No pretérito dia 19 de Maio um passeio a Lisboa de dois dias que incluía um cruzeiro no Tejo, pôs os
nervos em franja aos cerca de 55 turistas de Tavarede que não esperavam que uma
avaria no “Castro Júnior" (misto de "sacho" e cacilheiro) lhes
estragasse o primeiro dia da excursão.
Do exterior o barco até tinha uma silhueta simpática embora nada parecido com o folheto de promoção que mostrava um outro mais moderno e com melhores condições turísticas e de segurança. Mas tudo leva a crer que zarpou do cais de Vila Franca de Xira pelas 11H30 já com uma avaria (bomba do combustível!?) que após cerca de quinze minutos de navegação no Tejo o acabou por imobilizar por completo no meio de rio, sem que nos fossem dadas grandes explicações para o que acontecera. Foi colocada a hipótese de "um banco de areia ter travado o seu percurso", mas isso não corresponde à verdade porque os próprios bombeiros disseram que o barco não estava assente. E dali não saímos mais, após um almoço atribulado e tardio a que se juntou um vento incómodo de estibordo que nos fustigou sem contemplações. E outra coisa não era de esperar. O convés não tinha condições para nos abrigar do vento. Felizmente não choveu o que tornaria impossível a nossa permanência ali. Comprovada a impossibilidade de se continuar o cruzeiro foi pedida a evacuação dos passageiros aos bombeiros que accionaram todos os meios à sua disposição para o efeito.
Nesta operação estiveram envolvidas as corporações de bombeiros de Alhandra, Castanheira do Ribatejo e Vila Franca de Xira que se serviram de sete barcos pneumáticos (semi-rígidos) que actuaram de forma rápida e eficiente. Em cerca de hora e meia fomos todos evacuados, tendo em terra ambulâncias e assistência médica à disposição. O aparato dos meios envolvidos foi grande na previsão de algo pior, mas a acção dos bombeiros foi exemplar.
O "Castro Júnior" no cais de embarque
Sem comentários:
Enviar um comentário
Os comentários serão publicados após análise do autor do blogue.