quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Enfrentar a realidade



Já conhecia este vídeo mas, só agora, por esta via, consegui descodificá-lo.

"Este deputado europeu da Inglaterra (país que não aderiu ao euro)  fala da inevitabilidade da falência e saída do euro da Grécia, Portugal e Irlanda, do resgate dos bancos e do plano de criação dos Estados Unidos da Europa."

A sua tese é um pouco depreciativa e não é de todo isenta. Só falta chamar-nos de PIGS, como, pejorativamente, nos rotulam.

Enfrentar a realidade, porém, é o que temos de fazer e as opções são cada vez mais difíceis, mas não as podemos ignorar.

Em desespero de causa há dois caminhos possíveis: A desvalorização da moeda e a austeridade.

"A desvalorização da moeda não é possível enquanto estivermos na EU. Iria reduzir o nosso poder de compra, mas tem a vantagem de reduzir a dívida e de podermos aumentar as exportações, mas isso implica um regresso ao passado em piores condições das que tinhamos antes da entrada na UE e da adopção da moeda única."

A austeridade, porém, que o figurino da troika nos está a impôr, não nos garante que iremos sair da crise ou se, pelo contrário, vamos continuar indefinidamente nela.

O que temos garantido, é que o futuro que nos espera nos próximos anos é o da degradação inevitável da qualidade de vida, senão mesmo da sobrevivência de muitas famílias, provocada pelos despedimentos, ditos cirúrgicos, pelo aumento brutal do desemprego ou do corte de salários e pensões de reforma, com todas as consequências inerentes onde avulta o cenário de graves conflitos sociais.

Será que os sacrifícios que nos estão a impôr vão servir para assegurar, pelo menos, o futuro dos nossos filhos e netos? Ou servirão, tão só, para resgatar os interesses dos bancos e com eles um projecto Europeu, com pés de barro, em que já ninguém parece acreditar?
Seja como for, para já, e enquanto a nossa independência económica, perdida, não for reencontrada, iremos viver sob a ameaça de nos fecharam a "torneira" como aqui.

Pós-texto:
A propósito de graves conflitos sociais ver aqui o Expresso on-line.

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