terça-feira, 14 de maio de 2013

De tranche em tranche, até ao fim...



"O Eurogrupo deu hoje (ontem) por concluída a sétima missão de avaliação da implementação do programa de resgate português por parte da troika e deu o "acordo político" à liberação da oitava tranche do respectivo financiamento."

Estamos à mercê dos credores e do que a troika quiser para recebermos os financiamentos necessários  para assegurar o funcionamento do País. 
Só assim, em desespero de causa e abdicando da soberania, o  Estado consegue cumprir compromissos inadiáveis com a administração pública e garantir a sua própria manutenção. Chegámos a esta situação por culpa não do povo, que tal como Cristo não percebia nada de finanças e foi crucificado, mas sim por culpa dos políticos que temos.
No período pós 25 de Abril era voz comum dizer-se: "em vez de dares peixe ao povo ensina-o a pescar". Mas alguém teve a triste ideia de desmantelar todo o nosso processo produtivo: pescas, agricultura, construção naval, deslumbrado com os dinheiros que viriam em catadupa da UE, tal como o maná que jorraria do deserto em que nos iriamos forçosamente transformar, na perspectiva bacoca de chegarmos à terra prometida de pastos verdejantes, de leite e mel, sem trabalho. Só que, quem lidera a UE, além de não gostar de quem estende a mão à caridade, não está preocupado com o bem estar social do espaço europeu, nem com  a catastrófica taxa de desemprego, mas sim com os seus próprios interesses económicos, como sobejamente está provado.
Entretanto grande parte dos dinheiros que vieram para modernizar e assegurar o nosso futuro, foi desbaratada em esquemas e investimentos duvidosos e outra parte foi colocada a bom recato por alguns profissionais do esbulho, travestidos de políticos que não são presos, em virtuosos e rendosos offshores. 
É liquido que projecto da UE não está a dar o resultado que alguns pretensos salvadores da Pátria prometeram recusando liminarmete o referendo. Por isso, não é de admirar que além fronteiras, alguém mais avisado já pede  a reforma da União e a renegociação dos seus laços com o Reino Unido, sem o que ameaçam sair.

O meu País, quer continue quer saia da UE, muito dificilmente irá sobreviver da apagada e vil tristeza para onde alguns mentirosos, mentecaptos ou traidores, o empurraram e com ele o povo que não reage ao  que lhe fazem.




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