):
"O desengano foi cruel para os velhos e sinceros republicanos, como o foi também para os partidários da Monarquia inspirados em sentimentos profundamente patrióticos. Aqueles dois homens (Bernardino Machado e Afonso Costa) fizeram uma obra de divisão, atacaram crenças, costumes e tradições, que eram e são inseparáveis do sentimento nacional; radicaram um regime faccioso, proclamando uma República privativa de uma parte da Nação e foram assim os maiores agentes da obra liberticida que veio a ser a característica da República na sua pior fase!..."
(Do livro História de Portugal de Ferreira Fernandes e João Ferreira)
As sucessivas alterações do governo e os graves problemas económicos e sociais deram origem a uma revolta da população e ao movimento militar do 28 de Maio de 1926 (ditadura de excepção) chefiado pelo General Gomes da Costa. Acaba assim a 1ª República e começam os fundamentos do Estado Novo.
Pouco tempo depois Gomes da Costa é demitido, preso e exilado e substituído por Óscar Carmona que toma conta provisoriamente do Governo, sendo eleito a seguir Presidente da República por sufrágio universal. A seguir nomeia Salazar que já era ministro das finanças, para tomar conta do Governo da Nação.
Em síntese, depois desta resenha histórica, e por isto, podemos dizer, tal como o disse José Relvas no passado, considerando as semelhanças do regime de hoje com o que se passou na 1ª República, que para os verdadeiros republicanos, povo em geral e os obreiros do 25 de Abril em particular, "o desengano foi cruel"!...
E creio que não é necessário dizer porquê. A situação económica e financeira; os sacrifícios que aí vêm como resultado das políticas erradas dos sucessivos governos são mais que evidentes para lamentarmos o nosso destino como povo.
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